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GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS AGRÁRIAS

GEORREFERENCIADAS
UNIVERSIDADE ESTATUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

AMOSTRAGEM DE
SOLOS

Profa. Célia Regina Lopes Zimback

Botucatu
Junho – 2003
Técnicas de Amostragem

TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM
A coleta de material do solo pode ter por objetivos obter um material adequado e
representativo do solo para três finalidades: 1- Determinação da fertilidade do solo, 2- estudos
pedológicos ou de perfil e 3- estudo da variabilidade espacial.

1- AMOSTRAS PARA FINS DE FERTILIDADE DO SOLO

Quando as análises são para fins de fertilidade, as amostras são retiradas da camada
superficial do solo (área explorada pelas raízes) com um trado ou abrindo buracos e retirados
com uma pá. Uma amostra representativa é coletada em trinta ou quarenta lugares, em uma
área homogênea, misturando tudo e retirando uma porção de mais ou menos dois
quilogramas. Essa amostra deve seguir para o laboratório identificada com o questionário
fornecido por este, devidamente preenchido.

2- AMOSTRAS PARA FINS PEDOLÓGICOS

As coletas para fins pedológicos como os estudos das propriedades físicas ou estudo do
perfil apresentam e exigem maior cuidado e metodologia. As glebas a serem amostradas
devem ter uma área uniforme com amostras homogêneas quanto a textura, cor, consistência,
bem como, o relevo e a vegetação devem ser uniforme. As áreas para cada amostra nunca
deve exceder a dez hectares.
Para análises físicas procede-se a coleta de amostras dos horizontes ou camadas que
serão enviadas ao laboratório para análises físicas, químicas e mineralógica para a tomada de
amostras em um levantamento de solos, o técnico deve estar de posse de um mapa, ou
fotografia aérea ou pelo menos um croqui da área a ser amostrada. Deve- se percorrer a área
anotando tudo o que possa ocorrer na superfície, anotando e dividindo-a em unidades para a
amostragem. Nos lugares determinados para a coleta e efetuar a abertura de trincheiras, o que
deve representar o perfil da unidade taxonômica em estudo.
Trincheira: é uma escavação de dois metros de comprimento por um metro de largura
por um metro e oitenta centímetros de profundidade.
Após a abertura da trincheira efetua-se as divisões dos horizontes e sub-horizontes.
Somente após a tomada de amostras, coletando material de cada horizonte separadamente

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fazendo as anotações nas etiquetas, da seguinte maneira:


Trincheira: n ª__
Horizonte: ____
Amostra: n ª ___

As amostras retiradas podem ser de dois tipos:

1- Amostras de terra solta


São retiradas por raspagem de cada horizonte do perfil. Quanto mais fina a coluna de
solo, mais rápido o secamento. Esse tipo de amostra se presta para algumas propriedades
físicas e para todas as análises químicas.
Deve-se desmanchar todos os torrões (TSA) depois de seco passar pela peneira de dois
milímetros ficando retida na peneira cascalho e raízes (esqueleto do solo) sendo essa terra
denominada de TFSA (Terra Fina Seca ao Ar).

2- As amostras de terra com estrutura natural


Pode ser para vários fins como caso da análise de condutibilidade hidráulica
determinação da umidade de murchamento, da densidade aparente, da micro e
macroporosidade são utilizados anéis volumétricos (de volume conhecido) para a coleta da
amostra.
No caso da determinação da densidade do solo pelo método da parafina, para a
determinação da retenção e movimentação da água etc. usa-se amostras de solo em forma de
torrão ou conglomerados.
Critérios a serem adotados quando se fizer uma amostragem:
1- Determinar como a área vai ser dividida para a amostragem;
2- Determinar a número de tradagem para cada amostra composta;
3- Escolher o tipo de ferramenta;
4- Determinar a profundidade da amostragem;
5- Estabelecer o estado de unidade da área a ser amostrada.

3. ESTUDO DA VARIABILIDADE ESPACIAL

Amostras coletas em pontos individuais com localização exata no terreno. Utilizadas

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para mapeamentos de atributos dos solos de maneira contínua, através de mapas de isolinhas.
As amostras devem possuir as coordenadas exatas de onde foi retirada (Latitude e Longitude
ou UTM).

4. REFERÊNCIAS BIBILOGRÁFICAS

LEMOS, R.C. & SANTOS, R.D. Manual de Método de Trabalho de Campo. Campinas,
SBCS. 36p. 1996.

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