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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

LUCAS HIDEKI MINAMIDA


EMMANUEL BASANA KRUGER
KHALED AHMED

TAREFA PARA AVALIAÇÃO 3

CURITIBA
2023
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EXERCICO 1) Considerando Z = 89

Para um Z = 89, de acordo com a tabela fornecida pelo exercício, temos uma
porcentagem de sólidos em massa de Y = 6%. Antes da resolução numérica iremos partir da
hipótese de que 𝞰 = 1, ou seja, de que a operação apresenta uma eficiência de 100% e que
todo sólido é retido na torta e todo líquido passa pelo filtro. A resolução do problema parte da
seguinte equação:
𝑀𝑐
𝐶=
𝑉𝑓

Assumindo uma base de cálculo de 100kg de solução temos:

100 ∗ 0,06 = 6 𝑘𝑔 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 & 100 ∗ 0,94 = 94 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂

Calculando o volume do fluido (assumindo a densidade da água como a padrão de


𝑘𝑔
1000 𝑚3) temos:

𝑚𝐻2𝑂 94 𝑘𝑔
𝑉𝑓 = = = 0,094 𝑚3
𝜌𝐻2𝑂 𝑘𝑔
1000
𝑚3

Manipulando a primeira equação temos a seguinte relação:

𝑀𝑐 𝑤𝑠 ∗ 𝑚𝑡 𝑤𝑠 𝜌𝑒 0,06 ∗ 1000 𝑘𝑔
𝐶= ∴ ∴ = = 63,83 ≅ 64 3
𝑉𝑓 𝑚𝑡 ∗ (1 − 𝑤𝑠 ) 1 − 𝑤𝑠 1 − 0,06 𝑚
𝜌𝐻2𝑂

EXERCICO 2) Considerando Z = 89

Para um Z = 89, de acordo com a tabela fornecida pelo exercício, temos um fator
multiplicativo de W = 2. Como o filtro de tambor rotativo opera a vácuo temos a seguinte
relação:
∆𝑃 = 𝑃1 − 𝑃0 ∴ 𝑃1 − 0 = 𝑃1
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A resolução do problema parte da seguinte equação:

𝑉𝑓 2 ∗ 𝜆 ∗ ∆𝑃
= √
𝐴𝑡𝑐 𝜇 ∗ 𝛼 ∗ 𝑐 ∗ 𝑡𝑐

Manipulando a primeira equação temos a seguinte relação:

𝑉𝑓 2∗𝜆 𝑉𝑓 1 100 𝑚3 1
= 𝐴∗√ ∗ 𝑃0,5 ∴ 1 = 𝐾 ∗ 𝑃 2 ∴ 1 = 𝐾 ∗ 𝑃 2
√𝑡𝑐 𝜇∗𝛼∗𝑐
𝑡𝑐 2 ℎ2

Isolando Vf e substituindo P’= W * P (levando em conta a distributiva) temos:

1 1 1 1 100 𝑚3 1
𝑉𝑓 = 𝑡𝑐 2 ∗ 𝐾∗𝑃 2 ∗𝑊 2 ∴ 1ℎ ∗
2
1 ∗ (2)2 = 141,42 ≅ 141 𝑚3
1ℎ 2

Tratando-se das vantagens do aumento da pressão temos o aumento de 40% do


volume de filtrado quando comparado com a condição inicial. Tratando-se das desvantagens
temos o alto custo (OPEX e CAPEX) associado a necessidade de um pressurizador e a
manutenção do despressurizador já existente no equipamento (responsável por manter o
vácuo). Um aumento da pressão não bem ajustado tende a danificar os poros do meio filtrante
e torna a durabilidade do mesmo menor, assim como exige pausas mais recorrentes para
manutenção, aumentando novamente o OPEX.

EXERCICO 3) Considerando Z = 89

Inicialmente temos os seguintes dados:

Área Quadro (m2) 0,0263


Espessura (m) 0,03
Fração Ponderal Caco3 0,1
𝑘𝑔 2000
Densidade (W = 2) (𝑚3)
Delta P (PSI) 30
Viscosidade Água à 19°C (Pa.s) 0,001075

A partir da densidade relativa fornecida e o volume da torta calcula-se uma


concentração de 111,11 kg solido/m3 de solução. Convertendo a base de dados
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fornecida e aplicando a linearização adequada para o caso da filtração a pressão


constante temos os seguintes dados:

𝒔
Tf/Vf (𝒎𝟑 ) Vf (𝒎𝟑 )
9000,0 0,00020
10500,0 0,00040
12500,0 0,00060
14000,0 0,00080
15400,0 0,00100
17083,3 0,00120
19071,4 0,00140
20875,0 0,00160
22777,8 0,00180
24400,0 0,00200
26227,3 0,00220
28000,0 0,00240
29730,8 0,00260

O Gráfico da linearização, apresentado a seguir, proporciona o calculo das


constantes K1 e K2.

Tf/Vf & Vf
35000,0

30000,0 y = 9E+06x + 6978,9

25000,0

20000,0
Tf/Vf

15000,0

10000,0

5000,0

0,0
0,00000 0,00050 0,00100 0,00150 0,00200 0,00250 0,00300
Vf

𝑌 = 𝐴 ∗ 𝑋 + 𝐵 ∴ 9 ∗ 106 ∗ 𝑋 + 6978,9
𝐾1 = 3,7 ∗ 1012 ∴ 𝐾2 = 1,4 ∗ 109

Os termos K1 e K2 podem ser decompostos da seguinte forma:


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𝜇∗𝑐∗𝛼 𝑚
𝐾1 = 2
∴ 𝛼 = 2,2 ∗ 1010
𝐴 𝑘𝑔
𝜇 ∗ 𝑅𝑚
𝐾2 = ∴ 𝑅𝑚 = 3,5 ∗ 1010 𝑚−1
𝐴

Quanto a análise dos parâmetros, alterados ou não em virtude da ampliação


da escala do projeto os resultados se encontram na tabela a seguir:

𝛼 Não é possível afirmar; é função da


compressibilidade
Rm Constante
Rc Não é possível afirmar; é função da
compressibilidade e do alfa em si
K1 Diminui; pois ocorre redução da Área
K2 Diminui; pois ocorre redução da Área
C Constante; embora a vazão seja outra
Área de filtração Aumenta; Graças ao aumento da
magnitude do projeto
𝜇 Constante; já que a Temperatura não é
alterada
S Não é possível afirmar
Tempo de lavagem Aumenta; Graças ao aumento da
magnitude do projeto
Capacidade Aumenta; Graças ao aumento da
magnitude do projeto

EXERCICO 4)

Auxiliares de filtração são substancias utilizadas nas operações unitárias de


filtração com o intuito de aumentar o rendimento das mesmas a partir de uma série de
incrementos tais quais: melhor retenção de partículas finas na suspensão, maior
velocidade de filtração e redução de custos. É possível fazer uma espécie de analogia
ao “catalisador” utilizado em reações químicas, uma vez que, além dos incrementos
esperados, os auxiliares tendem a ser facilmente recuperados após o fim do ciclo da
filtração.
A estrutura rígida do auxiliar promove a formação de uma torta não
compressível porem constantemente porosa, mais adequada de se trabalhar. Por
recobrirem o tecido da malha filtrante, os auxiliares tornam o mesmo menos provável
de entupimento estendendo assim a vida útil do material e reduzindo o consumo de
água associado ao processo de lavagem do filtro. Possuem grande área de superfície
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de contato (alta porosidade), baixa densidade e compressibilidade, pequeno diâmetro


nominal.
Suas desvantagens são pautadas no custo operacional (algo adicional e não
necessariamente obrigatório para a realização da operação); a proporção adequada
de auxiliar, características/parâmetros da solução (Volume filtrado, concentração,
vazão operacional e etc.) e resultados almejados é obtida de forma empírica, tratando-
se de um processo de otimização de aplicação não imediata. O aumento da taxa de
filtração, causado pela presença do auxiliar, geralmente modifica aspectos visuais da
solução filtrada (por exemplo, a solução fica menos clara).

EXERCICO 5) Considerando Z = 89

Sabe-se que será necessário filtrar 12.000 kg de TiO2 secos. Sabe-se


também que a concentração da solução aquosa é de 80 g/L, logo o volume de
solução que será necessário filtrar por dia nessa empresa é:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎 12000 (𝑘𝑔)
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 = = = 150.000 𝐿/𝑑𝑖𝑎 = 15 𝑚3 /𝑑𝑖𝑎
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑘𝑔
0,08 ( 𝐿 )

Inicialmente, será considerado que a vazão do sistema é equivalente àquela


caso a filtração ocorresse de maneira constante e ininterrupta:
150.000 (𝐿)
𝑄= = 104,2 𝐿/𝑚𝑖𝑛
1440 (𝑚𝑖𝑛)
A partir desse valor é possível encontrar o valor da pressão fornecida pela
bomba centrífuga à solução escoada.

Vazão (L/min) Pressão (kgf/cm²)


378 2,310
189,3 2,415
104,2 x

Aplicando-se uma extrapolação linear, obtém-se que x = 2,46 kgf/cm².


De acordo com os testes realizados em laboratório, a resistência específica
da torta α é dada pela seguinte relação:
α = 4,78 ∗ 1010 ∗ 𝑃0,266
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Será considerado, nesse caso, que P é a pressão fornecida pela bomba


cinética. Desta forma, encontra-se que α = 6,07 ∗ 1010 𝑐𝑚/𝑔
Para este sistema de filtração, foram feitas as seguintes considerações:
• Torta incompressível: α constante;
• P2 = pressão manométrica: 0;
• Pressão constante.

A partir das informações obtidas acerca do sistema e do filtro, realizou-se o


seguinte algoritmo para a avaliação da possibilidade de empregar o equipamento de
filtração na empresa avaliada:
1. Encontrar o volume de cada ciclo de filtração (Vf) e o tempo de filtração
(tf);
2. Encontrar o tempo total de cada ciclo (tc);
3. Calcular quantos ciclos serão possíveis realizar por dia;
4. Verificar se com a quantidade de ciclos será possível atingir a meta de
150 m³ de filtrado por dia.
Para um sistema incompressível sob pressão constante, obtemos a
seguinte relação entre tf e Vf:
𝐾1 𝐾2
𝑡𝑓 = ∗ 𝑉𝑓 2 + ∗ 𝑉𝑓
2 ∗ ∆𝑃 ∆𝑃
Em que:
𝜇∗α∗c
𝐾1 =
𝐴²
𝜇 ∗ 𝑅𝑚
𝐾2 =
𝐴
𝜇 = viscosidade do filtrado (kg/m³)
α = resistência específica da torta (cm/g) = 6,07 ∗ 1010 𝑐𝑚/𝑔 = 6,07 ∗ 1011 𝑚/𝑘𝑔
c = concentração de sólidos na solução (kg de sólido/m³ de filtrado)
A = área de filtração (m²) = 225 m²
Rm = resistência do meio filtrante = 6,7*10^9 cm^-1 = 6,7*10^7 m^-1
∆P = diferença de pressão (Pa) = 241243.64 Pa
Para a viscosidade do filtrado, se tornou necessária a análise da viscosidade
do fluído e do sólido.
De acordo com a literatura, a viscosidade da água é de 1 cP, enquanto do óxido
de titânio é de 3,55 Cp (Yang, 2001). Como não é possível utilizar a média ponderada
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da viscosidade, para a análise inicial utilizou-se o valor da viscosidade média


aritmética entre os 2 compostos. Isso resultou em um valor de 𝜇 = 2,25 𝑐𝑃.
Para a determinação da concentração de sólidos na solução, utilizou-se a
informação de que no experimento laboratorial obteve-se 1,6 kg de torta úmida / 1kg
de torta seca. Dessa forma, para calcular a concentração de sólidos, foi utilizada a
seguinte relação:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜
Utilizando um volume de controle de 2,6 kg de filtrado, sabe-se que a massa
de sólido presente neste é de 1 kg. Para determinar o volume de filtrado contido nessa
massa é necessário utilizar a densidade média do filtrado.
Para tal, utilizou-se o valor da densidade média ponderada neste volume de
controle. Observa-se que a densidade da torta seca foi considerada como sendo a
densidade do óxido de titânio, enquanto a da torta úmida foi considerada como sendo
a densidade da água pura (ambos compostos a 25ºC).

Composto Composição (%) Densidade (kg/m³)


Torta seca 61,5 4230
Torta úmida 38,5 1000
Torta média 100 2242

Logo, com este valor, pode-se determinar o volume de filtrado analisado.


𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 (𝑘𝑔) 2,6
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 = = = 0,00116 𝑚³
𝑘𝑔 2242
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 ( 3 )
𝑚
Consequentemente, a concentração de sólidos é:
1 𝑘𝑔
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 = = 862 𝑘𝑔/𝑚³
0,00116 𝑚³
Com todos os parâmetros de filtração determinados, é possível calcular K1 e
K2.
11 𝑚 𝑘𝑔
𝜇 ∗ α ∗ c 2,25 (𝑐𝑃) ∗ 6,07 ∗ 10 (𝑘𝑔) ∗ 862 (𝑚3 ) 𝑘𝑔
𝐾1 = = = 23266337936 7
𝐴² (225 𝑚²)² 𝑚 ∗𝑠
𝜇 ∗ 𝑅𝑚 2,25 (𝑐𝑃) ∗ 6,7 ∗ 107 (𝑚 −1 ) 𝑘𝑔
𝐾2 = = = 670000 4
𝐴 225 𝑚² 𝑚 ∗𝑠
Voltando a relação entre tf e Vf, é possível reescrever a equação como a
seguinte função objetivo:
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0 = 48.822 ∗ 𝑉𝑓 2 + 2,77 ∗ 𝑉𝑓 − 𝑡𝑓
Utilizando a ferramenta solver do excel, foi possível determinar soluções
possíveis para Vf e tf. Para cumprir a demanda de filtração do projeto, é necessário
que a solução cumpra o seguinte critério.
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑎𝑙 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐í𝑐𝑙𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠 ∗ 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 (ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠) < 24
Para determinar o número de ciclos realizados, utiliza-se a seguinte relação:
15 𝑚³
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐í𝑐𝑙𝑜𝑠 =
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑐í𝑐𝑙𝑜 (𝑚3 )
Em seguida, para determinar o tempo de cada ciclo, é necessário lembrar-se
que o tempo necessário entre 2 ciclos é de 20 minutos, logo o tempo de cada ciclo é
fornecido pela seguinte relação:
𝑡𝑐 (𝑚𝑖𝑛) = 𝑡𝑓 (𝑚𝑖𝑛) + 20
A partir disso, foram testadas diferentes soluções para a função objetivo que
correlaciona vf e tf. Aplicando as relações vistas acima, obteve-se o seguinte gráfico
de tempo necessário para filtrar 15 m³ de solução em função do volume de filtrado por
ciclo.

Tempo total de filtração


120

100
Horas para filtrar 15 m³

80

60

40

20

0
0 100 200 300 400 500 600
Volume de filtrado por cíclo (L)

Como é possível observar, para otimizar o tempo de filtração deve-se filtrar


aproximadamente 150 L de filtrado por ciclo. Ainda assim, não é possível filtrar o
volume requerido pela indústria em 1 dia com o filtro analisado. Dessa forma, não se
recomenda comprar esse filtro para este projeto.
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REFERENCIAS:

YANG, Hua-Gui et al. Rheological Behavior of Titanium Dioxide Suspensions.


Journal of Colloid and Interface Science, v. 236, n. 1, 2001, p. 96-103. ISSN 0021-
9797. Disponível em: https://doi.org/10.1006/jcis.2000.7373.

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