04 - Aplicações de Eletromagnetismo Na Engenharia

Aplicações de eletromagnetismo na
engenharia
Prof. Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira
Descrição
Aplicações práticas do eletromagnetismo na engenharia para a criação de dispositivos de transporte, comunicação,
geração de energia, entre outras.
Propósito
A partir do conhecimento dos fenômenos eletromagnéticos, analisar os princípios de aplicações práticas na engenharia
das interações entre o campo elétrico e magnético.
Preparação
Antes de iniciar o conteúdo, faça o download do Solucionário. Nele, você encontrará o feedback das atividades.
Objetivos
Módulo 1
Aplicações de campo elétrico e magnético na engenharia
Aplicar o conhecimento de campo elétrico e magnético bem como suas interações em algumas aplicações na engenharia.
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Módulo 2
Propagação de onda eletromagnética em meio sem perda
Aplicar o conhecimento do eletromagnetismo nos princípios da propagação de ondas eletromagnéticas nos meios sem perda.
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Módulo 3
Propagação em meio com perda e na passagem por dois meios
Aplicar o conhecimento do eletromagnetismo nos princípios da propagação de ondas eletromagnéticas nos meios com perda e na reflexão
e transmissão da onda.
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meeting_room
Introdução
Olá! Antes de começarmos, assista ao vídeo e confira os principais pontos abordados neste conteúdo.
O que você achou do conteúdo?
Relatar problema

Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar o conhecimento de campo elétrico e magnético bem como suas interações em algumas
aplicações na engenharia.
Vamos começar!
video_library
Veja a seguir os principais pontos que serão abordados sobre o assunto.
Relatar problema
Análise de campos irradiados

Atualmente, existem diversos estudos que tentam conectar os campos irradiados por sistemas de comunicações ou sistemas de distribuição de
energia com doenças provocadas nos seres humanos.
Existem várias recomendações que determinam as intensidades máximas permitidas para os campos. Nesse contexto, o conhecimento dos
campos elétricos e magnéticos pode ser utilizado para quantizar a intensidade desses campos. A seguir, veremos um exemplo desse tipo de
análise.
Exemplo 1
Seja uma linha de transmissão trifásica em alta tensão composta por três condutores cilíndricos de raio 20cm. Cada condutor corresponde a uma
fase, sendo, portanto, um sistema trifásico. A amplitude da tensão entre dois condutores é de 765 kV. As linhas transmitem uma potência de 1000
MVA, correspondendo a amplitude de corrente de 755 A, em cada condutor.
Considere que a altura da linha é de 12m e que o homem apresenta uma altura de 2m, localizando-se abaixo do condutor central.
Esquemático de uma linha de transmissão em alta tensão.
Solução
Cada condutor terá uma densidade de carga linear ρ L ⋅ O valor do campo elétrico irradiado por um condutor cilíndrico.
→
E =
ρL
^
r
2πε 0 r
Rotacione a tela. screen_rotation
A diferença de potencial entre dois pontos será dada por:
rf rf rf
ΔV = − ∫
→
E ⋅ d^
r = −∫
ρL
r
^ ⋅ dr^
r = −
ρL
∫
1
dr
ri ri 2πε 0 r 2πε 0 ri r
ρL rf ρL ri
ΔV = − [ln r] r = ln ( )
i
2πε 0 2πε 0 rf
Assim:
ρL 10 − 0, 20
3
765 × 10 = ln ( )
2πε 0 0, 20
Resolvendo a equação, com ε 0 = 8, 85 × 10

−12
F /m, obtém ρ L = 10, 9μC/m.
O campo elétrico na cabeça do homem será dado pela soma vetorial do campo gerado por cada um dos condutores. Analisando a geometria, a
seguir, verifica-se que o ângulo formado entre o campo gerado pelo condutor externo e a horizontal é de 45o.
Campo elétrico.
Como consequência, temos que:
Campo elétrico E1
→
E1 =
ρL
(cos (
π
)x
^ − sen (
π
)y)
^ = 9, 8x
^ − 9, 8ykV
^ /m
2 2 4 4
2πε 0 √ 10 + 10
Campo elétrico E2
→
E2 = −
ρL
x
^ = −19, 6ykV
^ /m
2πε 0 10
Campo elétrico E3
→
E3 =
ρL
(− cos (
π
)x
^ − sen (
π
)y)
^ = −9, 8x
^ − 9, 8ykV
^ /m
2 2 4 4
2πε 0 √ 10 + 10

∣
Nas linhas de transmissão reais, os condutores apresentam tensões defasadas de 120o. Desse modo, o campo resultante será a soma dos campos
elétricos com as respectivas defasagens. Assim:
→
ER =
→
E1 e
Para a componente x:
E x = 9, 8 [−
Para a componente y:
E y = 9, 8 [
E y = 9, 8 [
2
2
−j120
2
0
cos(wt) −
+
cos(wt) +
→
E2
√3
2
+
2
→
E3 e
0
j120
0
E x = E 1x cos (wt − 120 ) + E 2x cos(wt) + E 3x cos (wt + 120 )
∘
E x = 9, 8 cos (wt − 120 ) + 0 cos(wt) − 9, 8 cos (wt + 120 )
√3
sen(wt)] − 9, 8 [−
E x = 9, 8√ 3 sen(wt)
0
1
2
Campo elétrico resultante ER
cos(wt) −
E y = E 1y cos (wt − 120 ) + E 2y cos(wt) + E 3y cos (wt + 120 )
0
E y = −9, 8 cos (wt − 120 ) − 19, 6 cos(wt) − 9, 8 cos (wt + 120 )
1
cos(wt) −
√3
sen(wt)] − 19, 6 cos(wt) + 9, 8 [
sen(wt)] − 19, 6 cos(wt) + 9, 8 [
E y = −9, 8 cos(wt)
√3
2
2
∘
∘
sen(wt)]
cos(wt) +
cos(wt) +
0
√3
√3
2
2
sen(wt)]
sen(wt)]
Rotacione a tela.
Rotacione a tela.
Rotacione a tela.
screen_rotation
screen_rotation
screen_rotation
∣
O campo resultante:
→
ER =
√
→
E R = 9, 8√ 3 sen(wt)x
(9, 8√ 3 sen(wt))
→
ER
2
^ − 9, 8 cos(wt)y
+ (9, 8 cos(wt))
2
2
2
^
= √ 3 ⋅ (9, 8) sen (wt) + (9, 8)
A intensidade do campo elétrico irá variar de 9, 8kV /m até 9, 8√3kV /m.

2
2 2 2 2
= √ 4 ⋅ (9, 8) sen (wt) + (9, 8) cos (wt)
Agora, vamos analisar a intensidade do campo magnético. Como a potência transmitida é de 1.000 MVA, temos:
P = √ 3V f ase I L → I L =
1.000 × 10
√ 3 × 765 × 10
Que é a corrente já informada no enunciado.

6
3
= 755A
O campo magnético gerado por cada condutor é dado pela seguinte equação:
→
H =
I
2πr
^
ϕ
Observe a imagem:
Campo magnético.
Ao utilizar a equação do campo magnético gerador por cada condutor, temos que:
Rotacione a tela.
Rotacione a tela.
Rotacione a tela.
screen_rotation
screen_rotation
screen_rotation
Campo magnético H1
→
H1 =
I
(cos (
π
^ + sen (
)x
π
^
)y) ^ + 6yA/m
= 6x ^
2 2 4 4
2π√ 10 + 10
Campo magnético H2
→
H2 =
I
^ = 12yA/m
x ^
2π10
Campo magnético H3
→
H3 =
I
(cos (
π
^ − sen (
)x
π
^
)y) ^ − 6y
= 6x ^
A
2 2 4 4 m
2π√ 10 + 10
As correntes também estão defasadas 120o nos condutores, assim:
→
HR = H1 e
→ −j120
∘
+
→
H2 +
→
H3 e
j120
∘
→
H R = 6√ 3 cos(wt)x
^ − 6 sen(wt)y
^
→
HR
2 2
= √ 3 ⋅ (6) sen (wt) + (6)
2
→R
O módulo do campo magnético irá variar de 6A/m até 6√3A/m. Esse campo corresponderá a uma densidade de fluxo magnético B = μ0 HR
→
que irá variar de 7, 5μT até 7, 5√3μT .

Relatar problema
Princípio dos motores elétricos

Motores eletromagnéticos são dispositivos capazes de gerar uma energia mecânica por meio de uma energia elétrica. Esses dispositivos utilizam da
interação entre um campo magnético e correntes elétricas para produzir forças que são capazes de gerar energia mecânicas. Os motores têm
aplicações em vários equipamentos em nossas vidas.
O princípio do motor se baseia nas forças magnéticas criadas por campos magnéticos. Na presença de um campo magnético, um condutor
atravessado por uma corrente elétrica sofre uma força magnética, consequentemente, a energia elétrica permite a geração de uma energia
mecânica de translação ou de rotação. A seguir, veremos alguns exemplos.
Exemplo 2
Uma barra condutora se encontra sobre trilhos condutores, fechando um circuito elétrico de resistência R, que é alimentado por uma bateria V. A
barra pode se deslocar sem atrito. O circuito é atravessado por um campo magnético B, provocado por um imã, perpendicular ao circuito. Determine
a força que é gerada na barra AB.
Circuito elétrico.
Solução
Como a barra AB fecha o circuito, aparecerá uma corrente no sentido de A para B. A corrente é perpendicular ao campo magnético, observe:
→ → →
dF M = I dLX B → dF M
→ = I BdL
L L
→
FM = ∫
→
dF M → F M = ∫ dF M = ∫ I BdL = I BL
barra AB 0 0
V
F M = BL (N )
R
A barra entra em movimento, produzindo energia mecânica a partir da energia elétrica. Inicialmente, a velocidade da barra irá aumentar com o
tempo, no entanto, com o movimento, ocorrerá um aumento de fluxo magnético através do circuito fechado.
Pela Lei de Faraday, aparecerá uma força contrária ao movimento. Essa força é denominada contraeletromotriz.
O fluxo magnético será dado por Φ M = BLx, em que x é a distância horizontal do circuito fechado, veja na sequência:
d d d
|f em ind | = ΦM = (BLx) = BL (x) = BLv
dt dt dt
A corrente resultante será:
V − BLv
i(t) =
R
Repare que, com aumento da velocidade, essa corrente irá diminuir até zerar, encontrando a velocidade máxima limite para barra.
Também podemos entender esse fenômeno pelas forças mecânicas. A bateria gera uma força constante, fazendo o deslocamento da barra para
direita. Tendo velocidade, ocorre uma força de resistência. Observe na fórmula:
BLv
FM res = BI ind L = B L
R
Quando a força de resistência alcançar o valor da força gerada pela bateria, não teremos mais força resultante, não se tendo mais aceleração. Com
isso, a velocidade será máxima, dada por:
BLv V
B L = BL → V = BLv
R R
Repare que, nesse instante, a corrente que percorre o circuito será nula:
V − BLv
i(t) = = 0
R
A partir desse momento, a barra continuará seu movimento com uma velocidade constante v lim =
V
BL
. Esse é denominado de regime permanente
do motor.
Vamos analisar o regime transitório, em que existirá uma força resultante. Observe na sequência:
V − BLv BL dv
F R = ma(t) = Bi(t)L = B L → (V − BLv) = m
R R dt
2
dv BL V BL
m + v =
dt R R
Resolvendo a equação diferencial anterior, obtém-se a variação da velocidade com tempo. Veja:
V B
2
L
2
− t
v = (1 − e mR
)m/s
BL
Exemplo 3
Seja uma espira condutora retangular, alimentada por uma corrente I, no sentido de B para A, em uma região que apresenta um campo magnético
→ perpendicular ao eixo da espira.
H,
Espira condutora.
A espira pode rodar em torno do seu eixo central. Determine o torque provocado na espira.
Solução
Ao passar uma corrente pelo circuito, teremos em cada barra da espira:
→ → →
dF M = I dL × B = I dL × μ 0 H
→ →
Analisando a espira por uma vista superior, teremos:
Vista superior da espira condutora.
O campo magnético tem sentido do eixo y. Na barra superior e inferior, a corrente estará sempre paralela ao plano XY. Dessa forma, nessas barras,
pela regra da mão direita, a força magnética estará sempre na direção do eixo z, não provocando rotação da espira. Veja:
Regra da mão direita de Fleming.
Para o caso das barras verticais, a corrente terá direção de z. Como campo tem direção de y, a força induzida terá direção de x. Na barra da
esquerda, com corrente para baixo, a força terá sentido de x positivo. Na barra da direita, com corrente para cima, a força terá sentido de x negativo.
Observe na sequência:
−
−
−→ → →
→
dF M = I dLX B = I dLXμ 0 H →
b b
−→
→
FM = ∫ dF M → F M = ∫ dF M = ∫ I BdL = I Bb
barra vertical 0 0
A componente da força, perpendicular à barra, será responsável pela seguinte rotação:
F M rot = I Bb cos θ
O torque inicial será dado pela força resultante, que será a soma das forças atuantes nas barras verticais, que terão o mesmo sentido de rotação. A
distância entre a aplicação das forças e o eixo de rotação será dada por Assim:
a
.
2
a
T = 2F M rot = I Bab cos θ( N. m)
2
Foi gerada, portanto, uma energia mecânica que proporciona a rotação da espira por meio de uma energia elétrica.
Ao se iniciar o movimento de rotação da espira, o fluxo magnético através da espira irá variar. Com isso, aparecerá uma força contraeletromotriz
contrária ao movimento, que aumentará conforme aumenta o valor da velocidade de rotação.
Essa força contraeletromotriz diminuirá o torque, mas o movimento de rotação persistirá. A resolução para obtenção da velocidade angular de
rotação, para este caso, é bastante complexa.
Relatar problema
Princípio do freio magnético
Agora que já estudamos o princípio dos motores elétricos, vamos estudar como o eletromagnetismo pode ser usado para provocar a frenagem de
dispositivos sem o uso de freios mecânicos. Vejamos um exemplo.
Exemplo 4
Retornemos ao exemplo anterior com uma barra condutora que se encontra sobre trilhos condutores, fechando um circuito elétrico de resistência R,
que é alimentado por uma bateria V. Imagine que o movimento da barra já está no regime permanente, com a barra se deslocando, sem atrito, com
uma velocidade constante.
Circuito elétrico.
Determine o que acontecerá com a barra quando a tensão for zerada.
Solução
Quando a bateria for desligada, não teremos mais a força magnética gerada pela bateria. Desse modo, a força resultante será apenas a força gerada
pelo aumento do fluxo magnético, que estará contrária ao movimento, observe:
BLv dv
F M res = B L = −m
R dt
2 2
dv B L
m + v = 0
dt R
A solução dessa equação diferencial ordinária (EDO) dará a variação da velocidade com o tempo, veja:
V B
2
L
2
− t
v = e mR
BL
Repare que a barra diminuirá sua velocidade com o tempo, sem a necessidade de uma frenagem mecânica externa. Esse freio é denominado freio
eletromagnético.
post_add
Saiba mais
Em casos práticos – por exemplo, trens que são de metrô –, toda essa perda de energia cinética da frenagem é devolvida na forma de
energia elétrica para os trilhos, não sendo dissipada por calor, de modo que a energia é reaproveitada. Esse freio é chamado de freio
regenerativo.
Relatar problema
Princípio dos geradores elétricos

Os geradores eletromagnéticos são dispositivos que convertem energia mecânica em energia eletromagnética. Eles também se utilizam de
interações com campos magnéticos que induzem o surgimento de diferenças de potenciais. Observe os exemplos:
Usina hidrelétrica
Conversão da energia das águas em energia elétrica.
Usina eólica
Conversão da energia do vento em energia elétrica.
O funcionamento dos geradores está baseado na Lei de Faraday, que nos diz que uma força eletromotriz sempre será gerada quando ocorrer uma
variação temporal do fluxo magnético.
f em = ∮ → →
E ⋅ dL = −
∂
∮
→
B ⋅ dS
→
∂t
Basta montarmos um dispositivo em que a energia mecânica provoque uma variação do fluxo magnético. Daí utilizamos:
−
−
→ →
ΦM = ∫
◯
→
∫ B ⋅ ds = ∫
◯
∫ μH ⋅ ds = ∫
◯
→
∫ μ|H | cos θds
→
s s s
A energia mecânica poderá variar o fluxo, alterando ou o valor do campo magnético, ou da área atravessada pelo campo ou do ângulo entre a área e
o campo. Vejamos alguns exemplos a seguir.
Exemplo 5
Uma barra condutora se desloca sobre trilhos condutores formando um circuito com resistência R. O circuito é atravessado por um campo
magnético B constante, provocado por um imã. Uma força mecânica externa desloca a barra para direita com uma velocidade constante v.
Determine a diferença de potencial induzida no circuito.
Circuito elétrico.
Solução
ΦM = ∫
◯
→
∫ |B| cos (0 )ds = |B|∫
◯
∘
∫ ds = BS
→
s s

A área S irá variar conforme a barra se desloca:
x
v = → x = vt → S = Lx = Lvt
t
Φ M = BS = BLvt
d d
|f em| = ΦM = (BLvt) = BLv
dt dt
Para definirmos o sentido da força eletromotriz (fem) induzida, vamos utilizar a Lei de Lenz. Como a área está aumentando com o tempo, o fluxo
está aumentando, de modo que será induzida uma diferença de potencial (ddp) para criar um campo magnético contrário ao campo magnético
original. Isso provocará o aparecimento de uma força magnética para frear a barra. Assim, irá induzir uma corrente de A para B, sendo, portanto, uma
ddp em que A terá potencial maior do que B.
Repare que a corrente induzida terá valor constante quando a velocidade for:
f em BLv
f em = RI → I = =
R R
A corrente induzida irá produzir uma força mecânica contrária ao movimento:
FM = ∫ I BdL = I B ∫ dL = I BL
haste haste
2 2
BLv B L
F M = I BL = BL = v
R R
Se projetarmos a força externa de forma correta, poderemos manter uma velocidade constante. Desse modo, o gerador manterá uma fem constante
durante o movimento.
Caso a força externa seja interrompida para um instante t 1 , teremos:

dv
F R = F M = −ma = −m
dt
v t
dv dv v
v = − → ∫ = ∫ −dt → ln ( ) = − (t − t 1 )
dt v1 v t1 v1
−(t−t 1 )
v = v1 e m/s
Consequentemente, |f em| = BLv = BL (v 1 e

−(t−t 1 )
)V .
Exemplo 6
Seja uma espira condutora retangular que gira na presença de um campo magnético gerado por um imã permanente. Essa espira gira com uma
velocidade angular w.
Espira condutora regular.
Espira condutora regular.
Determine o sinal elétrico gerado pelo dispositivo.
Solução
O módulo de B e a área não mudam, alterando apenas o ângulo entre B e o vetor área com o tempo.
→ →
B ⋅ dS = Bds cos(θ)
Mas o ângulo muda com a velocidade angular θ = wt, assim:

→ →
B ⋅ dS = Bds cos(wt)
ΦM = ∫
◯
∫ Bds cos(wt) = B cos(wt) ∫
◯
∫ ds = B cos(wt)Area = 2ahB cos(wt)
∂Φ M
f em = − = 2ahwB sen(wt)V
∂t
Desse modo, na saída, teremos a geração de uma diferença potencial que varia com o tempo de uma forma harmônica.
Relatar problema
note_alt_black
Mão na massa
Questão 1
Um aluno, utilizando do seu conhecimento em eletromagnetismo, construiu um dispositivo no qual o movimento mecânico de um imã, através
de uma bobina, acendia uma lâmpada elétrica. Marque a alternativa que apresenta o tipo de equipamento construído e qual a lei do
eletromagnetismo que se baseia seu funcionamento.
A Motor elétrico e Lei de Ampere.
B Motor elétrico e Lei de Faraday.
C Gerador elétrico e Lei de Ampere.
D Gerador elétrico e Lei de Faraday.

E Freio eletromagnético e Lei de Faraday.
Responder
Questão 2
Um condutor cilíndrico será instalado em uma região e transportará uma densidade de carga linear constante de 5μC/m. Sabe-se que, de
acordo com a norma da região, o nível máximo de intensidade de campo elétrico a ser recebido por um ser humano deve ser inferior a 10kV /m.
Qual deve ser a altura mínima do eixo central da linha, em relação ao solo, para que não ultrapasse esse nível, em relação a um homem de 2m
que se encontra abaixo desta linha?
A 5m
B 7m
C 9m
D 11m
E 15m
Responder
Questão 3
Seja um sistema composto por dois condutores, com 20cm de raio. O condutor da direita apresenta tensão e corrente adiantado de 180 ∘
, em
relação ao condutor da esquerda. A amplitude da tensão entre dois condutores é de 700kV , e a corrente na linha é de 160πA/m. O eixo das
linhas está a uma altura de 10m do solo. Qual a intensidade da densidade de fluxo magnético na cabeça de um homem, com 2m de altura que
se encontra no solo, equidistante dos condutores.
A 35𝜇0 𝑇
B 30𝜇0 𝑇
C 25𝜇0 𝑇
D 20𝜇0 𝑇
E 10𝜇0 𝑇
Responder
Questão 4
Seja uma bobina condutora quadrada com 20cm de lado, alimentada por 10V , que se encontra no ar. Essa bobina é composta por 100 espiras
em paralelo, cada espira apresenta uma resistência 1Ω, gerando uma corrente, em cada espira, no sentido da imagem.
→
Na região, em que se encontra a bobina, existe um campo magnético com densidade B = 0, 5 T. A bobina é fixa de forma a permitir seu
movimento apenas de rotação em torno do seu eixo central. Determine o torque inicial na bobina assim que a bateria for ligada. Considere que,
para o instante em que a bateria for ligada, a bobina está conforme a imagem.
^
A 10𝑧𝑁 ⋅𝑚
^
B −10𝑧𝑁 ⋅𝑚
^
C 20𝑧𝑁 ⋅𝑚
^
D −20𝑧𝑁 ⋅𝑚
^
E 40𝑧𝑁 ⋅𝑚
Responder
Questão 5
Uma barra condutora se encontra sobre trilhos condutores, fechando um circuito elétrico de resistência 10Ω, que é alimentado por uma bateria
de 50V . O circuito é atravessado por um campo magnético 1T , provocado por um imã, perpendicular ao circuito.
A barra, ao se deslocar, recebe uma força de resistência paralela aos trilhos, independentemente do valor da velocidade, de 2 N. Determine o
valor da velocidade em que a barra vai se deslocar no regime permanente do movimento.
A 20𝑚 / 𝑠
B 40𝑚 / 𝑠
C 60𝑚 / 𝑠
D 80𝑚 / 𝑠
E 100𝑚 / 𝑠
Responder
Questão 6
Uma barra condutora se encontra sobre trilhos condutores, fechando um circuito elétrico de resistência 10Ω. O circuito é atravessado por um
campo magnético 1T , provocado por um imã, perpendicular ao circuito.
A barra, ao se deslocar, recebe uma força de resistência paralela aos trilhos, independentemente do valor da velocidade, de 2 N. A massa da
barra é de 1kg. Determine a equação da variação da velocidade da barra, considerando como instante inicial o momento que a bateria foi ligada.
−0, 4𝑡
A 20(1 − 𝑒 )𝑚 / 𝑠
−0, 4𝑡
B 20(1 + 𝑒 )𝑚 / 𝑠
−0, 4𝑡
C 10(1 − 𝑒 )𝑚 / 𝑠
−0, 4𝑡
D 10𝑒 𝑚/𝑠
−0, 4𝑡
E 20𝑒 𝑚/𝑠
Responder

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note_alt_black
Teoria na prática
Deseja-se projetar um motor elétrico que permita que a plataforma elevada AB desça ou suba através dos trilhos com uma velocidade v 0
constante. A regulagem será feira através de um reostato. A plataforma tem peso P . A resistência R é mantida no valor de R 0 , mantendo a
plataforma parada no ar.
Ao se aumentar o valor da resistência, para um valor R 1 , a barra irá descer, alcançando uma velocidade de descida v 1 constante. Ao se diminuir o
valor da resistência para um valor R 2 , a barra irá subir, alcançando uma velocidade de subida v 2 constante. Determine as relações entre R 1 /R 0 e
R 2 /R 0 para funcionamento do projeto.
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emoji_events
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um condutor cilíndrico será instalado em uma região. Esse condutor transportará uma densidade de carga linear constante de 25μC/m. Sabe-
se que, de acordo com a norma da região, o nível máximo de intensidade de campo elétrico a ser recebida por um ser humano deve ser inferior a
20kV /m. Qual deve ser a altura mínima do eixo central da linha, em relação ao solo, para que não ultrapasse este nível em relação a um
homem de 2 m que se encontra abaixo desta linha.
A 24, 5m
B 26, 5m
C 28, 5m
D 30, 5m
E 32, 5m
Responder
Questão 2
Uma barra condutora se encontra sobre trilhos condutores, fechando um circuito elétrico de resistência 10Ω, que é alimentado por uma bateria
de 100V . O circuito é atravessado por um campo magnético 2T , provocado por um imã, perpendicular ao circuito.
Determine o valor da velocidade que a barra vai se deslocar no regime permanente do movimento.
A 25m/s
B 50m/s
C 75m/s
D 80m/s
E 100m/s
Responder
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Propagação de onda eletromagnética em meio sem perda

Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar o conhecimento do eletromagnetismo nos princípios da propagação de ondas eletromagnéticas
nos meios sem perda.
Vamos começar!
video_library
Propagação de onda eletromagnética no meio sem perda
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Equação da onda eletromagnética

Na física, estamos muito acostumados a estudar o comportamento de uma onda nas ondas mecânicas.
A grande diferença das ondas eletromagnéticas para as ondas mecânicas é que as primeiras têm a propriedade de
se propagar também no vácuo, com a velocidade da luz, enquanto as ondas mecânicas dependem de um meio
material.
Apesar dessa diferença, grande parte do comportamento dos modelos de onda serão similares. Estudaremos a propagação de uma onda
eletromagnética em um meio ilimitado, como a propagação através do espaço livre. Essa é a propagação que acontece nos sistemas de
comunicações sem fio atuais.
A primeira consideração a ser feita é que nosso meio de propagação será considerado linear, isotrópico e homogêneo. Tal consideração é bastante
próxima com a maioria dos meios em que a onda eletromagnética se propaga. Observe mais na sequência:
Meio linear expand_more
Meio isotrópico expand_more
Meio homogêneo expand_more
A segunda consideração é que, no meio de propagação, não teremos fonte de campo, isto é, meio sem fontes. Na prática, também é uma boa
consideração, pois as fontes geradoras do campo estarão na geração da onda, e não no meio de sua propagação.
Agora, vamos obter a equação que é atendida por uma onda eletromagnética, denominada equação de onda.
Os campos elétricos e magnéticos serão campos que dependerão de sua posição no espaço e no tempo. Vamos partir das quatro equações de
Maxwell para meio ilimitado e sem fontes:
Primeira equação
→
→
∇ × E = −μ
∂H
∂t
Segunda equação
→
→
∇ × H = σE + ε
→ ∂E
∂t
Terceira equação
→
∇ ⋅ E =
ρ
= 0
ϵ
Quarta equação
→
∇ ⋅ H = 0
Se tomarmos o rotacional da segunda equação, teremos:
→
→
∇ × (∇ × H ) = ∇ × (σE + ε
→ ∂E
)
∂t
Como ε e σ, independem da posição, serão constantes e, assim, poderão sair do operador rotacional, observe:
→
→
∇ × (∇ × H ) = σ(∇ × E) + ε (∇ ×
→ ∂E
)
∂t
Como o operador rotacional está sendo aplicado nas coordenadas da posição, então, o rotacional da derivada temporal do campo será a derivada
temporal do rotacional do campo, veja:
→
∇ × ∇ × H = σ(∇ × E) + ε
→ ∂
(∇ × E)
→
∂t
→
→
Utilizando a equação de Maxwell ∇ × E = −μ
∂H
, passamos a ter:
∂t
→ →
→
∇ × ∇ × H = σ (−μ
∂H
) + ε
∂
(−μ
∂H
)
∂t ∂t ∂t
→ 2 →
→
∇ × ∇ × H = −σμ
∂H
− εμ
∂ H
2
∂t ∂t
→
Existe uma identidade matemática que pode ser aplicada a um campo vetorial A,
→ →
∇ × ∇ × A = ∇(∇ ⋅ A) − ∇ A
2 →
→ é o divergente do campo vetorial A→ e ∇ 2 A→ é o laplaciano vetorial do campo vetorial A.

Em que ∇ ⋅ A → Assim:
→ 2 →
→ 2
∇(∇ ⋅ H ) − ∇ H = −σμ
→ ∂H
− εμ
∂ H
2
∂t ∂t
→
No entanto, pela equação de Maxwell, ∇ ⋅ H = 0. Logo:
→ 2 →
2 →
∇ H = σμ
∂H
+ εμ
∂ H
2
∂t ∂t
Obtivemos uma equação de onda para o campo magnético.
→
Se repetirmos a resolução aplicando o rotacional na primeira equação de Maxwell e usando que ∇ ⋅ E = 0, chegaremos a uma expressão
equivalente para o campo elétrico:
→ 2 →
2 →
∇ E = σμ
∂E
+ εμ
∂ E
2
∂t ∂t
Essas duas expressões gerais são denominadas equações de onda ou equações de onda de Helmhotz para campo elétrico e campo magnético.
Trata-se de uma equação diferencial que pode ser decomposta em três equações escalares, uma para cada
componente do campo.
Se consideramos as coordenadas cartesianas, a equação de onda para campo elétrico será transformada em uma equação diferencial parcial para
cada componente, escalar, isto é, EX, EY e EZ. De forma similar para as coordenadas cilíndricas e esféricas.
assignment_ind
Comentário
A equação de onda nesse formato ainda está muito geral, tornando sua solução muito complexa. Assim, para diminuir a sua complexidade,
adaptaremos a equação aos casos práticos. Iremos considerar algumas simplificações nos próximos itens.
Relatar problema
Onda eletromagnética harmônica no tempo

No item anterior, obtivemos a equação da onda em uma forma geral, mas ainda muito complexa. Para simplificar a sua solução, iremos implementar
algumas considerações práticas.
flash_on
Em nossa vida, a função senoidal é a que mais aparece na prática dos fenômenos elétricos. As fontes de energia elétricas utilizadas pela
civilização humana apresentam uma variação com o tempo oscilatória e com formas senoidais. É o caso, por exemplo, dos cristais na
alimentação em corrente alternada e nas cavidades ressonantes.
close
waves
Desse modo, podemos considerar que todos os campos, correntes, densidades, tensões apresentarão uma forma temporal representada por
uma função seno ou cosseno. Portanto, os campos elétricos e magnéticos presentes na onda eletromagnética serão campos que terão uma
dependência temporal na forma senoidal. Esse tipo de onda eletromagnética é denominada onda eletromagnética harmônica.
Para esse tipo de onda, torna-se mais fácil se trabalhar com os campos no seu formato fasorial. Você já deve ter usado esse formato quando
estudou circuitos elétricos.
Observe a imagem do vetor de fase, representado por uma função senoidal, que possui amplitude, frequência angular e fase constantes no tempo.
Como já conhecemos a dependência temporal, iremos trabalhar com o fasor que só dependerá da posição. O campo fasorial Es será representado
por sua amplitude e sua fase. Teremos um fasor diferente para cada componente do campo.
Vetor de fase.
Após obtermos o campo fasorial, obteremos o campo real, introduzindo a variação temporal senoidal. Esse processo será feito multiplicando o fasor
por e jwt e tirando a sua parte real. Isto é:
jwt
E = Re [E S e ]
Por exemplo, para o caso do campo representado no sistema cartesiano:
jwt jwt jwt

E(x, y, z, t) = Re [E xs e ]x
^ + Re [E ys e ]y
^ + Re [E zs e ]^
z
Para melhor entendermos esse conceito do campo fasorial e do campo real, veremos dois exemplos.
Exemplo 1
Determinado campo elétrico se propaga em um meio com um fasor, em coordenadas cartesianas, da forma E xs = Ae
−jβz
e E ys = E zs = 0.
Determine a expressão do campo elétrico real.
Solução
Observe que as componentes y e z do campo fasorial são nulas, assim, não teremos também estas componentes no campo real.
Obtendo o campo real:
jwt −jβz jwt j(wt−βz)

E(x, y, z, t) = Re [E xs e ^ = Re [Ae
]x e ^ = Re [Ae
]x ^
]x
Mas,
jφ
e = cos(φ) + j sen(φ),
então
j(wt−βz)
Re [e ] = cos(wt − βz)
Portanto:
E(x, y, z, t) = A cos(wt − βz)x

^
assignment_ind
Comentário
Repare que se trata de um campo elétrico com amplitude máxima constante em todos os pontos. Esse campo, que será estudado em item
posterior, é um campo para um meio de propagação sem perda.
Exemplo 2
Determinado campo magnético se propaga em um meio com um fasor, em coordenadas cartesianas, da forma H ys = Ae
−(α+jβ)z
e
H xs = H zs = 0. Determine a expressão do campo magnético real.
Solução
Observe que as componentes x e z do campo fasorial são nulas, assim, não teremos também estas componentes no campo real.
Obtendo o campo real:
jwt −(α+jβ)z jwt

H (x, y, z, t) = Re [H ys e ]y
^ = Re [Ae e ]y
^
−αz j(wt−βz) −αz j(wt−βz)

H (x, y, z, t) = Re [Ae e ]y
^ = Ae Re [e ]y
^
−αz
H (x, y, z, t) = Ae cos(wt − βz)y
^
assignment_ind
Comentário
Repare que se trata de um campo magnético no qual a amplitude máxima decai com o deslocamento da onda. Esse campo, que será
estudado em item posterior, é um campo para um meio de propagação com perda.
Agora, vamos obter a solução da equação de onda com variação temporal senoidal. Lembre-se de uma propriedade do fasor que diz que: o fasor da
derivada temporal de um campo é obtido pela multiplicação do fasor do campo por jw.
Transformando a equação da onda geral para uma equação de onda fasorial, teremos:
→ 2 →
2
∇ E = σμ
→ ∂E
+ εμ
∂ E
2
→ ∇ E S = σμjwE S + εμ(jw)(jw)E S
2
∂t ∂t
2 2 2
∇ E S = jσμwE S − εμw E S = (jσμw − εμw )E S = jμw(σ + jwε)E S
2
∇ E S − jμw(σ + jwε)E S = 0
Substituiremos γ 2 = jμw(σ + jwε). Obteremos a equação de onda na sua forma fasorial para ondas harmônicas no tempo e, de forma análoga,
para o campo magnético:
Ondas harmônicas no tempo

2 2
∇ ES − γ ES = 0
Campo magnético
2 2
∇ HS − γ HS = 0
Essas duas equações são denominadas equações de onda de Helmhotz para campo harmônico no tempo. A constante γ será denominada
constante de propagação, definida por:
γ = √ jμw(σ + jwε)
Em que:
μ, a permeabilidade magnética do meio;
ε, a permissividade elétrica do meio;
σ, a condutividade;
w = 2πf , sendo f a frequência de propagação da onda.
Observe que γ será um número complexo: γ = α + jβ. Em que:
α será a constante de atenuação, com unidade N p/m;
β será a constante de fase, com unidade rd/m.
Outro parâmetro importante, que depende do meio e da frequência da onda, é a impedância intrínseca do meio ou impedância característica do
meio (η) :
jwμ
η = √ (Ω)
σ + jwε
assignment_ind
Comentário
Repare que η irá relacionar o campo elétrico e magnético na onda eletromagnética. No próximo item, introduziremos a simplificação da
onda plana para a onda eletromagnética.
Relatar problema
Onda eletromagnética plana

Introduziremos agora mais uma simplificação, que será a consideração da onda eletromagnética como uma onda plana.
Normalmente, as fontes de onda eletromagnéticas são fontes que irradiam para todas as direções. Dessa modo, conforme nos afastamos da fonte,
a esfera na qual a energia se espalha vai ficando cada vez maior. Chamamos esse tipo de onda de onda esférica.
Acontece que, quanto mais nos afastamos, um pedaço da frente de onda esférica mais se aproximará de um plano. Ao coletarmos essa energia do
outro lado, por meio de um sensor ou de uma antena, iremos receber o sinal de um pedaço dessa frente esférica. Com isso, a aproximação desse
pedaço por um plano é uma boa aproximação, que melhor fica quanto mais afastados estivermos da fonte.
text_snippet
Resumindo
Dizer que a onda eletromagnética é uma onda plana é uma boa aproximação para a maioria de aplicações práticas. Dizemos que essa
onda será uma onda localmente plana. Como ela terá a mesma forma em toda sua frente de onda, ela também é dita uniforme.
A onda plana uniforme (UPW) terá uma frente de onda plana perpendicular à direção de propagação. Essa frente plana irá conter todas as
perturbações da onda. Para onda eletromagnética, as perturbações são os campos elétricos e magnéticos. Assim, não existirá campo elétrico e
magnético na direção de propagação da onda. Os campos elétricos e magnéticos serão transversos ou ortogonais à direção de propagação da
onda. Observe a imagem:
Onda plana uniforme (UPW).
Como a onda será também uniforme, as amplitudes e fases dos campos serão iguais em todos os pontos do plano. Não existirá variação do campo
elétrico e campo magnético conforme nos deslocamos pela frente de onda plana.
Pela equação de Maxwell e pelo vetor de Poyting que os campos elétricos e magnéticos são perpendiculares entre si e que a direção e o sentido de
propagação da onda eletromagnética são dados pelo produto vetorial entre a direção do campo elétrico e a direção do campo magnético.
Assim, pela regra da mão direita, a direção de propagação é dada por:
^ = u
k ^E × u
^M
Vamos considerar os seguintes exemplos para melhor entendimento.
Exemplo 3
Considere uma onda eletromagnética plana se propagando no sentido positivo do eixo z. Assim, obrigatoriamente, não se teria componentes dos
campos elétrico e magnético no sentido de z, E z = H z = 0. Os campos seriam paralelos ao plano XY , isto é, podendo ter apenas componentes
x e y.
Por ser onda plana uniforme, não ocorreria variação dos campos elétricos e magnéticos no plano XY, assim:
∂E x ∂E x ∂E y ∂E y
= = = = 0
∂x ∂y ∂x ∂y
∂H x ∂H x ∂H y ∂H y
= = = = 0
∂x ∂y ∂x ∂y
Se, por acaso, a antena transmissora desse sistema emitisse um campo elétrico apenas com componente x, como a direção e sentido de
propagação seria de z positivo, obrigatoriamente, o campo magnético precisaria ter apenas a componente y, pois, x
^ × y ^. Isto é, quando o
^ = z
campo elétrico aponta para x positivo, o magnético aponta para y positivo. Quando o campo elétrico aponta para x negativo, o campo magnético
aponta para y negativo.
Onda plana uniforme no sentido de z positivo.
Exemplo 4
Se o campo elétrico tivesse apenas a componente y, o campo magnético teria de ter apenas a componente x negativa, pois, y
^ × (−x)
^ ^.
= z Isto é,
quando o campo elétrico aponta para y positivo, o magnético aponta para x negativo. Quando o campo elétrico aponta para y negativo, o campo
magnético aponta para x positivo.
A polarização de uma onda eletromagnética é definida pela direção de seu campo elétrico. Dessa forma, quando se diz que a onda tem uma
polarização linear no sentido do eixo x, significa que o campo elétrico dessa onda tem apenas componente x.
Agora que já fizemos as considerações para onda magnética, vamos resolver as equações de onda e apresentar a relação direta entre as
componentes do campo elétrico e campo magnético.
Relatar problema
Onda eletromagnética em meio material
Até aqui definimos o tipo de onda que iremos trabalhar para estudar a propagação de onda eletromagnética em um meio ilimitado:
Onda eletromagnética plana uniforme e harmônica com o tempo, propagando-se em um meio sem fontes,
isotrópico, homogêneo e linear.
Vamos retornar à equação da onda na forma fasorial, em que γ é a constante de propagação:
2 2
∇ ES − γ ES = 0
2 2
∇ HS − γ HS = 0
Lembre-se de que:
γ = α + jβ = √ jμw(σ + jwε)
Essas equações podem ser resolvidas em qualquer sistema de coordenadas. Aqui, escolheremos o sistema cartesiano. As soluções nos sistemas
esféricos e cilíndrico são mais complexas e podem ser encontradas nas referências bibliográficas.
Solucionaremos a equação para o campo elétrico. A solução do campo magnético, por ser uma equação com a mesma forma matemática, terá
solução análoga.
No sistema cartesiano, o laplaciano vetorial vale:

2 →
∇ A = ∇ Ax x
^ + ∇ Ay y
2
^ + ∇ Az z
^
2 2
Assim, a equação de onda se transforma em três equações escalares idênticas:
2 2
∇ E xs − γ E xs = 0
2 2
∇ E ys − γ E ys = 0
2 2
∇ E zs − γ E zs = 0
Basta, portanto, resolver uma das equações que a solução das demais terão a mesma forma.
Considere o caso de uma onda se propagando na direção de z. A frente de onda será paralela ao plano XY. Assim, E zs = 0 e as derivadas dos
campos em relação às coordenadas x e y são nulas.
Dessa forma, como
2 2 2 2
2 ∂ ES ∂ Es ∂ Es ∂ Es
∇ Es = + + = ,
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 ∂z 2
portanto:
2 2
∂ E xs ∂ E ys
∂z
2
− γ
2
E xs = 0 e ∂z
2
− γ
2
E ys = 0.
Em que E xs e E ys serão funções apenas de z.
A solução dessa equação diferencial de segunda ordem será:

+ −γz − γz
E xs (z) = E e + E e
0x 0x
+ −γz − γz
E ys (z) = E e + E e
0y 0y
Fisicamente, as primeiras parcelas (e −γz ) representam uma onda que se propaga no sentido positivo de z, em que E 0x
+
e E 0y
+
são a amplitude dos
campos para z = 0. As segundas parcelas (e γz ) representam uma onda se propagando no sentido de z negativo, em que E 0x
−
e E 0y
−
são a
amplitude do campo para z = 0.
assignment_ind
Comentário
Escolheremos, em cada caso, apenas uma das parcelas, dependendo para que sentido a onda se propaga.
A onda pode se propagar em um meio sem perda, no qual as amplitudes dos campos não diminuem com a direção de propagação, ou em um meio
com perda, no qual as amplitudes dos campos diminuem com a direção de propagação.
O meio sem perda é o meio onde a condutividade (σ) do meio é nula, de modo que:
γ = √ jμw(σ + jwε) = √ jμwjwε = jw√ εμ
Como γ = α + jβ, então α será nula e β valerá w√εμ.
Para o meio sem perda, a impedância intrínseca valerá:

jwμ μ
η = √ = √
jwε ε
∇ × Es =
jwμH xs =
H xs =
H xs =
Então:
H
+
xs
= −
−β
wμ
De forma análoga:
+
ys
→
HS =
→
=
1
η
wμ
^ × H )
E S = −η (k S
∣
Se considerarmos o caso do vácuo ou, aproximadamente, o caso do ar:
Para calcular o campo magnético a partir do campo elétrico, usaremos a Lei de Faraday, na sua forma fasorial:
∇ × E s = −jwμH s
+
E xs
xs
^
+
x
^
∂x
∂E ys
∂z
0y
+
ys
e
e H ys
−
(k × E S )
=
−jβz
0y
e H xs
−
→
e
→
∂y
E ys
= −
y
^
∂z
−jβz
=
(E
Substituindo o valor da constante de fase, teremos:
−w√ εμ +
+
η
∂z
−β
wμ
z
^
+
0y
E
e
−
0y
w√ εμ
wμ
−
ys
−
xs
= −
−jβz
E
+ E
jβz
∂E ys
−
∂z
0y
e
x
^ +
−
0y
jβz
e
= −√
∂E xs
jβz
∂z
) = E
y
^
μ
+
0y
E
+
0y
η0 = √
(−jβ)e
e
−jβz
μ0
ε0
−jβz
+ √
= 120πΩ = 377Ω
+ E
μ
E
Observe que os campos elétricos e magnéticos são perpendiculares entre si e perpendiculares à direção de propagação. Podemos generalizar essas
fórmulas para qualquer direção de propagação:
−
0y
0y
(jβ)e
e
jβz
jβz
Rotacione a tela.
Rotacione a tela.
screen_rotation
screen_rotation
Em que k
^
é o vetor unitário que representa a direção e o sentido da propagação da onda. Obtemos os campos reais, considerando que a onda se
propaga apenas no sentido positivo de z.
→
E = Re [E s e
jwt
] = Re [(E
+
e
−jβz
x
^ + E
+
e
−jβz
y)e
^
jwt
]
0x 0y
→
E(z, t) = E
+
cos(wt − βz)x
^ + E
+
cos(wt − βz)y
^
0x 0y
Para campo magnético:
→
H = Re [H s e
jwt
] = Re [(−
1
E
+
e
−jβz
x
^ +
1
E
+
e
−jβz
y)e
^
jwt
]
η 0y η 0x
No caso do meio sem perda, η é um número real:
→
H (z, t) = −
1
E
+
cos(wt − βz)x
^ +
1
E
+
cos(wt − βz)y
^
η 0y η 0x
Observe que as amplitudes dos campos não variam com z, pois é um meio sem perda.
report_problem
Atenção!
No meio sem perda, os campos elétricos e magnéticos estarão em fase, pois os argumentos dos cossenos são os mesmos para os dois
campos. Isto é, crescem e diminuem em um ponto da mesma forma, só tendo como diferença a amplitude máxima.
Usando um raciocínio análogo, se considerarmos a onda se propagando no sentido negativo do y, por exemplo, teríamos os seguintes campos:
→
E(y, t) = E
+
cos(wt + βy)x
^ + E
+
cos(wt + βy)^
z
0x 0z
→
H (y, t) = −
1
E
+
cos(wt + βy)x
^ +
1
E
+
cos(wt + βy)^
z
0z 0x
η η

Repare que, como o sentido de propagação é o negativo de y, dentro do argumento do cosseno aparece +βy. Da mesma forma que só teremos
componentes de campo nas coordenadas x e z, relacionadas pela impedância intrínseca do meio e a regra da mão direita.
Exemplo 5
Determine a direção de propagação da onda eletromagnética plana uniforme, que se propaga no ar, e o respectivo campo magnético associado,
→
sabendo que o campo elétrico é dado por E(t) = 360π cos(120πt + 2x)y(V
^ /m).
Solução
Podemos tirar as seguintes conclusões:
Meio sem perda, pois a amplitude máxima é constante;
ef ;
w 120π
β = 2rd/m = = = 60H z
2π 2π
A direção de propagação da onda é o sentido negativo de x, observe o sinal antes da coordenada x dentro do argumento do cosseno;
O campo elétrico tem sentido de y.
→
HS =
1 ^ →
(k × E S ) =
1
((−x)
^ × E ys y)
^ =
E ys
(−^
z)
η0 120π 120π
→
H (t) = −
360π
cos(120π + 2x)^
z = −3 cos(120π + 2x)^
z(A/m)
120π
Relatar problema
note_alt_black
Mão na massa
Questão 1
Uma onda eletromagnética plana se propaga no sentido negativo do eixo x. Sabendo que o campo magnético tem sentido positivo do eixo z,
determine o sentido do campo elétrico associado a essa onda.
A Sentido negativo do eixo y

B Sentido positivo do eixo y
C Sentido negativo do eixo z
D Sentido positivo do eixo z
E Sentido negativo do eixo x
Responder
Questão 2
Determine a impedância intrínseca de um meio que apresenta condutividade nula, permissividade elétrica relativa igual a 4 e permeabilidade
magnética igual à do ar.
A 240𝜋(Ω)
B 120𝜋(Ω)
C 60𝜋(Ω)
D 30𝜋(Ω)
E 15𝜋(Ω)
Responder
Questão 3
(2 + 𝑗4)𝑥
Determinado campo magnético se propaga em um meio com um fasor, em coordenadas cartesianas, da forma 𝐻𝑧𝑠 = 10𝑒 . Determine a
expressão do campo magnético real.
A 𝐻(𝑥, 𝑡) = 10𝑒−2𝑥 cos(𝑤𝑡 − 4𝑥)𝑧^ .
B 𝐻(𝑥, 𝑡) = 10cos(𝑤𝑡 − 4𝑥)𝑧^ .
C 𝐻(𝑥, 𝑡) = 10cos(𝑤𝑡 + 4𝑥)𝑧^ .
D 𝐻(𝑥, 𝑡) = 10𝑒2𝑥 cos(𝑤𝑡 + 4𝑥)𝑧^ .
E 𝐻(𝑥, 𝑡) = 10𝑒2𝑥 cos(𝑤𝑡 − 4𝑥)𝑧^ .
Responder
Questão 4
Determine o valor do campo elétrico associado a uma onda eletromagnética plana que se propaga em um meio sem perda com 𝜂 = 100𝜋Ω,
→
^
para t = 0 e 𝑦 = 𝜋𝑚. Sabe-se que o campo magnético é dado por 𝐻(𝑡) = 3cos⁡(60𝜋𝑡 − 2𝑦 + 𝜋4 )𝑧(𝐴 / 𝑚).
𝑉^
A 150𝜋𝑥 𝑚
𝑉 ^
B −150𝜋𝑥 𝑚
^𝑉
C −150𝜋√2𝑥 𝑚
^𝑉
D 150𝜋√2𝑥 𝑚
^𝑉
E −150𝜋√3𝑥 𝑚
Responder
Questão 5
Uma onda eletromagnética plana e harmônica, com frequência de 300𝑀𝐻𝑍 propaga-se em um meio que apresenta condutividade nula,
permissividade elétrica relativa 16 e permeabilidade relativa 1. A onda tem propagação no sentido positivo de 𝑥 e, para 𝑥 = 0𝑚 e 𝑡 = 0 segundos,
a amplitude do campo elétrico vale 10𝜋𝑉 / 𝑚.
Marque a alternativa que apresenta o módulo do campo magnético para qualquer valor de 𝑥 e do tempo. Caso seja necessário, use
√𝜇0 𝜀0 = 1
3.10
8.
8
3 cos⁡(3.10 𝜋𝑡 − 𝜋𝑥)𝐴 / 𝑚
1
A
8
3 cos⁡(6.10 𝜋𝑡 − 8𝜋𝑥)𝐴 / 𝑚
1
B
8
C 3cos⁡(3.10 𝜋𝑡 − 2𝜋𝑥)𝐴 / 𝑚
8
12 cos(6.10 𝜋𝑡 − 𝜋𝑥)𝐴 / 𝑚
1
D
8
6 cos⁡(3.10 𝜋𝑡 − 8𝜋𝑥)𝐴 / 𝑚
1
E
Responder
Questão 6
Uma onda eletromagnética é emitida, em um meio sem perda, não magnético, através de uma antena transmissora com uma polarização no
sentido do eixo x. Considere a onda plana se propagando no sentido positivo de z. Sabe-se que a frequência de transmissão da onda é de 1𝐺𝐻𝑧,
a constante de atenuação do meio é nula e a constante de fase vale 40𝜋 𝑟𝑑 . Considere, como instante zero, o instante que o campo elétrico é nulo
3 𝑚
+
na antena transmissora, sabendo que em 𝑡 = 0 o campo elétrico é positivo. Determine a amplitude do campo magnético, no instante zero, na
antena receptora, sabendo que a potência média recebida por uma antena receptora de área efetiva de 1𝑚2 e perpendicular à direção de
propagação, vale 480𝜋𝑊. A antena se encontra a uma distância de 2403 𝑚 da antena receptora.
160
^
A √3𝑦𝐴 /𝑚
^
B 2√2𝑦𝐴 /𝑚
^
C 2√3𝑦𝐴 /𝑚
^
D √2𝑦𝐴 /𝑚
^
E −2√2𝑦𝐴 /𝑚
Responder
Relatar problema
note_alt_black
Teoria na prática
Determine qual a força eletromotriz induzida em uma antena receptora de forma retangular, de lados a e b, por uma onda eletromagnética plana
uniforme que se propaga no ar com equação:
→
E(z, t) = E 0 cos(wt − βz)x
^(
V
)
m
A antena é instalada na direção de propagação da onda com os lados de comprimento b paralelos ao campo elétrico.
Antena receptora de forma retangular.

Relatar problema
emoji_events

Questão 1
Uma onda eletromagnética plana se propaga no sentido negativo do eixo y. Sabendo que o campo magnético tem sentido positivo do eixo x,
determine o sentido do campo elétrico associado a esta onda.
A Sentido negativo do eixo z
B Sentido positivo do eixo z
C Sentido negativo do eixo y
D Sentido positivo do eixo y
E Sentido negativo do eixo x

Responder
Questão 2
Determine o valor do campo magnético associado a uma onda eletromagnética plana que se propaga em um meio sem perda com η = 200πΩ ,
para t = 0 e z = 2πm. Sabe-se que o campo elétrico é dado por
→
E(t) = 6000π cos (120πt − 4z +
π
)x(V
^ /m).
3
A
A
45y
^
m
B
A
−45y
^
m
C
A
15y
^
m
D
A
−15y
^
m
E
A
30y
^
m
Responder
Relatar problema
Propagação em meio com perda e na passagem por dois meios

Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar o conhecimento do eletromagnetismo nos princípios da propagação de ondas eletromagnéticas
nos meios com perda e na reflexão e transmissão da onda.
Vamos começar!
video_library
Propagação de onda eletromagnética no meio com perda, reflexão e
transmissão de onda
Relatar problema
Propagação de onda eletromagnética em meio com perda

Daremos continuidade ao nosso estudo, mantendo o caso de uma onda eletromagnética que se propaga em um meio ilimitado, sem fontes,
isotrópico, homogêneo e linear.
Continuaremos a considerar a onda como plana, uniforme e harmônica com o tempo.
No meio em que existe condutividade, é de se esperar que a passagem da onda eletromagnética induza, a partir do campo elétrico, correntes no
meio, já que, pela Lei de Ohm:
J = σE
Essa corrente fará com que parte da energia da onda seja dissipada através do calor, isto é, do efeito Joule, fazendo com que as amplitudes do
campo elétrico e, consequentemente, do campo magnético, diminuam com o deslocamento da onda.
assignment_ind
Comentário
Resolveremos a equação de onda para este caso também usando sistema de coordenadas cartesiano. A resolução é semelhante ao
executado para o meio sem perda.
Considere o caso de uma onda se propagando na direção de z. A frente de onda será paralela ao plano XY e teremos a solução da equação de onda
através da solução de uma equação diferencial dada por:
+ −γz − γz
E xS (z) = E e + E e
0x 0x
+ −γz − γz
E ys (z) = E e + E e
0y 0y
Calculando o campo magnético, a partir do campo elétrico, usando a Lei de Faraday na sua forma fasorial, como fizemos no caso do meio sem
perda, teremos:
∂ + −γz − γz + −γz − γz
jwμH xs = (E e + E e ) = E (−γ)e + E (γ)e
∂z 0y 0y 0y 0y
−γ + γ −
−γz γz
H xs = E e + E e
jwμ 0y jwμ 0y
−γ + γ −
−αz −jβz αz jβz
H xs = E e e + E e e
jwμ 0y jwμ 0y
Substituindo o valor da constante de propagação:
γ = √ jμw(σ + jwε)
−√ jμw(σ+jwε) √ jμw(σ+jwε)
+ −γz − γz
H xs = E e + E e
jwμ 0y jwμ 0y
Mas
√ jμw(σ+jwε) σ+jwε 1
= √ =
jwμ jwμ η
Portanto,
1 1
+ −αz −jβz − αz jβz
H xs = − E e e + E e e
0y 0y
η η
1
+ +
H = − E
xs ys
η
1
− −
H = E
xs ys
η
De forma análoga, teremos:
1
+ +
H = E
ys xs
η
1
− −
H = − E
ys xs
η

Repare que as relações atendem à fórmula geral já apresentada:
→
HS =
1
^
(k × E S )
→
η
→ ^
E S = −η (k × H S )
→
Agora, vamos obter os campos reais, considerando que a onda se propaga apenas no sentido positivo de z:
→
E = Re [E s e
jwt
] = Re [(E
+
e
−αz
e
−jβz
x
^ + E
+
e
−αz
e
−jβz
y)e
^
jwt
]
0x 0y
→
E(z, t) = E
+
e
−αz
cos(wt − βz)x
^ + E
+
e
−αz
cos(wt − βz)y
^
0x 0y
Para campo magnético:
→
H = Re [H s e
jwt
] = Re [(−
1
E
+
e
−αz
e
−jβz
x
^ +
1
E
+
e
−αz
e
−jβz
y)e
^
jwt
]
η 0y η 0x
wb_incandescent
Dica
No caso do meio sem perda, η é um número complexo, tendo amplitude e argumento: η = |η|e
jθ η
.
Assim:
→
H = Re [(−
1
e
−jθ η
E
+
e
−αz
e
−jβz
^ +
x
1
e
−jθ η
E
+
e
−αz
e
−jβz
^
y)e
jwt
]
|η| 0y |η| 0x
→
H (z, t) = −
1
E
+
e
−αz
cos (wt − βz − θ η )x
^ +
1
E
+
e
−αz
cos (wt − βz − θ η )y
^
|η| 0y |η| 0x
Observe que as amplitudes dos campos decaem com o deslocamento, isto é, com a componente z, pois o meio é com perda. Além disso, existirá
uma defasagem entre o campo elétrico e o campo magnético dada pelo argumento da impedância intrínseca do meio.
A fase do campo magnético é a fase do campo elétrico diminuída de θ η . Ou a fase do campo elétrico é a fase do
campo magnético aumentada de θ η .
Usando um raciocínio semelhante, se considerarmos a onda se propagando no sentido negativo do x, teremos:
→
E(x, t) = E
+
e
αx
^+ E
cos(wt + βx)y
+
e
αx
^
cos(wt + βx)z
0y 0z
→
H (x, t) =
1
E
+
e
αx
cos (wt + βx − θ η )y
^−
1
E
+
e
αx
cos (wt + βx − θ η )^
z
|η| 0z |η| 0y
Repare que, como o sentido de propagação é o negativo de x, dentro do argumento do cosseno e no expoente do decaimento da amplitude
aparecerá, respectivamente, +βx e +αx.
Não se esqueça de que o meio sem perda é um caso particular do meio com perda. Se fizermos, nas equações apresentadas: α = 0, constante de
atenuação nula, e θ η = 0, pois no meio sem perda a impedância intrínseca será um número real, obteremos as equações para o meio sem perda.
Exemplo 1
Determine a direção de propagação da onda eletromagnética plana uniforme e o respectivo campo elétrico associado, em um meio com impedância
intrínseca η = 100πe
j
π
4 Ω,
→ (t)
sabendo que o campo magnético é dado por H = 2e
4y
cos(120πt + 8y)x(A/m).
^
Solução
Podemos tirar as seguintes conclusões:
Meio com perda, pois a amplitude máxima está multiplicada por um exponencial;
α = 4N p/m eβ = 8rd/m ;
A direção de propagação da onda é o sentido negativo de y. Observe o sinal antes da coordenada y dentro do argumento do cosseno e na
exponencial;
O campo magnético tem sentido de x.
→ ^ → ^ × H xS x)
E S = −η (k × H S ) = −η ((−y) ^ = −ηH xS z
^
→
E(t) = −2|η|e
4y
^ = −2100πe
cos (120πt + 8y + θ η )z
4y
cos (120πt + 8y +
π
^
)z
4
→
E(t) = −200πe
4y
cos (120πt + 8y +
π
)^
z(V /m)
4
A obtenção dos valores de α, β e η para o caso geral, baseada nos parâmetros do meio requer um cálculo complicado com número complexo.
Assim, para alguns tipos de meios com perda, temos fórmulas mais simples a serem utilizadas. Veremos essas fórmulas a seguir.
Relatar problema
Tipos de meio de propagação
Como já estudado, a constante de propagação é dada por:
γ = α + jβ = √ jμw(σ + jwε)
Em que:
μ, a permeabilidade magnética do meio;
ε, a permissividade elétrica do meio;
σ, a condutividade;
w = 2πf , sendo f a frequência de propagação da onda.
Para o caso do meio com perda, a obtenção dos valores de α e β requer uma manipulação matemática complexa. Resolvendo a raiz quadrada e
manipulando números complexos se chega as seguintes expressões:

2
με σ
α = w (√ 1 + ( ) − 1)N p/m
⎷ 2 wε

με σ 2
β = w (√ 1 + ( ) + 1)rd/m
⎷ 2 wε
Essas expressões, por sua complexidade, acabam não sendo expressões práticas. Da mesma forma, em relação a impedância intrínseca do meio
dada por:
jwμ
η = √ Ω
σ + jwε
Desse modo, para alguns tipos de materiais, veremos simplificações nas fórmulas apresentadas, baseada em algumas considerações.
Meio sem perda

Para esse caso a condutividade (σ) é nula, assim, como já visto, a impedância intrínseca será um número real dado por:
μ
η = √ Ω
ε
A constante de atenuação (α) será nula, e a constante de fase (β) será dada por w√με.
Os dielétricos perfeitos, isto é, com condutividade zero, estão nesse tipo de meio, bem como o vácuo e o ar,
aproximadamente.
Dielétrico de baixa perda

Quando o dielétrico apresenta uma condutividade finita e a relação dizemos que é um dielétrico de baixa perda.
σ
≪ 1,
wε
Observe que esta relação depende da condutividade, mas também da frequência, pois w = 2πf .
Usando aproximação binomial para expressões gerais, obtém-se expressões simplificadas:
σ μ
α ≅ √ N p/m
2 ε
β ≅ w√ μεrd/m
Repare, portanto, que terão a mesma constante de fase do meio sem perda, mas aparecerá uma pequena perda definida pela constante α, que será
diferente de zero.
Da mesma forma, considera-se que os campos elétrico e magnético estarão praticamente em fase, de modo que a impedância intrínseca será um
número real dado por:
μ
η = √ Ω
ε
Bom condutor
Um condutor perfeito é aquele que apresenta condutividade infinita. Neste caso não teremos propagação de onda dentro de um condutor perfeito,
pois a constante de atenuação tenderia ao infinito.
Para um bom condutor, a condutividade, apesar de ter grande valor, tem um valor finito. Definiremos um material como bom condutor quando
σ
≫ 1.
wε
Para esse caso, pode ser aproximar as expressões, obtendo-se:
wμσ
α = β = √ = √ πf μσ
2
Para o valor da impedância intrínseca, teremos:
jwμ jwμ
η = √ ≅√
σ+jwε σ
jwμ wμ π π
j α j
η ≅√ = √ e 4 = √2 e 4
σ σ σ
Veja que a impedância intrínseca será um número complexo que tem argumento Dessa forma, em qualquer bom condutor, o campo elétrico e o
π
.
4
campo magnético terão uma defasagem de
π 0
θη = = 45 .
4
Relatar problema
Parâmetros da onda eletromagnética

Já calculamos as equações da onda eletromagnética, agora podemos obter alguns parâmetros da onda. Vamos usar, sem perda de generalidade,
uma onda eletromagnética se propagando no sentido positivo de z dada pelas equações:
→
E(z, t) = E
+
e
−αz
cos(wt − βz)x
^
0x
→
H (z, t) =
1
E
+
e
−αz
^
cos (wt − βz − θ η )y
0x
η
Observe que os pontos que estarão na mesma fase serão os pontos com mesmo argumento. Assim:
cos(wt − βz) = constante → wt − βz = constante
Se derivarmos, vamos obter a velocidade com que o ponto de fase constante se desloca, denominada de velocidade de fase ou velocidade de
propagação da onda:
dz d wt w
vf = = ( ) =
dt wt−βz=cte dt β β
Para um meio sem perda ou dielétrico com baixa perda, β = w√ εμ, assim:
w 1
vf = =
w√ εμ √ εμ
Para o caso do vácuo e, aproximadamente, do ar:
1 8
vf = = 3 ⋅ 10 m/s
√ε 0 μ 0
report_problem
Atenção!
Observe que é o mesmo valor de c, a velocidade da luz. Com isso, acabamos de provar que uma onda eletromagnética no vácuo se
propaga na velocidade da luz.
wμε
Para um meio bom condutor, em que β = √
2
, teremos:
w 2w
vf = = √
wμσ μσ
√
2
Repare que a velocidade será menor, diminuindo com o aumento da condutividade.
Um segundo parâmetro da onda que pode ser obtido será o comprimento de onda dado por: λ
2π
= .
β
Observe que: β =
2π
Desse modo, a constante de fase β também será denominada de número de onda. Repare que, para um meio sem perda e para dielétricos de baixa
perda:
2π 2π 1
λ = = =
β w√ με f √ με
Exemplo 2
Seja uma onda eletromagnética plana com frequência de 300M H z se propagando em um meio sem perda com permissividade elétrica relativa 4 e
permeabilidade magnética relativa 1. Considere que a onda se propaga no sentido negativo de z com uma amplitude de campo elétrico de
240πV /m, no sentido de x. Determine:
a. A velocidade de propagação da onda, seu número de onda e comprimento de onda;
b. A impedância característica do meio;
c. A amplitude e direção do campo magnético;
d. As equações do campo elétrico e magnético.
Solução
a. A velocidade de propagação da onda:
1 1 1 1 c 8
vf = = = = = 1, 5 ⋅ 10 m/s
√ εμ √ε R ε 0 √μ R μ 0 √ 4.1 √ε 0 μ 0 2
O número de onda vale:
β = w√ εμ = 2πf √ ε R ε 0 √ μ R μ 0
6
4πf 4π⋅300⋅10
β = 2πf √4 ⋅ ε 0 √1 ⋅ μ 0 = 4πf √ ε 0 μ 0 = = 8
= 4πrd/m
c 3⋅10
Então:
2π 2π
λ = = = 0, 5m
β 4π
μ μR μ0 μR μ0
b. η
1
= √ = √ = √ √ = √ 120π = 60πΩ
ε εR ε0 εR ε0 4
→S
c. H =
1 ^ →
(k × E S ) =
1
^ × E xs x)
(−z ^ =
E xs
^ = −
(−y)
240π
^ = −4y
y ^
η 60π 60π 60π
→ t)
d. E(z, = 240π cos (6π10
8
^
+ 2z)x(V /m)
→
H (z, t) = −4 cos (6π10
8
+ 2z)y(A/m)
^
Para o caso de um bom condutor:
2π 2π π
λ = = = 2√
β √ πf μσ f μσ
Repare que o comprimento de onda decai com o aumento da condutividade.
assignment_ind
Comentário
Podemos concluir que, em um bom condutor, a onda eletromagnética atenua rapidamente e apresenta uma velocidade e um comprimento
de onda menor, quando comparada ao vácuo. Ou seja, no bom condutor, a onda não penetra profundamente.
Uma quantização dessa penetração é feita por uma grandeza denominada profundidade pelicular (δ) ou profundidade de penetração. A
profundidade pelicular é a distância percorrida dentro do meio, tal que a amplitude do campo decai e −1 do seu valor na superfície de entrada.
Assim, como a amplitude do campo em um meio com perda é dada por E 0 e −αz , a profundidade pelicular será:
1
−1 −αδ
e = e → δ =
α
Para um bom condutor:
1 1
δ = =
α √ πf μσ
Quanto maior a condutividade, menor a penetração no condutor. Para condutividade infinita, a penetração é nula.
Exemplo 3
Determine a profundidade pelicular de uma onda eletromagnética plana com frequência de 100M H z quando penetra em um bom condutor que
apresenta uma condutividade σ e permeabilidade magnética relativa de 600.
7
= 1, 45 × 10 S/m
Solução
Temos que:
1 1 1 1
δ = = = =
α √ πf μσ √ πf μ R μ 0
√ π10 8 ×600×4π×10 −7 ×1,45×10 7
1 1 −12
δ = = 8
= 0, 54 × 10 = 0, 54nm
185,33×10
√ π10 8 ×600×4π×10 −7 ×1,45×10 7
Por fim, podemos obter a relação que vale para qualquer onda da física:
w βv f β 1
f = = = vf = vf
2π 2π 2π λ
v f = λf
Relatar problema
Reflexão e transmissão com incidência normal

Agora, vamos analisar outra aplicação, quando a onda atravessa de um meio 1 para um meio 2 com características elétricas e magnéticas
diferentes.
refresh
Relembrando
No estudo da Física quanto à luz, sabemos que, ao trocar de meio, a onda sofrerá reflexão e refração. O mesmo acontecerá com a onda
eletromagnética.
Ao passar de um meio 1, com permissividade elétrica ε 1 e permeabilidade magnética μ 1 , para um meio 2, com permissividade elétrica ε 2 e
permeabilidade magnética μ 2 , parte da onda irá refletir e parte da onda será transmitida para o meio 2.
A reflexão e a transmissão dependerão das características do meio e do ângulo de incidência da onda em relação à
superfície de separação dos meios.
Para o caso da incidência oblíqua, a onda refletida e a onda transmitida (refratada) terão direções de propagação diferentes da onda incidente. O
estudo da incidência oblíqua pode ser encontrado nas referências bibliográficas contidas no fim deste conteúdo.
Estudaremos agora a incidência normal, isto é, quando a onda incide na superfície de separação perpendicularmente. Nesse caso, tanto a onda
refletida quanto a onda transmitida seguirão a mesma direção da onda incidente.
Considere que o plano que separa os meios 1 e 2 está sobre o plano XZ. O eixo x está perpendicular ao papel no sentido para fora, veja:
Onda plana incidência normal entre meio 1 e 2.
A equação da onda incidente fasorial para onda incidente que se propaga no sentido de z positivo no meio 1 será dada por:
i i −α 1 z −jβ 1 z
E (x) = E 0 e e ^
x
S
1
i i −α 1 z −jβ 1 z
H (x) = E0 e e ^
y
S
η1
De forma semelhante, a onda refletida, que terá sentido de propagação no sentido contrário à onda incidente, mas ainda no meio 1, terá equações
dada por:
r r α1 z jβ 1 z
E (x) = E 0 e e ^
x
S
1
r r α1 z jβ 1 z
H (x) = − E0 e e ^
y
S
η1
A onda transmitida terá sentido de propagação no mesmo sentido da onda incidente, mas no meio 2, com equação:
t t α2 z jβ 2 z
E (x) = E 0 e e ^
x
S
1
t t α2 z jβ 2 z
H (x) = − E0 e e ^
y
S
η2
Os valores de E 0i , E 0r e E 0t são as amplitudes dos campos incidentes, refletidos e transmitidos para z = 0, isto é, na superfície de separação entre
os meios.
verified
Recomendação
Precisamos encontrar a relação entre as amplitudes das ondas refletidas e transmitidas e a amplitude da onda incidente. Para isso, vamos
analisar as condições de contorno na superfície de separação.
Observe que, como a incidência é normal, tanto os campos elétricos como os campos magnéticos serão tangenciais à superfície de separação.
Como na superfície de separação não apresenta nenhuma densidade de corrente, temos:
i r t
E t1 | = E t2 | → E + E = E
z=0 z=0 o o o
i r t
E E E
i r t o o o
H t1 | = H t2 | → H + H = H → − =
z=0 z=0 o o o η1 η1 η2
Assim, temos duas equações e duas incógnitas E ot e E or .
A amplitude da onda incidente E oi é um dado do problema:
η2 − η1
r i
E = E
o o
η2 + η1
2η 2
t i
E = E
o o
η2 + η1
Dessa forma, podemos definir o coeficiente de reflexão (Γ) e o coeficiente de transmissão (T):
Γ =
T =
η2 = √
Γ =
T =
%
η 2 +η 1
P med
P med
2η 2
η 2 +η 1
ref
inc
E
Eo
Eo
ε
r
o
t
o
= Γ
=
= √
=
η2 − η1
η2 + η1
2η 2
η2 + η1
Repare que, para o caso da incidência normal: T

dada por Γ
Exemplo 4
2
.
εR ε0
60π−120π
60π+120π
2
2×60π
60π+120π
=
1
9
= √
= −
=
1⋅μ 0
4⋅ε 0
Calculando os coeficientes de reflexão e transmissão:
η 2 −η 1 60
180
120
180
= 11, 11%
=
= −
=
2
3
1
2
√
3
μ0
ε0
=
= 1 + Γ,
2
120π = 60π(Ω)
∣ Rotacione a tela.
Rotacione a tela.
Rotacione a tela.
pode ser provado que a percentagem de potência média da onda que será refletida será
Da mesma forma, a percentagem da potência média da onda que será transmitida será dada por
Sejam dois meios separados por um plano. O meio 1 é o ar. O meio 2 é um dielétrico de baixa perda com permissividade elétrica relativa igual a 4,
permeabilidade magnética relativa igual a 1 e condutividade σ
Solução
O meio 1 é o ar:
η1 = √
μ0
ε0
= 120π(Ω)
Para o meio 2, teremos um dielétrico de baixa perda, assim:
μ μR μ0
= 10S/m.
η1
η2
T
2
.
A onda que se propaga no meio 1 incide normalmente no meio 2.

Determine o coeficiente de reflexão e transmissão da incidência e a percentagem de potência que será transmitida para o meio 2. .
screen_rotation
screen_rotation
screen_rotation
%
P med
P med
Questão 5
tx
inc
note_alt_black
Mão na massa
=
∣
η1
η2
T
2
=
120π
60π
4
9
=
8
9
= 88, 89%
Relatar problema
O coeficiente de reflexão de uma onda eletromagnética que incide normalmente na superfície plana que separa dois meios vale - 0,4. Sabe-se
que o meio 1 é o ar, e o segundo meio é um dielétrico de baixa perda com permeabilidade magnética igual a μ
elétrica relativa do meio 2.
E
27
5
7
36
9
49
36
7
49
9
Relatar problema
0. Determine a permissividade
Responder
note_alt_black
Teoria na prática
Um navio deseja transmitir uma onda eletromagnética para um submarino que se encontra submerso na sua vertical no mar. A onda transmitida
será plana a uma frequência da faixa do VLF no valor de 10KH z. A intensidade do campo elétrico emitido é de 10kV /m.
Sabe-se que, para água do mar: ε R eσ . Para que ocorra uma boa comunicação, a antena do submarino requer uma
s
= 81, μ R = 1 = 4
m
intensidade de campo elétrico de 0, 04μV /m. Determine a equação do campo elétrico e magnético no mar, e a profundidade máxima do
submarino para que a comunicação ocorra.
Relatar problema
emoji_events

Questão 1
Determine a equação do campo elétrico associado a uma onda eletromagnética plana, que se propaga em um meio com impedância intrínseca
η = 200e
j
π
6
Ω,
→ (t)
sabendo que o campo magnético é dado por H = 4e
−4y
^
cos(360πt − 8y)x(A/m).
A →
E(t) = −800e
−4y
cos (360πt − 8y +
π
^(V /m)
)z
6
B →
E(t) = 800e
4y
cos (360πt + 8y −
π
)^
z(V /m)
6
C →
E(t) = −200e
4y
cos (360πt + 8y +
π
^(V /m)
)z
6
D →
E(t) = 800e
−4y
cos (360πt − 8y +
π
)^
z(V /m)
6
E →
E(t) = 800e
−4y
cos (360πt − 8y −
π
)^
z(V /m)
6
Responder
Questão 2
Sejam dois meios separados por um plano. O meio 1 é o ar. O meio 2 é um dielétrico de baixa perda com permissividade elétrica relativa igual a
16, permeabilidade magnética relativa igual a 1 e condutividade σ = 20S/m. A onda que se propaga no meio 1 incide normalmente no meio 2.
Determine a percentagem de potência que será transmitida para o meio 2.
A 18%
B 24%
C 36%
D 48%
E 64%
Responder
Relatar problema
Considerações finais
Neste conteúdo foram analisadas algumas aplicações do campo elétrico e do campo magnético. Foi estudado, entre outros, o princípio dos
motores, do freio magnético e dos geradores.
Na sequência, vimos uma das mais importantes aplicações das equações de Maxwell, que é a análise da equação de onda e a propagação das
ondas em meios ilimitados.
Por fim, o estudo foi complementado com a continuidade da análise da propagação de onda em meios com perda, e a reflexão e transmissão de
ondas com incidência normal entre dois meios.
A partir de agora, você terá capacidade de entender e explicar, com base no conhecimento do eletromagnetismo, as aplicações do campo elétrico,
magnético e das equações de Maxwell.
headset
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Para encerrar, ouça o resumo dos principais tópicos abordados.
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Referências
NOTAROS, B. M. Eletromagnetismo. São Paulo: Pearson, 2011, p. 291- 350.
PAUL, C. R. Eletromagnetismo para engenheiros com aplicações. Rio de Janeiro: LTC, 2006, p. 111-124, p. 186-241.
QUEVEDO, C. P.; QUEVEDO-LODI, C. Ondas eletromagnéticas. São Paulo: Pearson, 2009, p. 262-288.
WENTWORTH, S. M. Fundamentos de eletromagnetismo. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
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04 - Aplicações de Eletromagnetismo Na Engenharia

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Aplicações de eletromagnetismo na

Aplicações de campo elétrico e magnético na engenharia

Propagação de onda eletromagnética em meio sem perda

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Propagação em meio com perda e na passagem por dois meios

Aplicações de campo elétrico e magnético na engenharia

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Análise de campos irradiados

Esquemático de uma linha de transmissão em alta tensão.

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A diferença de potencial entre dois pontos será dada por:

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Resolvendo a equação, com ε 0 = 8, 85 × 10

Como consequência, temos que:

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E x = E 1x cos (wt − 120 ) + E 2x cos(wt) + E 3x cos (wt + 120 )

E y = E 1y cos (wt − 120 ) + E 2y cos(wt) + E 3y cos (wt + 120 )

sen(wt)] − 19, 6 cos(wt) + 9, 8 [

= √ 3 ⋅ (9, 8) sen (wt) + (9, 8)

A intensidade do campo elétrico irá variar de 9, 8kV /m até 9, 8√3kV /m.

Que é a corrente já informada no enunciado.

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As correntes também estão defasadas 120o nos condutores, assim:

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Princípio dos motores elétricos

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A corrente resultante será:

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Analisando a espira por uma vista superior, teremos:

Vista superior da espira condutora.

Regra da mão direita de Fleming.

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A componente da força, perpendicular à barra, será responsável pela seguinte rotação:

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Determine o que acontecerá com a barra quando a tensão for zerada.

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Princípio dos geradores elétricos

Conversão da energia das águas em energia elétrica.

Conversão da energia do vento em energia elétrica.

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A corrente induzida irá produzir uma força mecânica contrária ao movimento:

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Caso a força externa seja interrompida para um instante t 1 , teremos:

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