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UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Engenharia
Curso de Licenciatura em: Engenharia Mecânica
Campus Universitário – Bairro Eduardo Mondlane

Projecto de Rede de Fluidos

CORRECTORES E COMPUTADORES DE VAZÃO

Pemba, 2017

1
Gimo Luís Francisco Coliha

CORRECTORES E COMPUTADORES DE VAZÃO

Trabalho de carácter avaliativo da disciplina


de Projectos de Redes de Fluidos do Curso de
Licenciatura em Engenharia Mecânica 4°
Ano, a ser apresentado ao docente da cadeira.

Eng°. Wine Jó

Pemba, 2017

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Índice
CAPITULO I .................................................................................................................................. 6

Breve Historial ................................................................................................................................ 6

1. Introdução ................................................................................................................................... 7

2. OBJECTIVOS............................................................................................................................. 9

2.1 Objectivo Geral ..................................................................................................................... 9

2.1 Objectivos Específicos .......................................................................................................... 9

3. Metodologia de Elaboração ...................................................................................................... 10

CAPITULO II ............................................................................................................................... 11

4. Computador de vazão ............................................................................................................... 11

4.1 Evolução dos computadores de vazão ................................................................................ 11

4.2 Conceitos............................................................................................................................. 11

4.3 Ambiente de instalação ....................................................................................................... 12

4.4 Classificação dos computadores de vazão .......................................................................... 12

4.4.1 Computadores Programáveis ....................................................................................... 12

4.4.2 Dedicado ...................................................................................................................... 13

4.5 Aplicações ........................................................................................................................... 13

4.5.1 Aplicações Clássicas .................................................................................................... 13

4.5.1.1 Vazão de líquido ....................................................................................................... 13

4.5.1.2 Vazão de gás com compensação ............................................................................... 14

4.5.1.3 Vazão de massa de gás .............................................................................................. 15

5. Seleção do Computador ............................................................................................................ 16

6. Planímetro ................................................................................................................................. 17

CAPITULO III .............................................................................................................................. 17

7. Correctores de vazão (volume) ................................................................................................. 17

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7.1 Correctores de volume de gás ............................................................................................. 18

7.1.1 Tipos de Correctores de volume ...................................................................................... 18

7.2 Normas Utilizadas para Medição e Correcção de Vazão .................................................... 19

8. Conversor de volume Mac BAT III .......................................................................................... 19

8.1 Algoritmo de computação do fator de compressão de gás ................................................. 19

8.2 Descrição do dispositivo MacBAT III ................................................................................ 20

8.3 Princípio da Operação ......................................................................................................... 21

8.4 Ciclos de medição - cálculo ................................................................................................ 22

8.5 Estado de emergência dos conversores de volume ............................................................. 22

8.6 Instalação mecânica ............................................................................................................ 22

8.6.1 Conexão do sensor de compressão de gás tipo CT3 .................................................... 24

8.6.2 Dados técnicos ............................................................................................................. 25

9. Conclusão.................................................................................................................................. 26

10. Referencias Bibliograficas ...................................................................................................... 27

Anexo ............................................................................................. Erro! Marcador não definido.

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Lista de figuras

Figura 1: Instalação de computado…………………………………………………………..….12

Figura 2: Computador, com bateria solar………………………………………….……….……14

Figura 3: Planímetro para gráfico circular……………………………………………...…...…...17

Figura 4: Corrector Mac Bat III……………………………………………………………...….21

Figura 5: Corrector Mac Bat III…………………………………………………………...........23

Figura 7: Instalação corrector Mac Bat III……………………………………………………...24

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CAPITULO I

Breve Historial

A instrumentação teve pontos de inflexão bem nítidos em seu desenvolvimento e houve


várias ondas distintas em sua evolução. O conceito de onda é bem real, pois em sua evolução há
refluxo, repetição periódica e retorno de filosofias passadas.

Os parâmetros envolvidos são: eletrônica ou pneumática analógica ou digital


compartilhada ou dedicada centralizada ou distribuída.

Sob o ponto de vista de controle, as instrumentações analógicas pneumática e eletrônica


foram caracterizadas pela análise do comportamento dinâmico da malha de controle, cujo
principal objetivo era a determinação das condições de estabilidade e a implementação dos
resultados obtidos eram satisfatórios e estes tipos de instrumentação, analógica pneumática e
eletrônica, foram aplicados intensivamente na indústria petroquímica, nas refinarias de petróleo e
nas plantas de papel e celulose.
As indústrias que utilizam os instrumentos de medição e de controlo do processo, de
modo intensivo e extensivo são: química, petroquímica, refinaria de petróleo, têxtil, borracha,
fertilizante, herbicida, papel e celulose, alimentícia, farmacêutica, cimento, siderúrgica,
mineração, vidro, nuclear, hidrelétrica, termoelétrica, tratamento de água e de efluentes.

Os instrumentos estão associados e aplicados aos seguintes equipamentos: caldeira,


reator, bomba, coluna de destilação, forno, queimador, refrigerador, aquecedor, secador,
condicionador de ar, compressor, trocador de calor e torre de resfriamento.

A instrumentação é o ramo da engenharia que trata do projeto, fabricação, especificação,


montagem, operação e manutenção dos instrumentos para a medição, alarme, monitoração e
controle das variáveis do processo industrial. As variáveis típicas incluem mas não se limitam a
pressão, temperatura, vazão, nível e análise.

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1. Introdução

Em Instrumentação, o termo medir é vago e ambíguo. Normalmente, quando se fala de


medir, sigifica indicar o valor de uma variável. Porém, o mesmo termo medir se refere a sentir,
pode incluir transmitir, registrar, totalizar, alarmar ou controlar. Embora a instrumentação trate
dos instrumentos medidores, não existe símbolo para o medidor, mas para indicador (I),
transmissor (T), registrador (R), totalizador (Q), alarme (A) e controlador (C) e condicionador
(Y).

Esta confusão aparece porque um sistema completo de medição envolve as funções


básicas de:

 Sentir a variável
 Condicionar o sinal
 Apresentar o valor da variável.

Estas funções podem ser feitas por um ou vários módulos.

1.2 Tipos de Medição


Há três procedimentos principais de medição:

 Medição direta
 Comparação
 Substituição

A medição direta, como o nome sugere, esta é a forma mais simples de medição. Por
exemplo, se mede a voltagem escolhendo um medidor com a faixa correta de voltagem, ligando-
o nos terminais apropriados e lendo a voltagem diretamente da posição do ponteiro na escala ou
nos dígitos do display. O método equivalente na pesagem é tomar uma balança com mola, com a
faixa correta, colocar nela o peso desconhecido e ler o deslocamento na escala calibrada. Os dois
métodos possuem várias coisas em comum (Netto, 2014).

Ambos os métodos se baseiam no comportamento de algum sistema físico (sensor e


processador do sinal) para converter a quantidade medida (sinal de entrada) em uma quantidade
observável (sinal de saída). Para o voltímetro, o processo físico é a rotação da bobina móvel

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quando a corrente passa por ela. O balanço da mola se baseia no deslocamento causado pela
força da gravidade no peso. Para os dois instrumentos, é necessária uma calibração inicial da
posição do ponteiro, como uma função da magnitude do sinal de entrada. Isto é feito somente em
uma posição, tipicamente na deflexão de fundo de escala e a precisão da leitura em outros pontos
depende da linearidade da resposta do sistema. A precisão contínua do instrumento entre as
calibrações depende do valor pelo qual a resposta do sistema pode variar, devido ao
envelhecimento e outros efeitos.

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2. OBJECTIVOS

2.1 Objectivo Geral


 Falar de forma generalizada acerca dos Correctores e Computadores de Vazão.

2.2 Objectivos Específicos


 Conceitualizar os dispositivos “Correctores e Computadores de vazão’’ com base em
diferentes autores;
 Fazer a classificação dos Correctores;
 Mostrar as principais aplicações;
 Descrever o dispositivo Mac TAB III;
 Apresentar as características básicas e composição dos dispositivos;
 Apresentar os critérios para a selecção.

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3. Metodologia de Elaboração

De modo a elaborar a elaboração deste trabalho, foi usada como metodologia as


pesquisas bibliográficas, em que de forma lógica e perceptível procurou-se consolidar as
informações com base em varias bibliografias que dizem respeito ao tema do presente trabalho.

Por forma a adquir mais conhecimentos e enriquecimento do conteúdo acerca do tema


recorreu-se a recolha de informações com base em vídeos disponíveis em sites.

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CAPITULO II
4. Computador de vazão

4.1 Evolução dos computadores de vazão


Os computadores de vazão sofreram uma grande evolução, desde o seu lançamento no
mercado, no início dos anos 1960. Eles foram originalmente projetados para manipular as
equações da AGA (American Gás Association) para vazão mássica de gás e foram construídos
em torno de multiplicadores, divisores e extratores de raiz quadrada. Atualmente, os
computadores são principalmente dispositivos digitais.
A vazão instantânea e a sua totalização são indicadas nos painéis frontais do computador
de vazão, na forma de indicadores digitais, contadores eletromecânicos ou eletrônicos. O
computador provê ainda saídas analógicas e contatos de reles para fins de controle e monitoração
da vazão.

4.2 Conceitos
O computador de vazão é projetado para a solução instantânea e contínua das equações
de vazão dos elementos geradores de pressão diferencial e dos medidores lineares de vazão. O
computador de vazão recebe sinais analógicos proporcionais à pressão diferencial, temperatura,
pressão estática, densidade, viscosidade e pulsos proporcionais à vazão e os utiliza para
computar, totalizar e indicar a vazão volumétrica compensada ou não compensada e a vazão
mássica (Netto, 2014).

Segundo Ribeiro, (1997) o Computador de Vazão é um instrumento eletrónico,


geralmente microprocessado, que recebe sinais eletrónicos dos instrumentos do campo e os
processa para calcular a vazão. Alguns computadores podem também controlar vazão ou pressão,
emitir relatórios, armazenar dados históricos e se comunicar com outros instrumentos eletrónicos
digitais.
Segundo a NBR 14978 (ABNT, 2008a), os computadores de vazão são processadores
associados a uma unidade de memória que recebem sinais eléctricos que representam variáveis
do sistema de medição de gás (pressão estática, pressão diferencial, temperatura, pulsos etc.) e
que executam cálculos com o objectivo de disponibilizar vazões e totalizações.

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4.3 Ambiente de instalação
O computador de vazão é um instrumento a base de microprocessador que pode ser
montado em painel da sala de controle ou diretamente no campo, onde é alojado em caixa para
uso industrial, com classificação mecânica do invólucro à prova de tempo e, quando requerido,
com classificação elétrica da caixa à prova de explosão ou à prova de chama. O computador é
programado e as constantes são entradas através de um teclado, colocado na frente ou no lado do
instrumento.

Figura 1:Instalação de computado. Fonte: (Daniel, 2006).

4.4 Classificação dos computadores de vazão


Os computadores de vazão podem ser classificados em (2) dois tipos seguintes:
 Programável;
 Pré-programado ou dedicado.

4.4.1 Computadores Programáveis


As unidades programáveis são os computadores de vazão mais avançados do mercado que
fazem quase qualquer cálculo desejado que está programado nele. Eles custam mais, quando
comparados com os computadores dedicados. Dependendo da programação, eles calculam a
vazão de gases ou líquidos usando as equações da AGA, API (American Petroleum Institute) e
outras relações. Além de calcular a vazão, eles executam as seguintes funções:
 Cálculo de vazão volumétrica;
 Cálculo de vazão mássica;

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 Cálculo da eficiência;
 Compensação de massa molar;
 Manipulam vazões em canais abertos;
 Execução de o algoritmo de controle PID.

4.4.2 Dedicado
Os computadores de vazão dedicados são relativamente mais simples, mais fáceis de
usar, montados no campo e mais baratos que os programáveis. Como desvantagem, eles só
fazem uma tarefa, manipulam apenas uma malha e sua capacidade gráfica é limitada.
Tipicamente, eles computam as vazões de gases ou líquidos baseados nas várias equações AGA
ou API. Alguns, porém, calculam vazões de vários estados de vapor e outros são dedicados a
cálculos de vazão para canais abertos, vertedores e calhas. Muitos destes computadores são
reprogramáveis. Porém, o programa pode ser modificado no campo pelo operador, que responde
a perguntas do seu menu.

4.5 Aplicações
As principais aplicações dos computadores de vazão são:
 São usados para capturar;
 Mostrar e transmitir vazões volumétricas e mássicas, corrigidas pela temperatura e pela
densidade.
 Os modelos URS com PLC integrados também permitem o controle automatizado de
operações de carregamento e descarregamento.
 Módulos plug-in permitem a conexão de diferentes sistemas de sensores para a medição
de vazão mássica, pressão, temperatura e densidade.

4.5.1 Aplicações Clássicas

4.5.1.1 Vazão de líquido


Quando usado com a placa de orifício, o computador recebe o sinal analógico de 4 a
20mA do transmissor de vazão, proporcional ao quadrado da vazão medida, linearizando-o,
extraindo a raiz quadrada e o escalona em unidade de engenharia.

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Como os líquidos com composição constante são considerados não compressíveis, não se
é necessária a compensação da pressão e da temperatura e a vazão é proporcional à raiz quadrada
da pressão diferencial, P.

A constante C é calculada dos dados relacionados com o tipo do fluido e dos parâmetros
mecânicos da instalação do medidor, tais como beta da placa, faixa do transmissor, tipo de
tomadas da pressão diferencial. Esta constante é colocada no computador como um fator do
sistema digital e escalona a saída para a unidade de vazão desejada.

Figura 2. Computador, com bateria solar. (Daniel, 2006)

4.5.1.2 Vazão de gás com compensação


Como os gases são compressíveis, é necessário fazer a compensação da pressão estática e
da temperatura do processo. Nesta aplicação, o computador recebe três sinais analógicos o sinal
de 4 a 20 mA cc do transmissor de vazão, proporcional ao quadrado da vazão medida, o sinal de
4 a 20 mA cc do transmissor de pressão, proporcional à pressão absoluta estática do processo.
Mesmo que seja usado o valor da pressão absoluta, normalmente se usa um transmissor de
pressão manométrica e acrescenta-se 1 kgf/cm2 de polarização.

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O sinal de 4 a 20 mA cc do transmissor de temperatura, proporcional à temperatura
absoluta do processo. Opcionalmente, pode recebe o sinal de resistência de um RTD ou a
militensão de um termopar. Também deve ser usado o valor da temperatura absoluta, em K;
basta somar 273,2 à escala Celsius. Opcionalmente, pode receber o sinal de 4 a 20 mA cc de um
transmissor de densidade, para corrigir a densidade do gás.
O computador executa a seguinte equação:

4.5.1.3 Vazão de massa de gás


Qualquer gás pode ser medido em termos de sua massa ou peso, usando-se a entrada de
um medidor de densidade do gás, corrigindo-se a compressibilidade e a composição do gás.
A medição de vazão por pressão diferencial é baseada na Equação de Bernoulli. Com
base nessa equação, uma relação simplificada entre vazão volumétrica qv e pressão diferencial
ΔP é normalmente usada.


O termo k engloba alguns fatores assumidos como constantes, levando-se em conta
algumas condições ideais como escoamento permanente, homogêneo, barotrópico, com fluido
incompressível e considerando a força da gravidade como a única força agindo no sistema. No
entanto, para propósitos práticos, a relação simplificada mostrada na expressão acima deve ser
corrigida, considerando-se condições reais para o escoamento e para o fluido (ISO 5167-1,
1991). Uma expressão mais realista para a medição de vazão mássica é a seguinte:



Onde:
qm =vazão mássica;
ΔP=pressão diferencial no elemento primário de vazão;
d=diâmetro interno do elemento primário;
D=diâmetro interno da tubulação;

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β=razão d/D;
ρ1=massa específica do fluido do elemento primário;
ε1=fator de expansão do fluido do elemento primário;
Cd=coeficiente de descarga do elemento primário.

5. Seleção do Computador

Para o selecionar um computador de vazão, deve-se primeiro decidir o que o computador


vai fazer, se é necessário um instrumento de precisão ou um sistema de controle, lembrando-se
que o controle preciso começa com uma medição precisa e de alta resolução. A resolução do
computador de vazão é dada pelo número de bits de seu conversor A/D, por exemplo um
computador com conversor de 18 bits possui resolução de 0,01%. Porém, quando se considera a
precisão, deve-se tomar o elo mais fraco do sistema, o elemento sensor de vazão. A precisão do
sistema nunca ficará melhor que a do sensor do sistema, mesmo com conversor A/D de 18 bits.
Também deve se considerar a necessidade da compensação de pressão, temperatura,
densidade e/ou viscosidade e quais os sensores e transmissores usados para as medições destas
variáveis.
As questões que devem ser consideradas acerca do computador de vazão são:
 Desempenho da medição resolução;
 Capacidade de linearização;
 Indicação da vazão instantânea;
 Totalização;
 Alarme;
 Condições ambientais e local de montagem.
As condições ambientais e local de montagem (sala de controle por exemplo) é um ambiente
excelente ou no campo, requerendo uma caixa à prova de tempo e se for área classificada,
requerendo de uma classificação elétrica especial.

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6. Planímetro

Muitas indústrias armazenam os gráficos com os registros permanentes dos valores


instantâneos da vazão para a observação visual das vazões instantâneas e das suas tendências,
para fins de cobrança e para levantamento de balanços. A totalização da vazão pode ser obtida ou
por cálculos manuais ou através do planímetro.
O planímetro é um instrumento de precisão usado para a avaliação rápida e exata de áreas
planas de qualquer formato ou contorno. Na medição de vazão, o planímetro é usado
especialmente para totalizar a vazão, a partir de registros da vazão instantânea, da pressão
estática e da temperatura em gráficos circulares ou de tira. A integração pode ser feita por um
planímetro de mesa operado manualmente, automaticamente ou por um sistema incluindo um
computador pessoal.

Figura 3. Planímetro para gráfico circular (Netto, 2014).

CAPITULO III

7. Correctores de vazão (volume)

Os Correctores de Vazão são microcomputadores dedicados que usam sensores de


precisão para medir a pressão e temperatura do gás (Fluido de Trabalho) e corrigir o volume
medido. Os circuitos eletrónicos são activados por um conjunto de baterias, localizado na porta
do gabinete. (Netto, 2014)
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Enquanto está no modo de correcção a maior parte dos circuitos eletrónicos está em
estado de repouso, denominado sleep. Quando recebe um pulso correspondente a um volume de
gás, os circuitos eletrónicos se energizam e começam o ciclo de correcção. Os circuitos de
entrada ativam, também, a entrada para o volume não corrigido.
Uma vez que o corrector de vazão inicia o ciclo de correcção, seu firmware instrui a
unidade de processamento (CPU) a obter medições analógicas. Pelo menos cinco leituras
analógicas (pressão do gás, temperatura do gás, tensão da bateria principal, tensão da bateria de
memória e temperatura interna do gabinete do corrector de vazão) são transmitidas
simultaneamente através do conversor analógico/digital (A/D) para o microprocessador.

7.1 Correctores de volume de gás


Os Corrector de volume de gás são dispositivo para calcular, somar e determinar
incrementos de volume de gás, medido pelo medidor de gás se for em condições de base de
operação. Para este efeito, utiliza como entrada o volume de gás, medido pelo contador de gás e
outros parâmetros tais como: pressão de gás e temperatura. É usado para a liquidação de gás de
comércio grossista.
O corrector de volume registra muitos valores de variáveis de medidas ou cálculos,
com período de registro de 1 minuto a 1 hora. Por exemplo: os incrementos de volume de gás na
base e condições de medição, os estados de contadores: volume de base, volume medido,
energia, valor médio de temperatura e pressão, compressibilidade de gás, calor de combustão,
fator de conversão. Também são gravadas as leituras de transdutores externos adicionais e dados
de serviço do dispositivo (carga da bateria, temperatura interna, etc.). Os dados são armazenados
na memória Flash interna.

7.1.1 Tipos de Correctores de volume


Existem dois tipos de corretores de volume de gás:
Tipo 1- corrector de volume de gás com tipos específicos de transdutores para pressão e
temperatura ou temperatura somente. Este tipo de corretor de volume de gás é alimentado por
bateria.

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Tipo 2 - um dispositivo que converte transmissores separados com temperatura e pressão
externas, ou apenas temperatura e para calculadora separada, que podem ser aprovados
separadamente. Este tipo de corrector de volume de gás é alimentado por rede.
O corrector de volume de gás que executa conversões PT é um dispositivo projetado
para medir volume, energia e fluxo de gás. É um dispositivo a pilhas com possibilidade de
ligação a fonte de alimentação externa. O dispositivo converte o volume de gás contado pelo
medidor de gás (turbina, rotativo) nas condições básicas.

7.2 Normas Utilizadas para Medição e Correcção de Vazão


Segundo a Smar-AuditFlow (2012), as normas técnicas utilizadas na medição e
correcção de vazão são:
 API - American Petroleum Institute (USA)
 IP - Institute of Petroleum (UK)
 GPA - Gas Processors Association
 AGA - American Gas Association
 OIML – International Organization of Legal Metrology
 ISO - International Standard Organization
 AICHE – American Institute of Chemical Engineers
.
8. Conversor de volume Mac BAT III

8.1 Algoritmo de computação do fator de compressão de gás


O dispositivo tem a opção de escolher um algoritmo computacional do fator de
compressão de gás abaixo encontrados.
 SGERG-88
 AGA8-G1
 AGA8-G2

Factor de compressão K1 = constante;


No caso das primeiras três opções, a relação entre os parâmetros é a seguinte:

19
Onde:
Z - fator de compressão do gás nas condições de medição;
Zb - factor de compressão do gás nas condições de base;
K1 - fator de compressão de gás relativo;

8.2 Descrição do dispositivo MacBAT III


O dispositivo de conversão de volume de gás MacBAT III é um dispositivo utilizado para
medições de volume de gás em condições de base e energia. Ele é projetado para ser usado em
estações de medição de gás e em estações de medição de redução de pressão. Pode cooperar com
medidores de gás do rotor e das turbinas. A medição baseia-se na contagem do número de
impulsos do sensor LF de lingueta montado na cabeça do medidor de gás. O dispositivo também
pode controlar a exatidão das medições de volume de gás - cooperando com medidores de gás
equipados em transmissor HF adicional. Com sensores incorporados mede a pressão e a
temperatura do gás. De acordo com as normas EN 12405-1: 2005 + A2: 2010 (conversão de
volume) e EN 12405-2: 2012 (conversão de energia), o dispositivo converte o volume de gás
contado nas condições de medição em volume nas condições de base e utilizando parâmetros de
gás.

Como padrão, o MacBAT III é equipado com:


 Sensor de temperatura do gás Pt100 tipo CT3 - 1 peça;
 Mangas finais para fixação dos fios TE-0,5 / 8 - 30 peças;
 Mangas finais para fixação dos fios TE-0,75 / 8 - 15 peças;
 Encaixe de vedação adicional para o prensa-cabo D5 - 1 peças;
 Fio para medidor de gás - LiYCY 4 x 0,25 mm2 - 1,5 m;
 Chave Allen 3 - 1 item;
 Manual do usuário em cópia digital;
 Manual do usuário em cópia em papel.

Além disso, sob pedido especial, o MacBAT III pode ser equipado com:
 Kit de montagem para montagem na tubagem;
 Placa de montagem para montagem na parede;
 Kit de ligação para ligação ao sensor de pressão;

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 Válvula de três vias para conectar o sensor de pressão.

8.3 Princípio da Operação


A medição baseia-se na contagem do número de pulsos do sensor LF de lingueta
colocado na cabeça do medidor de gás. O dispositivo também pode controlar a exatidão das
medições de volume de gás - operando com medidores de gás equipados com transmissor HF
adicional em padrão.
 Com sensores incorporados, mede a pressão e a temperatura do gás;
 O MacBAT III converte o volume de gás contado nas condições de medição em volume
nas condições de base (EN 12405-1: 2005 + A2: 2010) e utilizando parâmetros de gás
predefinidos calcula o valor do contador de energia (EN 12405-2: 2012);
 Além das medições e da computação dos parâmetros atuais, o dispositivo também
arquiva parâmetros escolhidos e informações sobre estados de alarme registrados -
disponíveis para leitura posterior;
 O display e o teclado incorporados permitem monitorar os dados de medição atuais, os
valores de pico e os alarmes, bem como ajustar os parâmetros básicos de operação, como
data e hora, limites de entrada de medição, parâmetros de transmissão e similares.
Qualquer modificação de parâmetros tanto através da linha de transmissão quanto a partir
do teclado requer autorização do usuário.

Figura 4: Corrector Mac Bat III. Fonte: (AUDITFLOW,2013).

21
8.4 Ciclos de medição - cálculo
O dispositivo opera no ciclo de medição:
 A cada 30 segundos - quando é alimentado a partir da bateria interna ou no modo de
bateria solar.
 Cada 1 segundo - quando é alimentado a partir de uma fonte de alimentação externa.
 Em cada ciclo, no primeiro passo o dispositivo executa informações de leitura sobre os
valores de todas as entradas de medição e calcula os incrementos dos pulsos LF e HF.
Baseando-se nestes dados de entrada, o dispositivo calcula o crescimento do volume nas
condições de medição. Ao mesmo tempo, os dispositivos verificam-se novos alarmes que
ocorreram ou se as situações de alarme anteriores foram fechadas.

8.5 Estado de emergência dos conversores de volume


Durante a exploração típica do dispositivo, dependendo da aparência da situação de
alarme, pode operar em estado normal ou em estado de emergência. Todos os parâmetros
listados antes estão ativos em ambos os estados de operação do dispositivo (cálculo de valores
temporários de fluxos e incrementos de contadores).
Se a unidade funcionar em estado normal, todos os incrementos calculados são
adicionados aos contadores principais ("n" - novo valor do parâmetro, "p" - valor do ciclo de
cálculo anterior). Durante o estado normal, os contadores de emergência são interrompidos.
Se a unidade funcionar em estado de emergência, todos os incrementos calculados são
adicionados aos contadores de emergência. Durante o estado de emergência, os contadores
principais são parados.

8.6 Instalação mecânica


A Figura apresenta as dimensões básicas do alojamento. Ao montar, observa-se de
modo deve haja espaço suficiente para permitir a desmontagem posterior para manutenção ou
reparo.

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Figura 5: Corrector Mac Bat III. Fonte: (AUDITFLOW,2013).

onde:

A =tomada do termómetro G1,

B = sensor de pressão p2 (opcional),

C = sensor de pressão p1,

D = placa de montagem,

E = anilha de mola ø6,1 (4 peças),

F ou parafuso M6xL, onde: L = 14 + a;

Após a instalação, conecta-se o tubo de pulso ao sensor de pressão do gás (rosca métrica
M12 x 1,5). O tubo de impulsos deve estar equipado com uma válvula de três vias CKMTDN4
que permite cortar o fornecimento de gás ao sensor ou a conexão de um dispositivo de calibração
adicional. As prateleiras especiais para a instalação com válvula de três vias são enviadas pelo
fabricante com a unidade em um pedido especial. Sensor de temperatura de gás enviado com a
unidade, precisa ser colocado em manga termométrica no gasoduto e conectado em seguida à
entrada/

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Figura 7: instalação corrector Mac Bat III. Fonte: (AUDITFLOW, 2013)
1- Válvula manométrica, três vias AZ
2- 2 Fita-worm 13x0,8mm, aço inoxidável
3 -fita de fixação worm 13x2600mm, aço inoxidável A1
4- 2 parafusos M6x16 DIN933 BN56 Cr (III) st8.8 ISO 4014
5- 2 Anilhas M6 elástico A2 DIN127
6- Montagem universal BAT
7-MacBAT III,
8- 4 Parafusos M5x8mm DIN 7985, cabeça de rolo-lente
9- 4 Anilhas M5,1 elástico A2 DIN127
10- Tubo de aço Fi 6x1mm 3R65 0 0H17N14M2 316L resistente ao ácido
11- Placa de montagem da válvula no tubo
12 - Tomada do calibrador num local facilmente acessível
13- 4 Parafusos M5x40, allen, aço inoxidável 094540
15- Conexão do sensor de compressão de gás tipo CT3

8.6.1 Conexão do sensor de compressão de gás tipo CT3


Cada unidade MacBAT III está equipada com sensor de platina Pt100 / A / 4 tipo CT3
que permite medir a temperatura do gás. Cada sensor de temperatura é verificado no laboratório

24
do fabricante para atender aos requisitos das normas da classe A. O comprimento da tampa do
sensor precisa ser ajustado para o diâmetro do gasoduto.

8.6.2 Dados técnicos


o Faixa de medição: -40 oC a +60 oC
o Transdutor - resistência de platina Pt100 classe A
o Cabo de conexão de quatro fios com comprimento de 2 metros (padrão), máximo 3m
o Material da cobertura externa - ver figura abaixo
o O resistor de medição é galvânico separado da carcaça
o Para a montagem do sensor na luva do termômetro é usado conector com rosca M20x1,5

Montagem do sensor de temperatura com o uso do conector fornecido garante proteção


contra a penetração de humidade e poeira na manga do termômetro. Esta protecção cumpre os
requisitos do grau de protecção IP54 de acordo com a PN-EN 60529.

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9. Conclusão

Com base nos recentes estudos, chega-se ao ponto de perceber que os processos
industriais, principalmente os ligados a área pneumática necessitam de um constante
acompanhamento no que diz respeito a monitorização e controlo da rede em funcionamento,
onde para tal é indispensável o uso de dispositivos de alta precisão para tal efeito, garantindo
segurança na medição dentro do sistema. Estes equipamentos de elevada tecnologia de controle
podem trabalhar em grandes níveis de precisão, como é o caso dos correctores de vazão, que são
microcomputadores dedicados que usam sensores de precisão para medir a pressão e temperatura
do gás e corrigir o volume a partir dos valores já obtidos.
No que diz respeito ao selecionamento destes dispositivos a exigência relacionada no
âmbito de critério para a selecção dos mesmos é um factor muito importante a ser considerado de
modo que durante o funcionamento dos sistemas não surjam possíveis acidentes, pois os
acidentes revelam a destruição parcial ou completa das estruturas implantadas no local em
funcionamento.

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10. Referencias Bibliograficas

1. Andrew, W.G. (1982). Applied Instrumentation in the Process Industries- Control


Systems. Houston
2. Anthony, D.M.( 1986). Engineering Metrology, Oxford.
3. Arnold, K.L.( 1995). Guia Gerencial para a ISO 9000. Rio de Janeiro, Editora Campus.
4. AUDITFLOW.( 2013). Sistemas de Medicão de Vazão- Catalogo.
5. Banks, J.( 1989), Principles of Quality Control. New York.
6. Netto, Carlos José (2014). Odoração do Gas Natural Determinada Pela Vazão
Instantanea em City Gates. Universidade Tecnológica Federal do Parana. (Monografia de
Especialização);Brasil.
7. Ribeiro, Marco António. (1997). Medição de Vazão- Fundamentos e Aplicações. (5a
edição), Salvador
8. Ribeiro, Marco António. (2002) Instrumentação e Controle. Treinamento e consultória.
Salvador.
9. SMAR- AUDITFLOW. (2012). Sistemas de Medicão de Vazão-Manual de Usuário.

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Anexo

Figura 2: Esquema de Um Computador de Vazão. Fonte: Ribeiro (1997)

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