Você está na página 1de 24

Universidade Lúrio

Faculdade de engenharia
Licenciatura em engenharia mecânica

Projeto de Redes de Fluidos

SISTEMAS DE CONTROLO E INSTRUMENTAÇÃO ASSOCIADAS A


REDES DE TUBAGENS
(Transmissores)

Elísio Caetano Paúnde


Número: 20132004031

Pemba, Maio de 2017

1
Universidade Lúrio
Faculdade de engenharia
Licenciatura em engenharia mecânica

Projeto de Redes de Fluidos

SISTEMAS DE CONTROLO E INSTRUMENTAÇÃO ASSOCIADAS A REDES DE


TUBAGENS
(Transmissores)

Trabalho de carácter avaliativo da


disciplina de Projeto de Redes de
Fluidos do curso de licenciatura em
engenharia mecânica 4° Ano, a ser
apresentado ao docente da cadeira.

Docente: Wine Jó

Pemba, Maio de 2017

2
Índice

1. Introdução ................................................................................................................................... 6

2. Objetivos ..................................................................................................................................... 7

2.1 Geral ...................................................................................................................................... 7

2.2 Específico .............................................................................................................................. 7

3. Transmissor ................................................................................................................................. 8

4. Classificação dos transmissores quanto ao sinal ......................................................................... 8

4.1 Tipo Pneumático ................................................................................................................... 8

4.1.1 Vantagem ........................................................................................................................... 8

4.1.2 Desvantagens ...................................................................................................................... 9

4.2 Tipo Hidráulico ..................................................................................................................... 9

4.2.1 Vantagens ........................................................................................................................... 9

4.2.2 Desvantagens ...................................................................................................................... 9

4.3.1 Vantagens ......................................................................................................................... 10

4.3.2 Desvantagens .................................................................................................................... 10

4.4 Tipo Digital ......................................................................................................................... 12

4.4.1 Vantagens ......................................................................................................................... 12

4.4.2 Desvantagens .................................................................................................................... 12

4.5 Via Rádio............................................................................................................................. 12

4.5.1 Vantagens ......................................................................................................................... 12

4.5.2 Desvantagens .................................................................................................................... 12

5. Tipos de transmissores .............................................................................................................. 13

5.1 Transmissor de temperatura ................................................................................................ 13

5.2 Transmissores de pressão .................................................................................................... 13

5.3 Transmissores de caudal...................................................................................................... 17

3
5.3.1 Tipos de medidores de caudal .......................................................................................... 18

6. Conclusão.................................................................................................................................. 23

7. Revisão bibliográfica ................................................................................................................ 24

4
Índice de figuras

Figura 1: Transmissor……………………………………………………………………………...8

Figura 2: Fita Extensiométrica (Strain Gauge)…………………………………………………...11

Figura 3: Sensor Capacitivo (Célula Capacitiva)…………………………………………………11

Figura 4: Sensor de temperatura………………………………………………………………….13

Figura 5: Sensor capacitivo………………………………………………………………………15

Figura 6: Diagrama de esforço de um strain gauge……………………………………………….15

Figura 7: circuito do sensor piezoelétrico………………………………………………………...16

Figura 8: sensores de silício ressonante…………………………………………………………..17

Figura 9: Medidor de caudal por perda de carga variável…………………………………………18

Figura 10: Medidor do tipo tubo pilot…………………………………………………………….19

Figura 11: Medidor do tipo Annubar……………………………………………………………..19

Figura 12: Fases do medidor do tipo disco nutante……………………………………………….20

Figura 13: Medidor tipo turbina…………………………………………………………………..20

Figura 14: Medidor de caudal por eletromagnetismo…………………………………………….21

5
1. Introdução

Em instalações industriais é comummente encontrar arranjos complexos de instrumentos de


medição e controlo. Para se compreender mais facilmente suas funções, é necessário analisá-los,
utilizando-se a classificação adequada, isto é, detalhar o sistema de controlo (transmissor).

Transmissor é um instrumento que tem a função de converter sinais do detetor em outra forma
capaz de ser enviada à distância para um instrumento recetor, normalmente localizado num painel.

Os sistemas de controlo e instrumentações associadas a redes de tubagens são muito


importantes, pois são aplicados em projetos de várias áreas científicas principalmente quando se
fala dos transmissores. Os instrumentos podem estar interligados entre si para realizar uma
determinada tarefa nos processos industriais. A associação desses instrumentos chama-se malha e
em uma malha cada instrumento executa uma função. Os instrumentos que podem compor uma
malha são então classificados por sua função.

No presente trabalho com o tema em destaque transmissores, ao longo do trabalho se fará


menção dos tipos de transmissores que são mais frequentemente usados em indústrias, no entanto
dando o seu conceito e suas funcionalidades no ramo da engenharia, classificando-os, mostrando
as suas vantagens e desvantagens entre outros parâmetros importantes.

6
2. Objetivos

2.1 Geral

 Conhecer um dos sistemas de controlo e instrumentação associadas a redes de


tubagens (transmissor).

2.2 Específico

 Classificar os transmissores;
 Enumerar as vantagens e desvantagens de acordo com a classificação dos
transmissores;
 Descrever os tipos de transmissores;
 Especificar suas funções de acordo com descrição dos tipos de transmissores.

7
3. Transmissor

São instrumentos que detetam as variações na variável medida/controlada através do elemento


primário e transmitem-na à distância (Procel, 2008). O elemento primário pode ou não fazer parte
integrante do transmissor.

Figura 1: Transmissor.

Fonte: Procel (2008)

4. Classificação dos transmissores quanto ao sinal

 Tipo Pneumático;
 Tipo Hidráulico;
 Tipo Elétrico;
 Tipo Digital;
 Via Rádio.

4.1 Tipo Pneumático

Nesse tipo de instrumento é utilizado um gás comprimido, cuja pressão é alterada conforme
o valor que se deseja representar. Nesse caso a variação da pressão do gás é linearmente
manipulada numa faixa específica, padronizada internacionalmente, para representar a variação de
uma grandeza desde seu limite inferior até seu limite superior. O padrão de transmissão ou receção
de instrumentos pneumáticos mais utilizado é de 0,2 a 1,0 kgf/cm2

4.1.1 Vantagem

A grande e única vantagem em se utilizar os instrumentos pneumáticos está no fato de se poder


opera-los com segurança em áreas onde existe risco de explosão (centrais de gás, por exemplo).

8
4.1.2 Desvantagens

a) Necessita de tubulação de ar comprimido (ou outro gás) para seu suprimento e funcionamento;

b) Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro, desumidificador, etc., para
fornecer aos instrumentos ar seco, e sem partículas sólidas;

c) Devido ao atraso que ocorre na transmissão do sinal, este não pode ser enviado à longa distância,
sem uso de reforçadores. Normalmente a transmissão é limitada a aproximadamente 100 m;

d) Vazamentos ao longo da linha de transmissão ou mesmo nos instrumentos são difíceis de serem
detetados;

e) Não permite conexão direta aos computadores.

4.2 Tipo Hidráulico

Similar ao tipo pneumático e com desvantagens equivalentes, o tipo hidráulico utiliza-se da


variação de pressão exercida em óleos hidráulicos para transmissão de sinal. É especialmente
utilizado em aplicações onde torque elevado é necessário ou quando o processo envolve pressões
elevadas.

4.2.1 Vantagens

a) Podem gerar grandes forças e assim acionar equipamentos de grande peso e dimensão;

b) Resposta rápida.

4.2.2 Desvantagens

a) Necessita de tubulações de óleo para transmissão e suprimento;

b) Necessita de inspeção periódica do nível de óleo bem como sua troca;

c) Necessita de equipamentos auxiliares, tais como reservatório, filtros, bombas, etc.

4.3 Tipo Elétrico

9
De acordo com a tecnologia disponível no mercado em relação a fabricação de instrumentos
eletrônicos microprocessados, hoje, é esse tipo de transmissão amplamente usado em todas as
indústrias, onde não ocorre risco de explosão.

Assim como na transmissão pneumática, o sinal é linearmente modulado em uma faixa


padronizada representando o conjunto de valores entre o limite mínimo e máximo de uma variável
de um processo qualquer.

4.3.1 Vantagens

a) Permite transmissão para longas distâncias sem perdas;

b) A alimentação pode ser feita pelos próprios fios que conduzem o sinal de transmissão;

c) Não necessita de poucos equipamentos auxiliares;

d) Permite fácil conexão aos computadores;

e) Fácil instalação;

f) Permite de forma mais fácil realização de operações matemáticas;

g) Permite que o mesmo sinal (4~20mA) seja “lido” por mais de um instrumento, ligando em série
os instrumentos. Porém, existe um limite quanto à soma das resistências internas destes
instrumentos, que não deve ultrapassar o valor estipulado pelo fabricante do transmissor.

4.3.2 Desvantagens

a) Necessita de técnico especializado para sua instalação e manutenção;

b) Exige utilização de instrumentos e cuidados especiais em instalações localizadas em áreas de


riscos;

c) Os cabos de sinal devem ser protegidos contra ruídos elétricos;

d) Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos ou fios de sinais.

4.3.3 Transmissores Eletrônicos Analógicos

Apresentam princípio de funcionamento baseado na conversão do sinal de pressão detetado em


sinal elétrico padronizado de 4 a 20 mAdc.
10
Existem vários princípios físicos relacionados com as variações de pressões que podem ser
utilizados como elemento de transferência.

Os mais utilizados nos transmissores mais recentes são:

Fita Extensiométrica (Strain Gauge)

Figura 2: Fita Extensiométrica (Strain Gauge).

Fonte: Hermini (2002)

Sensor Piezoelétrico
Sensor Capacitivo (Célula Capacitiva)

Figura 3: Sensor Capacitivo (Célula Capacitiva).

Fonte: Hermini (2002)

11
4.4 Tipo Digital

Nesse tipo de sinal, “pacotes de informações” sobre a variável medida são enviados para uma
estação recetora, através de sinais digitais modulados e padronizados. Para que a comunicação
entre o elemento transmissor recetor seja realizada com êxito é utilizada uma “linguagem” padrão
chamado protocolo de comunicação.

4.4.1 Vantagens

a) Não necessita ligação ponto a ponto por instrumento;

b) Pode utilizar um par trançado ou fibra ótica para transmissão dos dados;

c) É imune a ruídos externos;

d) Permite configuração, diagnósticos de falha e ajuste em qualquer ponto da malha;

e) Menor custo final.

4.4.2 Desvantagens

a) Existência de vários protocolos no mercado, o que dificulta a comunicação entre equipamentos


de marcas diferentes;

b) Caso ocorra rompimento no cabo de comunicação pode-se perder a informação e/ou controlo
de várias malhas.

4.5 Via Rádio

Neste tipo de sinal, o sinal ou um pacote de sinais medidos são enviados à sua estação recetora via
ondas de rádio em uma faixa de frequência específica.

4.5.1 Vantagens

a) Não necessita de cabos de sinal;

b) Pode-se enviar sinais de medição e controle de máquinas em movimento.

4.5.2 Desvantagens

a) Alto custo inicial;

12
b) Necessidade de técnicos altamente especializados.

Além desses pode-se encontrar o sinal tipo Modem, sua transmissão dos sinais é feita através de
utilização de linhas telefônicas pela modulação do sinal em frequência, fase ou amplitude.

Vantagens: baixo custo de instalação e pode-se transmitir dados a longas distâncias.

Desvantagens: Necessita de profissionais especializados; baixa velocidade na transmissão de


dados e está sujeito a interferências externas, inclusive violação de informações.

5. Tipos de transmissores

 Transmissor de temperatura;
 Transmissor de pressão;
 Transmissor de caudal.

5.1 Transmissor de temperatura

São transmissores baseados no princípio da variação da resistência de condutores elétricos


destinados a converter a temperatura em sinal elétrico analógico (4 – 20 mA) proporcional e linear
ao valor da temperatura aplicada ao sensor. O sensor tem como função medir o valor da
temperatura na linha onde está localizado.

Figura 4: Sensor de temperatura.

Fonte Ramos (2011)

5.2 Transmissores de pressão

São transmissores que convertem a pressão em um sinal elétrico analógico (4 – 20 mA)


proporcional e linear ao valor da pressão ao sensor. O sensor tem a função de ler o nível de pressão
na linha onde está localizado.

Os transmissores de pressão ainda podem-se classificar em:

13
5.2.1 Transmissores pneumáticos

Esses transmissores, pioneiros na instrumentação, possuem um elemento de transferência


que converte o sinal detetado pelo elemento recetor de pressão em um sinal de transmissão
pneumático. A faixa padrão de transmissão (pelo sistema internacional) é de 20 a 100KPa, porém,
na prática, são usados outros padrões equivalentes de transmissão tais como 3 ~ 15psi, 0,2 a
1,0Kgf/cm2 e 0,2 a 1,0 bar.

5.2.2 Transmissores eletrônicos analógicos

Esses transmissores, sucessores dos pneumáticos, possuem elementos de deteção similares


ao pneumático, porém utilizam elementos de transferência que convertem o sinal de pressão
detetado em sinal elétrico padronizado de 4 a 20mA. Existem vários princípios físicos relacionados
com as variações de pressão que podem ser utilizados como elemento de transferência. Os mais
recentes elementos de transferência utilizados nos transmissores são:

 Capacitivo;
 Strain gauge;
 Piezoelétrico;
 Silício ressonante.

5.2.2.1 Capacitivo

Em um sensor capacitivo ou célula capacitiva, um diafragma de medição se move entre dois


diafragmas fixos. Entre os diafragmas fixos e o móvel existe um líquido de enchimento que
funciona como um dielétrico. Como um capacitor de placas paralelas é constituído por duas placas
paralelas separadas por um meio dielétrico, ao sofrer o esforço de pressão, o diafragma móvel (que
vem a ser uma das placas do capacitor) tem sua distância em relação ao diafragma modificada.
Isso provoca modificação na capacitância de um circuito de medição e, então, se tem a medição
de pressão.

Para que ocorra a medição, o circuito eletrônico é alimentado por um sinal de corrente
alternada através de um oscilador e então se modula a frequência ou a amplitude do sinal em função
da variação de pressão para se ter à saída analógica ou digital. Como líquido de enchimento utiliza-
se normalmente glicerina, ou fluor-oil.

14
Figura 5: Sensor capacitivo.

Fonte: Silveira (2013)

5.2.2.2 Strain gauge

A fita extensiométrica ou strain gauge é um dispositivo que mede a deformação elástica sofrida
pelos sólidos quando estes são submetidos ao esforço de tração ou compressão. São, na realidade,
fitas metálicas fixadas adequadamente nas faces de um corpo a ser submetido ao esforço de tração
ou compressão e que tem sua seção transversal e seu comprimento alterado devido a esse esforço
imposto ao corpo. Essas fitas são interligadas em um circuito tipo ponte de Wheatstone.

Na figura a seguir pode-se ver um diagrama da configuração de uma ponte de Wheatstone.


Na ponte temos um equilíbrio entre as resistências que têm o formato de um losango. A ponte
funciona ajustando-se o balanço para condição inicial e que ao ter os valores de resistência da fita
mudada com a pressão, sofre desbalanceamento proporcional à variação desta pressão.

São utilizados na confeção destas fitas extensiométricas, metais que possuem baixo
coeficiente de temperatura para que exista uma relação linear entre resistência e tensão numa faixa
mais ampla. Vários metais são utilizados na confeção da fita extensiométrica.

Figura 6: Diagrama de esforço de um strain gauge.

Fonte: Procel (2008)

15
A temperatura é um fator que altera muito as medições dos instrumentos. Entretanto, o strain gauge
foi projetado para que não sofresse esta influência, permitindo assim uma maior exatidão em suas
medições, e evitando assim erro de leitura que podem afetar a eficiência energética.

Ponte de Wheatstone – Circuito elétrico formado por quatro resistências (ou componentes
equivalentes) dispostos na forma de um losango que fornecem tensão zero quando estão em
equilíbrio.

5.2.2.3 Piezoelétrico

A medição de pressão utilizando este tipo de sensor se baseia no fato de os cristais assimétricos,
ao sofrerem uma deformação elástica ao longo do seu eixo axial, produzirem internamente um
potencial elétrico causando um fluxo de carga elétrica em um circuito externo. A quantidade
elétrica produzida é proporcional à pressão aplicada, sendo então essa relação linear, o que facilita
sua utilização. Outro fator importante para sua utilização está no fato de se utilizar o efeito
piezoelétrico de semicondutores, reduzindo assim o tamanho e peso do transmissor, sem perda de
precisão.

Cristais de turmalina, cerâmica policristalina sintética, quartzo e quartzo cultivado podem


ser utilizados na sua fabricação, porém o quartzo cultivado é o mais empregado por apresentar
características ideais de elasticidade e linearidade.

A figura a seguir, ilustra um circuito do sensor piezoelétrico onde um cristal ao sofrer uma
deformação produz um potencial elétrico.

Figura 7: circuito do sensor piezoelétrico.

Fonte: Procel (2008)

5.2.2.4 Silício ressonante

16
O sensor consiste de uma cápsula de silício colocada estrategicamente em um diafragma,
utilizando do diferencial de pressão para vibrar em maior ou menor intensidade, afim de que essa
frequência seja proporcional a pressão aplicada.

Figura 8: sensores de silício ressonante.

Fonte: Hermann (2007)

Ainda pode-se encontrar sensores eletrónicos como o eletromagnético, potentiométrico e ótico.

5.2.2.5 Eletromagnético

Mede o deslocamento de um diafragma por meio de mudanças na indutância.

5.2.2.6 Potentiométrico

Utiliza um movimento ao longo de um mecanismo de células resistivas para detetar a deformação


provocada pela pressão aplicada.

5.2.2.7 Ótico

As técnicas incluem a utilização da mudança física de uma fibra ótica para detetar a deformação
devido à pressão aplicada. Nos transdutores óticos, uma lente conectada ao diafragma aumenta ou
diminui a intensidade de luz, emitido sensor de pressão lente conectada ao diafragma aumenta ou
diminui a intensidade de luz, emitida por uma fonte (led), que um foto-díodo recebe.

5.3 Transmissores de caudal

É um instrumento que deteta e mede o caudal de um fluido numa determinada secção através de
um sensor e envia a informação para um dado dispositivo.

17
5.3.1 Tipos de medidores de caudal

 Indiretos;
 Diretos.

5.3.1.1 Indiretos

Medição de caudal por perda de carga variável – Considerando-se uma tubulação com um
fluido passante, chama-se perda de carga dessa tubulação a queda de pressão sofrida pelo fluido
ao atravessá-la. As causas da perda de carga são: atrito entre o fluido e a parede interna do tubo,
mudança de pressão e velocidade devido a uma curva ou um obstáculo, etc.

Figura 9: Medidor de caudal por perda de carga variável.

Fonte: Procel (2008)

Tubo de Pitot – É um dispositivo utilizado para medição do caudal através da velocidade detetada
em um determinado ponto de tubulação. O tubo de Pitot é um tubo com uma abertura em sua
extremidade, sendo esta colocada na direção da corrente fluida de um duto, mas em sentido
contrário. A diferença entre a pressão total e a pressão estática da linha nos fornecerá a pressão
dinâmica à qual é proporcional ao quadrado da velocidade.

18
Figura 10: Medidor do tipo tubo pilot.

Fonte: Procel (2008)

Annubar – Este dispositivo consiste em um pequeno par de pontas de prova sensora de pressão
montadas perpendicularmente ao fluxo. A barra sensora de pressão a jusante possui um orifício
que está posicionado no centro do fluxo de modo a medir a pressão do fluxo a jusante. A barra
sensora de pressão de montante possui vários orifícios, estes orifícios estão localizados
criteriosamente ao longo da barra, de tal forma que cada um deteta a pressão total de um anel.
Cada um destes anéis tem área da secção transversal exatamente igual às outras áreas anulares
detetadas por orifício.

Figura 11: Medidor do tipo Annubar.

Fonte: Procel (2008)

5.3.1.2 Diretos

Entre os medidores diretos de caudal podemos destacar dois tipos: de deslocamento positivo do
fluido e velocidade pelo impacto do fluido. Eles serão descritos a seguir.

 Medidores de caudal tipo deslocamentos positivos

19
 Medidores especiais

5.3.1.2.1 Medidores de caudal tipo deslocamentos positivos

Disco nutante – Este tipo de medidor é utilizado principalmente para medidores de caudal de
água, sendo utilizado principalmente em resistências. O líquido entra no medidor através da
conexão de entrada, passa por um filtro indo ao topo da carcaça principal. O fluido, então, se
movimenta para baixo, através da câmara de medição, indo da base do medidor até a conexão da
saída do medidor.

Figura 12: Fases do medidor do tipo disco nutante.

Fonte: Procel (2008)

Medidor tipo turbina – Um medidor de caudal tipo turbina, conforme a figura 13 ilustra, consiste
basicamente de um rotor provido de palhetas, suspenso numa corrente de fluido com seu eixo de
rotação paralelo à direção do fluxo. O rotor é acionado pela passagem de fluido sobre as palhetas
em ângulo; a velocidade angular do rotor é proporcional à velocidade do fluido que, por sua vez,
é proporcional à vazão do volume. Uma bobina sensora na parte externa do corpo do medidor
deteta o movimento do rotor.

Figura 13: Medidor tipo turbina.

Fonte: Procel (2008)

20
5.3.1.2.2 Medidores especiais
Os medidores de caudal tradicionais apresentam algumas limitações como: seus sensores primários
precisam ser submersos no fluxo a ser controlado; estas características têm a desvantagem de
produzir perda de pressão na linha como também o acúmulo de partículas ou impurezas no sensor,
proporcionando resultados incertos de medição

Medidor de caudal por eletromagnetismo – O princípio de medição é baseado na lei de Faraday


que diz que: Quando um condutor se move dentro de um campo magnético, é produzida uma força
eletromotriz proporcional a sua velocidade.

O medidor utiliza um campo magnético com forma de onda quadrada em baixa frequência,
e lê o sinal de caudal quando o fluxo magnético está completamente saturado, fazendo com que
não ocorra influência no sinal devido a flutuações de corrente. Todos os detetores são ajustados de
maneira que a relação da tensão induzida (E) pela densidade de fluxo magnético (B) seja mantida
em um valor proporcional, somente à velocidade média do fluxo, independente do diâmetro,
alimentação e frequência.

Figura 14: Medidor de caudal por eletromagnetismo.

Fonte: Procel (2008)

5.3.2 Transmissor de caudal por pressão diferencial


Os transmissores de caudal por pressão diferencial se baseiam nos mesmos princípios físicos
utilizados na tecnologia de medição de pressão.

Assim, são utilizados os tipos piezoelétrico; strain gauge, célula capacitiva, entre outros,
para medir a pressão diferencial imposta por um elemento deprimogênio cuidadosamente
calculado para permitir a obtenção da faixa de caudal que passa por um duto. Como a pressão

21
diferencial é relativamente baixa, as faixas de medição destes transmissores são expressas
normalmente em polegada de água, mmH2O ou kPa.

5.3.3 Transmissor de caudal por extrator de raiz quadrada

Uma das maneiras mais utilizadas para se medir o caudal de um fluido qualquer em um processo
industrial é aproveitar-se da relação entre caudal e pressão deste fluido. Para isto, são utilizados
elementos deprimogênios, tais como placas de orifício, que atuam como elementos primários e
possibilitam efetuar a medição de uma pressão diferencial que é correspondente ao caudal que
passa por ele. Porém, essa relação não é linear e sim quadrática.

Deprimogênios – são elementos primários que possibilitam efetuar a medição de caudal a partir
de uma pressão diferencial.

Desta forma são utilizadas unidades aritméticas denominadas extrator de raiz quadrada cuja função
é a de permitir que valores medidos pelo transmissor representem o caudal medido. Esta função,
extrator de raiz, pode estar incorporada ao transmissor, estar separada como um instrumento ou
até mesmo ser uma função executada via software em sistema de controlo, e em um controlador
digital ou até mesmo em um controlador lógico programável (PLC).

5.3.4 Transmissor de caudal por integrador de caudal

As medições de caudal quase sempre têm por objetivo também apurar o consumo ao longo de um
tempo pré-estabelecido de um determinado fluido, usado em um processo de transformação
industrial qualquer. Isto é importante, pois, sua quantificação permite levantar custos para
conhecer gastos e efetuar cobranças de fornecimento. Para conhecer esse consumo, é feito a
integração dos valores instantâneos de caudal e desta forma é obtido, após um período
determinado, o total consumido. Essa operação é feita por um instrumento denominado integrador
de sinal.

22
6. Conclusão

Nas indústrias de processos, a instrumentação é responsável pelo rendimento máximo de


um processo, fazendo com que toda energia cedida, seja transformada em trabalho na elaboração
do produto desejado. As grandezas que traduzem transferências de energia num processo são
denominadas variáveis de processo.

Entende-se como transmissores dispositivos convertem a saída do sensor a um nível de sinal


adequado para a entrada de um controlador, tal como 4 a 20 mA. Os transmissores são geralmente
destinados a ser de ação direta.

De acordo com a descrição dos tipos de transmissores deu a entender que são usados para
medir o fluxo de um fluido que passa por uma secção, também que serve como conversor de sinais
do detetor em outra forma capaz de ser enviada à distância para um instrumento recetor com o
transdutor. Os mesmos têm várias aplicações no ramo da engenharia, medicina entre outros.

No entanto com os objetivos traçados no princípio do trabalho, classificou-se os transmissores


quanto ao sinal de transmissão, destacando-se do tipo pneumático, hidráulico, elétrico, digital e
via rádio descreveu-se os tipos de transmissores e suas funções de acordo com o tipo de fluido que
os medem.

23
7. Revisão bibliográfica

[1] Senai, (1999), Instrumentação Básica Pressão e Nível. 1ª Edição.

[2] Hermann, Julien, (2007), Manual de instrumentos de medidores de pressão. Volume I.

[3] Procel, (2008), Instrumentação e controle. 11ª Edição.

[4] Ramos, Ricardo Viana, (2011), Sistema de automação de um ciclo de testes de um módulo de
bombeio submarino. Rio de Janeiro – Brasil.

[5] De Araújo, Márcio Valério, (2009), Sistemas de medidas e instrumentação.

[6] Bojorge, Ninoska, (2014), Modelos de instrumentação sensores/transmissores válvula de


controle.

[7] Hermini, Hélder Aníbal (2002), Instrumentação para automação de Processos industriais.

24

Você também pode gostar