Você está na página 1de 15

Átomos de um Elétron

1
⇒ REVISÃO:
• Auto-funções: mostramos que as auto-funções tem extrutura separada, como por exemplo
  32
1 Z Z Zr
− 2a
ψ211 =√ re 0 sin θ eiϕ
8π a0 a0

• Densidade de Probabilidade: Consideramos separadamente sua dependência em cada co-


ordenada.
∗ ∗
Ψ∗Ψ = Rnl Θlml Φ∗ml Rnl Θlml Φml

• Iniciamos pela coordenada radial, com P (r)dr sendo a probabilidade de encontrar um elétron em
qualquer lugar entre r e r + dr.

2
⇒ Antes de iniciar a análise da dependência angular, vamos relembrar as coordena-
das

Devido à simetria esférica do problema, o ele-


mento infinitesimal de volume dτ é dado por:

dτ = r2 dr sin θ dθ dϕ

= r2 dr dΩ

3
Dependência Angular

• A densidade de probabilidade é, como já sabemos

Ψ∗nlml Ψnlml = Rnl


∗ ∗
Θlml Φ∗ml Rnl Θlml Φml (1)

mas
Φ∗ml Φml = e−iml ϕeiml ϕ = 1

isto é, não depende da coordenada ϕ.


• A forma do fator Θ∗lml Θlml aparece representada em termos de diagramas polares.
• A origem está no ponto r = 0 (no núcleo) e o eixo z é traçado ao longo da direção no qual se mede
o ângulo θ. Por exemplo:

4
• A figura ao lado representa a dependência di-
recional completa de Ψ∗nlml Ψnlml , para o caso,
l = 1 e ml = ±1
• O valor de a é definido como

a = Θ∗lml Θlml

• Vale lembrar que o termo dependência dire-


cional está relacionado ao ângulo θ enquanto
dependência radial está relacionado ao valor
r.
• Uma visualização 3D pode ser obtida imagi-
nando uma rotação de 360o em torno do eixo
z.

5
• Na figura abaixo vemos a dependência direcional da forma de Θ∗lml Θlml com o número quântico
l = 3, o que acarreta em ml = −3, −2, −1, 0, +1, +2, +3.

• Observe como a região de concentração se desloca do eixo z para o plano perpendicular a este quando
|ml | cresce.

6
• Na figura abaixo vemos alguns aspectos da dependência de Θ∗lml Θlml com o número quântico l =
1, 2, 3, 4, sendo ml = ±l.

• O caso n = 1, l = 0 e ml = 0 representa o estado fundamental do átomo. Nesse momento, a


densidade de probabilidade é esfericamente simétrica, isto é, não depende de θ ou ϕ.

7
• Podemos ainda imaginar estas rotações em
torno de z, obtendo previsões tridimensionais
(como mostra a figura ao lado).

8
⇒ Outra representação ...

9
• Na prática, não é possı́vel observar nenhuma das configurações para a densidade de probabilidade
ilustradas na figura acima em medidas reais sobre átomos “livres”. Um átomo é dito livre quando
não está na presença de campos elétricos ou magnéticos.

• A única exceção é para o estado esfericamente simétrico. O motivo é que cada estado é degenarado
com vários outros estados de mesmo valor de n.

• No fundo, tudo o que pode ser medido é uma densidade de probabilidade média para todo
o conjunto de estados degenerados entre si. Tal média terá simetria esférica sendo a orientação de z
arbitrária.

10
RESUMO até aqui ...

• Obtemos as Auto-funções Rnl (r)Θlml (θ)Φml (ϕ).


• Mostramos como calcular a Densidade de Probabilidade por partes.
• Dependência radial: relacionado ao valor r.
• Dependência Angular: relacionado ao ângulo θ.
• Mostramos rotações em torno de z: previsões tridimensionais.
• Vimos que cada estado n é degenarado com vários outros estados.
• Concluimos que tudo o que poderemos observavr é uma densidade de probabilidade média
para todo o conjunto de estados degenerados entre si.
• Porém, apesar da representação, não existe uma direção preferencial para o sistema, isto é, o eixo z
pode estar em qualque direção.
Continuando: Este problema será contornado com a aplicação de um campo magnético.

11
Momento Angular Orbital

• Mesmo não sendo necessário entrar em grandes detalhes matemáticos, os números quânticos l e
ml estão relacionados com o módulo do momento angular orbital do elétrons e com suas
componentes z e Lz pelas expressões
p
L= l(l + 1)~

Lz = ml ~

• Considere o caso ml = l, assim teremos


p
Lz = l~ que é próximo de L l(l + 1)~. As-
sim, o vetor momento angular apontará apro-
ximadamente na direção de z.

12
• À medida que l cresce, o valor l~ = Lz se
p
aproxima cada vez mais de l(l + 1)~ = L.
• O número quântico ml determina a ori-
entação espacial do vetor momento angular or-
bital. Portanto, num certo sentido, ele de-
termina a orientação espacial do próprio
átomo.

13
• Como o potencial coulombiano é esfericamente simétrico, implica que não existe nenhuma
direção privilegiada no espaço em que o átomo está situado, por isso, a teoria prevê que a energia
não depende de ml .

• Vemos também que a energia En não depende da orientação no espaço vazio, mas as auto-funções
são degeneradas ao número quântico ml .

14
.

15

Você também pode gostar