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Tipos de Atrito
2
Coeficientes de Atrito
3
Tipos de desgaste
4
Desgaste abrasivo
5
Pitting – Desgaste por fadiga
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Lubrificantes
• Lubrificantes podem ser líquido, sólidos ou
gasosos.
• Diminuem o coeficiente de atrito entre
duas superfícies.
• Devem possuir baixa resistência ao
cisalhamento e alta resistência à
compressão.
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Lubrificantes líquidos
8
Lubrificantes sólidos
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Viscosidade
• A placa A move com velocidade (U) sobre uma película de
lubrificante de espessura (h). A velocidade do lubrificante
varia proporcionalmente com a distância (y) da placa
estacionária B.
• A tensão cisalhante do fluido é:
• μ é a viscosidade absoluta ou
viscosidade dinâmica.
• A viscosidade é um parâmetro
que define a resistência interna
ao cisalhamento do lubrificante.
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Viscosidade
Visc. Absoluta, Visc. Cinemática,
• Unidades: • Medida pelo Tempo que
– Reyn, (lb.sec/in2) um fluido escoa.
– Pa.s (1 mPa.s = cP) • Unidades:
• Determina a pressão – cm2/seg (S, Stroke)
de trabalho. – in2/Seg
• É determinada por
ensaios dinâmicos
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Viscosidade Absoluta
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Medição de viscosidade
• Viscosímetro Universal Saybolt (SUV):
– A viscosidade é determinada através da
medição do tempo necessário para que 60 ml
do lubrificante escorram em um viscosímetro
padronizado.
– A temperatura do ensaio e as dimensões do
viscosímetro são padronizadas pela ASTM.
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Medição de viscosidade
• Viscosímetro Universal Saybolt (SUV):
O resultado é a viscosidade cinemática,
cuja unidade é cm2/s ou stoke.
A viscosidade pode ser determinada
pela equação:
Onde:
• Zk é a viscosidade em 10-3 stokes (S),
ou centistokes(cSt).
• t é o tempo necessário para o
lubrificante escorrer no viscosímetro
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SUV.
Medição de viscosidade
• SISTEMA INTERNACIONAL (SI):
Densidade de lubrificantes:
Para cálculos de projetos pode-se usar o valor médio ρ ≈ 860 - 900
kg/m3. 15
Tipos de Lubrificação
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Variação do coeficiente de atrito
Atrito x Velocidade Atrito x Tipo de Lubrificação
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Lubrificação hidrodinâmica
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Lubrificação hidrostática
• O fluido necessita ser introduzido sob
pressão entre as superfícies.
• A qualidade da lubrificação independe da
velocidade das partes.
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Lubrificação elasto-
hidrodinâmica
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Lubrificação de Película Fina,
Mista e Limite
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Lubrificação limítrofe
• As paredes das superfícies entram em
contato.
• Depende de características da superfície,
velocidade e quantidade de lubrificante.
• Precede a lubrificação hidrodinâmica.
• Desgaste abrasivo ou adesivo podem
ocorrer.
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Exemplos de Lubrificação
limítrofe
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Materiais para Mancais
• Propriedades esperadas:
– Maciez – para absorver partículas estranhas,
– Resistência – para manter as tolerâncias,
– Capacidade de lubrificação,
– Resistência a corrosão,
– Porosidade - para absorver lubrificante
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Teoria da Lubrificação hidrodinâmica
• A Figura (a) abaixo mostra um eixo e mancal concêntricos com um
eixo vertical. A folga diametral cd entre a extremidade do eixo e o
mancal é muito pequena, geralmente cerca de um milésimo do
diâmetro.
• Podemos modelar esse mancal como duas placas planas, porque o
intervalo h é bem pequeno se comparado com o raio de curvatura.
• A Figura (b) mostra estas duas placas separadas por um filme de
óleo com um espaço de dimensão h.
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Teoria da Lubrificação hidrodinâmica
• Se as placas forem paralelas, o filme de óleo não suportará a carga
transversal. Isso também é verdadeiro para o caso da extremidade
de eixo e mancal concêntricos.
• Uma extremidade de eixo horizontal concêntrica se tornará
excêntrica pelo peso do eixo. Se o eixo for vertical, como na Figura
(a), a extremidade do eixo poderá rodar concentricamente com o
mancal, porque não há força transversal de gravidade.
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Equação de Petroff para torque sem carga
• Se mantivermos a placa inferior da Figura (b) estacionária e movermos a
placa superior para a direita com a velocidade U, o fluido entre as placas
será cisalhado da mesma maneira que no intervalo concêntrico da Figura
(a).
• O fluido molha e se adere a ambas placas, fazendo sua velocidade zero na
placa estacionária e U junto à placa móvel.
• A Figura (c) mostra o elemento diferencial de fluido no intervalo. O
gradiente de velocidade causa a distorção angular β. No limite, β = dx / dy.
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Equação de Petroff para torque sem carga
• A tensão de cisalhamento, τx, agindo no elemento diferencial de fluido no
intervalo é proporcional à taxa de cisalhamento:
Onde η é a viscosidade.
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Equação de Petroff para torque sem carga
Onde A é a área
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Equação de Petroff para torque sem carga
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Equação de Reynolds para
mancais excêntricos
• Para que haja suporte de cargas as placas devem ser
não paralelas e giro do mancal promove um aumento de
pressão capaz de suportar esse tipo de carga:
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Equação de Reynolds para
mancais excêntricos
• A excentricidade e é medida
do centro do mancal Ob ao
centro do eixo Oj.
• O eixo de zero a π para a
variável independente θ é
estabelecido ao longo da linha
ObOj.
• O valor máximo possível de e
é cr = cd / 2, onde cr é a folga
radial.
• A excentricidade pode ser convertida para a excentricidade
adimensional ε:
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Equação de Reynolds
• A excentricidade varia de 0 à 1 com a aplicação da
carga.
• Uma expressão aproximada para a espessura do filme h
como uma função de θ é:
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Equação de Reynolds
• Geralmente, o mancal é
estacionário e apenas o eixo
roda, mas em alguns casos o
contrário pode ocorrer, ou
ambos podem rodar como no
eixo-planeta de um trem de
engrenagens epicíclico.
• Assim, mostramos uma
velocidade tangencial U1 para
o mancal, bem como uma
velocidade tangencial T2 para
o eixo. Observe que suas
direções (ângulos) não são as
mesmas devido à
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excentricidade.
Equação de Reynolds
• A velocidade tangencial T2 do
eixo pode ser decomposta em
componentes nas direções x e y
como U2 e V2, respectivamente.
• O ângulo entre T2 e U2 é tão
pequeno que seu cosseno é
essencialmente 1, e podemos
colocar U2 ≅ T2. A componente
V2 na direção y se deve ao
fechamento (ou abertura) do
intervalo h à medida que ele
roda e é
V2 = U2 ∂h / ∂x.
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Equação de Reynolds
• Usando as hipóteses descritas, podemos escrever a equação de
Reynolds* relacionando a mudança do intervalo de espessura h, as
velocidades relativas entre o eixo e o mancal V2 e U1 – U2 e a
pressão no fluido p como uma função das duas dimensões x e z,
supondo que o eixo e o mancal sejam paralelos na direção z e que
a viscosidade η seja constante.
Onde U=U +U
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Solução para mancal longo
• A Equação de Reynolds não tem uma solução em forma analítica,
mas pode ser resolvida numericamente.
• Reynolds resolveu uma versão simplificada na forma de séries
supondo que o mancal fosse infinitamente longo na direção z, o que
faz o fluxo zero e a distribuição de pressão sobre aquela direção,
constante, e assim faz o termo ∂p / ∂z = 0. Com essa simplificação,
a equação de Reynolds se torna:
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Solução para mancal longo
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Solução para mancal longo
• Essa equação pode ser rearranjada na forma adimensional para
dar um número característico do mancal chamado de número S de
Sommerfeld. Primeiro rearranje os termos:
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Solução para mancal curto
• Os mancais longos não são freqüentemente usados nas máquinas
modernas por diversas razões. Pequenas deflexões do eixo ou
desalinhamento podem reduzir a folga radial a zero em um mancal
longo, e considerações de empacotamento frequentemente
requerem mancais pequenos.
• As razões típicas l / d dos mancais modernos são no intervalo de
1/4 a 2. A solução para mancal longo (Sommerfeld) supõe a
inexistência de perdas de óleo na extremidade do mancal, mas
nestas razões l / d pequenas as perdas de extremidade podem ser
um fator importante.
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• Ocvirk e DuBois resolveram uma forma da equação de Reynolds
que inclui o termo de perdas nas extremidades.
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• A pressão p varia não linearmente em θ e é máxima no seu
segundo quadrante. O valor de θmax em pmax pode ser encontrado a
partir de:
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A Figura compara a variação da pressão p no filme no intervalo de θ = 0 a π para a solução de
mancal longo de Sommerfeld (tomando como referência o valor em 100%) e a solução de
mancal curto de Ocvirk para várias razões l / d desde 1/4 a 1. Repare no grande erro que
ocorreria se a solução para mancal longo fosse usada para razões < 1. Para l / d = 1, as duas
soluções dão resultados similares com a solução de Ocvirk prevendo valores máximos de
pressão ligeiramente superiores. 47
Perdas de torque e potência em mancais de
deslizamento
• Quando o filme de fluido é cisalhado entre a extremidade do eixo e o mancal. A ação
da força de cisalhamento em cada membro cria torque em direções opostas, Tr no
membro rodando e Ts no membro estacionário.
• Contudo, esses torques Tr e Ts não são iguais por causa da excentricidade. O par de
força P, na Figura abaixo, tendo um membro que atua no centro da extremidade do
eixo Oj e outro no centro do mancal Ob, forma um momento de magnitude P e sen φ,
que se adiciona ao torque estacionário para formar o torque de rotação.
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• O torque estacionário TS pode ser encontrado com:
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• A potência Φ perdida no mancal pode ser encontrada pelo torque
rotacional, Tr, e pela velocidade rotacional, n‘:
Coeficiente de atrito
• O coeficiente de atrito no mancal pode ser determinado pela razão
entre a força de cisalhamento tangencial e a força normal aplicada
P.
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Projeto de mancais hidrodinâmicos
• Normalmente, a força aplicada, P, que se espera que o mancal
suporte e a velocidade de rotação, n', são conhecidas.
• O diâmetro do mancal pode ser conhecido ou não, mas
frequentemente terá sido definido pela tensão, deflexão ou outras
considerações.
• O projeto do mancal requer encontrar uma combinação conveniente
do diâmetro do mancal e/ou do comprimento com o qual operará
com uma viscosidade conveniente do fluido, terá folgas razoáveis e
manufaturáveis e terá uma razão de excentricidade que não
permitirá o contato de metal contra metal sob carga ou qualquer
condição de sobrecarga esperada.
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Projeto do fator de carga – o número
de Ocvirk
• Uma forma conveniente de abordar este problema é definir um fator
de carga adimensional contra o qual diversos parâmetros de
mancal podem ser calculados, representados graficamente e
comparados. Deste modo após manipular as equações
encontramos para Kε:
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A Figura mostra um gráfico da razão de excentricidade, ε, como uma função do
número de Ocvirk, ON, e também mostra os dados experimentais para os mesmos
parâmetros. A curva teórica é definida pela Equação:
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• Os cálculos da carga, torque, pressões máxima e média no filme de
óleo e outros parâmetros do mancal podem ser feitos usando esse
valor empírico de ε nas Equações anteriores.
• A Figura abaixo mostra as razões de pmax / pmédia e TS / TO como uma
função do número de Ocvirk para valores teóricos e experimentais
de ε.
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• A Figura abaixo mostra a variação teórica e experimental nos
ângulos θmax e φ com o número de Ocvirk.
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Procedimentos de projeto
• A carga e a velocidade geralmente são conhecidas.
• Se o eixo foi projetado para tensão ou deflexão, seu diâmetro será
conhecido.
• Um comprimento de mancal ou razão l / d deve ser escolhido com
base em considerações de empacotamento.
– As razões maiores l / d darão pressões menores de filme, mantido o resto igual.
• A razão de folga é definida como cd / d.
– As razões de folga ocorrem geralmente no intervalo de 0,001 a 0,002, e às
vezes são tão altas quanto 0,003.
– Razões de folga maiores aumentarão rapidamente o número de carga, ON,
porque a razão cd / d é elevada ao quadrado na equação que relaciona as duas.
• Números de Ocvirk mais elevados darão maiores excentricidade,
pressão e torque.
– Esses fatores aumentam mais vagarosamente para ON mais elevados.
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Procedimentos de projeto
• A vantagem de razões de folga maiores está no fluxo mais alto de
fluido, produzindo temperaturas de operação menores.
• Razões elevadas l / d podem requerer razões de folga maiores para
acomodar deflexões do eixo.
• Um número de Ocvirk pode ser escolhido e a viscosidade requerida
do lubrificante, encontrada.
• Ao final alguma iteração será normalmente requerida para obter um
projeto balanceado.
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