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Escalas termométricas
𝜃𝐶 𝜃𝐹 − 32 𝜃𝐾 − 273
= =
5 9 5
Ou ainda utilizar os dados da seguinte tabela:
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Variação de temperatura
Dilatação linear
Δ𝐿 = 𝐿 − 𝐿0
Δ𝐿 = 𝐿0 . 𝛼 . Δ𝜃
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O comprimento final 𝐿 é dado pelas seguintes fórmulas:
𝐿 = Δ𝐿 + 𝐿0
𝐿 = 𝐿0 (1 + 𝛼 . Δ𝜃)
Dilatação superficial
Δ𝐴 = 𝐴 − 𝐴0
Δ𝐴 = 𝐴0 . 𝛽 . Δ𝜃
𝐴 = Δ𝐴 + 𝐴0
𝐴 = 𝐴0 (1 + 𝛽 . Δ𝜃)
A relação do coeficiente de dilatação superficial com o linear é dada por:
𝛽 = 2 .𝛼
Dilatação volumétrica
Δ𝑉 = 𝑉 − 𝑉0
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Δ𝑉 = 𝑉0 . 𝛾 . Δ𝜃
Onde 𝛾 é o coeficiente de dilatação volumétrica.
𝑉 = Δ𝑉 + 𝑉0
𝑉 = 𝑉0 (1 + 𝛾 . Δ𝜃)
A relação do coeficiente de dilatação volumétrica com os outros
coeficientes é dada por
𝛾 = 3 .𝛼
𝛾 =𝛼+𝛽
𝛾 = 2 .𝛽
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Dilatação térmica dos líquidos
Δ𝑉𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝑉0 . 𝛾𝑟𝑒𝑎𝑙 . Δ𝜃
A dilatação do recipiente:
Δ𝑉𝑟𝑒𝑐 = 𝑉0 . 𝛾𝑟𝑒𝑐 . Δ𝜃
A dilatação aparente:
Δ𝑉𝑎𝑝 = 𝑉0 . 𝛾𝑎𝑝 . Δ𝜃
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Quando consideramos a capacidade térmica da unidade de massa, temos
o calor específico 𝑐 da substância considerada.
𝐶 𝑄
𝑐= 𝑐 = 𝑚.
𝑚 𝛥𝜃
Calor específico
Substância
(cal/goC)
Água 1,000
Álcool 0,580
Alumínio 0,219
Chumbo 0,031
Cobre 0,093
Ferro 0,550
Mercúrio 0,033
Prata 0,056
Gelo 0,500
Vidro 0,200
Vapor de água 0,480
𝑄 = 𝑚 . 𝑐 . Δ𝜃
Que também pode tomar as seguintes formas:
𝐶 𝑄
𝑄 = 𝑚 . 𝑚 . Δ𝜃 𝑄 = 𝑚 .𝑚. Δ𝑡
. Δ𝜃
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Trocas de calor
𝑄1 + 𝑄2 + 𝑄3 + 𝑄𝑛 = 0
Se o calor recebido é 𝑄𝑅 e o calor cedido é 𝑄𝐶 temos que 𝑄𝑅 > 0 e 𝑄𝐶 <
0
Vaporização: Passagem do estalo líquido para vapor. Esta pode ser de três
tipos. Evaporação (processo lento). Calefação (líquido em contacto com
superfície a uma temperatura elevada). Ebulição (formação de bolhas).
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Calor latente
𝑄
𝐿=
𝑚
Eis a tabela de calor latente da água em todos os seus estados.
Fluxo de calor
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extremidade que tem maior temperatura para a extremidade que tem
menor temperatura. A quantidade de calor 𝑄 que atravessa uma secção
recta da barra, num intervalo de tempo ∆𝑡 é chamado fluxo de calor e
representa-se por:
𝑄
Φ=
𝛥𝑡
O fluxo de calor (ou fluxo térmico) Φ através de uma superfície de área
𝐴 é definido como a quantidade de calor por unidade de tempo (𝑄/𝑡) por
unidade de área:
𝑄
Φ= 𝑡
𝐴
A unidade do fluxo de calor no SI é W/m2
Δ𝜃
Φ = −𝜆
ℓ
O sinal negativo dá coerência com a
segunda lei da Termodinâmica (calor só
passa da temperatura mais alta para a mais
baixa).
ℓ O factor de proporcionalidade 𝜆 é
denominado condutividade térmica. É uma
grandeza que depende do material e da sua temperatura.
A unidade SI da condutividade térmica é W/(m.K) ou W/(m.°C) porque
diferenças de temperatura em K e °C são numericamente iguais.
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𝛥𝑄 𝛥𝜃
𝜑= = −𝜆. 𝐴
𝛥𝑡 𝛥ℓ
A unidade de medida do calor por unidade de tempo é o 𝑊.
Δ𝜃 Δ𝜃
𝜑 = 𝜆. 𝐴. 4 = 150.0,0052 0,001
ℓ
Δ𝜃 0,001.4
4 = 0,00375. 0,001 Δ𝜃 = 0,00375 Δ𝜃 = 1,067 oC
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Resistência térmica é o inverso da condutância térmica.
Δℓ𝑏
𝑅=
𝜆. 𝐴
A unidade SI de resistência térmica 𝑅 é 𝑚2 . 𝐾/𝑊 ou 𝑚2 .o𝐶/𝑊
Condução em tubo
Δ𝑄 Δ𝜃
Φ= = −𝜆. 𝐴
Δ𝑡 𝑒
Seja, conforme a figura, um tubo de comprimento ℓ, raio interno 𝑟1 e raio
externo 𝑟2 . As temperaturas nas superfícies interna e externa são
supostamente 𝜃1 e θ2 , para uma camada cilíndrica fina de raio 𝑟 e
espessura 𝑒.
𝑒 2𝜋. 𝜆. ℓ
=− Δ𝜃
𝑟 Φ
Integrando 𝑒 de 𝑟1 a 𝑟2 e ΔT de T1 a T2
2𝜋. 𝜆. ℓ
Φ= 𝑟2 (θ1 − θ2 )
𝐼𝑛( ⁄𝑟1 )
Exemplo: Numa refinaria de petróleo, o vapor de água em temperatura de
120 0C é conduzido por uma canalização de raio igual a 30 cm. A
canalização é envolvida por uma capa cilíndrica de cortiça com raios
internos e externos, respectivamente iguais a 30 cm e 50 cm. A superfície
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externa está em contacto com o ar à temperatura de 10 0C. 𝜆(cortiça) =
0,04 J/ s.m .oC
0,288
𝜃 = 120 − . 110 𝜃 = 58,05 o𝐶
0,511
Φ = 541,018 𝑊
Seja, conforme a figura, uma esfera oca de raio interno 𝑟1 e raio externo
𝑟2 . As temperaturas das superfícies interna e externa são respectivamente
θ1 e θ2 , para uma casca fina de raio 𝑟 e espessura 𝑒
𝑒 4𝜋. 𝜆
=− ΔT
𝑟2 Φ
De forma similar à anterior, integrando 𝑒 de
𝑟1 a 𝑟2 e ΔT a T1 a T2 , chega-se a:
4𝜋. 𝜆
Φ= (θ1 − θ2 )
1⁄ − 1⁄
𝑟1 𝑟2
Exemplo: Um reservatório metálico de processo tem forma esférica com
diâmetro 2 metros e uma camada de isolamento térmico de 10 cm de
espessura e condutividade térmica 0,1 𝑊/(𝑚. 𝐾). Determinar a perda de
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calor, sabendo que as temperaturas das superfícies externas do metal e
do isolamento são respectivamente 200°C e 50°C.
4𝜋.𝜆 4𝜋.0,1
Φ=1 (θ1 − θ2 ) Φ = 1 (200 − 50)
⁄𝑟1 −1⁄𝑟2 ⁄1−1⁄(1+0,1)
1,257
Φ= . 150 Φ = 2072 𝑊
0,091
Ou ainda:
∆𝜃 = 𝜃3 − 𝜃0 = 𝑅𝑡 . Φ
Onde 𝑅𝑡 é a resistência térmica do
conjunto das três camadas. Desde que a
quantidade de calor por unidade de
tempo Φ passe por cada camada, as
relações individuais são:
𝜃3 − 𝜃2 = −𝑅3 . Φ
𝜃2 − 𝜃1 = −𝑅2 . Φ
𝜃1 − 𝜃0 = −𝑅1 . Φ
Considera-se agora a igualdade:
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𝜃3 − 𝜃0 = (𝜃3 − 𝜃2 ) + (𝜃2 − 𝜃1 ) + (𝜃1 − 𝜃0 )
Substituindo e simplificando:
𝑅𝑡 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3
Ou seja, a resistência térmica total de camadas sobrepostas é igual à soma
das resistências individuais, de forma análoga às resistências eléctricas em
série.
𝑟
𝐼𝑛( 2⁄𝑟1 )
Camada cilíndrica: 𝑅𝑐𝑖𝑙 = 2π.λ.ℓ
1⁄ −1⁄
𝑟1 𝑟2
Camada esférica: 𝑅𝑒𝑠𝑓 = 4𝜋.𝜆
Φ = −ℎ(𝜃𝑓 − 𝜃𝑠 )
Onde Φ é o fluxo de calor trocado por convecção e ℎ é o coeficiente de
convecção, que depende do fluido, da temperatura e geometria do
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contacto entre sólido e fluido. O coeficiente de convecção também pode
ser representado pela letra grega alfa (𝛼).
𝑄. 𝑡
Φ=
𝐴
E adoptando para calor por unidade de tempo:
𝛥𝑄
𝜑=
𝛥𝑡
A relação anterior pode ser escrita na forma mais usual:
Φ = −ℎ. 𝐴. (𝜃𝑓 − 𝜃𝑠 )
Onde 𝐴 é a área da superfície em contacto com o fluido. A unidade SI do
coeficiente de convecção ℎ é 𝑊/𝑚2 . 𝐾 ou 𝑊/𝑚2 .oC
∆𝜃 = −𝑅. Φ
Onde R é a resistência térmica da troca por convecção.
1
R=ℎ.𝐴
Exemplo: Um aquecedor eléctrico que apresenta fluxo de calor Φ de
6000 𝑊/𝑚2 está a 120 oC e é resfriado pela passagem de um fluido a 70
o
C. Calcule o coeficiente de convecção. Se a potencia do aquecedor for
diminuída de maneira que Φ = 2000 𝑊/𝑚2 , qual será a temperatura do
aquecedor?
6000
Φ = −ℎ(𝜃𝑓 − 𝜃𝑠 ) 6000 = −ℎ(70 − 120) ℎ =
50
ℎ = 120 𝑊/𝑚2.oC
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10400
120 𝜃𝑠 = 2000 + 8400 𝜃𝑠 = 𝜃𝑠 = 86,7 oC
120
𝑅 = 𝑅𝑎 + 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅𝑏
E a variação total de temperatura é:
𝜃𝑓𝑎 − 𝜃𝑓𝑏 = 𝑅. Φ
As resistências individuais são:
Δ𝑒1 Δ𝑒2 Δ𝑒3
𝑅1 = 𝜆 𝑅2 = 𝜆 𝑅3 = 𝜆
1 .𝐴 2 .𝐴 3 .𝐴
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As equações anteriores podem ser combinadas da seguinte forma:
1
Φ= 𝐴 . (𝜃𝑓𝑎 − 𝜃𝑓𝑏)
1 Δ𝑒1 Δ𝑒2 Δ𝑒3 1
+ + + +
ℎ𝑎 𝜆1 𝜆2 𝜆3 ℎ𝑏
Portanto:
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Exemplo de uso: Se na figura acima, a camada 2 for de ar, usa-se 𝑅 da
Δ𝑒2
tabela no lugar de .
𝜆2
Φ = U ′ . ℓ (θfa − θfb )
Consideram-se : 𝑟0 = Raio interno. 𝑟𝑖 = Raio maior da camada 𝑖. 𝜆𝑖 =
Condutividade térmica da camada 𝑖. ℎ𝑎 e ℎ𝑏 = Coeficientes de convecção
interno e externo.
Radiação térmica
𝜑 = 𝜎. 𝐴. 𝜃 4
Onde 𝜎 é a constante de Stefan-Boltzmann (5,67.10−8 𝑊/(𝑚2 . 𝐾 4 )) e 𝜃 é
a temperatura absoluta do corpo (em Kelvin elevado à quarta potência).
𝜑 = 𝜀. 𝜎. 𝐴. 𝜃 4
Onde 𝜀 é emissividade do corpo. É uma grandeza adimensional que
depende do material, do tipo de superfície e da temperatura. Para o corpo
negro ideal, 𝜀 = 1.
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O calor trocado por radiação entre dois corpos de mesma área e
diferentes emissividades e temperaturas pode, em principio, ser calculado
por:
𝜎. 𝐴 (𝜃14 − 𝜃24 )
φ=
1 1
+
𝜀1 𝜀2
Entretanto, esta fórmula é apenas uma referência. Não deve indicar a
realidade porque não considera a forma das superfícies nem a orientação
entre elas. Uma fórmula prática para cálculo da potência térmica trocada
por radiação entre dois corpos é dada por:
4 4
𝜃1 𝜃2
𝜑 = 𝜎 ′ . 𝐴 [( ) −( ) ] 𝐹𝑠 . 𝐹𝑒
100 100
Onde 𝜎′ = 5,67, 𝐹𝑠 é o factor de superfície (adimensional) e 𝐹𝑒 é o factor de
emissividade (adimensional)
1 1 −1 1 1 −1
𝐹𝑒 = ( + − 1) 𝐹𝑒 = ( + − 1) 𝐹𝑒 = 0,0101
𝜀1 𝜀2 0,02 0,02
𝜑 𝜃1 4 𝜃 4
= 𝜎 ′ [( ) − ( 2 ) ] 𝐹𝑠 . 𝐹𝑒
𝐴 100 100
𝜑 358 4 298 4
= 5,67 [( ) −( ) ] 1.0,0101
𝐴 100 100
𝜑 𝜑
= 5,67(164,27 − 78,86)0,0101 = 4,89 𝑊/𝑚2
𝐴 𝐴
Neste caso pode-se supor que a transmissão ocorre apenas por radiação
porque, no vaso de Dewar, é feito vácuo entre as paredes para evitar a
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convecção. Em outros casos, essas duas parcelas precisam ser calculadas
como no exemplo a seguir.
Para a convecção:
Φ𝑐𝑜𝑛𝑣 = 11115,4 𝑊
Para a radiação:
𝜃1 4 𝜃2 4
Φrad = 𝜎′ . 𝐴 [( )
100
− (100) ] 𝑒
150+273 4 21+273 4
Φrad = 5,67(𝜋. 30.0,115) [( ) −( ) ] 0,7
100 100
Φrad = 10558,5 W
Perda total de calor:
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