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Departamento de Engenharia Mecânica

DEMEC

Módulo 5
Lubrificação e Lubrificantes

Tribologia

Prof. Dr. Vinícius Carvalho Teles


TRIBOLOGIA

SUPERFÍCIE CONTATO

DESGASTE ATRITO LUBRIFICAÇÃO

Dr. Vinícius Carvalho Teles slide 2


Lubrificantes e lubrificação

• O coeficiente de atrito ao deslizamento para os metais


secos, bem como para a maioria dos polímeros e 𝐹max 1
cerâmicas, dificilmente tem valor menor que 0,5. 𝜇= =
𝑊
𝜏0
2 𝜏𝑖
−1

• Em aplicações de Engenharia, tais valores geram forças


de atrito elevadas e perdas de energia indesejáveis. 𝜏0 : resistência ao cisalhamento do material
𝜏𝑖 : resistência ao cisalhamento do filme interfacial

• O lubrificante pode prevenir totalmente ou não o


contato entre as asperezas. De qualquer maneira, seu 𝜏𝑖 = 0,9 𝜏0 𝜇 = 1
uso reduz a taxa de desgaste. 𝜏𝑖 = 0,5𝜏0 𝜇 = 0,3
𝜏𝑖 = 0,1𝜏0 𝜇 = 0,05
• Podem ser gasosos, líquidos ou sólidos.
Qual a principal característica de um fluido
lubrificante????

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Lubrificantes e lubrificação

• Hidrodinâmica: as superfícies são separadas por um filme fluido. Em


função da espessura, a pressão hidrostática no filme causa pequenas
distorções nas superfícies, que podem ser tratadas como rígidas.

• Elastohidrodinâmica: a pressão no filme é grande, e a espessura


pequena, de forma que a deformação elástica deve ser considerada.

• Limite ou limítrofe: a separação é feita por um filme molecular


adsorvido pelas superfícies. Há o contato entre as asperezas e a
formação de junções.

• Sólida: é utilizado um filme interfacial sólido de baixa resistência ao


cisalhamento.

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Viscosidade

É a propriedade mais importante de um lubrificante. É a medida da resistência do fluido ao fluxo


cisalhante.

dv dv v0
τ=η =
dy dy h

Desenho esquemático de um fluido separando duas placas infinitas


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Viscosidade

Unidade de viscosidade dinâmica no SI é Kg.m-1.s-1 ou Pa.s

: viscosidade dinâmica Pa.s ou cP.


1 cP = 10-3 Pa.s
A água, à 20ºC, possui  = 1 cP.
Óleos lubrificantes: de 2 a 400 cP (em geral).

 / : viscosidade cinemática (m2/s ou cSt).


1 cSt = 10-6 m2/s

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Viscosidade

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Viscosidade

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Viscosidade - Temperatura
A viscosidade é fortemente
influenciada pela temperatura.

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Viscosidade – Temperatura

Índice de Viscosidade (IV)

• Valores altos indicam que o óleo apresenta menor


declínio relativo da viscosidade com a temperatura.

• O índice de viscosidade da maioria dos óleos minerais


refinados disponíveis no mercado é de cerca de 100,
enquanto os óleos multigraduados e sintéticos têm
índices de viscosidade mais altos, cerca de 150.

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Obs: HFC: solução aquosa de polímero
Viscosidade – Pressão HFD: fluido sintético sem água

Relação viscosidade/pressão:
• A viscosidade aumenta com a pressão e
pode ser aproximada pela equação.

μ0 = viscosidade à pressão atmosférica e c uma constante;


c = 1,7 x 10-3 bar-1 para óleo mineral (HL)
c = 3,5 x 10-4 bar-1 para fluídos à base de água (HFC)
c = 2,2 x 10-3 bar-1 para fluídos sintéticos (HFD)

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Lubrificantes

Composição e propriedade de óleos e graxas

A maioria dos óleos é de origem mineral – óleos


minerais. Há dois grandes grupos: parafínicos e
naftênicos.

Óleos sintéticos: para temperaturas extremas (altas ou


baixas) e onde exige-se baixa flamabilidade como
requisito. São mais caros que os óleos minerais. Ex.:
ésteres orgânicos, poliglicóis e silicones.

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Lubrificantes

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Lubrificantes

Aditivos para aumentar o índice: polímeros, como polibuteno e poliacrilato. Podem perder eficiência em
altas taxas de cisalhamento.

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Lubrificantes - Aditivos

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Lubrificantes

Graxa:
Composto sólido, ou semi-fluido, de um óleo com um
agente espessante.

O espessante geralmente é um sabão (sal metálico


formado pelo ácido carboxílico) ou uma argila (como a
Bentonita).

Sabões mais utilizados: de Cálcio (mais barato) ou de


Lítio (faixa de temperatura maior).

Aditivos utilizados: EP e lubrificantes sólidos (Grafite e


Bissulfeto de Molibdênio).

Não são drenadas pela simples ação da gravidade,


além de poder vedar contra poeiras e outros
contaminantes.

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Lubrificação Hidrodinâmica

As superfícies são separadas por um filme de fluido lubrificante


relativamente espesso, que suporta a carga normal.

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Lubrificação Hidrodinâmica

➢ As superfícies devem ser conformes e a folga deve convergir.

➢ Elas possuem uma área de contato grande e mensurável.

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Lubrificação Hidrodinâmica
A distribuição de pressão no filme segue a equação de Reynolds, extraída das equações de Navier-Stokes com as
seguintes hipóteses:

➢ filme fino, comparado com as demais dimensões;


➢ forças dominantes devido à viscosidade;
➢ variações desprezíveis de viscosidade;
➢ fluido incompressível;
➢ escoamento laminar.

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Lubrificação Hidrodinâmica Distribuição de pressão

𝑑𝑝 −6𝜂𝑈 ℎ − ℎ∗
=
𝑑𝑥 ℎ3
Força máxima de carregamento

𝐿2
𝑊 = 6𝜂𝐾𝑈 2
ℎ0
ln(1 + 𝑛) 2
𝐾= 2

𝑛 𝑛(2 + 𝑛)
h*: separação no ponto de máxima pressão (dp/dx=0). ℎ1
U: velocidade de deslizamento.
𝑛= −1
ℎ0
η: viscosidade
Distribuição de pressão  integrar a equação anterior considerando p=0 em x=0 e x=L  integrando
novamente carga W suportada pelo mancal:
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Lubrificação Hidrodinâmica
2
R
W = SU 2 Se W é conhecido pode-se
h estimar a excentricidade

𝑤 2 𝜋𝜀 𝑤
𝑆= 0,621𝜀 2 +1 0,5 𝑝/ <1/3
𝐷 1−𝜀 2 2 𝐷

h: espessura média do filme (folga radial).


R: raio do mancal. A força de atrito é dada aproximadamente por:
𝜀: excentricidade
Equação de Petrov
D: diâmetro do mancal.
2UR F  2  h 
 = =   
w: largura do mancal.
U: velocidade periférica.
F=
S: número de Sommerfeld (depende da largura,
h W  S  R 
diâmetro e razão h1/h0 ou excentricidade).

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Curva de Stribeck

A curva de Stribeck, a seguir, mostra este comportamento, refletindo os vários tipos de lubrificação.

Lubrificação
limítrofe

Lubrificação
elasto-
hidrodinâmica Lubrificação
(mista) hidrodinâmica

𝜂U/W

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Lubrificação hidrodinâmica – fluido comprimido
Em algumas aplicações, o movimento perpendicular é importante. Isto ocorre em mancais sujeitos a cargas cíclicas -
virabrequim.
O filme lubrificante é bastante comprimido.
A formulação passa a ser:

dp 12V x − x
=
( *
) L3
W = V 3
dx h3 h0

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Lubrificação hidrodinâmica – mancal a ar

• Mancais à gás têm algumas vantagens em altas Mesa posicionadora de baixo atrito
velocidades: baixo atrito e faixa de temperatura
extensa.

• Todavia, como a espessura do filme gasoso tende a


ser menor, as tolerâncias e o acabamento
superficial devem ser mais precisos.

• Um mancal lubrificado com óleo normalmente


trabalha com pressões no filme da ordem de
2MPa. Nos casos de cargas cíclicas, um valor de
pico típico é de 50MPa. Já os mancais à gás
operam na faixa de 100kPa.

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Lubrificação Elasto-hidrodinâmica
• Ocorre quando as superfícies em contato são não-conformes.
• Como envolvem um ponto ou uma linha de contato, as pressões localizadas nesta região são bem
maiores que as observadas no caso hidrodinâmico.

➢ Pressão localizada: da ordem de GPa e podem deformar elasticamente a superfície.


➢ A pressão pode alterar significativamente a viscosidade.
➢ Espessura típica do filme lubrificante: dezenas de micrometros.
➢ Pela teoria hidrodinâmica, deveria acontecer o contato de asperezas.
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Lubrificação Elasto-hidrodinâmica

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Lubrificação Elasto-hidrodinâmica
Duas modificações na teoria hidrodinâmica são
necessárias para demonstrar a formação do fluido
lubrificante:

• Altas pressões aumentam a viscosidade


(localmente).

• Com 500 MPa -> a viscosidade pode aumentar em


20000.

𝜂 ≈ 𝜂0 𝑒 𝛼𝑃 Durante o deslizamento, a
superfície de contato é
paralela ao plano com a
exceção de um ressalto na
• A deformação elástica, considerando aplicação de
borda.
carga normal, força de atrito e filme lubrificante, tem
um perfil diferenciado.
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Lubrificação Elasto-hidrodinâmica

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Lubrificação Elasto-hidrodinâmica

Ver artigo moodle

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Lubrificação Elasto-hidrodinâmica

A espessura mínima do filme pode ser calculada pela equação (exemplo):

Se usarmos a teoria da hidrodinâmica


podemos encontrar o seguinte valor de
espessura mínima.
sendo
𝑢2 𝜂2 𝑅3
ℎ𝑚𝑖𝑛 = 140
𝑊2

Percebe-se que a influência da carga normal é bem menos importante que no caso hidrodinâmico.

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Lubrificação Elasto-hidrodinâmica

O parâmetro , envolvendo a espessura mínima e a rugosidade superficial, determina o colapso do


filme.
ℎ𝑚í𝑛
𝜆= 𝜎 ∗2 = 𝑅𝑞1 2 + 𝑅𝑞2 2
𝜎∗

➢  > 3  o contato entre asperezas é


desprezível, o atrito e o desgaste são baixos;

➢ 1 <  < 3  lubrificação elasto-hidrodinâmica


parcial ou lubrificação mista. Há algum
contato de asperezas;

➢  < 1  cargas elevadas e velocidades baixas,


levando a um dano severo.

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Exemplos – superfícies conformes

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Exemplos – superfícies não-conformes

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Lubrificação limítrofe
➢ Carga muito elevada;
➢ Operações de baixa velocidade e alto torque;
➢ Espessura de filme não separa pistas do rolamento -> ocorre contato direto entre as
asperezas!
Lubrificação
Hidrodinâmica
FALHA!!

𝜂U/W

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Lubrificação limítrofe
➢ Os filmes limítrofes são filmes finos, adsorvidos ou formados por reação química, de aditivos sobrea superfície.

➢ Eles protegem as superfícies do contato metal-metal.

➢ O filme formado é muito menor que a rugosidade superficial.


➢ h = 0,2 a 10 nm e f = 0,06 a 0,2

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Lubrificação limítrofe

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Lubrificação limítrofe
Os picos das asperidades podem ser protegidos por filmes lubrificantes de algumas moléculas de espessura:

Esses filmes atuam,


muitas das vezes,
apenas no local do
contato

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Lubrificação limítrofe

Viscosidade? Densidade? Composição química!

➢ Para a formação de um filme protetor adsorvido é preciso:

elevada energia de superfície e reatividade química elevada

➢ Haverá uma forte tendência para as moléculas do aditivo de adsorver na superfície e/ou reagir com ela.

➢ Os metais tendem a ser superfícies mais fáceis de serem lubrificadas.

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Lubrificação limítrofe

➢ O coeficiente de atrito é da ordem de 0,03-0,2 (Godfrey, 1968).


➢ Redução no atrito - proporcional ao peso molecular e ao comprimento da cadeia de hidrocarbonetos.

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Lubrificação limítrofe
Mecanismos fundamentais de interação

Adsorção física Adsorção


química
Reação química

Adesão mais forte -> melhores resultados


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Lubrificação limítrofe
Adsorção física

➢ Ligações fracas – Forças de van der Waals

➢ Típico de álcoois e aldeídos

➢ Alinhamento perpendicular a superfície

➢ Existência de forças coesivas entre as moléculas

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Lubrificação limítrofe Adsorção química

➢ Afinidade química dos ácidos graxos com o óxido do


metal

➢ Quimissorção - Formação de ligações químicas

➢ Compartilhamento de um ou mais pares de elétrons


entre átomos – Ligação covalente

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Lubrificação limítrofe

Ligações fracas ou, até mesmo,


repulsão entre as caldas
Ligações fortes entre a cabeça e
o substrato

➢ Moléculas do lubrificante são aderidas a camada de óxido do metal.


➢ A cadeia de moléculas – alinhamento perpendicular a superfície.
➢ Baixa tensão de cisalhamento interfacial – repulsão mútua

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Lubrificação limítrofe
Efeito da Temperatura

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Lubrificação limítrofe

➢ Alta energia de ativação e alta energia superficial


Reação química
➢ Troca de elétrons de valência e formação de novos
compostos

➢ O lubrificante se comporta mais como sólido do que como


liquido viscoso

➢ Boa lubrificação para cargas elevadas, altas temperaturas


e altas velocidades

➢ Agente corrosivo em casos extremos

Aditivos de Extrema Pressão (EP)

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Lubrificação limítrofe
Óleos naturais contém moléculas com propriedades de lubrificação limítrofe:

- Óleo de Rícino – mamona


- Óleo de Canola – Canadian oil low acid – ácido erúcico

Óleos vegetais

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Lubrificação limítrofe

➢ Aditivos extrema pressão (EP) e anti-desgaste

➢ Eles reagem com a superfície quando sujeitos a


condições severas

➢ Formam-se nas regiões críticas compostos com


baixa resistência ao cisalhamento

➢ Aditivos normalmente contém:

➢ Enxofre
➢ Fósforo
➢ Zinco

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Lubrificação limítrofe

Acreditava-se que o fator principal para o comportamento dos aditivos EP fosse as


elevadas pressões de contato. Hoje sabe-se que as altas temperaturas transientes, ou
a deformação plástica rápida das asperezas, são mais importantes que a pressão.

O uso de aditivos deve ser na medida certa: a falta leva a danos mecânicos, porém o
excesso causa ataque químico.

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Lubrificação sólida

➢ Alguns materiais sólidos apresentam baixíssimos coeficientes de atrito.


➢ Um mancal pode ser feito destes materiais, ou revestido com eles, proporcionando um sistema auto-
lubrificante.
➢ Melhores exemplos: grafite, bissulfeto de molibdênio , Teflon e hBN.

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Lubrificação sólida

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Lubrificação sólida

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Lubrificação sólida

➢ Podem ser aplicados como revestimentos, fazer parte do material do mancal,


adicionados como lubrificantes em pó ou misturados em suspensão em óleos e
graxas.

➢ Limitações: decomposição ou oxidação ao ar. A umidade é necessária ao grafite e


prejudicial para o bissulfeto de Molibdênio (gráfico).

➢ Novos materiais têm sido extensamente pesquisados para esta aplicação.

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Lubrificação sólida

Altas temperaturas (limitação) - decomposição ou oxidação ao ar.

Grafite ~ 500 °C

𝑀𝑜𝑆2 ~ 300 °C

Teflon ~ 250 °C

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Lubrificação sólida
Filmes metálicos que atuam como lubrificantes sólidos - um exemplo é o Índio:

➢ Há uma espessura de filme ideal:

➢ valores menores não evitam o contato


entre as asperezas

➢ valores maiores o comportamento fica


semelhante ao do atrito de metais puros

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Lubrificação sólida -> DLC

➢ DLC (Diamond-like carbon)- forma meta-estável de carbono amorfo que contém uma fração significativa de
ligações do tipo sp3 (átomos de carbono hibridizados).

➢ Propriedades dos DLC’s = combinação das propriedades características do diamante e do grafite e depende da
razão das ligações sp2/sp3.

Diagrama de fases ternário, dependendo da quantidade de hidrogénio incorporado e do tipo de ligação química

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Lubrificação sólida -> DLC

➢ Propriedades do DLC

➢ Coeficiente de atrito de um filme de DLC contra aço polido = 0,05 a 0,2;

➢ Lubricidade na atmosfera ambiente e em vácuo;

➢ Alta resistência ao desgaste;

➢ É quimicamente inerte, podendo ser utilizado como tratamento anti-


corrosão para os mais diversos tipos de ambientes agressivos;

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Lubrificação sólida -> DLC

➢ Propriedades do DLC

➢ Alta dureza: 10 a 40 GPa (ou 1020 a 4080 HV);

➢ Boa transparência óptica;

➢ Boa aderência nos mais diversos tipos de metais,


principalmente nos aços;

➢ Biocompatível.

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Lubrificação sólida -> DLC

Nissan reduz consideravelmente atrito em componentes do motor:

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Exercício aula 05

1. Explique os regimes de lubrificação de acordo com a curva de Stribeck (gráfico abaixo).

2. Defina lubrificação limítrofe e descreva os principais conceitos associados ao atrito em condições limítrofe.
3. Defina lubrificação sólida e descreva os principais conceitos associados ao atrito de contatos com a presença
de lubrificantes sólidos.

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Bibliografia

1.Hutchings, I. M., “Tribology : Friction and Wear of Engineering Materials”; CRC Press, Boca Raton, USA, 1992, 273 p.

2.Bharat Bhushan, “Introduction to Tribology”, John Wiley & Sons, Second edition, ISBN 978-1-119-94453-9, April
2013, 738 p.

3.Stachowiak, G. W.; Batchelor, A. W., 2005, “Engineering Tribology”, Butterworth – Heinemann, 3ª edition, Woburn,
MA, USA, ISBN-13: 978-0750678360, 832p.

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