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MEDIÇÃO COMERCIAL - MECO

MEDIÇÃO COMERCIAL – MECO I

2ª Edição

CURITIBA
2014
Missão
Prover energia e soluções para o desenvolvimento
com sustentabilidade.

Visão
Simplesmente a melhor da década.

Elaboração e redação: Fávaro Carlos Vieira; João Antonio Brogin Craveiro; Ruy Schmidt; Ângela
Cristina L Wile Salmazo; Vinicius Ossamu Belini; Rogerio Gomes Talawitz; Francismara Rodrigues
Ono; Marcos Roberto Telles; Luiz Paulo Martins.

Revisão: Ângela Cristina L Wile Salmazo e Fávaro Carlos


Vieira

Coordenação: Márcio Orlando Stelmach

Catalogação na fonte feita por


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
2 NOÇÕES DE ELETRICIDADE BÁSICA............................................................... 2
2.1 Sistema Internacional de Unidades - SI ........................................................ 2
2.2 Corrente Elétrica ........................................................................................... 3
2.3 Tensão Elétrica ............................................................................................. 3
2.4 Resistência Elétrica....................................................................................... 4
2.5 Lei de Ohm ................................................................................................... 4
2.6 Potência Elétrica ........................................................................................... 5
2.7 Relações Básicas.......................................................................................... 5
2.8 Exercícios de Fixação ................................................................................... 5
3 Volt Amperímetro tipo alicate - Digital .................................................................. 6
3.1 Características: ............................................................................................. 6
3.2 Cuidados: ...................................................................................................... 7
3.3 Precauções ................................................................................................... 7
3.4 Limpeza: ....................................................................................................... 8
3.5 Troca de Bateria:........................................................................................... 8
3.6 Operação: ..................................................................................................... 8
3.7 Medição de corrente: .................................................................................... 8
3.8 Medida de Tensão AC/DC: ........................................................................... 9
4 NOÇÕES DE CIRCUITOS ELÉTRICOS ............................................................ 10
4.1 Geração de Tensões Polifásicas ................................................................ 10
4.2 Tensões Trifásicas ...................................................................................... 11
5 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO ................................................................... 13
5.1 Definição de Disjuntor ................................................................................. 13
5.2 Tipos de disjuntores: ................................................................................... 14
5.3 Funcionamento do disjuntor: ....................................................................... 15
5.4 Características técnicas do disjuntor........................................................... 16
5.5 Curva de Atuação ....................................................................................... 18
5.6 Identificação do Disjuntor ............................................................................ 19
5.7 Operação do Disjuntor e Padrão GSST ...................................................... 19
Ao iniciar o atendimento observar as orientações do PADRÃO 2-216 –
ATENDIMENTO EMERGENCIAL EM ES COM FORNECIMENTO EM BT e
verificar indícios que possam acusar causas do defeito: Quais equipamentos
estavam sendo utilizados quando desarmou o disjuntor, houve mudança ou
aquisição de equipamentos, foi executado algum tipo de serviço nas instalações
elétricas internas (troca de chuveiro, tomada, extensão para novos cômodos do
imóvel, etc). ........................................................................................................ 19
6 NÍVEIS DE TENSÃO DE ATENDIMENTO EM BT ............................................. 21
6.1 Conformidade dos Níveis de Tensão .......................................................... 21
6.2 Registro de Reclamação de Variação/Oscilação de Energia ...................... 21
6.3 Fluxo do Processo de Reclamação de Variação / Oscilação de Energia.... 22
7 NOÇÕES DE ENERGIA, DEMANDA E FATOR DE POTÊNCIA ....................... 24
7.1 Energia Ativa ............................................................................................... 24
7.2 Energia Reativa........................................................................................... 24
7.3 Demanda de Potência................................................................................. 25
7.4 Fator de Potência ........................................................................................ 25
8 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................ 28
Conceito: ............................................................................................................... 28
8.1 Medidores Eletromecânicos ....................................................................... 28
8.2 Medidores de energia eletrônicos.............................................................. 28
8.3 Medidores de energia eletrônicos especiais ............................................... 29
8.4 Princípio de funcionamento de um medidor de energia ............................. 29
8.5 Medidor de energia eletromecânico ........................................................... 31
8.5.1 Leitura em medidores de energia eletromecânicos ............................. 34
8.6 Medidores Eletrônicos ................................................................................ 35
8.6.1 Medidores Eletrônicos Monofásicos .................................................... 39
8.6.2 Medidores Eletrônicos Bifásicos.......................................................... 41
8.6.3 Medidores Eletrônicos Trifásicos......................................................... 43
8.7 Medidores Eletrônicos Especiais: ............................................................... 46
8.8 Número de Identificação Operacional - NIO ............................................... 46
8.9 Transporte e Armazenamentos de Medidores............................................ 48
8.10 Instalação e Retirada de Medidor(PADRÃO 3-109 - RETIRADA DE
EQUIPTO DE MEDIÇÃO EM ES COM ATENDIMENTO BT , COM MEDIÇÂO BT
INDIRETA) ............................................................................................................ 49
8.10.1 Instalação: ........................................................................................... 49
8.10.2 Retirada ............................................................................................... 50
8.11 Teste de medidores eletromecânicos e eletrônicos “em campo”( PADRÃO
3-112 - TESTE EM MEDIDORES DE ENTRADA DE SERVIÇO): ........................ 51
8.12 Verificação de Medidores em Laboratório .................................................. 54
8.13 By-Pass em Medidores .............................................................................. 54
8.13.1 By-Pass em Medidores Com Defeito .................................................. 54
8.13.2 By-Pass sem Emendas ....................................................................... 55
8.13.3 By-Pass com Emendas ....................................................................... 55
8.14 Esquemas de Ligações de Medidores........................................................ 56
8.14.1 Tipo Americano ................................................................................... 56
8.14.2 Tipo Europeu ....................................................................................... 57
8.15 Tipos Leitura de Medidores Eletromecânicos ............................................. 57
8.15.1 De Ponteiros........................................................................................ 58
8.15.2 Ciclométrico......................................................................................... 58
8.16 Leitura de Medidores .................................................................................. 59
8.16.1 Considerações Gerais sobre o Registrador tipo Ponteiro ................... 59
8.16.2 Regras para Execução de Leitura ....................................................... 61
9 INTERPRETAÇÃO DA NTC 901100 ................................................................. 65
INTERPRETAÇÃO DA NTC 901100 ........................................................................ 65
10 Legislação Aneel ............................................................................................ 77
11.1 - PRAZOS, PROCEDIMENTOS E EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIÇÃO
.................................................................................................................................. 77
11 Vistoria DE ENTRADA DE SERVIÇO ............................................................ 78
12 LIGAÇÃO DE ENTRADA DE SERVIÇO ........................................................ 81
13 BY-PASS EM TC DE MEDIÇÃO .................................................................... 82
14 FORMAS DE DESLIGAMENTO DE UC ........................................................ 83
14.1 Formas de desligamento ............................................................................ 83
14.1.1 Desligamento no borne do medidor - forma de desligamento 1
(PADRÃO GSST 2-107 OU 2-116) .................................................................... 83
14.1.2 Desligamento no borne do disjuntor - forma de desligamento 2
(PADRÃO GSST 2-107 OU 2-116) .................................................................... 83
14.1.3 Desligamento no pingadouro - forma de desligamento 3 (PADRÃO
GSST 2-108) ...................................................................................................... 83
14.1.4 Desligamento no poste da rede - forma de desligamento 15 (PADRÃO
GSST 2-106) ...................................................................................................... 83
14.1.5 Desligamento na chave de média tensão - forma de desligamento 55
(PADRÃO GSST 3-102) ..................................................................................... 83
14.1.6 Desligamento para retirada de medição. (PADRÃO GSST 2-119 OU 2-
120) 83
14.1.7 Desligamento no poste da rede da Copel e retirada do ramal - forma de
desligamento 57 (PADRÃO GSST 2-106 OU 2-108 E 2-122)........................... 84
14.1.8 Desligamento na rede, retirada de medidor e ramal - forma de
desligamento 56 (PADRÃO GSST 2-119 OU 2-120 E 2-122)........................... 84
14.2 Retirada de equipamentos .......................................................................... 84
14.2.1 Retirada dos equipamentos de medição e ramais ............................... 85
14.2.2 Retirada dos equipamentos após 90 dias do desligamento ................. 85
14.3 Permanência do medidor na Unidade Consumidora do grupo B ................ 86
14.4 Retirada do medidor e Desconexão do Ramal Aéreo ................................. 86
15 Procedimento para substituição de disjuntor (PADRÃO 2-208 - SUBSTITIÇÃO
DE DISJUNTOR EM BT ATÉ 200 A) ........................................................................ 87
15.1 Procedimento para a Substituição de Disjuntor de E.S. até 200 A ............. 87
16 Padrões GSST grupos relacionados .............................................................. 88
17 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 90
1 INTRODUÇÃO

Este curso tem por objetivo capacitar eletricistas, técnicos de agência e medição na
interpretação de normas e procedimentos relativos à execução das atividades de Medição
Comercial.
O material visa fornecer informações sobre a análise de carga e dimensionamento de
entrada de serviço, noções sobre a interpretação da norma de baixa tensão NTC 901100,
sobre os tipos de fornecimentos, de circuitos de medição, medidores e as novas tecnologias
de medição de energia. Para unidades consumidores individuais e agrupadas atendidas em
rede BT de distribuição até 3#200A, sem necessidade de projeto.
Os profissionais envolvidos nas atividades de Medição Comercial — vistoria,
inspeção, ligação, suspensão de fornecimento, retirada e instalação de medidores e/ou
equipamentos de medição, ou quaisquer trabalhos realizados sob as orientações deste
material, deverão seguir as prescrições das Tarefas de Serviços Comerciais Grupo 2-100 e
3-100 do GSST e da Norma Regulamentadora nº 10 - NR 10 – Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade - e outras aplicáveis, que fixam as condições mínimas exigíveis
para garantir a segurança das pessoas, trabalhadores e terceiros, nas atividades em
instalações elétricas.

1
2 NOÇÕES DE ELETRICIDADE BÁSICA

2.1 Sistema Internacional de Unidades - SI


SI (Sistema Internacional de Unidades) – é a forma moderna do Sistema Métrico, ou
seja, é um sistema utilizado para realizar medidas padronizadas, adotando-se uma unidade
para cada grandeza física (tudo aquilo que pode ser medido).
Para estas medidas foram estabelecidos os seus símbolos, unidades derivadas,
unidades suplementares e prefixos, como podemos verificar nas tabelas abaixo:

Grandezas Físicas Básicas


Tabela 1 - Grandezas físicas básicas
Grandeza Física Unidade Dimensão

comprimento(l) Metro (m) L


massa (m) Quilograma (kg) M
tempo (t) Segundo(s) T

intensidade de corrente elétrica (I) Ampère (A) I

temperatura (T) Kelvin K


quantidade de matéria (n) Mole(mol) N
intensidade luminosa(Iv) candela(cd) J
Fonte: conhecimento universal

Grandezas Físicas Derivadas (alguns exemplos)

Tabela 2 - Grandezas Físicas Derivadas

Grandeza Física Unidade Dimensão


2
área (A, S) metro quadrado (m ) L²
3
volume (V) metro cúbico (m ) L³
período (T) segundo (s) T
-1 -1
frequência (f, ν) hertz (Hz ou s ) T
trabalho (W) joule (J) ML²T-²
energia (E) joule (J) ML²T-²
potência (P) watt (W) ML²T-³
Fonte: conhecimento universal

2
Prefixos dos múltiplos e Submúltiplos das Unidades (Potência de Dez)
Tabela 3 - Potência de dez

Prefixo Símbolo Potência Prefixo Símbolo Potência


1 -1
deca da 10 deci d 10
2 -2
hecto h 10 centi c 10
3 -3
kilo k 10 mili m 10
4 -4
mega M 10 micro µ 10
5 -5
giga G 10 nano n 10
6 -6
tera T 10 pico p 10
Fonte: conhecimento universal

2.2 Corrente Elétrica


Por definição, corrente elétrica é o movimento dos elétrons livres dentro de um
material condutor. Pode ser classificada em corrente alternada - CA (com alteração de
polaridade) ou corrente contínua - CC (sem alteração de polaridade). A unidade de medida é
o Ampère (A).

Figura 1 - Amperímetro

Fonte: Copel

2.3 Tensão Elétrica


Força eletro-motriz (fem), diferença de potencial (ddp) ou simplesmente tensão
elétrica é o nome dado à força que faz com que os elétrons livres se movimentem dentro
dos condutores. Pode ser classificada em tensão alternada (com alteração de polaridade) ou
tensão contínua (sem alteração de polaridade). A unidade de medida é o Volt (V).

3
Figura 2 - Voltímetro

Fonte: Copel

2.4 Resistência Elétrica


Todos os corpos, quando percorridos por uma corrente elétrica, oferecem certa
oposição à passagem da corrente. Esta oposição é chamada de Resitência Elétrica. A
unidade de medida é o Ohm (Ω).

Figura 3 - Resistor, fio elétrico e resistência

Fonte: conhecimento universal

2.5 Lei de Ohm


A primeira Lei de Ohm, assim designada em homenagem ao seu formulador Georg
Simon Ohm, indica que a diferença de potencial (V) entre dois pontos de um condutor é
proporcional à corrente elétrica (I) que o percorre:

V=R× I
Em que:
V = Diferença de potencial elétrico (ou tensão, ou ddp) medida em Volt (V)
R = Resistência elétrica do circuito medida em ohm (Ω)
I = Intensidade da corrente elétrica medida em Ampère (A)

O que a lei de Ohm diz é que, para alguns materiais, ditos materiais ôhmicos, a

razão entre ‘V’ e ‘I’ é constante. R=V/I

4
2.6 Potência Elétrica
Potência Elétrica é a capacidade de produzir trabalho. Simbolizada pela letra P, sua
unidade de medida é o Watt (W).

Figura 4 - Wattímetro

Fonte: Copel
2.7 Relações Básicas

Potência:
1ª Lei de Ohm:
P=VxI
Para cargas resistivas: V = R x I
P = R x i²
P = V² / R

2.8 Exercícios de Fixação


Exercícios:
1. O que é a oposição dos elétrons a passagem de corrente?
__________________________________________________________________________
2. Numa Unidade Consumidora há um chuveiro de 7200W, o cliente pergunta ao eletricista
da Copel, qual a corrente que circulará pelo disjuntor se este chuveiro for ligado em 127 V?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

3. E se ele usar o mesmo chuveiro, mas agora ligando em 220 V?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

5
4. Num atendimento emergencial, o cliente pergunta ao eletricista da Copel o que é
corrente elétrica, o que você explicaria a ele:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

3 VOLT AMPERÍMETRO TIPO ALICATE - DIGITAL


Figura 5 - Amperimetro

3.1 Características:
O Volt-amperímetro tipo alicate é um instrumento de medida destinado a medir as
grandezas corrente (Amperes)e tensão (Volts) em circuitos de corrente alternada
(CA) e contínua (CC). Para a medida de corrente ele mede o fluxo de elétrons que
passa por um condutor com base no campo magnético gerado e para a medição da
tensão utiliza um circuito eletrônico denominado conversor analógico-digital.

Este instrumento pode dispor também de outras funcionalidades, tais como: medição
da resistência ôhmica, continuidade, frequência, temperatura, etc.
6
Ele é portátil de fácil transporte, projetado para efetuar a maioria das medidas de
parâmetros elétricos sem a necessidade de interrupção do circuito de corrente.
Destinado para uso por eletricistas, técnicos, e outros interessados que o
necessitam.

De maneira geral o display de cristal líquido proporciona uma leitura legível em todas
as condições de iluminação sendo que alguns modelos possuem uma luz no fundo
que permite que este fique iluminado para facilitar a leitura em locais escuros. O
ponto decimal é automaticamente posicionado e o sinal de polaridade (-) é indicado
para medida DC negativa (quando não é mostrado nenhum sinal entende-se como
polaridade positiva +).

No display é indicada a condição de bateria fraca, sendo que nesta caso o operador
deve substituí-la pois as medidas poderão estar incorretas.

3.2 Cuidados:
Nunca efetue medidas com o instrumento nos seguintes casos:
-O alicate amperímetro ou as pontas de prova apresentarem defeitos.
-Após o armazenamento ou acondicionamento do instrumento em condições
anormais ou com o instrumento com sua carcaça aberta.
-Tome extremo cuidado quando trabalhar com tensões acima de 60V DC ou 30V AC
RMS, principalmente em circuitos de alta potência, pois além do instrumento poder
sofrer influência do campo magnético, os acidentes nestes casos podem ser fatais.

-Ao efetuar as medidas, mantenha suas mãos na parte isolada das pontas de prova
e evite estar em contato com o potencial terra, ou seja, mantenha seu corpo isolado
usando por exemplo calçados com solados de borracha.
-Nunca ultrapasse os limites de medida do instrumento.
-Os reparos, as trocas de peças e as calibrações devem ser executadas apenas por
pessoas qualificadas. Excetuando-se as trocas de bateria.
-Retire a bateria quando for armazenar o instrumento por um longo período.
3.3 Precauções
-Certifique-se de que a bateria esteja conectada corretamente aos seus terminais e
alojada no seu compartimento.

7
-Antes de realizar qualquer medida, certifique-se que a chave seletora de funções
foi corretamente posicionada.
-Quando terminar as medidas acione o botão ON/OFF.
-Não deixe que a luz solar incida diretamente sobre o instrumento por muito tempo.
-A garra não deve ser utilizada para segurar ou fixar o instrumento, sua única função
é a realização de medidas de corrente.

3.4 Limpeza:
Para limpar o instrumento utilize pano umedecido com uma solução de água e
sabão. Não utilize produtos químicos como solventes ou produtos abrasivos em
nenhuma parte do instrumento.

3.5 Troca de Bateria:


Remova as pontas de prova do instrumento antes de efetuar a troca de bateria ou
qualquer reparo.
Remova a tampa do compartimento da bateria e logo após retire a bateria,
substituindo por uma nova com as mesmas especificações.
Mantenha desligado o aparelho.

3.6 Operação:
-Antes de efetuar qualquer medida, sempre examine o instrumento a respeito de
danos, contaminação (sujeira excessiva, graxa,..) e defeitos.
-Examine as pontas de prova contra rachaduras ou defeitos na isolação. Caso
alguma condição anormal seja detectada, não efetuar nenhum tipo de medida.
-Deixe o instrumento ligado por no mínimo 30 segundos antes da medida. Quando
for mudar a chave seletora de funções de posição, esteja seguro de que as pontas
de prova foram removidas do circuito ou aparelho que estava sendo medido.

3.7 Medição de corrente:


1. Selecione a chave seletora para a faixa de corrente desejada. Caso a magnitude
da corrente não seja conhecida, selecione a maior faixa e então reduza até obter a
leitura satisfatória.
2. Aperte o gatilho para abrir a garra e envolva somente o condutor com a corrente a
ser medida.

8
3. Efetue a leitura do display quando o valor estabilizar-se.
4. Para congelar o valor de pico, pressione o botão HOLD. Neste modo o valor do
display será atualizado somente quando um valor de corrente maior estiver presente
na garra. Esta função pode ser utilizada por exemplo para a medida de corrente de
partida de motores ou em locais onde não seja possível visualizar o display durante
a medição.
NOTA: Para se obter melhor precisão nas medidas, o condutor deverá ser
posicionado no centro da garra.
Obs.: Em circuitos com corrente muito pequena pode-se melhorar a precisão da
leitura fazendo com que o condutor a ser feita a medição dê duas ou mais voltas em
torno da garra do instrumento. O valor da corrente será a leitura indicada no display
dividida pelo número de vezes que o condutor atravessa o interior da garra.

Figura 06 – Medidor de Corrente

3.8 Medida de Tensão AC/DC:


1. Conecte a ponta de prova vermelha no terminal V e a ponta de prova preta no
terminal COM.
2. Selecione a chave seletora para o tipo e faixa de tensão desejada (DC ou AC).
Caso a magnitude do sinal não seja conhecida, selecione a maior faixa e então
reduza até obter uma leitura satisfatória.
3. Para tensões DC o sinal (-) será mostrado para indicar a polaridade negativa. A
polaridade positiva é implícita.

9
5. Encoste as pontas de prova aos pontos a serem medidos. O valor da tensão será
mostrado no display.

Figura 07 – Medidor de Tensão

Advertência:
- Na função de medição de resistência, jamais permita diferença de potência nas
pontas de prova entre fase/fase ou fase/neutro, ou seja, que as pontas de prova
entrem em contato com condutores energizados.

4 NOÇÕES DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

4.1 Geração de Tensões Polifásicas


Os primeiros sistemas de transmissão de energia operavam em corrente contínua e
apresentavam a vantagem de transmitir uma potência contínua com 2 fios. A desvantagem,
porém, era não permitir a elevação da tensão para redução das perdas na transmissão.
O sistema em corrente alternada permite o uso do transformador para elevar a
tensão e reduzir as perdas na transmissão, porém, com 2 fios – apresenta uma
transferência de potência pulsante.
Para se obter uma transferência de potência constante em corrente alternada, é
necessário o uso de três sistemas monofásicos defasados de 120°, o que constitui o sistema
trifásico.

10
Figura 8 - Gráficos dos diversos sistemas

Fonte: Copel

O sistema trifásico é o mais comum dos sistemas polifásicos.

4.2 Tensões Trifásicas


Pode-se definir as tensões trifásicas como sendo aquelas produzidas por três
alternadores monofásicos, os quais produzem forças eletromotrizes iguais, de mesma
frequência, mas defasadas entre si de 1/3 de período (120º elétricos).

Cada elemento de um alternador trifásico é independente, podendo ter, cada um, sua
própria carga, mas, a fim de reduzir o número de condutores de alimentação, os elementos
são interligados entre si por seus bornes homólogos (saídas, por exemplo), formando assim,
um único borne comum aos três elementos, denominado neutro, ao qual é ligado o condutor
neutro. Os bornes restantes (entradas) dos elementos são denominados fases, assim como
os condutores ligados a tais estruturas. Obtém-se, dessa forma, uma alimentação trifásica
— constituída de três condutores fase e um condutor neutro — que é o recurso mais
comumente utilizado nos sistemas de geração e distribuição de energia elétrica.

11
Figura 09

Fonte: conhecimento universal

Exercícios
1. Em uma lâmpada com as indicações de 100 W e 127 V:
Sua potência nominal é ________________________
Sua tensão máxima de ligação é ________________________
Com a máxima tensão e máxima potência circula uma corrente de
_____________________
É classificado como um equipamento, mono, bi ou trifásico.

12
5 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO

Toda entrada de serviço é provida de um disjuntor que fica localizado na caixa de


medição e é instalado antes do medidor de energia. É destinado a manobras para a
realização de manutenções e proteção das instalações e equipamentos elétricos da
unidade consumidora.

5.1 Definição de Disjuntor


Disjuntor é um equipamento destinado à proteção e manobra de circuitos elétricos. A
principal função do disjuntor é a proteção, por meio de seus mecanismos internos, há
possibilidade de se obter confiabilidade no seccionamento de circuitos sujeitos a defeitos,
tais como sobrecargas e curto circuitos.

Manobra :É a característica do disjuntor que permite o funcionamento ou desligamento de


um ou mais circuitos, independentemente.
Sobrecarga : É uma elevação da corrente acima do valor nominal prevista para o circuito,
podendo permanecer um tempo relativamente longo. Esta sobrecorrente produz uma sobre
elevação de temperatura nos equipamentos e condutores, vindo a deteriorar os materiais
isolantes, podendo causar danos permanentes de grandes proporções, caso não seja
interrompido o circuito.
Curto-circuito: É uma sobrecorrente de grande intensidade. Superior a 10 vezes a
corrente nominal do circuito, podendo ter sua causa em defeitos nos condutores ou
equipamentos alimentados por este circuito.
A NTC 930100 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO EM BAIXA TENSÃO orienta os critérios
para aplicação de disjuntores até 100A em entradas de serviço de unidades consumidoras e
explica que este elemento é um dispositivo de manobra mecânico e de proteção, capaz de
estabelecer, conduzir e interromper corrente em condições normais do circuito, assim como
estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper correntes em condições
anormais especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito.

13
Figura 10

5.2 Tipos de disjuntores:

Atualmente são encontrados em entradas de serviço disjuntores produzidos de


acordo com a norma IEC (International Electrotechnical Commission) e também os
de acordo com a norma NEMA (National Electrical Manufacturers Association)

Os disjuntores IEC são popularmente chamados de “DIN” devido serem construídos


para serem instalados em trilhos de encaixe tipo “din”. Seu desempenho é superior
aos NEMA conforme tabela com os tempos de atuação abaixo:

Tabela 04

x In t(s) IEC t(s) NEMA


2 x In 43s 50s
3 x In 8,1s 12s
4,5 x In 0,07s 4,2s
5,9 x In 0,012s 2,1s
7 x In 0,01s 1,6s
27,4 x In 0,09s

14
5.3 Funcionamento do disjuntor:

Figura 11 - Disjuntor termomagnético

O disjuntor possui um mecanismo de interrupção do contato elétrico interno, sendo


que neste mecanismo podem atuar a alavanca de acionamento manual o
mecanismo de atuação térmica e o de atuação magnética , todos de forma
independente.

-Atuação pela alavanca manual: É a operação manual de ligar e desligar a


manobra.

-Atuação térmica: O acionamento de cargas que exijam corrente superior a nominal


do disjuntor fará com que haja o sobreaquecimento de um dispositivo composto por
duas laminas de metal unidas entre si e com coeficientes de dilatação diferentes,
provocando um curvamento que aciona o mecanismo de interrupção do contata
elétrico do disjuntor.Sua função é atuar em casos de sobrecarga, ou seja, sobrecorrente
de intensidade média (inferior a 10 vezes a corrente nominal).

-Atuação Magnética: Em caso de curto-circuito, que é quando a corrente sobe a


valores muito elevados e de forma rápida é gerado um campo magnético que faz
com que o mecanismo de atuação magnética atue sobre o mecanismo de
interrupção do contata elétrico do disjuntor. Sua função é atuar em casos de curto-
circuitos, quando a corrente no disjuntor sobe a valores muito elevados (10 vezes ou mais a
corrente nominal). Neste caso, a corrente elevada gera um campo magnético no eletroímã,

15
fazendo-o desligar instantaneamente. O desligamento por atuação magnética ocorre em
aproximadamente 8 milésimos de segundo.

Exemplo:
Num determinado circuito há um aparelho que, em condições normais, opera com 15
A. Supondo que este circuito esteja protegido com um disjuntor de corrente nominal de 15 A
e que , o que aconteceria se a corrente no circuito fosse aumentada em 5%, 35% e 100%,
as consequências para cada caso seriam as seguintes:
• 5%: Disjuntor não atuaria ou demandaria um tempo bastante longo, caso o
defeito persistisse, pois uma alteração de 5% na corrente não é
substancialmente elevada a ponto de causar danos ao circuito.

• 35%: Agora a corrente original subiu de 15A para 20,25A. Neste caso, o disjuntor
desliga o circuito num tempo máximo de 60 minutos, tempo permitido por norma.

• 100%: Quando a corrente dobra, como neste caso, de 15 A para 30 A, o


disjuntor desliga o circuito num tempo máximo de 2 minutos, tempo permitido
por norma. O que faz o disjuntor ter a característica inversa, vista nos exemplos,
ou seja, quanto mais aumenta a corrente, mais rápido ele atua, é um
componente interno denominado de Bimetal.

• O Bimetal é uma lâmina composta de dois tipos de metais diferentes (aços).


Com a passagem da corrente, aquece e, uma de suas faces dilata mais do que a
outra, causando uma deflexão no conjunto e, consequentemente, desligando o
disjuntor.

5.4 Características técnicas do disjuntor


Os disjuntores podem ser unipolar (monopolar), constituído por um único polo ou
multipolar (bipolar e tripolar) constituído por dois ou três polos interligados
mecanicamente entre si de modo a atuarem em conjunto .

Obs: desde que homologados pela COPEL serão aceitos disjuntores multipolares
com alavancas intertravadas mecanicamente entre si, devendo o dispositivo de
intertravamento ser irremovível e inviolável e ainda o acionamento eventual em
qualquer um dos polos deve garantir o acionamento no(s) outro(s) polo(s)

16
simultaneamente, nas operações de “liga” e de “desliga”, através de intertravamento
interno.

A tabela abaixo estabelece as características técnicas de disjuntores até 100ª

Tabela 05

Disjuntor Monopolar Bipolar Tripolar

30 32 40 50 63 30 32 40 50 63 30 32 40 50 63
Corrente nominal (A)
70 70 80 100 70 80 90 100

Tensão nominal Até 415 V

Frequência nominal 60 Hz

Corrente mínima de NBR


3 kA 4,5 kA 4,5 kA
CC IEC
(em CA – 127/220 V) NEMA 5 kA 10 kA 10 kA

Endereço eletrônico dos disjuntores homologados:

/intra/root/intranet.nsf/0/34B7EE696978AD5803257C98004C69BE/$FILE/Disjuntores
homologados para ES 241014.pdf

Corrente Nominal: Corrente máxima que pode circular através do disjuntor por
tempo indeterminado sem causar sua operação.

Tensão Nominal: Valor eficaz da tensão de linha pela qual o sistema é designado.
Freqüência Nominal: Freqüência para a qual o dispositivo é projetado
Corrente de CC: Corrente de curto-circuito mínima suportável.

Para disjuntores acima de 100A a NTC 930100 estabelece que até posterior
deliberação, a Copel aceitará disjuntores de quaisquer procedência desde que
certificados pelo INMETRO e quando for aplicado disjuntor com corrente regulável
(permitido nas categorias de atendimento acima de 100 A), esta deve ser
referenciada ao “fim de escala”, ou seja, a corrente máxima do disjuntor deve ser
idêntica à corrente da categoria de atendimento da unidade consumidora isolada ou
da corrente nominal de projeto da seccionadora da Edificação de Uso Coletivo.

17
5.5 Curva de Atuação

Os disjuntores podem ser de curva “B” próprios para instalações com cargas
predominantemente resistivas (atuam para correntes de curto-circuito entre 3 e 5
vezes a corrente nominal do disjuntor), curva “C” próprios para cargas que exijam
correntes de partidas em pequenos motores elétricos ou iluminação com uso de
reatores (atuam para correntes de curto-circuito entre 5 e 10 vezes a corrente
nominal) ou de curva “D” próprios para uso industrial e atuam para correntes de
curto-circuito a partir de 10 vezes a corrente nominal. Em entradas de serviço são
homologados para uso apenas os de curva B e C.

Figura 12

18
5.6 Identificação do Disjuntor

O disjuntor deve ser identificado de maneira indelével, ou seja, de forma que as


inscrições nele não possam ser apagadas (alto ou baixo relevo, uso de etiqueta
metalizada de alta aderência). A identificação deve ficar em local visível e conter as
seguintes informações:

a) Marca registrada ou nome do fabricante.


b) Designação do tipo, número de catálogo ou número de série.
c) Tensão(ões) nominal(ais).
d) Corrente nominal sem a unidade “A” precedida pelo símbolo de atuação
instantânea (B ou C), por exemplo C50.
e) Frequência nominal.
f) Capacidade de interrupção em curto-circuito nominal kiloamperes (kA).
g) Temperatura de referência do ar ambiente, se diferente de 30 ºC.
h) Grau de proteção (se for diferente de IP20).
Além destas informações o disjuntor precisa também ter identificado as posições
ligado e desligado.

5.7 Operação do Disjuntor e Padrão GSST

O desligamento automático de um disjuntor pode ter origem em situações tais


como: grande número de equipamentos ligados simultaneamente, defeito em algum
equipamento ou no próprio disjuntor, curto-circuito, etc.

Ao iniciar o atendimento observar as orientações do PADRÃO 2-216 –


ATENDIMENTO EMERGENCIAL EM ES COM FORNECIMENTO EM BT e verificar
indícios que possam acusar causas do defeito: Quais equipamentos estavam sendo
utilizados quando desarmou o disjuntor, houve mudança ou aquisição de
equipamentos, foi executado algum tipo de serviço nas instalações elétricas internas
(troca de chuveiro, tomada, extensão para novos cômodos do imóvel, etc).

Como a alavanca de acionamento trabalha de forma independente em relação aos


mecanismos de interrupção por sobrecarga ou curto-circuito a posição em que ela
for encontrada no momento do atendimento também pode ajudar a indicar o tipo de
defeito ocorrido.

19
a) Disjuntor com a alavanca na posição desligado: indicação de que atuou por
sobrecarga ou curto-circuito ou também por acionamento manual intencional – pelo
consumidor, terceiros, vandalismo.

Inspecionar a entrada de serviço e levar a alavanca para a posição ligado, caso o


disjuntor volte a desligar há defeito interno e o consumidor deve ser orientado a
procurar um profissional de sua preferência para avaliar as instalações internas e
fazer as correções necessárias.

b) Disjuntor com a alavanca solta: indicação de atuou por sobrecarga ou curto-


circuito ou ainda pelo acionamento do dispositivo de “trip” para os que o possuírem.

Inspecionar a entrada de serviço e levar a alavanca para a posição desligado e em


seguido para a posição ligado, caso o disjuntor volte a desligar há defeito interno e o
cliente deverá ser orientado a procurar um profissional de sua preferência para
avaliar as instalações internas e fazer as correções necessárias.

c) Disjuntor com a alavanca na posição ligada e unidade consumidora sem energia:


Indicação de falta de energia na rede ou de defeito no disjuntor.

Inspecionar a entrada de serviço e verificar a existência de tensão nos bornes de


entrada e saída do disjuntor, volte a alavanca para a posição desligada e em
seguida leve-a para a posição ligada. Caso a falta de energia persistir e houver
energia na rede da Copel o problema estará no disjuntor.

Havendo a necessidade de substituição do disjuntor seguir as orientações do padrão


PADRÃO 2-208 - SUBSTITIÇÃO DE DISJUNTOR EM BT ATÉ 200 A.

Exercícios
1. Quando o cliente reclama que o disjuntor está caindo no meio do banho, por qual
acionamento ele esta atuando:
__________________________________________________________________________
2. Ao ligar um motor, o mesmo “entrou” em curto circuito e a proteção desarmou, como o
disjuntor acionou:
3 – Qual a diferença entre disjuntor DIN e NEMA:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

20
6 NÍVEIS DE TENSÃO DE ATENDIMENTO EM BT

6.1 Conformidade dos Níveis de Tensão


Os níveis de tensão medidos na entrada de serviço da unidade consumidora devem
estar dentro da faixa adequada conforme PRODIST 8, Resolução Aneel
469/2011 até 31/12/2014 e a partir de 01/01/2015 602/2014. A observação de
medidas nas faixas precária e crítica podem significar alerta para esta situação. Quando
houver reclamação por parte do consumidor algumas providências devem ser tomadas.

Figura 13 – Limites de Tensão

Fonte: Copel

6.2 Registro de Reclamação de Variação/Oscilação de Energia


Qualquer reclamação efetuada por telefone, carta, abaixo assinado, pessoalmente,
ou por qualquer meio de comunicação, será registrada no sistema CIS, o qual será
encaminhado para a Agência, após o primeiro atendimento e este não atendeu o
POP_SERV_003 irá para Divisão de Controle de Qualidade.

21
VER PADRÕES GSST POP_SERV_003 e 019.
• SER_B-SOPE-003 - Balanceamento de Circuitos;
• SER_B-SOPE-019 - Inspeção para Análise de Ressarcimento de Danos;

6.3 Fluxo do Processo de Reclamação de Variação / Oscilação de Energia

SER_B-SOPE-003 - Balanceamento de Circuitos

22
SER_B-SOPE-019 - Inspeção para Análise de Ressarcimento de Danos

23
7 NOÇÕES DE ENERGIA, DEMANDA E FATOR DE POTÊNCIA

7.1 Energia Ativa


É a energia que pode ser convertida em outra forma de energia (luz e calor), ou seja,
é a energia responsável pelo funcionamento dos equipamentos elétricos e eletrônicos. Essa
energia, medida em quilowatt-hora (kWh) é cobrada na conta de energia com a descrição
“consumo medido”.

Energia ativa (kWh) é o produto da potência ativa pelo tempo:

E (kWh) = (P * t)/1000

Em que:
E = Energia ativa em kWh
P = Potência da carga em Watt (W)

7.2 Energia Reativa


É a energia necessária ao funcionamento de alguns tipos de equipamentos, tais
como: transformadores, motores elétricos, reatores etc. Essa energia, medida em quilovolt-
ampère-reativo-hora (kvarh) é cobrada na conta de energia com a descrição “consumo
excedente reativo”.

Energia reativa (kvarh) é o produto da potência reativa pelo tempo:

Er (kvarh) = (Q * t)/1000

Em que:
Er = Energia reativa em kvarh
Q = Potência reativa da carga em quilovolt-ampère-reativo (kvar)

Exemplo:
Um chuveiro de 5,2 kW ligado por 1 hora consumirá 5,2 kWh, se ligado por 2 horas
consumirá 10,4 kWh.

24
7.3 Demanda de Potência
Além da Energia Ativa e da Energia Reativa, há também a Demanda de Potência,
que, para sua medição, requer um medidor específico chamado “Medidor de demanda” ou
Medidor de kW.
Para exemplificar o que é demanda, considerar os dois consumidores “1” e “2”
abaixo:
Tabela 06
Consumidor “1” Consumidor “2”
Consumo 36000 kWh Consumo 36000 kWh
Carga (Demanda) 50 kW Carga (Demanda) 150 kW

Embora o consumo (kWh) seja o mesmo, a Copel deverá ter para o consumidor “2”
uma reserva de potência (demanda) três vezes maior que a correspondente para o
consumidor “1”, o que implicou, naturalmente, um investimento da Copel, muito maior para o
consumidor “2”.
Portanto, embora os consumos nesses dois casos sejam iguais, as demandas são
diferentes, por isso é justo que o consumidor “2” tenha que pagar uma parcela de demanda
maior que o consumidor “1”.
Assim, o consumidor “2” irá pagar o mesmo consumo em kWh, porém, e pagará pela
demanda três vezes mais que o consumidor “1”.

7.4 Fator de Potência


É uma relação entre as potências ativa e aparente. O fator de potência (FP) tem a
mesma definição da função cosseno para o triângulo retângulo.

Figura 19

Forma Decimal (FP)


Como o fator de potência (FP) é a função cosseno, logo seu valor é normalmente
expressado em decimais e fica compreendido entre 0 e 1.
25
Forma Percentual (FP%)
Outra forma de se apresentar o fator de potência é em percentual logo FP = 60%,
Para retornar o FP% à decimal, basta dividir o FP% por 100 (60 / 100 = 0,6);

Método Qh
É o método de medição que a Copel utilizava para medir a energia reativa. Para
transformar a grandeza medida em kQh para kvarh utiliza-se a fórmula abaixo:

2×kQh− kWh
kvarh=
√3

Exercícios

1. Um ferro de passar roupa com uma potência de 0,63 kW fica ligado durante 15 minutos
por dia no final de 30 dias ele irá consumir uma energia de?

2. Em um barracão tem 8 lâmpadas ligadas de 100W cada em um período de 10 horas, 9


ventiladores de 400W ligados em 4 horas e 1 geladeira de 630W por 10 horas. Qual o
consumo diário, mensal e anual do barracão ?

26
3. Em uma residência são ligadas 7 lâmpadas de 100 W por um período de 4,5 horas
diárias, um chuveiro de 5,4 kW é ligado durante 20 minutos por dia, uma geladeira de 0,63
kW ligada 2 horas por dia e um ferro de passar roupa de 1,3 kW ligado durante 3 horas por
dia. Qual o consumo final no período de 30 dias.

4. Sabe-se que na indústria Flora a um valor de potência total de 500 kVA e sua potência
ativa é 400 kW, qual é o FP?

5. Se uma panificadora Pãotal o FP=0,98, e a potência total é 12350 kVA, qual a potência
ativa?

27
8 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

A medição de energia elétrica é empregada na prática para possibilitar à Concessionária o


faturamento correto da quantidade de energia elétrica consumida pelos usuários, dentro de uma
tarifa estabelecida. Para esta medição são empregados medidores de energia.

Conceito:
“Um medidor de energia elétrica é um dispositivo ou equipamento eletromecânico
ou eletrônico capaz de medir (mensurar) o consumo de energia elétrica de um estabelecimento”.
(LIMA e PEREIRA, 2011)

8.1 Medidores Eletromecânicos


Tecnologias de Medição - Eletromecânica
Desenvolvida há mais de 100 anos
Princípio de funcionamento indução eletromagnética
Pontos Fortes:
• Durabilidade;
• Confiabilidade;
• Robustez; e
• Permite recuperação.
Pontos Fracos:
• Dificuldade de implementação a sistemas e novas tecnologias;
• Sensibilidade no transporte;
• Custo elevado;
• Consumo alto; e
• Classe de precisão 2%.

8.2 Medidores de energia eletrônicos

Tecnologias de Medição - Eletrônica


Desenvolvida há mais de 40 anos, porém não de forma comercial;
Utiliza vários princípios de funcionamento, dependendo do objetivo. (Efeito Hall, Shunt,
multiplexação amostrada, Bobina de Rogowski).

Pontos Fortes:
Permite a implantação de diversas funções extras, tais como:
• Medição de energia reativa;

28
• Demanda;
• Tarifação Diferenciada;
• Medição de tensão, corrente, fator de potência, harmônicos.
• Desempenho metrológico estável ao longo da vida útil;
• Durabilidade;
• Baixo consumo.

Pontos Fracos:
- Robustez.

8.3 Medidores de energia eletrônicos especiais

• Medidor Eletrônico Ativa e Reativa: o equipamento mede energia ativa (kWh),


energia reativa indutiva (kVArhi) e capacitiva (kVArhc).
Obs: Para faturamento serão consideradas energia ativa e reativa indutiva.
Marcas: Landis modelo Saga 2000 -1342 e Saga 1500; Nansen modelo Spectrum SDAR.
Aplicação: Consumidores do grupo B, com fator de potência reativo e disjuntor de 125 A a
200 A.

• Medidor Eletrônico Multitarifa: o equipamento mede energia ativa (kWh),


energia reativa indutiva (kVArhi) e capacitiva (kVArhc) Ponta e Fora de Ponta.
Modelos: Saga 2100 modelo 1341 e 1342; ZMD e Saga 1500 e E34A.
Aplicação: Consumidores do grupo B, faturados como – Tarifa Rural Noturna - TRN
(Irrigação Noturna e Avicultura noturna). (Verificar a existência dessas tarifas)

8.4 Princípio de funcionamento de um medidor de energia


Os medidores eletromecânicos possuem como princípio de funcionamento a indução, são
constituídos por uma bobina de corrente, que conduz a corrente de linha, e uma bobina de
potencial com a finalidade de medir a tensão da energia que passa por ela. Os dois
enrolamentos estão sob uma estrutura metálica e, dessa forma, criam dois circuitos
eletromagnéticos. Um disco de alumínio encontra-se localizado no campo de ação do
campo magnético da bobina de corrente, dessa forma, nele são induzidas correntes
parasitas fazendo com que o disco gire em torno do seu próprio eixo em uma rosca sem fim.
A energia consumida em um período se dá, proporcionalmente, a partir da quantidade de
rotações efetuadas pelo disco. (NICOLAU, 2013)

29
Figura 15

Os medidores eletrônicos, diferentemente dos eletromecânicos, não possuem


engrenagens mecânicas, mas possuem como método de medição transdutores de
corrente e tensão, alimentados por sinais de entrada. A potência é obtida via bloco
multiplicador e a energia via bloco registrador, conforme ilustra a figura abaixo
(NICOLAU, 2013).

Figura 16

30
8.5 Medidor de energia eletromecânico

“Os medidores utilizados em corrente alternada monofásica e polifásica são instrumentos


que baseiam o seu funcionamento no princípio da indução eletromagnética e, nesse
particular, assemelham-se aos motores elétricos de indução”. (CALDEIRÃO, 2005)

Figura 17 - Esquema de medidor eletromecânico

Fonte: Copel

31
Figura 18 - Principais Partes do Medidor Eletromecânico

Fonte: Copel

O medidor de energia eletromecânico – tipo indução é constituído basicamente de:


• Bloco de bornes: permite a ligação do medidor do circuito a ser medido pelas conexões
internas e externas. A conexão externa deve obedecer ao tipo de bloco de terminais sob
modelo Americano ou Europeu.
• Elemento motor: conjunto formado pela bobina de potencial e seu núcleo, por uma ou
mais bobinas de corrente e seu núcleo, destinado a produzir um conjugado motor sobre o
elemento móvel.
• Bobina de corrente: ligada em série com a carga, produz um fluxo magnético
proporcional à corrente que circula por ela. Por ser ligada em série deve ser constituída de
pequeno número de espiras de fio de grande seção transversal.
• Bobina de potencial: ligada em paralelo, produz um fluxo magnético proporcional à
tensão nela aplicada. Por ser ligada em paralelo deve ser constituída de grande número de
espiras de fio de pequena seção transversal.
• Núcleo: preso à carcaça, recebe as bobinas do medidor.
• Elemento móvel: é o conjunto influenciado pelo elemento motor e é constituído de:
Eixo com rosca sem fim: a posição vertical do eixo é conseguida com auxílio de
mancais de apoio inferior e superior. Estes mancais deverão proporcionar perda por
atrito, exigindo-se cuidados especiais na sua fabricação e montagem. Modernamente

32
são utilizados os mancais de suspensão magnética, reduzindo-se ao mínimo as
perdas devido ao atrito.
Disco: é fabricado em alumínio e possui as seguintes características: Ser de material
não magnético, condutor e leve.
Dispositivos de ajuste: são dispositivos pelos quais se ajusta o medidor para que
registre, dentro das tolerâncias especificadas, a energia solicitada pelo circuito que
está sendo medido. Os medidores de kWh devem ter os seguintes dispositivos de
ajuste: carga nominal, carga pequena e carga indutiva.
• Registrador: é o dispositivo responsável pela indicação da quantidade de energia
elétrica absorvida pela carga. O registrador pode ser Ponteiro ou Ciclométrico.
• Freio magnético (Imã permanente): sua finalidade é provocar uma força freante no
disco, a fim de evitar que ele continue girando após o desligamento e, em
consequência, registrando um consumo inexistente.

Além dos componentes ilustrados na figura acima, outro componente importante é a


Placa de identificação, que é colocada na parte frontal do medidor fornecendo as
principais características técnicas. Na placa de identificação são apresentadas as
seguintes informações:
marca, modelo, número de fábrica, corrente nominal, corrente máxima, tensão
nominal, frequência, número de fases, número de elementos motores, número de
fios, kd, logomarca do Inmetro, nº da portaria Inmetro de aprovação de modelo e
número de identificação operacional da Copel (NIO).
kd (Constante de Disco): Quantidade de watt-hora medida por rotação (Wh/rot). É
uma informação da placa de identificação importantíssima. A constante do disco (kd)
permite-nos verificar a relação existente entre o número de rotações do disco e a
quantidade de energia medida.
Corrente nominal: intensidade de corrente em amperes, à qual se referem as
características de desempenho do medidor.
Corrente máxima: maior intensidade de corrente, em ampéres, que pode ser
conduzida em regime permanente.

33
a) Modelos de medidores eletromecânicos aplicados em UC de BT:

Figura 19 - Modelos de medidor para UC em BT

Fonte: Copel

8.5.1 Leitura em medidores de energia eletromecânicos

Tipos de leitura de medidores eletromecânicos


Existem dois tipos de registradores de ponteiros e um tipo de registrador ciclométrico. Os
equipamentos constituídos por ponteiros podem apresentar os algarismos de registro de
consumo separados (circunferências separadas) ou compartilhados (circunferências
agrupadas).

34
De ponteiros

Circunferências separadas

Figura 20 - Medidor com circunferências separadas

Circunferências agrupadas

Figura 21 - Medidor com circunferências agrupadas


• Ciclométrico

8.6 Medidores Eletrônicos


Tecnologias de Medição - Eletrônica
Desenvolvida há mais de 40 anos, porém não de forma comercial;
Utiliza vários princípios de funcionamento, dependendo do objetivo. (Efeito Hall,
Shunt, multiplexação amostrada, Bobina de Rogowski);

35
Pontos Fortes:
• Permite a implantação de diversas funções extras, tais como:
• Medição de energia reativa;
• Demanda;
• Tarifação Diferenciada;
• Medição de tensão, corrente, fator de potência, harmônicos.
• Desempenho metrológico estável ao longo da vida útil;
• Durabilidade;
• Baixo consumo.
Pontos Fracos:
• Robustez.

a) Principais partes de um medidor eletrônico:

Figura 23 - Partes de um medidor eletrônico

36
b) Constituição básica de medidor eletrônico:
O medidor é constituído basicamente de:
• base (carcaça)
• tampa principal (policarbonato)
• bloco de terminais
• tampa do bloco de terminais (tampa de bornes)
• sensores de corrente e de tensão
• registrador ou mostrador
• placa de identificação

c) Características:
• Bloco de terminais: permite a ligação do medidor do circuito a ser medido
pelas conexões internas e externas.
• Registrador ou mostrador: é o dispositivo responsável pela indicação da
quantidade de energia elétrica absorvida pela carga. O registrador poderá ser:
Ciclométrico ou LCD (display de cristal líquido)
• Placa de identificação: colocada na parte frontal do medidor, fornece as
principais características técnicas. Apresenta as seguintes informações:
marca, modelo, número de fábrica, corrente nominal, corrente máxima,
tensão nominal, frequência, número de fases, número de elementos, número
de fios, constante de calibração - kh, logomarca do Inmetro, nº da portaria
Inmetro de aprovação de modelo e número de identificação operacional da
Copel - NIO.
• Kh: quantidade de watt-hora medida por pulso (Wh/pulso);
• Corrente nominal e máxima:
- Corrente nominal - intensidade de corrente em ampères, à qual se
referem as características de desempenho do medidor.
- Corrente máxima - maior intensidade de corrente, em ampères, que
pode ser conduzida em regime permanente.

37
d) Modelos de Medidores Eletrônicos Aplicados em UC de BT:

Figura 24 - Modelos de medidores eletrônicos

Fonte: Copel

38
8.6.1 Medidores Eletrônicos Monofásicos
Figura 25

Fonte: Copel

39
Figura 26

Fonte: Copel

40
8.6.2 Medidores Eletrônicos Bifásicos

Figura 27

Fonte: Copel

41
Figura 28

Fonte: Copel

42
8.6.3 Medidores Eletrônicos Trifásicos

Figura 29

Fonte: Copel

43
Figura 30

Fonte:Copel

44
Figura 31

Fonte: Copel

45
8.7 Medidores Eletrônicos Especiais:

• Medidor Eletrônico Ativa e Reativa: o equipamento mede energia ativa, energia


reativa indutiva e capacitiva (kWh, kvarh ind/cap).
• Medidor Eletrônico Multitarifa: o equipamento mede energia ativa, energia reativa
indutiva e capacitiva (kWh, kvarh ind/cap) Ponta e Fora de Ponta.
Modelos: Saga 2100 modelo 1341 e 1342; ZMD e Saga 1500 e E34A.
Aplicação: Consumidores do grupo B, faturados como – Tarifa Rural Noturna -
TRN (Irrigação Noturna e Avicultura noturna).

Figura 32 - Modelos de medidores eletrônicos especiais

Fonte: Copel

Observação: Os Informativos Técnicos dos medidores especiais estão disponíveis na


Intranet Copel no seguinte endereço: Intranet/Distribuição/Comercial/Medição e
Perdas/Informativo Técnico

8.8 Número de Identificação Operacional - NIO


São etiquetas de identificação para o controle operacional dos medidores e
equipamentos auxiliares de medição. Pela composição do número é possível identificar a
data de fabricação, o tipo do medidor.

46
Número de Identificação Operacional (NIO)

A B C D D

Tabela 06 - Exemplo de Formação de NIO


NÚMERO DO NIO 0 73 46 00134
GRUPO A B C D
Fonte: Copel

Tabela 07 - Descrição dos campos

GRUPO COMENTÁRIOS CÓDIGO

Campo destinado ao código de ligação (fixo)


A 0
Ano de recebimento = 1973 (utiliza-se os dois últimos dígitos)
B 73
Espécie (ou família) de equipamento. Esta classificação varia de
C 00 a 48, em função da fração do ano (semana) correspondente à 46
data de fabricação.

Em função do tipo, a classificação é obtida pelas séries numéricas


D pré-fixadas (tabela grupo D). No exemplo, o medidor é 00134
monofásico.
Fonte: Copel

Observação: Os medidores de 2010 iniciam com o número 30 e, seguindo uma


sequência, os de 2011 iniciarão a partir do número 31, os de 2012 a partir do número 32
e assim sucessivamente.

Tabela 08 - Série numérica do NIO


Tipo de Medidor Série numérica (grupo D)

MONOFÁSICO - 120V (1 EL. 2FIOS) 00001 a 29999


BIFÁSICO - 120V (2 EL. 3 FIOS) 30000 a 39999
TRIFÁSICO - 120V (3 EL. 4 FIOS) 40000 a 49999
MONOFÁSICO - 220V (1 EL. 2FIOS) 74000 a 74499
MONOFÁSICO - 240V (1 EL. 3FIOS) 75500 a 77000
Fonte: Copel

47
8.9 Transporte e Armazenamentos de Medidores
Forma Correta de Transportar o Medidor no Veículo
O medidor deverá ser transportado em local seco, vedado contra
penetração de água, com proteção contra impactos e vibrações.
O medidor deverá ser transportado deitado ou em pé, jamais de lado
ou com a tampa principal voltada para baixo.

Consequências do Transporte Inadequado do Medidor

Medidor Eletromecânico:
• deslocamento do imã (disco fica enroscando no entreferro das bobinas ou
no imã);
• empeno do eixo do disco;
• rosca sem fim do eixo desacoplada ou sobreposta;
• empeno da agulha dos mancais magnéticos;
• quebra da tampa principal do medidor;
• quebra do bloco de terminais;
• perda dos lacres da tampa principal;
• queda da placa de identificação;
• mancais soltos ou danificados;
• queda da Placa de identificação;
• primeira engrenagem motora do registrador desacoplada;
• disco empenado;
• deslocamento dos dispositivos de ajuste (carga pequena ou carga
indutiva).

Medidor Eletrônico:
• mau contato em componentes eletrônicos;
• trilha rompida;
• registrador travado;
• quebra da tampa principal do medidor;
• quebra do bloco de terminais;
• perda dos lacres da tampa principal; e
• queda da placa de identificação.

48
Armazenamento de Medidores
Deve ser armazenado em local seco, em caixas de papelão, acomodados em
prateleiras ou empilhados em paletes, com altura máxima de 1,5 metros. Nunca devem ser
armazenados diretamente no chão (mesmo estando em caixas).

8.10 Instalação e Retirada de Medidor(PADRÃO 3-109 - RETIRADA DE EQUIPTO DE MEDIÇÃO EM ES


COM ATENDIMENTO BT , COM MEDIÇÂO BT INDIRETA)

8.10.1 Instalação:
• Fixar o parafuso de sustentação do medidor de modo que permita a
visualização do mostrador, através do visor da caixa. Determinada a
posição correta do medidor (90 graus), fixar a parte inferior do medidor
por meio dos dispositivos de fixação de parafusos;
• Antes de efetuar as conexões elétricas, identificar o condutor neutro do
ramal de entrada e ligar o medidor conforme o diagrama de ligação;
• Para efetuar as conexões elétricas observar os seguintes detalhes:
- Preparar convenientemente a extremidade dos condutores que serão
introduzidos nos bornes do medidor, não deve ser cortada a sobra
dos condutores;
- Fixar os condutores do ramal de entrada no medidor através dos
parafusos existentes no bloco de terminais;
- Recomenda-se não reduzir a seção transversal dos condutores
(corta tentos), visando compatibilizá-los ao diâmetro dos terminais do
medidor;
- Medir a tensão na entrada do disjuntor;
• Ligar o disjuntor;
• Efetuar o teste de funcionamento do medidor utilizando a carga artificial;
• Certificar-se de que os “jumpers” de tensão estejam fechados;
• Colocar o terminal tipo jacaré da carga teste em um ponto de neutro
acessível, e a outra ponta em cada um dos terminais da saída do medidor
para a constatação do giro do disco do medidor;

Observação: Com o teste do medidor pode ser observado o estado das


bobinas (bobina interrompida), disco preso e sentido do giro do disco
(inversão na ligação).
• Desligar o disjuntor;
• Conectar os fios do ramal alimentador, nos bornes de saída do medidor;
• Religar o disjuntor;

49
Observação: Quando a instalação do consumidor, apresentar motores
trifásicos, observar se o sentido de rotação dos motores está correto,
caso não esteja correto, trocar duas fases entre si na saída do medidor
ou disjuntor.
• Desligar o disjuntor;
• Colocar a tampa do bloco de terminais do medidor e após lacrar;
• Religar o disjuntor; e
• Colocar a tampa da caixa e lacrar.

8.10.2 Retirada
• Desligar o disjuntor;
• Verificar a integridade do(s) lacre(s) da(s) tampa(s) da(s) caixa(s) de
medição, da tampa do bloco de terminais e da tampa principal do
medidor;

Observações:
- No caso de ausência ou violação dos lacres e constatando
procedimento irregular, proceder conforme MIT 163918;
- Nas medições agrupadas deve ser tomado especial cuidado na
identificação do disjuntor que desliga o circuito do medidor a ser retirado.
• Desconectar os condutores de entrada e saída do medidor; e
• Para os medidores trifásicos identificar a sequência de fases de entrada e
saída.
Observação: Nas medições agrupadas, isolar todos os condutores e
deixá-los presos à base de madeira do quadro de medição. Nos casos de
desligamento da UC, deve-se também retirar o condutor de saída do
disjuntor para evitar que acidentalmente a caixa de medidores fique
energizada.
• Retirar o medidor da caixa de medição e para o transporte acondicioná-lo
em um local protegido contra vibrações, choque mecânico, quedas,
chuva etc.
Observação: Nos casos em que o ramal de ligação não for desligado, a
caixa de medidores deverá ser lacrada após a retirada do medidor.

50
8.11 Teste de medidores eletromecânicos e eletrônicos “em campo”( PADRÃO 3-112 -
TESTE EM MEDIDORES DE ENTRADA DE SERVIÇO):

Os testes relacionados a seguir devem ser executados seguindo os Padrões GSST's,


sem abrir o medidor, nem violar seus lacres.
a) Verificação da tensão de alimentação de cada bobina de potencial do medidor:
• Efetuar a medição de tensão com o volt-amperímetro tipo alicate entre cada
borne de entrada de corrente do medidor e o borne de neutro.
• Verificar a tensão de alimentação, que deve estar entre 90% e 110% do
valor da tensão nominal do medidor.

b) Teste do(s) elemento(s) do medidor:


• Desligar o disjuntor;
• Desconectar os cabos dos terminais de saída do medidor para o
consumidor;
• Conectar a carga auxiliar entre o terminal de saída da fase “A” do medidor e
o neutro;
• Religar o disjuntor;

Medidor Eletromecânico:
• Verificar o sentido de rotação do disco do medidor, que deverá girar para a
direita (frente);
• Caso o disco não gire no teste por elemento motor, é provável que a bobina
de potencial poderá estar esteja interrompida;
Medidor Eletrônico:
• Verificar se o led referente ao kh está pulsando;
• Caso o led não esteja pulsando o medidor poderá não estar medindo nesta
fase;

• Desligar a carga auxiliar da fase “A” e repetir o procedimento para as demais


fases, individualmente.

c) Ensaio de marcha em vazio (giro a vazio):


A verificação do giro sem carga deve ser feita da seguinte forma:
Chave geral (disjuntor) estiver instalada antes do medidor:
• Desligar a chave geral;
• Desconectar os cabos dos terminais de saída do medidor para o
consumidor;
51
• Religar a chave;
• Para o medidor eletromecânico observar se o disco do medidor gira. Poderá
girar para a esquerda ou para a direita, porém não deverá efetuar uma
rotação completa em 15 minutos;
• Para o medidor eletrônico observar se há pulsos no led referente ao kh. Não
se admite a emissão de nenhum pulso.
Chave geral (disjuntor ou chave fusível) estiver instalada depois do medidor:
• Desligar a chave geral;
• Observar se o disco do medidor gira. Poderá girar para a esquerda ou para
a direita, porém não deverá efetuar uma rotação completa em 15 minutos.
• Caso o medidor efetue uma rotação completa em tempo inferior a 15
minutos deverá ser substituído.
• Para o medidor eletrônico observar se há pulsos no led referente ao kh. Não
se admite a emissão de nenhum pulso.

d) Verificação da exatidão do medidor:


• Efetuar um teste de funcionamento no medidor utilizando a carga teste
(característica puramente resistiva) para cálculo do tempo de rotação do
disco ou tempo de pulsos do led, ligando um dos cabos da carga teste ao
terminal de saída de corrente do medidor e outro cabo ao neutro da rede;

• Calcular o valor da potência indicada pelo medidor em função do tempo


cronometrado para que o disco do medidor eletromecânico efetue um
determinado número de voltas ou um determinado número de pulsos para o
eletrônico, aplicando a fórmula:
N × 3600 × k
W=
t

Sendo:
W = valor da potência indicada pelo medidor durante o ensaio
N = número de pulsos ou número de voltas a ser dado pelo disco do medidor
(considerar o mínimo de duas voltas ou o mínimo de dois pulsos)
k = kd do medidor eletromecânico ou kh do medidor eletrônico
t = tempo, em segundos, para que o medidor complete “N” voltas ou pulsos

• Determinar o erro do medidor, aplicando a fórmula:

W −( V × I )
E= ×100
V ×I

52
Sendo:
E% = erro encontrado no medidor.
W = valor da potência indicada pelo medidor durante o ensaio (que foi calculada no
item anterior)
VxI = valor da potência calculada da carga teste, sendo V o valor da tensão medida
sobre a carga teste após instalação e I o valor da corrente medida na carga teste.

• Caso o erro determinado E(%) seja superior a ± 10%, o medidor deverá ser
substituído e encaminhado para verificação e laudo no laboratório.
• Refazer as conexões eventualmente desfeitas por ocasião da inspeção.
e) Verificação da existência de fuga ou desvio de energia na instalação:
Com a chave geral ligada e todos os equipamentos e aparelhos da instalação da
unidade consumidora desligados:
• Medidor eletromecânico: observar se o disco do medidor gira. O disco do
medidor eletromecânico deve permanecer parado. Caso o disco do medidor
efetue uma rotação completa em menos de 15 minutos, é sinal de existência
de fuga ou desvio de energia nas instalações elétricas internas da unidade
consumidora. O consumidor deve ser orientado a proceder a uma inspeção
nas instalações elétricas internas de sua unidade consumidora.
• Medidor eletrônico: observar se há pulsos no led referente ao kh. O Led kh
deverá permanecer aceso. Não se admite que o led kh efetue pulsos, caso
pulse é sinal de existência de fuga ou desvio de energia nas instalações
elétricas interna da unidade consumidora. O consumidor deverá ser
orientado a proceder a uma inspeção nas instalações elétricas internas de
sua unidade consumidora.
Observação: Este teste é recomendado para os casos em que o cliente reclama de
consumo elevado.

53
8.12 Verificação de Medidores em Laboratório
É uma avaliação técnica no equipamento de medição para verificar se está dentro
dos padrões exigidos pelos órgãos metrológicos oficiais. Pode ser executada por
solicitação do cliente ou da Copel, quando houver dúvidas com relação ao consumo
(kWh). Na verificação do medidor são realizados os seguintes procedimentos:
• Inspeção visual da correspondência do modelo aprovado;
• Inspeção geral do medidor;
• Ensaio de exatidão (conhecido também como calibração);
• Ensaio do registrador.

Figura 33 - Laboratório de Aferição


Fonte: Copel

Figura 34 - Mesa de Aferição

Fonte: Copel

8.13 By-Pass em Medidores


8.13.1 By-Pass em Medidores Com Defeito
By-pass em medidor significa retirá-lo do circuito sem prejuízo da continuidade de
fornecimento.

54
O by-pass deve ocorrer sempre que um defeito no medidor prejudique a continuidade
de fornecimento, ou coloque em risco a segurança da instalação. É importante lembrar que
o by-pass é caracterizado como serviço de emergência, não sendo permitido o seu uso
quando houver possibilidade de colocação imediata de outro medidor.

Nota: Nos casos de ligações novas, que não tenha medidor para instalação, deverá ser
utilizado o procedimento de by-pass (ligação a forfait).

8.13.2 By-Pass sem Emendas


É feito quando o ramal alimentador tiver comprimento suficiente para a conexão
direta ao disjuntor. O procedimento de execução é apresentado a seguir:
a) desligar o disjuntor;
b) identificar os fios fase e neutro (entrada e saída);
c) retirar o(s) fio(s) de entrada e saída do medidor;
d) retirar o(s) fio(s) de saída do disjuntor;
e) retirar o medidor da caixa;
f) conectar o(s) fio(s) fase da saída do medidor na saída do disjuntor (manter a
mesma sequência de fases inicial);
g) jumpear os neutros de entrada e saída do medidor (preferencialmente utilizando
conectores do tipo parafuso); e
h) lacrar a caixa e ligar o disjuntor.

8.13.3 By-Pass com Emendas


Quando o ramal alimentador, não tiver comprimento suficiente para alcançar os
bornes do disjuntor, então optar por esta maneira. O procedimento de execução é
apresentado a seguir:
a) desligar o disjuntor;
b) identificar os fios fases e neutro (entrada e saída);
c) retirar o(s) fio(s) de entrada e saída do medidor;
d) retirar o medidor da caixa;
e) jumpear individualmente os fios de entrada e os de saída do medidor,
correspondentes à mesma fase (preferencialmente com conectores tipo parafuso) e
isolando-os;
f) lacrar a caixa e ligar o disjuntor.

Observações:

55
Para a perfeita execução do by-pass é importante a identificação do tipo
de bloco de terminais, “Americano” ou “Europeu”;
Existindo motor trifásico na UC, verificar a sequência de fases,
observando o correto sentido de giro do motor.
Sempre que possível, utilizar o by-pass sem emendas;
No caso de medições agrupadas, deve ser tomado especial cuidado na
identificação do disjuntor que interrompe o circuito do medidor a ser “by-
passado”.

8.14 Esquemas de Ligações de Medidores


8.14.1 Tipo Americano
Figura 35 - Esquema de blocos tipo americano

Fonte: conhecimento universal

56
8.14.2 Tipo Europeu

Figura 36 - Esquema de blocos tipo europeu

Fonte: conhecimento universal

8.15 Tipos Leitura de Medidores Eletromecânicos


Existem dois tipos de registradores de ponteiros e um tipo de registrador
ciclométrico. Os equipamentos constituídos por ponteiros podem apresentar os algarismos
de registro de consumo separados (circunferências separadas) ou compartilhados
(circunferências agrupadas).

57
8.15.1 De Ponteiros
• Circunferências separadas
Figura 37 - Medidor com circunferências separadas

Fonte: Copel

• Circunferências agrupadas
Figura 38 - Medidor com circunferências agrupadas

Fonte: Copel

8.15.2 Ciclométrico
Figura 39 - Medidor ciclométrico

Fonte: Copel

58
8.16 Leitura de Medidores

O procedimento de leitura de medidores é primordial na relação entre consumidores


e a Copel, pois dele advém a receita do produto comercializado pela empresa e a satisfação
dos clientes pelos serviços prestados, entre os quais, a correta cobrança.

8.16.1 Considerações Gerais sobre o Registrador tipo Ponteiro


• Serão apresentadas as leituras do registrador de quatro ponteiros, porém para o
de cinco ponteiros basta implementar mais um dígito da dezena de milhar.

Figura 40 - Ordem dos registradores

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 3 3 7 7 3
7
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5

4ª 3ª 2ª 1ª
Fonte: Copel

• Os ponteiros da 1a e da 3a circunferências giram da esquerda para a direita.


Figura 41 - Sentido dos ponteiros

Fonte: Copel

• Os ponteiros das 2a e da 4a circunferência giram da direita para a esquerda.

59
Figura 42 - Sentido dos ponteiros

Fonte: Copel

• Quadro comparativo
- Considera-se que um ponteiro andou um espaço, quando se desloca de
um número para outro.
- Quando o ponteiro da unidade der uma volta, o ponteiro da dezena
andará um espaço.
- Quando o ponteiro da dezena der uma volta, o ponteiro da centena
andara um espaço.
- Quando o ponteiro da centena der uma volta, o ponteiro da milhar andará
um espaço.

Figura 43 - Quadro comparativo

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5

MILHAR CENTENA DEZENA UNIDADE

1 VOLTA

1 VOLTA

1 VOLTA

1 VOLTA

Fonte: Copel

60
8.16.2 Regras para Execução de Leitura

1a Regra: “Ler sempre da direita para a esquerda”.


2a Regra: “Quando o ponteiro estiver entre dois números, ler sempre o menor”.

Figura 44 - Regras para Leitura

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 4 4 6 6 4
6 5 5
5 5

MILHAR CENTENA DEZENA UNIDADE


Fonte: Copel

Onde:
- Leitura:8425, sendo
- unidade = 5
- dezena = 2
- centena = 4
- milhar = 8

3a Regra: “Quando o ponteiro estiver sobre o número, poderemos ter dois casos”.

Figura 45 - Posição ambígua anterior

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 4 4 6 6 4
6 5 5
5 5

MILHAR CENTENA DEZENA UNIDADE


Fonte: Copel

Casos Especiais:
1o Caso: “Observa-se o mostrador da direita. Se o ponteiro do mostrador da direita
estiver entre 0 e 9, 0 e 8; significa que o ponteiro duvidoso “não atingiu o número indicado”.
Na figura 46, por exemplo, a leitura é 3458, sendo:
- unidade = 8
- dezena = 5
- centena = 4
- milhar = 3
61
2o Caso: “Observa-se o mostrador da direita. Se o ponteiro do mostrador da direita
estiver entre 0 e 1, 0 e 2; significa que o ponteiro duvidoso “já atingiu o número indicado”.

Figura 45 - Posição ambígua posterior

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 4 4 6 6 4
6 5 5
5 5

MILHAR CENTENA DEZENA UNIDADE


Fonte: Copel

Onde:
- Leitura:5122, sendo
- unidade = 2
- dezena = 2
- centena = 1
- milhar = 5

62
Exercícios
1. Realizar e transcrever as leituras a seguir:

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3

4 6 4 4 6 6 4
6 5 5 5
5

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3

4 6 4 4 6 6 4
6 5 5 5
5

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3

4 6 4 4 6 6 4
6 5 5 5
5

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3

4 6 4 4 6 6 4
6 5 5 5
5

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3

4 6 4 4 6 6 4
6 5 5 5
5

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3

4 6 4 4 6 6 4
6 5 5 5
5

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3

4 6 4 4 6 6 4
6 5 5 5
5

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3

4 6 4 4 6 6 4
6 5 5 5
5

63
2. Desenhe a posição dos ponteiros conforme as leituras a seguir:

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

4971
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3

4 6 4 4 6 6 4
6 5 5 5
5

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3
2

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3 1393
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3
2

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3 5555
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3
2

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3 0807
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3
2

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3 9098
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3
2

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3 2736
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3
2

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3 4269
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3
2

3
4
5
6
8

7
8

7
6
5
4
2

3 3280
64
9 INTERPRETAÇÃO DA NTC 901100
INTERPRETAÇÃO DA NTC 901100

Verificar a NTC 901100 – Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição, que


acompanha este material.
Exercícios
1 - Dimensionar os seguintes agrupamentos:
1.1 - 2 mono de 50 A
Disjuntor _____A
2
RL ( alumínio )_______mm
2
A B C
RE ( subterrâneo ) ________mm
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm
Poste _______daN

1.2 - 3 Tri de 63 A
Disjuntor _____A
2
RL ( alumínio )_______mm
2
A B C
RE ( subterrâneo ) ________mm
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm
Poste _______daN

1.3 - 1 Tri 80A e 1 Mono 50A


Disjuntor _____A
2
RL ( alumínio )_______mm
2
A B C
RE ( subterrâneo ) ________mm
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm
Poste _______daN

1.4 - 1 Tri 80A + 1 Tri 63A + 2 Bi 50A


Disjuntor _____A
2
RL ( alumínio )_______mm
A B C

65
2
RE ( subterrâneo ) ________mm
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm
Poste _______daN

1.5 - 2 Bi 50A
Disjuntor _____A
2
RL ( alumínio )_______mm
2
A B C
RE ( subterrâneo ) ________mm
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm
Poste _______daN

1.6 - 1 Tri 100A + 1 Tri 63A


Disjuntor _____A
2
RL ( alumínio )_______mm
2 A B C
RE ( subterrâneo ) ________mm
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm
Poste _______daN

2 - Dimensionar as seguintes ligações

2.1 - Monofásico Rural 50A


Categoria _____
2
RL ( alumínio )_______mm
2
RE ( aéreo ) ________mm
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm

2.2 - Monofásico Rural 175A


Categoria _____
2
RL ( alumínio )_______mm
2
RE ( aéreo ) ________mm

66
2
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm
2.3 - Bi 50A
Categoria _____
2
RL ( alumínio )_______mm
2
RE ( aéreo ) ________mm
2
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm
2.4 - Tri 80A
Categoria _____
2
RL ( alumínio )_______mm
2
RE ( aéreo ) ________mm
2
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm
2.4 - Tri 150A
Categoria _____
2
RL ( alumínio )_______mm
2
RE ( aéreo ) ________mm
2
Eletroduto _____mm
2
Aterramento ______mm

3 – De acordo com as condições gerais de fornecimento, responda:


3.1 Quais as tensões de fornecimento em BT, na Copel?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
3.2 Qual o limite de carga instalada, em kW, para fornecimento em tensão secundária de
distribuição?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
3.3 Quais as exigências mínimas para atendimento em regiões litorâneas?

67
3.4 Qual a orientação ao consumidor quando for utilizada geração própria?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________
3.5 Onde são instalados os lacres e quem está autorizado a romper ou retirar os lacres da Copel?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3.6 Em qual situação há necessidade de apresentação de projeto elétrico a Copel e, neste caso, qual
a norma utilizada para o dimensionamento da entrada de serviço?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________

3.7 Quais os materiais da entrada de serviço que são fornecidos pela Copel?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________

68
4 – De acordo com a figura informe os componentes para atendimento às unidades.

Atendimento de Entrada Subterrânea Atendimento Ramal de ligação Aéreo

5 – Sobre as características das entradas de serviço, responda :

5.1 Qual o comprimento máximo do ramal de ligação na área rural e urbana?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
5.2 Quais as alturas mínimas em que devem ficar o ramal de ligação e as respectivas situações ?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________

69
5.3 Quais as principais características do ramal de entrada?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
5.4 Quais as principais características do ramal alimentador
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
____________________________________________
5.5 É exigência a identificação dos condutores por cores? Como isto deve ser feito?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________

5.6 Quais os materiais de entrada de serviço que devem ser homologados e provenientes de
fabricantes cadastrados na Copel?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
5.7 Nas regiões litorâneas, quais os tipos de materiais permitidos para a utilização em caixas de
medição?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________

5.8 Quando a caixa de medição for instalada em mureta frontal, quais as principais recomendações?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
5.9 Quando a caixa de medição for instalada no muro frontal, quais as principais recomendações?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
5.10 Quais as principais características gravadas nos postes de entrada de serviço homologados pela
Copel?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________

70
5.11 É possível aceitar poste de entrada de serviço construído no local da obra? Caso afirmativo qual
deverá ser o procedimento?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
5.12 Quais as principais características da caixa de passagem para energia não medida?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
5.13 É permitida a ancoragem em fachadas e quais os procedimentos ?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
5.14 Quais os procedimentos para atendimento com ramal de entrada subterrâneo?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________

6 – Indicar nas caixas abaixo : Considerar Figuras 51

Tipo da caixa ____________


corrente ____________
Equipamentos ____________

Tipo da caixa ____________


corrente ____________
Equipamentos ____________

Tipo da caixa ____________


corrente ____________
Equipamentos ____________

71
Tipo da caixa ____________
corrente ____________

Equipamentos ____________

Tipo da caixa ____________


corrente ____________
Equipamentos ____________

7 - Responda, conforme o consenso.

7.1 O neutro deverá ser contínuo até a haste de aterramento?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
7.2 Em uma vistoria, o ramal alimentador deverá ser verificado?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
7.3 Em qual situação é possível identificar revenda ou fornecimento de energia elétrica a terceiros?
Quando isto ocorre, qual deverá ser o procedimento para a resolução do problema?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________

72
7.4 Quando houver um agrupamento de consumidor trifásico e outro monofásico, deveremos
dimensionar o ramal de entrada igual para as três fases, considerando a somatória das correntes, ou
poderemos utilizar uma fase com bitola maior que suporte a corrente onde fica o agrupamento e as
outras duas fases com bitola menor?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________
7.5 Existe algum inconveniente em ligar-se medidor de 1 elemento 3 fios 240 V, em atendimento
bifásico 3 fios 127/220 V?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________
7.6 Quando for agrupada mais uma medição ou aumento de carga na medição existente,
que implique na mudança da categoria de atendimento, o redimensionamento da entrada de serviço é
obrigatório? Justifique.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________
7.7 O ramal de ligação pode continuar após o poste auxiliar?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________

7.8 No padrão construtivo com medição em poste, quais as possibilidades de agrupamentos?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________

73
8 – Esquemas de Ligação Figura 52

Fios ________
Tensão ______ V
Corrente ________A

74
Figura 53

Fios ________
Tensão ______ V
Corrente ________A

Figura 54

Fios ________
Tensão ______ V
Corrente ________A

75
Figura 55

Fios ________
Tensão ______ V
Corrente ________A

76
10 LEGISLAÇÃO ANEEL

11.1 - PRAZOS, PROCEDIMENTOS E EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIÇÃO


A seguir estão transcritos os artigos da Resolução Aneel
nº 414/2010 que tratam de prazos, procedimentos e execução de serviços de medição,
inerente às atividades de vistoria e ligação de UC’s, aferição de medidores e procedimentos
irregulares.

Resolução ANEEL Nº 414, de 9 de Setembro de 2010


Seção II
Da Vistoria

Art.30. A vistoria da unidade consumidora deve ser efetuada em até 3 (três)


dias úteis na área urbana e 5 (cinco) dias úteis na área rural, contados da
data da solicitação de fornecimento ou do pedido de nova vistoria,
ressalvados os casos de aprovação de projeto.

§ 1 º Ocorrendo reprovação das instalações de entrada de energia elétrica,


a distribuidora deve informar ao interessado, por escrito, em até 3 (três) dias
úteis, o respectivo motivo e as providências corretivas necessárias.

“§ 2 º Na hipótese do § 1º, a distribuidora deve realizar nova vistoria e


efetuar a ligação da unidade consumidora nos prazos estabelecidos no
art. 31, caso sanados todos os motivos da reprovação em vistoria anterior,
observados os prazos do caput, após solicitação do interessado”.

Seção III
Dos Prazos de Ligação
Art. 31. A ligação de unidade consumidora deve ser efetuada de acordo
com os prazos máximos a seguir fixados:

I – 2 (dois) dias úteis para unidade consumidora do grupo B, localizada em


área urbana;
II – 5 (cinco) dias úteis para unidade consumidora do grupo B, localizada em
área rural;

III – 7 (sete) dias úteis para unidade consumidora do grupo A.

77
Parágrafo único. Os prazos fixados neste artigo devem ser contados a partir
da data da aprovação das instalações e do cumprimento das demais
condições regulamentares pertinentes.

11 VISTORIA DE ENTRADA DE SERVIÇO

Para vistoriar uma entrada de serviço deverão ser seguidos os Padrões GSST grupos 1-100
, 2-100, 2-200,3-100, procedimento ISO, MIT's, NTC 901100 e demais relacionadas.

78
79
80
12 LIGAÇÃO DE ENTRADA DE SERVIÇO

Na ligação de uma entrada de serviço deverão seguir os Padrões GSST grupos 1-100 , 2-
100, 2-200,3-100, procedimento ISO, MIT's, NTC 901100 e demais relacionadas.

81
13 BY-PASS EM TC DE MEDIÇÃO
13.1.GENERALIDADES
By-pass em Transformador de Corrente - TC significa retirá-lo do circuito, sem
prejuízos à continuidade de fornecimento.
O by-pass deve ocorrer sempre que um defeito no TC prejudicar a continuidade de
fornecimento, ou por colocar em risco a segurança da instalação. É importante lembrar que
o by-pass é caracterizado como serviço de emergência, não sendo aconselhável o seu uso
quando houver a possibilidade da colocação instalação imediata de outro TC. Os casos
mais comuns de necessidade de by-pass são:
Queima do secundário do TC;
Queima do TC.

Execução: (Ver Tarefa Padronizada 3-100 do GSST)

- Normalmente é através do atendimento emergencial que é executado o


by pass, o cliente já encontra-se desligado;
- Entrar em contato com o consumidor, comunicando o serviço a ser
executado;
- Conferir endereço, número de conta e número de equipamento a ser by-
passado;
- Sinalizar a área de serviço;
- Colocar EPIs;
- Desligar o disjuntor geral;
- Abrir a chave de bloqueio (aferição).

Retirada do TC do Circuito
- Desligar os fios do circuito primário (os de bitola maior);
- Desligar os fios do circuito secundário (fiação da medição/cabo controle);
- Retirar o TC da tábua;
- Executar a ligação (conectar as duas pontas dos condutores) do circuito
primário utilizando parafusos ou conectores;
- Isolar com fita isolante os fios do circuito secundário;
- Fazer a inspeção visual do circuito;
- Comunicar ao consumidor a conclusão do serviço;
- Ligar o disjuntor;
- Lacrar;
- Pedir ao COD para gerar NDS para área da medição (VME...)da região.

82
14 FORMAS DE DESLIGAMENTO DE UC

Objetivo: Estabelecer procedimentos e orientar os treinandos para a realização da


interrupção de fornecimento de energia elétrica em unidade consumidora, conforme padrão
GSST, independente do motivo.

14.1 Formas de desligamento


14.1.1 Desligamento no borne do medidor - forma de desligamento 1 (PADRÃO
GSST 2-107 OU 2-116)
É a desconexão dos condutores elétricos na saída do medidor, devendo a ponta do
condutor desconectado ser exposta ao nível do visor da caixa de medição facilitando a
identificação do desligamento.

14.1.2 Desligamento no borne do disjuntor - forma de desligamento 2 (PADRÃO


GSST 2-107 OU 2-116)
É a desconexão dos condutores elétricos na saída do disjuntor de proteção geral,
devendo os condutores ficar expostos ao nível do visor da caixa de entrada de serviço,
facilitando a identificação do desligamento.

14.1.3 Desligamento no pingadouro - forma de desligamento 3 (PADRÃO GSST


2-108)
É a desconexão do ramal de ligação junto ao poste de entrada ou equipamento que
o substitua, pertencente à UC.

14.1.4 Desligamento no poste da rede - forma de desligamento 15 (PADRÃO


GSST 2-106)
É a desconexão do ramal de ligação junto ao poste da rede de distribuição do ramal
que liga a UC à rede.

14.1.5 Desligamento na chave de média tensão - forma de desligamento 55


(PADRÃO GSST 3-102)
É o desligamento da chave localizada na derivação das cabinas de medição nas UCs
atendidas em média tensão.

14.1.6 Desligamento para retirada de medição. (PADRÃO GSST 2-119 OU 2-120)


É o desligamento do ramal no poste da rede da Copel para a retirada do medidor.
83
14.1.7 Desligamento no poste da rede da Copel e retirada do ramal - forma de
desligamento 57 (PADRÃO GSST 2-106 OU 2-108 E 2-122)
É o desligamento no poste da rede e retirada do ramal da UC.

14.1.8 Desligamento na rede, retirada de medidor e ramal - forma de


desligamento 56 (PADRÃO GSST 2-119 OU 2-120 E 2-122)
É o desligamento no poste da rede, com a retirada dos equipamentos de medição e
do ramal da UC.

Recomendações:

Formas de desligamentos 1 e 2
• As formas de desligamentos 1 - desligamento no borne do medidor, 2
- desligamento no borne do disjuntor, são utilizados para suspensão do
fornecimento por débito ou por solicitações feitas pelo consumidor;

Forma de desligamento 3 e 15
• As formas de desligamento 3 - desligamento no pingadouro e 15 -
desligamento no poste da rede, são utilizados para clientes desligados na forma
1 e 2 que se autorreligaram , quando não houver acesso à medição ou quando
se constatar, por meio de informações na SS, que o consumidor tem por hábito
praticar a autorreligação.

Forma de desligamento 55
• A forma de desligamento 55 - desligamento na chave de MT, é
utilizada para consumidores atendidos em MT, com medição em MT ou BT.

14.2 Retirada de equipamentos


Os equipamentos de medição devem ser retirados no ato do desligamento
quando houver suspeita de avaria técnica ou ato fraudulento que venha a prejudicar
os resultados de medição. Neste tipo de serviço, o consumidor, sempre que
possível, deverá ser desligado na forma 3 ou 15, a fim de evitar procedimentos
irregulares.

84
14.2.1 Retirada dos equipamentos de medição e ramais
Deverá ser evitada a retirada de equipamentos de medição de unidades
consumidoras do grupo B, salvo se, através das informações contidas nos
“dados básicos” for recomendada a retirada.

Quando do desligamento de unidade consumidora do grupo B, o medidor,


poderá ser deixado no local por um prazo de cerca de 90 dias, desde que não
haja motivo que justifique a sua retirada ou nas situações em que as
Agências não disponham de recursos suficientes para a realização das
tarefas.

A unidade consumidora que permanecer com o medidor, continuará a constar


no rol de leituras, por três faturamentos, com a mensagem “desativada” para
se detectar autorreligação.

14.2.2 Retirada dos equipamentos após 90 dias do desligamento


Com base na identificação da forma de desligamento utilizada na suspensão de
fornecimento, o sistema de processamentos de dados identificará se os equipamentos de
medição ou ramais foram retirados. A partir desta informação e decorridos 90 dias será
comandada uma SS para a retirada dos equipamentos de medição e ramais de unidades
consumidoras que não foram religadas.

Execução do desligamento:
• Ao chegar na unidade consumidora, o eletricista deverá manter
contatos com pessoas residentes ou zelador, em caso de edifício, para certificar-
se sobre a que aquela unidade consumidora a ser é a que será desligada. Tal
procedimento evitará transtornos e outros desdobramentos em casos de
equívocos.

• Feito isso, o eletricista anotará na SS a leitura final do medidor e


procederá ao desligamento da instalação, que consiste, quando em baixa
tensão, na desconexão dos condutores elétricos da saída do disjuntor de
proteção geral ou da fase do medidor. A ponta do condutor desconectado deverá
ser exposta ao nível do visor da caixa da entrada de serviço facilitando a
identificação do desligamento.
• Quando em média tensão o desligamento consistirá na abertura do
disjuntor geral e na retirada dos cartuchos das chaves fusíveis. Caso o cliente se

85
recuse a abrir o disjuntor geral de AT para desligamento da chave somente com
tensão, a abertura da chave deverá ser feito com a utilização de DAC –
dispositivo de abertura com carga (LOAD BUSTER OU SIMILAR)

• Ramal aéreo somente deverá ser desconectado e retirado da rede de


distribuição se houver solicitação do consumidor. Eventuais irregularidades na
entrada de serviço, no medidor, ou no ramal aéreo, deverão ser anotadas no
verso da segunda via da SS para conhecimento da agência e transcrição no
verso do cadastro.

• Quando do pedido de reativação da conta, a agência deverá informar


ao consumidor para sobre a necessidade de regularização antes da ligação
física.

Desligamento de unidade consumidora atendida em média tensão ou em baixa


tensão, com medição indireta deverá ser informado à divisão Comercial para
registros e retirada dos equipamentos de medição. Os equipamentos poderão ser
retirados pela Agência e recolhidos oportunamente à Divisão Comercial Setor de
Medição.

14.3 Permanência do medidor na Unidade Consumidora do grupo B


Medidor de unidade consumidora do grupo B poderá permanecer instalado na
entrada de serviço, por um prazo de 90 (noventa) dias, se não houver motivo que
justifique a retirada.

A unidade consumidora que permanecer com o medidor, continuará a constar no rol


de leitura por três faturamentos, com a mensagem “desativada” facilitando a
identificação de autorreligação.

14.4 Retirada do medidor e Desconexão do Ramal Aéreo


Decorrido três faturamentos desde o desligamento, sem que tenha havido a
reativação, o sistema de consumidores emitirá a “Relação de consumidores desativados há
mais de três faturamentos” para a retirada otimizada dos medidores e desconexão de
ramais aéreos que permaneceram ligados à rede de distribuição.

86
15 PROCEDIMENTO PARA SUBSTITUIÇÃO DE DISJUNTOR (PADRÃO 2-208
- SUBSTITIÇÃO DE DISJUNTOR EM BT ATÉ 200 A)
15.1 Procedimento para a Substituição de Disjuntor de E.S. até 200 A

Figura 61 - Fluxograma de Serviço Emergencial

Fonte: Copel

87
16 PADRÕES GSST GRUPOS RELACIONADOS

Fluxo para localizar os Padrões na intranet:

Intranet/negocios/distribuição/operação e manutenção/segurança/procedimentos de
segurança GSST;
PADRÃO 1-101 - ANALISE PRELIMINAR DE RISCO
PADRÃO 1-102 - INSPEÇÃO OPERATIVA DE VEÍCULOS
PADRÃO 1-103 - ESTACIONAMENTO DE VEÍCULO
PADRÃO 1-104 - SINALIZAÇÃO E DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO
PADRÃO 1-105 - MANUSEIO DE ESCADA EXTENSÍVEL OU SINGELA
PADRÃO 1-106 - UTILIZAÇÃO DE ESCADA GIRATÓRIA
PADRÃO 1-107 - UTILIZAÇÃO DE ESCADA
PADRÃO 1-112 - UTILIZAÇÃO DE GUINDAUTO
PADRÃO 1-115 - CONJUNTO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS EM ALTURA
PADRÃO 2-101 - VISTORIA DE ES DO GRUPO B COM MEDIÇÃO DIRETA.
PADRÃO 2-106 – SUSPENSÃO/DESLIGAMENTO DE UC GRUPO B NA RDBT
PADRÃO 2-107 – SUSPENSÃO/DESLIGAMENTO DE UC GRUPO B NO MEDIDOR OU
DISJUNTOR – UC COM PROTEÇÃO ANTES DA MEDIÇÃO
PADRÃO 2-108 - SUSPENSÃO /DESLIGAMENTO DE UC GRUPO B NO PINGADOURO
PADRÃO 2-109 - RELIGAÇÃO DE UC GRUPO B NA RDBT
PADRÃO 2-110 - RELIGAÇÃO DE UC GRUPO B NO MEDIDOR OU DISJUNTOR – UC COM
PROTEÇÃO ANTES DA MEDIÇÃO
PADRÃO 2-111 - RELIGAÇÃO DE UC GRUPO B NO PINGADOURO
PADRÃO 2-112 - RETIRADA DE MEDIDOR EM UC GRUPO B – UC COM PROTEÇÃO ANTES DA
MEDIÇÃO
PADRÃO 2-113 - SUBSTITUIÇÃO DE MEDIDOR EM UC GRUPO B – UC COM PROTEÇÃO ANTES
DA MEDIÇÃO
PADRÃO 2-114 - BALANCEAMENTO DE CIRCUITO EM RDMT E RDBT
PADRÃO 2-115 - INSTALAÇÃO DE MEDIDOR DE GRANDEZAS ELÉTRICAS
PADRÃO 2-116 – SUSPENSÃO/DESLIGAMENTO DE UC GRUPO B NO MEDIDOR OU
DISJUNTOR – UC COM PROTEÇÃO APÓS A MEDIÇÃO
PADRÃO 2-117 - RELIGAÇÃO DE UC GRUPO B NO MEDIDOR OU DISJUNTOR – UC COM
PROTEÇÃO APÓS A MEDIÇÃO
PADRÃO 2-118 - SUBSTITUIÇÃO DE MEDIDOR EM UC GRUPO B – UC COM PROTEÇÃO APÓS
A MEDIÇÃO
PADRÃO 2-119 - RETIRADA DE MEDIDOR EM UC GRUPO B COM DESLIGAMENTO NA RDBT OU
PINGADOURO
PADRÃO 2-120 - RETIRADA DE MEDIDOR EM UC GRUPO B – UC COM PROTEÇÃO APÓS A
MEDIÇÃO
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PADRÃO 2-122 - RETIRADA DE RAMAL DE LIGAÇÃO AÉREO
PADRÃO 2-208 - SUBSTITIÇÃO DE DISJUNTOR EM BT ATÉ 200 A
PADRÃO 2-204 - ATENDIMENTO EMERGENCIAL DE ES COM FORNECIMENTO E MEDIÇÃO EM
MT
PADRÃO 3-102 - DESLIGAMENTO DE ENTRADA DE SERVIÇO COM FORNECIMENTO EM MT
PADRÃO 3-109 - RETIRADA DE EQUIPTO DE MEDIÇÃO EM ES COM ATENDIMENTO BT , COM
MEDIÇÂO BT INDIRETA.
PADRÃO 3-110 - SUBSTITUIÇÃO DE TC EM ENTRADA DE SERVIÇO COM MEDIÇÃO EM BT
PADRÃO 3-111 - SUBSTITUIÇÃO DE TP/TC EM ENTRADA DE SERVIÇO COM MEDIÇÃO EM MT
PADRÃO 3-112 - TESTE EM MEDIDORES DE ENTRADA DE SERVIÇO
PADRÃO 3-115 - VISTORIA DE ENTRADA DE SERVIÇO DE EUC/AGRUPAMENTO COM
ATENDIMENTOEM BT
PADRÃO 3-120 - LEITURA EM UNIDADE CONSUMIDORA DO GRUPO A
PADRÃO 3-121 – INSTALAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO DE TELEMEDIÇÃO
PADRÃO 3-122 –SUBSTITUIÇÃO DE MEDIDOR

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17 REFERÊNCIAS

COPEL. MIT 160806: 2011. Desligamentos no Sistema Elétrico de Tensão Igual ou Inferior a
34,5Kv;
COPEL. MIT 160807: 2010. Operação de Equipamentos Especiais em Redes de Distribuição;
COPEL. MIT 161611: 2007. Operação e Manutenção de Transformadores;
COPEL. MIT 161612: 2007. Conjunto de Aterramento Sela para Redes Convencionais;
COPEL. MIT 161613: 2009. Conjunto de Segurança para Trabalhos em Altura;
COPEL. MIT 162202: 2006. Conformidade dos Níveis de Tensão;
COPEL. MIT 163002: 2012. Avaliação Técnica de Empreiteiras;
COPEL. MIT 163907: 2006. Segurança Operacional de Medição;
COPEL. MIT 163909: 2004. Vistoria e Ligação de MT;
COPEL. MIT 163910: 2002. Vistoria e Ligação de Edifício de Uso Coletivo;
COPEL. MIT 163911: 2006. Inspeção de Entrada de Serviço em Alta Tensão com Medição
Indireta;
COPEL. MIT 163912: 2006. Vistoria de entrada de Serviço Atendida em BT com Medição Direta;
COPEL. MIT 163921: 2006. Aplicação de medidores;
COPEL. MIT 163914: 2006. Fornecimento Provisório;
COPEL. NAC 040403: 1989. Equipamento de Segurança e Uniformes;
COPEL. NAC 040414: 1986. Princípios Básicos de Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho;
COPEL. NPC 0402: 2006. Política de Segurança do Trabalho – Copel;
COPEL. NTC 901100: 2011. Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição;
COPEL. NTC 901110: 2011. Atendimento a Edificações de Uso Coletivo;
COPEL. NTC 903100: 2011. Fornecimento em Tensão Primária de Distribuição;
COPEL. NTC 917100: 2011.Poste de Concreto para Entrada de Serviço;
COPEL. REC 009: 2004. Recomendação de Segurança para Novos Eletricistas;
COPEL. SERV. B SOPE 011. Vistoria e Ligação de Unidade Consumidora do Grupo B.

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