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Átomos de um Elétron

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⇒ REVISÃO:
• Partı́cula ligada, massa reduzida e potencial coulombiano.
• Reescrevemos a E.S.i.t. em coordenadas Polares para poder fazer a separação.
• Fizemos* a separação das variáveis e encontramos as auto-funções “independentes”.
• Encontramos a energia total (que concorda com a energia de Bohr)

µZ 2e4 1 13, 6eV


En = − = −
(4π0)22~2 n2 n2

que está condicionada ao número quântico principal n = l + 1, l + 2, l + 3, ...


que depende do número quântico azimutal l = |ml |, |ml | + 1, |ml | + 2, ...
que, por sua vez, depende do valor absoluto inteiro do número quântico magnético |ml | =
0, 1, 2, 3, ....
• Discutimos as inúmeras vantangens desta aboradagem: 3D; partı́cula ligada; concorda com os resul-
tados experimentais; possui simetria esférica; mais informações sobre os nı́veis de energia.

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Auto-funções

• Vimos até agora o quanto é trabalhoso obter


µZ 2e4 1
En = − (1)
(4π0)22~2 n2
pela mecânica quântica no formalismo de Schrödinger quando comparado ao modelo de Bohr, mas
assim é possı́vel aprender muito mais sobre o átomo de um elétron.
• Sabemos que as auto-funções são formadas pelo produto abaixo, para qualquer estado ligado.

ψnlml (r, θ, ϕ) = Rnl (r)Θlml (θ)Φml (ϕ) (2)

onde 
Φml (ϕ) = eiml ϕ






|ml | (3)
 Θ lml
(θ) = sin θ × (Polinômio em cos θ)


Rnl (r) = e−(constante) nr (constante × r)l × (Polinômio em r)

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As auto-funções ... de novo ...

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• Como visto na tabela 7.2 (pg. 312 do Eisberg), as auto-funções têm basicamente a mesma
estrutura matemática, tornando-se mais complicada à medida que os valores de n e l aumentam.
• As auto-funções estão escritas em termos do parâmetro

4π0~2 −10
a0 = = 0, 529 × 10 m = 0, 529Å
µe2

que é igual ao raio da menor órbita do átomo de hidrogênio.


• Notem também que as auto-funções já estão normalizadas, isto é, há uma constante multiplicativa
diante de cada função. Exemplo:

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• Caso tenhamos dúvidas sobre a veracidade das auto-funções, sempre é possı́vel verificar se ela satisfaz
à E.S.i.t. Ver o exemplo 7-2, que pede para verificar se ψ211 é solução da E.S.i.t.

~2 ΘΦ
 
2 RΘ 2 RΦ
− dr (r dr R) + d Φ+ 2 dθ (sin θdθ Θ) + V RΘΦ = ERΘΦ (4)
2µ r2 r2 sin θ ϕ
2
r sin θ

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Densidade de Probabilidade

• Estudaremos as funções densidade de probabilidade

En t En t
Ψ∗Ψ = ψnlm

l
ei ~ ψnlml e−i ~

∗ ∗
Ψ∗Ψ = Rnl Θlml Φ∗ml Rnl Θlml Φml

• Como são funções de três coordenadas, não podemos fazer a representação de P em duas dimensões.

ALTERNATIVA
Considerar separadamente sua dependência em cada coordenada.

• Trataremos primeiro a dependência em r, em termos das densidade de probabilidade radial P (r).

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• Onde então, P (r)dr é a probabilidade de encontrar um elétron em qualquer lugar entre r e r + dr.

Devido à simetria esférica do problema, o ele-


mento infinitesimal de volume dτ é dado por:

dτ = r2 dr sin θ dθ dϕ

= r2 dr dΩ

Logo,


P (r)dr = Pnl (r)dr = Rnl (r)Rnl (r) r2dr

Note que a densidade de probabilidade radial


não depende do número quântico ml .

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• Observando as densidades de probabilidade radiais par alguns números quânticos n e l no
seguinte gráfico abaixo

• É possı́vel notar que Pnl (r)dr só tem valores apreciáveis em intervalos relativamente reduzidos da
coordenada radial.
• Também percebemos que este valor diminui para determinados conjuntos de números quânticos (de
n = 1 para n = 2, por exemplo).

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O elétron deverá, provavelmente, se encontrar
dentro de certa camada contida entre duas es-
feras concêntricas no núcleo de raio r e r + dr.
Determinada basicamente por n.

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• Figura “emprestada” do site O Mundo da Quı́mica, acessado em 18 de março de 2021.

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Exemplo 7-3: (a) Calcule, para o estado fundamental do átomo de Hidrogênio, o valor de r para o
qual a densidade de probabilidade é máxima.
Solução: Neste caso n = 1 e l = 0, logo:


Pnl (r) = P10(r) = R10 (r)R10(r)r2

com Z = 1,
r r 2r
P10 = e− ao e− ao r2 = e− ao r2

Como estamos interessados em encontrar o valor máximo de P10, faremos

d d 2r
P10 = (e− ao r2) = 0
dr dr
 
2 − a2r 2 2r 2 r
0 = − e o r + e− ao (2r) = 2e− ao r2 1 −
ao ao
r
1− =0 ⇒ r = a0
a0

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(b) Calcule o valor esperado da coordenada radial nesse estado.
Solução: temos que lembrar que
Z Z ∞ Z

TODO Ψ Ψdτ = Pnl (r)dr Θ∗Φ∗ΘΦdΩ
ESPAÇO 0 TODO
3D Ω
e se
Z
|Ylml (θ, ϕ)|2dΩ = 1
TODO

com 

Ylml (θ, ϕ) = Θlml Φml


(5)

dΩ = sin θdθdϕ

então
Z ∞
Pnl (r)dr = 1
0
e o valor esperado de r será
Z ∞
hri = rPnl (r)dr
0

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cujo resultado nos leva a

a0n2
  
1 l(l + 1)
hri = 1+ 1− = hrnl i
Z 2 n2

Aplicado ao exemplo, isto é, com n = 1, l = 0 e Z = 1 devemos obter


   
1 1
hr10i = a01 1 + [1 − 0] = a0 1 +
2 2
hr10i = 1.5a0

que é um pouco maior que a posição máxima


de P10, devido a assimetria da distribuição.

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.

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