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Momento de Dipolo Magnético,

Spin e Taxas de Transição

• Neste capı́tulo, continuaremos tratando o


caso do átomo de um elétron.

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Momento de Dipolo Magnético Orbital

• Considere um elétron de massa m e carga −e, movendo-se com velocidade de módulo v numa órbita
circular de raio r.

(a) Mecânica

(c) Quântica

(b) Magnetismo

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• Aqui, µ não representa mais a massa reduzida, mas sim o momento de dipolo magnético.
• A carga que circula numa órbita constitui uma corrente de intensidade
e v
i= =e (1)
T 2πr
onde T corresponde ao perı́odo orbital do elétron de carga e em módulo.
• Uma corrente i produz um campo magnético
equivalente ao campo produzido por um dipolo
magnético, localizado no centro e perpendicu-
lar ao plano da órbita.
• Se A é a área da órbita de raio r, o módulo
do momento de dipolo magnético orbital é

µl = iA (2)

• µl tem direção e sentido conforme ilustrado na figura acima.

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• Como o elétron tem um carga negativa, seu momento de diplo magnético µ~l é antiparalelo ao seu
~ de módulo
momento angular orbital L
L = mvr (3)

• Das equações 1 e 2 podemos escrever

v evr
µl = iA = e πr2 =
2πr 2

e dividindo esse resultado pela equação 3

µl evr e
= = (4)
L 2mvr 2m

• É comum escrever esta razão como


µl gl µb
= (5)
L ~

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onde µb é chamado de Magnéton de Bohr ⇒ unidade natural de medida do momento magnético
atômico.
e~
µb = = 0.927 × 10−23 [Am2]
2m
• gl é denominado fator g orbital, que aqui vale gl = 1. Essa grandeza será explorada posteriormente.
• A equação 5 pode ser escrita na forma vetorial como

gl µb ~
µ~l = − L (6)
~

• Notas:
⇒ Como vemos, µl /L não depende do tamanho da órbita, nem da frequência do movimento orbital.
⇒ Mesmo se fizermos os cálculos para uma órbita elı́ptica, ainda assim, µl não dependeria da forma
da órbita.
⇒ Este fato sugere que na mecânica quântica, deve acontecer o mesmo, como realmente é.

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p
• Se dividirmos µl por L = l(l + 1)~, obteremos o mesmo valor para a razão µl /L.

gl µb p
µl = l(l + 1)~
~
p
µl = gl µb l(l + 1) (7)

• E para a componente z do momento de dipolo magnético,

gl µb
µlz = − Lz
~
gl µb
µlz = − ml ~
~

µlz = −gl µbml (8)

lembrando que µl é antiparalelo a L.

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• Se µl estiver sujeito (imerso) em um campo
~ surgirá uma torque do tipo
B,

~
~τ = µ~l × B

~ e a energia poten-
que tenta alinhar µ~l com B,
cial relacionada (associada) é

∆E = −~ ~
µl · B (9)

• Se não ocorrer dissipação de energia ∆E permanece constante, neste caso o vetor µ~l não se orienta
~
na direção do campo magnético ⇒ µ~l precessiona em torno de B.

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~
• Havendo precessão de µ~l ao redor de B.
• θ permanece constante, bem como |~ ~
µl | e |L|.
• Isto é, compartilham o mesmo torque,
pelo menos em ω.
• O torque, por definição,

~ = − gbµb L
~τ = µ~l × B ~ ×B
~
~

aparecerá quando ligarmos o campo


magnético.

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• Segundo Newton
~
dL
= ~τ
dt
logo, (se L sin θ = raio, e ωdt = ângulo)

dL = L sin θ ωdt
dL
= Lω sin θ
dt
que é igual a
gbµb
Lω sin θ = LB sin θ
~
• Assim, vemos que a frequência angular da µl em torno de B é
gl µb
ω= B
~
chamada de frequência de Larmor, e o fenômeno é chamado de precessão de Larmor.

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~ é uniforme, ou seja, não haverá força resul-
• Até agora, consideramos que o campo magnético B
tante de translação apesar de existir um torque.

~ não seja uniforme, haverá uma força resultante que translada o momento de dipolo
• Caso o campo B
magnético, ou seja, moverá o elétron.

• Numa média feita sobre a órbita, a componente radial se cancela, restando uma média diferente de
0 na direção z, representada pelo dipolo magnético fictı́cio (figura abaixo).

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(d) Órbita do elétron (e) Componentes de F~

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.

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