Você está na página 1de 84

DIVULGANDO

SOLUÇÕES
EM MECÂNICA 1

DOS FLUIDOS
Projeto de Extensão Monitoria Mecânica dos Fluidos
Objetivo
• Realizar revisão do conteúdo • Aplicar na resolução de
de fluidos: exercícios:
– Introdução e Conceitos Fundamentais
– Qual unidade
– Estática dos Fluidos.
trabalharemos?
– Quais as informações
importantes da questão?
– Quais considerações devo
2 fazer?
– Quais equações devo
utilizar?
– Quais são os riscos?
3
DIMENSÕES E UNIDADES

• Qualquer quantidade física pode ser caracterizada por dimensões.

MLT FLT
COMPRIMENTO COMPRIMENTO

MASSA TEMPO FORÇA TEMPO


Introdução e Conceitos Fundamentais

5
DEFINIÇÃO DE FLUIDO

Substância que se deforma


continuamente sob a ação de
tensões de cisalhamento, forças
tangenciais, por menores que
sejam elas.
6

Quando não há tensão de


cisalhamento, o fluido está em
repouso.

Sugestão: https://www.youtube.com/watch?v=k_li5lJvXDo&t=14s
https://www.youtube.com/watch?v=vRfdAp0wOLA
EXPERIÊNCIA DAS DUAS PLACAS

PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA OU NÃO ESCORREGAMENTO

Sugestão: https://www.youtube.com/watch?v=f9XgJjkrM4c

7
Métodos de descrição do
escoamento

Volume arbitrário por onde


Massa fixa e identificável
escoa o fluido

Formulação por VOLUME DE


Formulação por SISTEMAS
CONTROLE

Método de descrição Método de descrição


LAGRANGEANO EULERIANO

Segue a partícula fluida ao Propriedades do escoamento


longo do escoamento como f(x,y,z,t)
PROPRIEDADES DOS
FLUIDOS

DENSIDADE RELATIVA
MASSA ESPECÍFICA OU DENSIDADE ABSOLUTA

ADIMENSIONAL
PESO ESPECÍFICO 9

VOLUME ESPECÍFICO

Unidade: [m³/kg]
PROPRIEDADES DOS FLUIDOS
VISCOSIDADE DINÂMICA

• Refere-se à resistência das moléculas ao deslizamento entre as


mesmas, sendo influenciada pela temperatura.

VISCOSIDADE DINÂMICA
VISCOSIDADE CINEMÁTICA

10

As dimensões de υ são L2T-1.


Unidade: N.s/m2;
Unidades: Água (20ºC): 1,01.10-6 m2/s.
Água (20ºC): 1,01.10-3 N.s/m2.
Sugestão: https://www.youtube.com/watch?v=YHqI5PKmG-A
VISCOSIDADE versus TEMPERATURA
𝜇

𝑇
Figura: Efeito da temperatura na viscosidade em líquidos e gases.
CLASSIFICAÇÃO DO ESCOAMENTO

12
ESCOAMENTOS COMPRESSÍVEIS E INCOMPRESSÍVEIS

– A principal diferença entre hidrodinâmica e aerodinâmica


é a propriedade da compressibilidade dos meios fluidos,
número de Mach.
Quando M < 0,3 os gases podem
ser tratados como fluidos
13
incompressíveis (variações de
densidade inferiores a 5%)

C = 340 m/s
M = 0,3 = 100 m/s
SEGUNDO O TIPO DE FLUIDO

14
SEGUNDO O TIPO DE FLUIDO

• Parâmetro adimensional mais utilizado na mecânica dos fluidos. Não


é só a velocidade que determina a característica do escoamento
(massa específica, viscosidade e dimensão do duto são igualmente
importantes). Estes parâmetros combinados produzem o número de
Reynolds.

15

ou
Aplicação 1

16
Aplicação 1

17
• Aplicação 2
Qual o número de Reynolds para o
escoamento de água a 20ºC num tubo de
50 mm de diâmetro com escoamento de 1
m/s e ν = 10-6 m²/s? Calcule também a
velocidade para o outro regime.

18
• Aplicação 2
Qual o número de Reynolds para o
escoamento de água a 20ºC num tubo de
50 mm de diâmetro com escoamento de 1
m/s e ν = 10-6 m²/s? Calcule também a
velocidade para o outro regime.

19

TURBULENTO
• Qual o número de Reynolds para o
Aplicação 2
escoamento de água a 20ºC num tubo de
50 mm de diâmetro com escoamento de 1
m/s e ν = 10-6 m²/s? Calcule também a
velocidade para o outro regime.

20

O regime de escoamento laminar ocorre quando:


- V é muito baixa
- D é muito pequeno
- ν é muito alta
Composição de Forças Atuantes em
um Fluido
• Tensões decorrentes da
ação de forças sobre um
fluido (em uma área
infinitesimal a tensão pode
ser descrita em duas
componentes).

21
Composição de Forças Atuantes em um Fluido
• A componente normal dividida pela área é a tensão normal e a força tangencial
pela área é a tensão de cisalhamento.

22

Tensões de cisalhamento: agem


Tensões normais: agem
tangencialmente às faces do corpo.
perpendicularmente às faces do corpo.

Fig.: Componentes de força, tensão e cisalhamento.


Lei da Viscosidade de Newton
• A tensão de cisalhamento produz um escoamento viscoso, uma
deformação no fluido, e um gradiente de velocidade, que é
equivalente à taxa de deformação.

23

Figura: Fluido localizado entre duas placas planas separadas por uma distância y.
Reologia

24

Fig.: Esquema de classificação dos fluidos


segundo comportamento reológico.
Fluido Newtoniano
• A lei de Newton da viscosidade
impõe uma proporcionalidade
ente a tensão de cisalhamento e
o gradiente da velocidade. Tal
fato leva à introdução de um
coeficiente de
proporcionalidade na equação
apresentada anteriormente.
Essa grandeza µ é uma propriedade de cada fluido e de suas
condições, como, por exemplo, a pressão e, principalmente, a
temperatura.
25
Fluido Newtoniano

26
Fluido Newtoniano

• A relação entre a taxa de deformação (du/dy) e a tensão


aplicada é direta e igual à viscosidade do fluido.
27
Fluido Newtoniano
• Quando a distância Ɛ é
pequena, pode-se
considerar, sem muito erro,
que a variação de v com y
seja linear.

28
Fluido Newtoniano

29
Aplicação 3

Na figura, uma placa de espessura desprezível e área A1 =2m² desloca-se com v = 5 m/s constante, na
interface de dois fluidos, tracionada por uma força F = 400 N. Na parte superior, ε = 1 mm e o diagrama
de velocidades é considerado linear. Na parte inferior, o diagrama é dado por v = ay²+ by + c. Pede-se:
a) a tensão de cisalhamento na parte superior da placa em movimento;
b) a tensão de cisalhamento na face inferior da mesma placa;
c) a expressão do diagrama de velocidades v = f (Y) no fluido superior;

30
Aplicação 3

a) a tensão de cisalhamento na parte superior da placa em movimento;

b) a tensão de cisalhamento na face inferior da mesma placa;


31
Aplicação 3

c) a expressão do diagrama de velocidades v = f (Y) no fluido superior;

1° Condição: Y=0 e V=0 2° Condição: Y=0,001m e V=5 m/s

32
Aplicação 4

33

34
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS

35

Fig.: Esquema de classificação dos fluidos segundo


comportamento reológico.
Gráfico Reológico

36
Fluidos Não Newtonianos

37
Aplicação 5

( ) Sobre alimentos descritos como fluidos não newtonianos, pode-se


afirmar que fluidos pseudoplásticos são caracterizados como fluidos não
newtonianos, cuja viscosidade aparente diminui com o aumento da taxa
de cisalhamento.
( ) Fluidos não newtonianos, cuja viscosidade aparente depende do
tempo de aplicação da tensão de cisalhamento, podem ser subdivididos
em tixotrópicos e dilatantes.
38

( ) Fluidos nos quais a viscosidade aparente decresce, conforme a taxa


de deformação aumenta, são chamados pseudoplásticos.
( ) Fluidos descritos como Plástico de Bingham são fluidos newtonianos
cuja viscosidade não se altera com a taxa de cisalhamento.
Aplicação 5

( V ) Sobre alimentos descritos como fluidos não newtonianos, pode-se


afirmar que fluidos pseudoplásticos são caracterizados como fluidos não
newtonianos, cuja viscosidade aparente diminui com o aumento da taxa
de cisalhamento.
( F ) Fluidos não newtonianos, cuja viscosidade aparente depende do
tempo de aplicação da tensão de cisalhamento, podem ser subdivididos
em tixotrópicos e dilatantes.
39

( V ) Fluidos nos quais a viscosidade aparente decresce, conforme a taxa


de deformação aumenta, são chamados pseudoplásticos.
( F ) Fluidos descritos como Plástico de Bingham são fluidos newtonianos
cuja viscosidade não se altera com a taxa de cisalhamento.
Estática dos Fluidos
40
Princípio de Pascal
• A pressão, num ponto de um fluido em
repouso, é a mesma em qualquer direção.
Assim, atua igualmente em qualquer direção.

Assim, a pressão aplicada em um fluido, contido


em um recipiente fechado, será transmitida
integralmente a todos os pontos do fluido e à
parede do recipiente.

41
Equação Básica da Estática dos Fluidos
Lei de Stevin

A equação é vetorial e pode ser representada de forma escalar, para cada uma
das componentes nas direções x,y e z:

42
Equação Básica da Estática dos Fluidos
• Considerando um eixo y vertical com sentido positivo
para cima (+dp/dy), conclui-se que a pressão varia
somente em função de y positivo.

Pressão em um fluido estático


só varia com a profundidade.

43

• E que os planos xz horizontais são planos isobáricos, ou seja,


pontos que estão à mesma altura (ou profundidade) dentro do
mesmo fluido possuem pressões estáticas iguais.
Lei de Stevin – Fluido Incompressível
• Segundo Stevin, “a variação da pressão entre dois pontos (p1-p2)
no interior de uma massa fluida em repouso é igual ao peso da
coluna de base unitária desse fluido entre os pontos
considerados”. Ou seja, “é igual ao produto da diferença de
profundidade e o peso específico”.

44
Lei de Stevin
• O formato do recipiente não importa.
• A pressão dos pontos no mesmo nível é a mesma.

45

• No teorema de Stevin para fluidos incompressíveis, não interessa a


distância entre os pontos e sim a cotas entre eles (h).

• Nos gases com pequeno peso específico e pequena diferença entre


as cotas deve-se desprezar a diferença de pressão entre eles.
Medidores de Pressão
46

Piezômetro, manômetro em U,
manômetro diferencial e manômetro tipo
Bourbon, transdutores de pressão.
Equação Manométrica
• Podemos determinar a pressão de um
reservatório onde o fluido está contido
pela diferença de pressão entre eles.
• Usamos o Teorema de Stevin e a Lei de
Pascal.
• Podemos usar também a regra básica,
soma tudo que está descendo até a linha
isobárica mais baixa e subtrai as pressões
que está subindo e iguala a ultima
47

pressão.
Aplicação 6

48
a) Ponto B: 49
b) Ponto C:
50
Aplicação 7

51
Aplicação 7

52
Aplicação 8

Na Figura a pressão no ponto A é de 172,37 kPa. Todos


os fluidos estão a 20°C. Qual é a pressão do ar na
câmara fechada B, em Pa?

53
Aplicação 8

54
Empuxo X Peso

Sendo E o Empuxo.
Força vertical
orientada para
cima.

Sendo P o Peso.

PA= P – E
Sendo PA peso aparente.
Flutuabilidade

56
Estabilidade à Rotação
Essa estabilidade rotacional depende da posição do CG e o CB:

57
Aplicação 9

( ) Pelo princípio de Arquimedes tem-se que a pressão aplicada a um líquido


confinado num vaso transmite-se, sem qualquer diminuição, a todos os pontos do
líquido e às paredes do vaso.
( ) Um corpo, que está parcialmente submerso, flutua em equilíbrio estático na
superfície de um fluido devido à ação de um empuxo que pode ser determinado
pela massa específica do fluido x volume do fluido deslocado pelo corpo;
( ) Um corpo ovalado encontra-se totalmente submerso. Se tal corpo sempre
estiver numa posição de equilíbrio estável para pequenas rotações, então, o centro
58

de gravidade desse corpo está localizado abaixo do centro de empuxo e na mesma


linha vertical.
( ) Duas forças atuam sobre um corpo flutuando: a força peso e a força de
empuxo. O centro de carena de um corpo flutuante é o centro geométrico da parte
submersa do corpo, sendo o local onde é aplicada a força de empuxo.

[FONTE: CESGRANRIO]
Aplicação 9

( F ) Pelo princípio de Arquimedes tem-se que a pressão aplicada a um líquido


confinado num vaso transmite-se, sem qualquer diminuição, a todos os pontos do
líquido e às paredes do vaso. (um corpo total ou parcialmente imerso num fluido sofre um empuxo que é igual
ao peso do fluido deslocado.)

( F ) Um corpo, que está parcialmente submerso, flutua em equilíbrio estático na


superfície de um fluido devido à ação de um empuxo que pode ser determinado pela
massa específica do fluido x volume do fluido deslocado pelo corpo; (viscosidade e volume)
( V ) Um corpo ovalado encontra-se totalmente submerso. Se tal corpo sempre
estiver numa posição de equilíbrio estável para pequenas rotações, então, o centro de
59

gravidade desse corpo está localizado abaixo do centro de empuxo e na mesma linha
vertical.
( V ) Duas forças atuam sobre um corpo flutuando: a força peso e a força de
empuxo. O centro de carena de um corpo flutuante é o centro geométrico da parte
submersa do corpo, sendo o local onde é aplicada a força de empuxo.

[FONTE: CESGRANRIO]
Força Sobre Superfície Plana Submersa
O empuxo (força resultante - FR) exercido sobre uma superfície plana
imersa é uma grandeza tensorial perpendicular à superfície e igual ao
produto da área do objeto (A) pela pressão relativa ao centro de
gravidade da área (CG).

60
Pressão
1/3 h
*placa plana
Linha de ação de FR
A posição (hp) do centro de pressão (CP) ou centro de aplicação da
força resultante pode ser determinado aplicando-se o teorema dos
momentos, ou seja, o momento resultante em relação a interseção 0
igualando-se aos momentos das forças elementares dF.

h
61
hp

1/3 h
*placa plana
Momento de Inércia, Área e Centro de Gravidade

62
Momento de Inércia, Área e Centro de Gravidade

63
Momento de Inércia, Área e Centro de Gravidade

64
Aplicação 10

Uma comporta retangular quadrada de 0,90m de lado, trabalha sobre pressão para reservar água
(1000 kg/m³), cuja superfície livre está 2,4 metros acima da mesma. Calcule a força resultante, o
centro de aplicação e a força requerida para o equilíbrio, supondo que seja articulada na
extremidade superior, a força contrária deverá ser admitida na extremidade inferior da comporta.

65
66


c)

67
Força sobre Superfície Plana Submersa Inclinada

68
Força sobre Superfície Plana Submersa Inclinada

69

Sendo:
Aplicação 11

Considerando um peso específico de 1200 kgf.m -3, determine a força de empuxo e a posição do
centro de pressão (hCP e YCP), para a comporta retangular inclinada.

70
Aplicação 11

71

Y
Aplicação 11

72
Aplicação 11

73
Força sobre Superfície Curva
Submersa

74
Força sobre Superfície Curva Submersa

75
Aplicação 12

O tanque na figura ao lado


tem 3 m de largura no
papel. Desprezando a
pressão atmosférica, calcule
a força hidrostática
(a) horizontal, 76

(b) força vertical e


(c) força resultante no
painel BC do quarto de
círculo.

77

78

79
Bibliografia Sugerida
Básicas (Principais)

FOX, R.W.; PRITCHARD, P.J.;MCDONALD, A.T. Introdução à


mecânica dos fluidos. 7ª Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

ÇENGEL, Y.A.;CIMBALA, J.M. Mecânica dos fluidos:


fundamentos e aplicações. São Paulo: McGraw-Hill, 2007.
80

MUNSON, B.R.; YOUNG, D.F.;OKIISHI, T. H. Fundamentos da


mecânica dos fluidos. 4ª Edição. São Paulo: Edgard Blücher,
2004.
Bibliografia Sugerida
Complementares

WHITE, F. M. Mecânica dos fluidos. 6ª Edição. Rio de Janeiro:


McGraw-Hill,2006.

POTTER, M. C.; WIGGERT D. C.; RAMADAN, B. H. Mecânica Dos


Fluídos. 4ª Edição. São Paulo: Cengage, 2014.
81

BIRD, R. Byron; STEWART, Warren E; LIGHTFOOT, Edwin N.


Fenômenos de transporte. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
Bibliografia Sugerida

BRAGA FILHO, Washington. Fenômenos de Transporte para


Engenharia. 2.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Ed. Pearson,


2011.

LIVI, Celso P. Fundamentos de Fenômenos de transporte:


um texto para cursos básicos. Rio de Janeiro, RJ: LTC,
82

c2004.

BISTAFA, S. R. Mecânica dos fluidos. Editora Blucher, 2010.


Questionário de Avaliação do Aulão

83
84

Você também pode gostar