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ELETROMAGNETISMO I / IFUSP / AULA 6
Coordenadas esféricas
• Vamos lembrar novamente dos operadores diferencias em coordenadas esféricas. O divergente:
⃗ ⃗
2
∂ sin θ Fθ ∂ Fφ
r sin θ [ ∂φ ]
1 ∂ (r Fr ) 1
∇⋅F = 2 + +
r ∂r ∂θ
( ) ( )
2 1 ∂ 2∂f 1 ∂ ∂f 1 ∂2 f
∇ f= 2 r + 2 sin θ + 2 2
r ∂r ∂r r sin θ ∂θ ∂θ r sin θ ∂φ 2
• Também é útil lembrar dos versores, elementos de distância, área e volume nessas coordenadas:
x = r sin θ cos φ x x ̂ + y ŷ + z z ̂
r̂ =
y = r sin θ sin φ r
z = r cos θ x x ̂ + y ŷ ρ⃗ d l ⃗ = dr r ̂ + rdθ θ ̂ + r sin θ dφ φ̂
ρ=̂ =
r= x +y +z 2 2 2 x +y
2 2 ρ d S ⃗ = r 2 sin θ dθdφ r ̂ + r sin θ dφdr θ ̂ + r drdθ φ̂
z ρ̂ − ρ z ̂
z θ̂ = dV = r 2 sin θ drdθdφ
cos θ = r
r −y x ̂ + x ŷ
y φ̂ =
tan φ = ρ
x
ELETROMAGNETISMO I / IFUSP / AULA 6 2
Expansão Multipolar
• Na aula passada vimos que, em problemas com simetria axial, podemos expandir o potencial em
termos dos polinômios de Legendre e suas funções radiais associadas:
∞
ϕ(r, θ) =
∑ (Aℓ r ℓ + Bℓ r −1−ℓ) Pℓ(cos θ)
ℓ=0
• Também aprendemos que os multipolos revelam uma estrutura angular e radial para as fontes e os
campos:
=
1 1
Monopolo (ℓ = 0) : ϕ ∼ , E∼ 2
r r
1 1
Dipolo (ℓ = 1) : ϕ ∼ , E∼
r2 r3
ℓ=0 + ℓ=1 + ℓ=2
1 1
Quadrupolo (ℓ = 2) : ϕ ∼ , E∼
r3 r4
etc.
• A principal “característica” que permanece em grandes distâncias é o monopolo; mas à medida que
nos aproximamos da fonte, o dipolo começa a aparecer; depois, o quadrupolo; e assim por diante.
+…
➡ se estamos perto da origem e as fontes estão mais longe, então podemos usar 1/r′ e r/r′ .
• Vamos supor, por enquanto, que as fontes (cargas) estão próximas da origem, e que estamos distantes de ambas. Então:
1 1 1 1
= = que pode ser expandido em Taylor usando r′ /r ≪ 1 .
R r2 + r′2 − 2rr′ cos θ r 1+ r′2
− 2 r′r cos θ
r2
• Essa série de Taylor nos dá exatamente a série nos polinômios de Legendre, em ambos os casos (r′ /r ≪ 1 ou r/r′ ≪ 1) :
( ) ( )
ℓ ℓ
1 1 r′ 1 1 r
∑ ∑
= Pℓ(cos θ) se r > r′ , e = Pℓ(cos θ) se r′ > r .
R r ℓ r R r′ ℓ r′
• A única diferença com os resultados que tivemos anteriormente é que essa série multipolar acima ainda está escrita em
termos de uma carga pontual num ponto r′⃗ . Porém, é fácil generalizar esse resultado para qualquer distribuição de cargas
ou para condições de contorno genéricas.
• Considere um anel muito fino de raio (distância ao eixo z, em coordenadas cilíndricas) ρ0 , com uma carga q que está distribuída
homogeneamente nesse anel. Vamos também supor que o anel está a uma altura z0 acima da origem, como mostrado na figura
ao lado.
• Vamos primeiro checar qual é o potencial ao longo do eixo z. Devido à simetria axial, cada parte desse anel está equidistante de
qualquer ponto r ⃗ = z z,̂ e portanto o potencial é dado por:
r⃗
q 1 z0 ρ0
ϕ= , onde cos θ0 = , ou tan θ0 =
4πϵ0 r 2 + r′2 − 2rr′ cos θ0 z02 + ρ02 z0 z0
ρ0
• Se você abrir a série de Taylor em torno de (r′ /r), verá que ela é precisamente a série em polinômios de Legendre, ou seja: θ0
r′⃗
ℓ
( )
q 1 r<
4πϵ0 r> ∑
ϕ(r, cos θ = 1) = Pℓ(cos θ0)
ℓ
r>
• Agora vamos nos lembrar do seguinte fato: até este momento nosso ponto está no eixo z, ou seja, temos θ = 0 e cos θ = 1 .
• Por outro lado, sabemos da expansão multipolar que esse potencial (com simetria axial) pode ser expresso como:
( )
1 1 r<
4πϵ0 r> ∑
ϕ= fℓ Pℓ(cos θ) ,
ℓ
r>
• Por outro lado, uma propriedade fundamental dos polinômios de Legendre é que Pℓ(1) = 1 , para qualquer ℓ ,
r⃗
e assim podemos escrever que:
ℓ z0
• Portanto, obtemos imediatamente que, para esse anel, em qualquer ponto do espaço (ρ e θ quaisquer, com
ρ/z = tan θ e r = ρ/sin θ):
ℓ
• Nós vamos utilizar essa solução para construir outras soluções, para problemas ainda mais interessantes.
( )
dqanel 1 r<
4πϵ0 r> ∑
dϕanel = Pℓ(cos θ0)Pℓ(cos θ)
ℓ
r>
σ0 sin θ0 r<ℓ
∫ 2ϵ0 ∑ ∫
⇒ ϕ = dϕanel = Pℓ(cos θ0)Pℓ(cos θ) dr′r′ ℓ+1
ℓ
r>
• É útil separar essa integral radial explicitamente em duas partes: (a) se r′ < r, e portanto r> → r , r< → r′ ;
e (b) se r′ > r , portanto r> → r′ , r< → r .
• Vamos também super que estamos do lado de fora desse cone, numa região não muito distante da origem,
de tal forma que possamos ignorar o que acontece com essa integral numa distância muito grande — ou
seja, vamos cortar essa integral num raio R0 que é muito maior que a nossa distância para a ponta do cone.
[ r′ ]
σ0 sin θ0 r′ℓ rℓ
2ϵ0 ∑ ∫0 ∫r
ϕ= Pℓ(cos θ0)Pℓ(cos θ) × dr′r′ ℓ+1 + dr′r′ ℓ+1
ℓ
r
1
ℓ=0 → R0 − r
2
1 R r′⃗
ℓ=1 → r + r log 0
3 r
ℓ+2 ℓ−1 ( R0 )
r r r ℓ−1 2ℓ + 1
ℓ≥2 → + 1 − ℓ−1 ≃ r
(ℓ + 2)(ℓ − 1)
• Você pode agora substituir essas expressões de volta na série acima para o potencial, e o fato mais interessante que podemos
observar é que aparece um termo um tanto esquisito: um termo de dipolo com dependência r log R0 /r !
• Para distâncias pequenas, esse termo domina todos os demais, e portanto perto da ponta do cone temos um campo elétrico dado
por:
E⃗≃ −
σ0
sin θ0 cos θ0 log(R0 /r) cos θ r ̂ + …
2ϵ0
• Esse é um tipo de “efeito ponta": toda vez que colocamos uma carga num condutor que tem uma ponta, o campo elétrico naquela
ponta é muito forte — bem mais forte do que onde o condutor é plano ou levemente curvo!
• É por essa razão que as faíscas geralmente saem de alguma ponta, e não do meio de um fio ou outro condutor! [Para mais detalhes,
veja o Jackson, Cap. 3.4.]
Multipolos físicos
• Essa discussão toda mostra que podemos usar a expansão multipolar para representar ao mesmo tempo as r′⃗
distribuições de carga e os campos gerados por elas. Por enquanto vamos continuar supondo que temos uma
densidade de cargas com simetria azimutal/axial, como mostrado na figura — ou seja, ρ = ρ(r, θ) . r⃗
• Vamos também supor que estamos interessados na região longe das cargas, portanto temos que r> → r e r< → r′ .
Então, para cada elemento de volume da densidade de cargas dos anéis nós temos:
(r) ℓ
ℓ
ρ( r′⃗ )dV′ 1 r′
4πϵ0 r ∑
dϕ = P (cos θ′)Pℓ(cos θ) , e portanto:
ℓ
∫ 4πϵ0 r ∑ ( r ) ℓ
ℓ
ρ( r′⃗ )dV′ 1 r′
ϕ= P (cos θ′)Pℓ(cos θ)
ℓ
∞ π 2π
1 ρ(r′, θ′) ℓ
∫0 ∫0 ∫0
2
∑r
= P (cos θ)
ℓ+1 ℓ
r′ dr′ sin θ′dθ′ dφ′ r′ Pℓ(cos θ′)
ℓ
4πϵ0
∫
ρℓ = d 3r′ ρ(r′, θ′) r′ℓ Pℓ(cos θ′) (Veja que o multipolo ℓ tem dimensões de q L ℓ−1)
1 ρℓ
4πϵ0 ∑
ϕ= P (cos θ)
ℓ+1 ℓ
ℓ
r
Multipolos físicos
• O multipolo de ordem mais baixa é o monopolo (ℓ = 0), que expressa a carga total: r′⃗
r⃗
∫
3
ρ0 = d r′ ρ( r′⃗ )
∫ ∫
ρ1 = d 3r′ ρ(r′, θ′) r′1P1(cos θ′) = d 3r′ ρ(r′, θ′) × z′
Para um par de cargas positiva/negativa separadas por uma distância 2d uma da outra (na
direção z, claro, para preservar a simetria axial) temos:
d
∫
ρ1 = d 3r′ [qδ( r′⃗ − d z)̂ − qδ( r′⃗ + d z)̂ ] × z′
d
∫
= q d 3r′ [δ(x′)δ(y′)δ(z′ − d ) − δ(x′)δ(y′)δ(z′ + d )] × z′ = q d − q(−d ) = 2qd
ρ1 = r ̂ ⋅ p ⃗ p⃗ =
∫
, com d 3r′ r′⃗ ρ( r′⃗ )
p⃗
ELETROMAGNETISMO I / IFUSP / AULA 6 10



























Multipolos físicos
• O multipolo ℓ = 2 (chamado de quadrupolo) já começa a ficar mais complicado. Temos:
r′⃗
1
∫ ∫ [3z′ − r′ ]
ρ2 = d 3r′ ρ(r′, θ′) r′2 P2(cos θ′) = d 3r′ ρ(r′, θ′) × 2 2
r⃗
2
• Veja que podemos escrever, de um modo mais geral:
∑[ i j
2 2
3z′ − r′ → 3(r ̂ ⋅ r′⃗ ) − r′ r ̂ ⋅ r ̂ = 2 2
3r′r′ − r′2δij] rî rĵ
i, j=1
3
1 3
d r′ [3r′i r′j − r′2δij] ρ( r′⃗ )
2∫
rî rĵ Qij , where Qij =
∑
ρ2 =
i, j=1
• Note que o monopolo é um escalar, o dipolo é um vetor, mas o quadrupolo Qij não é nem um nem outro…!
• De um modo geral (ou seja, mesmo sem simetria axial) nós podemos interpretar um quadrupolo como se fosse um certo tipo muito
especial de vetor.
• Um quadrupolo típico é mostrado nas figuras ao lado: são configurações com cargas e dipolos nulos. O que podemos fazer nesses
casos é associar uma direção a esse sistema físico — a direção perpendicular ao plano das cargas, no caso dos exemplos ao lado. Mas
note que o sistema não define um sentido a esse vetor.
• Veja também que o quadrupolo tem uma certa simetria sob rotações: ele é invariante por rotações de π (180∘) ao redor do eixo
perpendicular ao plano das cargas, e o sinal desse quadrupolo muda se rodarmos de um ângulo π /2 ! Ou seja, podemos convencionar
o sentido do quadrupolo como apontando para “cima" ou para “baixo" do plano, dependendo do sinal — de modo similar à
convenção que define os produtos vetoriais. Dizemos, então, que o quadrupolo pode ser representado por um vetor axial.
• De fato, os multipolos ℓ são invariantes sob rotações de 2π /ℓ. Mas nós voltaremos a esse assunto mais pra frente…
∫
Multipolos da distribuição de cargas, ρℓ = d 3r′ ρ(r′, θ′) r′ℓ Pℓ(cos θ′)
1 ρℓ
Multipolos dos campos/do potencial: ϕℓ = Pℓ(cos θ)
4πϵ0 r ℓ+1
• É claro que o multipolo ℓ do campo elétrico é gerado pelo mesmo multipolo ℓ da densidade
de carga.
• O importante a notar na expansão multipolar é que as dependências angulares do multipolo
da densidade carga e do multipolo do campo elétrico são exatamente as mesmas (pelo
menos a nível do potencial elétrico), Pℓ(cos θ) .
• A dependência radial — como cada multipolo decai com a distância — é dada no potencial
pela dependência 1/r ℓ+1 para o potencial, e 1/r ℓ+2 para o campo elétrico.
• À medida que nos aproximamos da densidade de cargas, os detalhes da distribuição dessas
cargas começam a ficar progressivamente mais aparentes em termos dos campos que elas
geram, de um modo que é precisamente caracterizado pelos multipolos!
Harmônicos esféricos
• Até agora consideramos apenas problemas com simetria axial.
• Neste momento é interessante nos perguntarmos o que aconteceria num problema mais geral.
• Vamos retornar à Equação de Laplace em coordenadas esféricas:
r ∂r ( ∂r ) r 2 sin θ ∂θ ( ∂θ ) r 2 sin2 θ ∂φ 2
2 1 ∂ 2∂ϕ 1 ∂ ∂ϕ 1 ∂2 ϕ r⃗
∇ ϕ= 2 r + sin θ + = 0
• Só que agora vamos admitir que haja dependência com o ângulo azimutal. As soluções usando o método da separação de
variáveis devem ser do tipo:
R(r)
ϕ= P(θ) Ψ(φ) , onde já incluímos o fator de 1/r por conveniência.
r
• Isolando as funções de cada variável temos as equações:
[ R dr 2 P r 2 sin θ dθ ( dθ )] Ψ dφ 2
2 2 1 d2R 1 d dP 1 d 2Ψ
r sin θ + sin θ + =0
• Note que a estrutura é um pouco diferente do que tínhamos anteriormente: o termo com Ψ é, ele mesmo, uma constante
(não necessariamente zero!), onde temos de lembrar que essas funções têm de ser periódicas: Ψ(φ + 2π) = Ψ(φ).
• Mas de um modo geral, o termo Ψ′′ / Ψ ≠ 0 e portanto as funções R e P não podem ser tão simples quanto tínhamos
anteriormente … !
Harmônicos esféricos
• Vamos encontrar a constante de separação para a dependência no ângulo azimutal:
1 d 2Ψ
= − m2 , o que leva diretamente às soluções Ψ → e imφ .
Ψ dφ 2
• Se tomamos m = 0 , retornamos ao caso da simetria axial. Usando essa correspondência temos, para as
funções R e P , que ficam modificadas do seguinte modo:
d 2 R ℓ(ℓ + 1)
− R=0 ,
dr 2 r 2
[ ] [ 1−μ ]
d 2 dP m2
(1 − μ ) + ℓ(ℓ + 1) − P = 0 , onde μ = cos θ .
dμ dμ 2
• As funções radiais são as mesmas de antes (leis de potência), mas as funções P(θ) são um tipo de
generalização dos polinômios de Legendre — as chamadas funções associadas de Legendre.
14
Harmônicos esféricos
• As funções associadas de Legendre também obedecem a relações de ortogonalidade:
1
2 (ℓ + m)!
∫−1
dμ Pℓ(m)(μ) Pℓ′
(m)
(μ) = δℓℓ′ .
2ℓ + 1 (ℓ − m)!
r⃗
• Note que as funções do ângulo azimutal φ também são ortogonais:
2π
∫0
dφe imφe −im′φ = 2π δmm′ .
1 2π
4π (ℓ + m)!
dφ [e imφ Pℓ(m)(μ)] [e −im′φPℓ′ (μ)] =
∫−1 ∫0
(m′)
dμ δℓℓ′ δmm′
2ℓ + 1 (ℓ − m)!
• As integrais acima são simplesmente a integral sobre o ângulo sólido,
∫ ∫ ∫ ∫ ∫
dμ dφ = sin θdθ dφ = d 2Ω , e portanto escrevemos:
15














Harmônicos esféricos
m
• Vamos então normalizar essas funções angulares de um modo mais natural:
∫
0
d 2
Ω Yℓ(m)(θ, φ) Yℓ′
(m′)*
(θ, φ) = δℓℓ′ δmm′ .
(m)
• Esses Yℓ (θ, φ) são chamados de harmônicos esféricos, e são incrivelmente
úteis e versáteis para lidar com uma imensa gama de problemas, desde a
Mecânica Clássica, Mecânica Quântica, Óptica, Imageamento em Medicina,
Astronomia, Cosmologia… e, claro, em Eletromagnetismo!
• A lista de propriedades, simetrias e relações dessa base de funções angulares é 0 1 2 3 4 ℓ
imensa, mas vamos destacar algumas a seguir.
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Harmônicos esféricos
• Primeiro, a dependência no ângulo azimutal está codificada no índice m , e por definição:
Yℓ(m)*(θ, φ) = (−1)mYℓ(−m)(θ, φ) .
• Ale’m disso, os harmônicos esféricos também obedecem uma relação de completeza, que
significa uma ortogonalidade no espaço das funções, e se manifesta da forma:
∞ ℓ
Yℓ(m)*(θ, φ)Yℓ(m)(θ′, φ′) = δ(φ − φ′) δ(cos θ − cos θ′)
∑ ∑
ℓ=0 m=−ℓ
• Uma versão limitada dessa relação de completeza envolve apenas o ângulo azimutal:
ℓ
2ℓ + 1
Yℓ(m)*(θ, φ)Yℓ(m)(θ′, φ′)
∑
= Pℓ(cos γ) ,
m=−ℓ
4π
onde cos γ = n ̂ ⋅ n′̂ , com n ̂ e n′̂ sendo os versores que apontam para as posições
angulares (θ, φ) e (θ′, φ′) . Em particular, se n ̂ = n′̂ temos: Veja mais visualizações dos
harmônicos em http://www-
udc.ig.utexas.edu/external/becker/
ℓ 2 2ℓ + 1 teaching-sh.html
Yℓ(m)(θ, φ)
∑
=
m=−ℓ
4π
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(m)
dY
dμ [ dμ ] [ 1 − μ2 ] ℓ
d 2 ℓ m2 (m)
(1 − μ ) + ℓ(ℓ + 1) − Y =0
L ⃗ = − iℏ r ⃗ × ∇ ⃗ = L̂ x x ̂ + L̂ y ŷ + L̂ z z ̂
̂
( ∂y ∂x )
∂ ∂ ∂
L̂ z = − iℏ x −y = − iℏ
∂φ
• O momento angular total também pode ser expresso em termos do operador:
dμ [ dμ ] 1 − μ 2 dφ 2
1 ̂2 2 d 2 d 1 d2
− 2 L = ∇Ω = (1 − μ ) +
ℏ
Veja mais visualizações dos
• Fica evidente, então, que os harmônicos esféricos são auto-funções dos operadores de momento harmônicos em http://www-
angular: udc.ig.utexas.edu/external/becker/
teaching-sh.html
L̂ 2 Yℓ(m) = ℏ2 ℓ(ℓ + 1)Yℓ(m) , e L̂ z Yℓ(m) = ℏ m Yℓ(m)
18
ℓ
2ℓ + 1
Yℓ(m)*(n)̂ Yℓ(m)(n′̂ ) = Pℓ(n ̂ ⋅ n′̂ ) ,
∑ 4π
m=−ℓ
o que leva a:
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∫
fℓm Yℓ(m)(θ, φ) , com os coeficientes dados por: fℓm = d 2Ω f (θ, φ) Yℓ(m)*(θ, φ)
∑ ∑
f (θ, φ) =
ℓ=0 m=−ℓ
• Um exemplo legal é a maneira como descrevemos a radiação cósmica de fundo em microondas, que é o banho térmico de
radiação (=luz!) que permeia todo o universo, e que nos traz sinais de todas as direções, permitindo medir as condições
“iniciais" do cosmos, apenas 400.000 anos após o Big Bang.
20
Próxima aula:
• Exemplos e exercícios: coordenadas esféricas
• Leitura:
Jackson, Caps. 3 e 4