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Universidade Federal Fluminense

Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda


Pólo Universitário de Volta Redonda

Dimensionamento de
Trocadores de calor
Filipi Gil Cardoso
Larissa de Oliveira Pereira Fonseca
Rodrigo Costa dos Santos
Rudson Dias Noronha
Objetivo
1- Projetar dois trocadores de calor casco e tubo posicionados em série
que deverão resfriar o óleo que irá passar pelos trocadores.

2- Projetar dois trocadores de calor de placas compactas posicionados


em série que deverão resfriar o óleo que irá passar pelos trocadores.

3-Comparar os dois métodos e discutir resultados


Trocador de Calor

Trocador de calor é o dispositivo usado para realizar o processo


da troca térmica entre dois fluidos em diferentes temperaturas.
Motivação para Aplicação

Dimensionamento de um conjunto de trocadores de calor para o


resfriamento de óleo lubrificante de um grande motor de turbina à gás
industrial, que deve ser dimensionado para ocupar uma área
determinada pela empresa.
Sendo que há disponibilidade de uma grande quantidade de
água proveniente de um rio que pode ser usada para resfriamento.
Sabendo que o óleo sai da máquina a 150°C e com uma vazão
mássica de 1,5 kg/s, e precisa estar a uma temperatura de 65°C para
retornar a sua função.
Dimensionamento dos Trocadores de Calor
Casco e Tubo
Esquema
Recomendações Norma TEMA
A variação dos parâmetros durante o dimensionamento respeitou as recomendações da norma
TEMA, que sugere valores limites para as diversas características geométricas dos trocadores casco e
tubos:

Diâmetro do Casco: Os diâmetros padrão mínimo para o casco é 205 mm e o máximo, 1524 mm;

Comprimento dos Tubos: Os comprimentos padrão, segundo a norma TEMA, são 2438,4; 3048;
3657,8; 4876,8 e 6096 mm;

Diâmetro dos Tubos: Os diâmetros dos tubos recomendados pela norma são 1/4, 3/8, 1/2, 5/8, 3/4, 1,
1 ¼, 1 ½ e 2 polegadas;

Passo Transversal: A razão mínima entre o passo transversal e o diâmetro externo dos tubos é 1,25 e a
máxima,1,5.
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

Para o primeiro casco e tubo, visto que as propriedades da água e óleo, referente a
suas temperaturas médias, foram retiradas das tabelas A5 e A6 do livro Incropera
6ª ed.
Parâmetros Óleo Água
Temp. de entrada (°C) 150 24
Temp. de saída (°C) 104 40
Temp. média (k) 400 305
Densidade (kg/m³) 825,1 995
Calor específico (J/kg.K) 2337 4178
Viscosidade dinâmica (N.s/m²) 0,00874 0,000769
Condutividade térmica (W/m.K) 0,134 0,62
Prandtl 152 5,2
Vazão mássica (kg/s) 1,5 *

* Parâmetro a ser calculado


Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

Assumindo que este trocador de calor possui 1 passe no casco e


1 passe no tubo, e que a água passará pelo casco e o óleo pelos tubos.

• Determinação do diâmetro do Tubo :

𝐷𝑖 = 1" = 25,4 𝑚𝑚
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

• Feixe de tubos • Passo

𝑃𝑎𝑠𝑠𝑜 = 1,25 𝐷𝑖

𝑃𝑎𝑠𝑠𝑜 = 31,75 𝑚𝑚

• Para fluidos limpos


• Mais tubos por casco
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

• Tipo de escoamento
Foi adotado para o projeto um escoamento contracorrente pois
para uma mesma taxa de transferência total de calor, o mesmo
necessita de uma menor área total de superfície de troca.
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

• Características construtivas
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador
• Características construtivas
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

• Número de tubos e diâmetro do Casco


Após determinado o diâmetro de cada tubo, foi encontrada uma relação do
número de tubos em função da velocidade média do óleo, segundo a seguinte
análise:

4 𝑚ሶ
n=
𝜋 𝜌 𝑉 𝐷𝑖2
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador
De acordo com o passo e arranjo já determinados, pode-se desenvolver a seguinte metodologia de
preenchimento do casco:
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

Assim temos que a área de cada losango é :

𝐴𝑙𝑜𝑠 = 0,0032𝑚2
E a área total ocupada pelos losangos é
𝑛
𝐴 𝑇 = 𝐴𝑙𝑜𝑠 ∙
4
Logo o diâmetro do casco é calculado por:

4 𝐴𝑇 𝑚ሶ ó𝑙𝑒𝑜
𝐷𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 = = 4 𝐴𝑙𝑜𝑠 ∙
𝜋 𝜌𝑜𝑙𝑒𝑜 𝑉 𝐷𝑖2
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

De acordo com as relações encontradas para o cálculo de número de tubos e diâmetro do


casco é possível notar que ambas estão em função da velocidade média do óleo no tubo, assim
pode-se gerar os seguintes valores na tabela abaixo:

Velocidade do óleo no tubo(m/s) Número de tubos Diâmetro do casco (m)


0,01 360 0,61
0,02 179 0,43
0,03 120 0,35
0,04 90 0,30
0,05 72 0,27
0,06 60 0,25
0,07 51 0,23
0,08 45 0,21
0,09 40 0,20
0,1 36 0,19
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador
400 Relação entre os parâmetros 0.7

350 0.6

Diâmetro do Casco (m)


300
0.5
250
0.4
Número de Tubos

200
0.3
150
0.2
100

50 0.1

0 0
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
Velocidade do óleo no tubo (m/s) Número de Tubos
Diâmetro do casco…
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

Portanto, controlando a velocidade de escoamento do óleo no


tubo, é possível definir o número de tubos e o diâmetro do casco.
Assim, juntamente com o comprimento que será calculado
posteriormente, pode-se dimensionar o trocador de calor de acordo
com as especificações de espaço definidas pela empresa.
A título de cálculo serão utilizados os seguintes parâmetros:

Velocidade do óleo no tubo(m/s) Número de tubos Diâmetro do casco (m)


0,01 360 0,61
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

Porém, deve-se desconsiderar os tubos que entram em contato


com a parede do trocador de calor. Para isso, divide-se o perímetro da
seção do trocador de calor pelo passo:
𝑃
= 60 𝑇𝑢𝑏𝑜𝑠
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑜

Portanto o novo número de tubos é:

𝑛′ = 300 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠
Hipóteses

Para os cálculos foram consideradas as seguintes hipóteses :


 As perdas de calor para o ambiente e as variações de energia cinética e potencial são
desprezíveis;
 As propriedades são constantes;
 A resistência térmica das paredes dos tubos é desprezível e os efeitos de incrustação são
desprezíveis;
 As condições de escoamento são completamente desenvolvidas para água e óleo (U não
varia com L);
 O termo de condução nas paredes pode ser desprezado
Cálculos

Para os cálculos serão utilizados os seguintes , valores:

Diâmetro de cada tubo (m) 0,0254

Área da seção de 1 tubo(m²) 0,0005

Número de tubos 300

Área de todos os tubos (m²) 0,15

Diâmetro equivalente de todos os tubos(m) 0,44

Vazão mássica por tubo (kg/s) 0,005


Cálculos

• A partir do balanço de energia para o fluido do casco e do tubo, pode-se


obter a vazão mássica da água a partir da seguinte relação:

𝑚𝐴ሶ = 2,41 𝐾𝑔/𝑠


Cálculos

• Determinação do número de Reynolds :


Para o óleo:

𝑅𝑒 =28,81

Observa-se que o escoamento é laminar, já que Re < 2300


Cálculos

• Determinação do número de Reynolds :

Para a água:

𝑅𝑒𝐴 = 3816,44

Onde dh é a diferença entre o diâmetro do casco e o diâmetro


equivalente a todos os tubos. Nota-se que o escoamento é
turbulento, uma vez que Re>2300.
Cálculos

• Determinação do Nusselt
Para o óleo:
Conforme dito anteriormente, o óleo escoa pelos tubos do trocador de
calor de maneira laminar, e considerando que o fluxo de calor na
superfície é uniforme e o escoamento completamente desenvolvido, o
número de Nusselt é constante.
Cálculos

Para água:
Para calcular Nusselt utiliza-se a expressão para escoamento através de
feixes de tubos. Segundo Zhukauskas ;

Onde C1 e m são constantes que dependem do passo


transversal(𝑆𝑇 ), passo horizontal (𝑆𝐿 ) e o número de Reynolds, de
acordo com a tabela a seguir.
Cálculos

Tabela retirada do livro Incropera 6th


Cálculos

Logo:
𝑆𝑇
=1<2
𝑆𝐿
Os valores de Pr e 𝑃𝑟𝑠 são obtidos a partir da temperatura inicial da
água (24°C) e da parede externa do tubo (temperatura inicial do óleo
150°).De acordo com a tabela A.6 Incropera:

𝑃𝑟 = 6,62
𝑃𝑟𝑠 = 1,16
Cálculos

Portanto o valor de Nusselt para água é:

𝑁𝑢 = 138,01
Cálculos
• Coeficiente Convectivo
Este valor é uma função do número de Nusselt, diâmetro do tubo e da
condutividade térmica , descrito pela equação abaixo, lembrando que para a
água se utiliza o diâmetro hidráulico já citado:

𝑁𝑢 𝐾
ℎ=
𝐷

ℎá𝑔𝑢𝑎 = 507,55(W/m².K)

ℎó𝑙𝑒𝑜 = 23,00(W/m².K)
Cálculos

• Coeficiente global de transferência de calor (U)


Sob a hipótese de condução nas paredes do tubo desprezível, uma vez
que foram utilizados tubos de paredes delgadas e com elevada
condutividade térmica(cobre), e de posse dos coeficientes de
convecção para a água e para o óleo, temos:

𝑈 =22,00 (w/m².k)
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Através deste método, pode-se calcular o comprimento do trocador de
calor.
Determinando a taxa total de transferência de calor entre os fluídos
utilizando os parâmetros do óleo, tem-se:

𝑞 = 𝑚𝑂
ሶ 𝑐𝑝𝑂 𝑇𝑖,𝑂 − 𝑇𝑓,𝑂

𝑞 = 161.253 𝑊
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Uma outra expressão útil pode ser obtida relacionando-se a taxa de
transferência de calor total q à diferença de temperaturas média
logarítmica ∆𝑇𝑚𝑙 entre os fluídos quente (óleo) e frio (água):

𝑞 = 𝑈𝐴𝑆 ∆𝑇𝑚𝑙

Onde 𝐴𝑆 é a área superficial de troca dada por:


𝐴𝑠 = 𝑛′ 𝜋𝐷𝑖 𝐿
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Como o escoamento no primeiro casco é contracorrente temos que:

∆𝑇1 − ∆𝑇2
∆𝑇𝑚𝑙 =
∆𝑇
𝑳𝑵 ∆𝑇1
2

∆𝑇1 = 𝑇𝑞,𝑒 − 𝑇𝑓,𝑠

∆𝑇2 = 𝑇𝑞,𝑠 − 𝑇𝑓,𝑒


Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Portanto, pode-se calcular o comprimento dos tubos por:
𝑞
𝐿=

(𝑇𝑞,𝑒 − 𝑇𝑓,𝑠 ) − (𝑇𝑞,𝑠 − 𝑇𝑓,𝑒 )
𝑛 𝜋𝐷𝑖 U 𝑇𝑞,𝑒 − 𝑇𝑓,𝑠
𝑳𝑵
𝑇𝑞,𝑠 − 𝑇𝑓,𝑒

𝐿 = 3,264 𝑚
Método da Efetividade-Nut

Afim de se calcular o comprimento dos tubos e ter uma comparação


com o método anterior seguiu-se a seguinte análise.

O primeiro passo é calcular a transferência de calor máxima em um


trocador dado por:

𝑞𝑚á𝑥 = 𝐶𝑚í𝑛 (𝑇𝑂,𝑒 − 𝑇𝑎,𝑒 )


Método da Efetividade-Nut

• Capacidade térmica
Sabendo que esta determina a relação entre a quantidade
de calor fornecida a um corpo e a variação de temperatura observada
neste. Temos:

𝐶𝑜 = 3505,5 (W/°C) Cmín

𝐶𝐴 = 10078,31 (W/°C) Cmáx


Método da Efetividade-Nut
Logo, temos que a efetividade do trocador é dada por:
𝑞
𝜀=
𝑞𝑚á𝑥

𝜀 = 0,365
Calculando o número de unidades de transferência de calor (NUT) para um
escoamento contracorrente em um casco e tubo:
1 𝜀−1
𝑁𝑈𝑇 = Ln = 0,488
𝐶𝑚í𝑛 𝐶𝑚í𝑛
𝜀 −1
𝐶𝑚á𝑥 𝐶𝑚á𝑥
Método da Efetividade-Nut

NUT também é definido de um modo geral como:

𝑈𝐴𝑠
𝑁𝑈𝑇 =
𝐶𝑚í𝑛
Logo:

𝑁𝑈𝑇. 𝐶𝑚í𝑛
𝐿= = 3,264 m
𝑈𝜋𝐷𝑖 𝑛′
Efeito da Incrustação

O acúmulo de incrustações sobre a superfície dos tubos prejudica a


transferência de calor entre os fluidos. Este efeito pode ser tratado
mediante a introdução de uma resistência térmica adicional,
denominada fator de incrustação.
Efeito da Incrustação

O coeficiente global de transferência de calor é então calculado da


seguinte forma:
1
𝑈=
1 ′′ ′′ 1
+ 𝑅𝑑,𝑖 + 𝑅𝑑,𝑒 +
ℎ𝑂 ℎ𝐴

Onde 𝑅𝑓,𝑖 ′′ e 𝑅𝑓,𝑒 ′′ são os fatores de deposição de incrustação interno e


externo dos tubos, respectivamente, que no caso do nosso projeto se
dão por:
Óleo Água
Fator de Incrustamento - Rd - (m².K/W) 0.0009 0.0001
Efeito da Incrustação

Calculado o U então tem-se:


𝑈 = 21,53(w/m².k)
Seguindo os mesmo passos para calcular o comprimento dos tubos por
ambos os métodos utilizados tem-se:
Método Comprimento do tubo (m)
Média Logarítmica das Diferenças de Temperaturas 3,335
Efetividade-Nut 3,335

Logo, os efeitos devido a incrustação ocasionou um aumento no tubo


de:
3,264 − 3,335
𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜 = = 2,20%
3,264
Parâmetros do Projeto – Segundo Trocador

Visto que o óleo que entrará no segundo trocador é proveniente da saída do


primeiro (ligação em série), e que a água usada para resfria-lo é retirada do mesmo
local, as propriedades da água e óleo, referente a suas temperaturas médias, foram
retiradas das tabelas A5 e A6 do livro Incropera 6ª ed.
Parâmetros Óleo Água
Temp. de entrada (°C) 104 24
Temp. de saída (°C) 65 40
Temp. média (k) 357.5 305
Densidade (kg/m³) 847.8 995
Calor específico (J/kg.K) 2161 4178
Viscosidade dinâmica (N.s/m²) 0.0252 0.000769
Condutividade térmica (W/m.K) 0.138 0.62
Prandtl 395 5.2
Vazão mássica (kg/s) 1.5 *

* Parâmetro a ser calculado


Parâmetros do Projeto – Segundo Trocador

Foram estabelecidas as mesmas análises do primeiro trocador:


• 1 passe no casco e 1 passe no tubo
• Água passará pelo casco e o óleo pelos tubos
• Diâmetro do tubo = 𝐷𝐼 = 25,4 𝑚𝑚
• Arranjo dos tubos: triangular rodado 60º
• Escoamento Contracorrente
• Mesmas características construtivas
Parâmetros do Projeto – Segundo Trocador

• Número de tubos e diâmetro do Casco


Logo, da mesma maneira, pode-se calcular valores da dependência do número de
tubos o do diâmetro do casco em relação a velocidade de escoamento do óleo no
tubo. Velocidade do óleo no tubo(m/s) Número de tubos Diâmetro do casco (m)
0.01 349.18 0.60
0.02 174.59 0.42
0.03 116.39 0.35
0.04 87.30 0.30
0.05 69.84 0.27
0.06 58.20 0.24
0.07 49.88 0.23
0.08 43.65 0.21
0.09 38.80 0.20
0.1 34.92 0.19
Parâmetros do Projeto – Segundo Trocador
400
Relação entre os parâmetros 0.7

350
0.6

Diâmetro do Casco (m)


300
0.5

250
Número de Tubos

0.4

200

0.3
150

0.2
100

0.1
50

0 0
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1

Velocidade do óleo no tubo (m/s) Número de Tubos

Diâmetro do casco (m)


Parâmetros do Projeto – Segundo Trocador

Utilizando a mesma velocidade do óleo no tubo do primeiro trocador e


retirando os tubos em cima da circunferência do casco, foi encontrado
os seguintes resultados:

Velocidade do óleo no tubo(m/s) Número de tubos Diâmetro do casco (m)


0,01 290 0,60
Hipóteses

Para os cálculos foram consideradas as seguintes hipóteses :


 As perdas de calor para o ambiente são desprezíveis e as variações de energia cinética e
potencial são desprezíveis;
 As propriedades são constantes;
 A resistência térmica das paredes dos tubos é desprezível e os efeitos de incrustação são
desprezíveis;
 As condições de escoamento são completamente desenvolvidas para água e óleo (U não
varia com L);
 O termo de condução nas paredes pode ser desprezado, pois são usadas paredes
delgadas e com condutividade térmica elevada.
Cálculos

Utilizando os mesmos artifícios, foram encontrados os seguintes


valores:

Diâmetro de cada tubo (m) 0.0254


Área da seção de 1 tubo(m²) 0.0005
Número de tubos 290
Área de todos os tubos (m²) 0.147
Diâmetro equivalente de todos os
0.432
tubos(m)
Vazão mássica por tubo (kg/s) 0.005
Cálculos

Portanto,
Óleo Água

Vazão mássica (kg/s) 1.5 1.89

Reynolds 10.29 3034.63


Nusselt 4.36 109.32
Coef. De Convecção (W/m².K) 23.69 406.06

Capacidade Térmica (W/°C) 3241.5 7901.16


Cálculos

• Coeficiente global de transferência de calor (U)


Sob a hipótese de condução nas paredes do tubo desprezível, uma vez
que foram utilizados tubos de paredes delgadas e com elevada
condutividade térmica(cobre), e de posse dos coeficientes de
convecção para a água e para o óleo, temos:

𝑈 =22,38 (w/m².k)
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Através deste método, pode-se calcular o comprimento do trocador de
calor como feito anteriormente, obtendo os seguintes resultados:

• Taxa total de transferência de calor entre os fluídos:


𝑞 = 126.418,5 𝑊

• Comprimento do tubo:
𝐿 = 4,728 𝑚
Método da Efetividade-Nut

Afim de se calcular o comprimento dos tubos e ter uma comparação


com o método MLDT seguiu-se a mesma análise para o primeiro
trocador:
• Efetividade do trocador :
𝜀 = 0,487
• Número de unidades de transferência de calor (NUT):

𝑁𝑈𝑇 = 0,755
• Comprimento do tubo:
𝐿 = 4,728 𝑚
Efeito da Incrustação

O coeficiente global de transferência de calor é então calculado da


seguinte forma:
1
𝑈=
1 ′′ ′′ 1
+ 𝑅𝑑,𝑖 + 𝑅𝑑,𝑒 +
ℎ𝑂 ℎ𝐴

Onde 𝑅𝑓,𝑖 ′′ e 𝑅𝑓,𝑒 ′′ são os fatores de deposição de incrustação interno e


externo dos tubos, respectivamente, que no caso do nosso projeto se
dão por:
Óleo Água
Fator de Incrustamento - Rd - (m².K/W) 0.0009 0.0001
Efeito da Incrustação

Calculado o U então tem-se:


𝑈 = 21,892(w/m².k)
Seguindo os mesmo passos para calcular o comprimento dos tubos por
ambos os métodos utilizados tem-se:
Método Comprimento do tubo (m)
Média Logarítmica das Diferenças de Temperaturas 4,833
Efetividade-Nut 4,833

Logo, os efeitos devido a incrustação ocasionou um aumento no tubo


de:
3,264 − 3,335
𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜 = = 2,24%
3,264
Dimensionamento dos Trocadores de Calor
Placas Compactas
Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

As propriedades dos dois fluidos são as mesmas encontradas para o trocador de


calor casco e tubo, retiradas das tabelas A5 e A6 do livro Incropera 6ª ed.

Parâmetros Óleo Água


Temp. de entrada (°C) 150 24
Temp. de saída (°C) 104 40
Temp. média (k) 400 305
Densidade (kg/m³) 825,1 995
Calor específico (J/kg.K) 2337 4178
Viscosidade dinâmica (N.s/m²) 0,00874 0,000769
Condutividade térmica (W/m.K) 0,134 0,62
Prandtl 152 5,2
Vazão mássica (kg/s) 1,5 *

* Parâmetro a ser calculado


Parâmetros do Projeto – Primeiro Trocador

• Tipo de escoamento
Foi adotado para o projeto
um escoamento contracorrente
pois para uma mesma taxa de
transferência total de calor, o
mesmo necessita de uma menor
área total de superfície de troca.
Cálculos

• A partir do balanço de energia, pode-se obter a vazão mássica da água a


partir da seguinte relação:

𝑚𝐴ሶ = 2,41 𝐾𝑔/𝑠


Hipóteses

Para os cálculos foram consideradas as seguintes hipóteses :


 As perdas de calor para o ambiente e as variações de energia cinética e potencial são
desprezíveis;
 As propriedades são constantes;
 As condições de escoamento são completamente desenvolvidas para água e óleo (U não
varia com L);
 O calor é transferido uniformemente ao longo de todo o comprimento do trocador de
calor.
 Não há perdas por condução entre as placas internas.
Cálculos

Para os cálculos serão utilizados os seguintes parâmetros:

Espaçamento entre placas x

Altura de cada placa y

Número de gaps N

Número de placas N+1

Comprimento do trocador de calor L


Cálculos

De acordo com a tabela


8.1 do Incropera 6ed.
consegue-se definir o
número de Nusselt de
acordo com a
configuração do tubo,
considerando escoamento
laminar.
Para este caso, y>>x.
Assim,
Nu=7,54
Cálculos

O diâmetro hidráulico (dH) é dado por:

Onde: Agap é a área entre uma placa e outra


P é o perímetro molhado
Pode-se ainda escrever o espaçamento entre as placas em função do
número de gaps e do comprimento do trocador de calor:
Cálculos

Logo,

O coeficiente convectivo é dado por:


Cálculos

Assim, para a água e para o óleo:


Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Através deste método, pode-se calcular o comprimento do trocador de
calor.
Determinando a taxa total de transferência de calor entre os fluídos
utilizando os parâmetros do óleo, tem-se:

𝑞 = 𝑚𝑂
ሶ 𝑐𝑝𝑂 𝑇𝑖,𝑂 − 𝑇𝑓,𝑂

𝑞 = 161.253 𝑊
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Para o escoamento contracorrente temos que:
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Como,

Onde, e
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Portanto,

Reorganizando,
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas

Gaps

Comprimento (m)
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
De acordo com o gráfico, será calculado os parâmetros para N= 70 e
L=0,84m.
Desta maneira,
Coeficiente de convecção água 194,56 W/m².K

Coeficiente de convecção óleo 42,07W/m².K

Número de gaps 70

Número de placas 71

Comprimento do trocador de calor 0,84m

Diâmetro Hidráulico 0,024 m

Coeficiente global de transferência de calor 34,56 W/m².K


Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
A velocidade média que os fluidos percorrem o interior do trocador de
calor é dado por:

Assim, a velocidade média para o óleo e para a água é:


Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Já o número de Reynolds é dado pela seguinte expressão:

Assim, o número de Reynolds para o óleo e para a água é:

Como Re<400, o escoamento é laminar para os dois fluidos.


Método da Efetividade-Nut

A fim de comparar o comprimento do trocador de calor, foi utilizado


também o método da efetividade-Nut para calcular o comprimento do
trocador de calor.
O primeiro passo é calcular a transferência de calor máxima de um
trocador de calor dado por:
Método da Efetividade-Nut

• Capacidade térmica
Sabendo que esta determina a relação entre a quantidade
de calor fornecida a um corpo e a variação de temperatura observada
neste. Temos:

𝐶𝑜 = 3505,5 (W/°C) Cmín

𝐶𝐴 = 10078,31 (W/°C) Cmáx


Método da Efetividade-Nut
Logo, temos que a efetividade do trocador é dada por:
𝑞
𝜀=
𝑞𝑚á𝑥

𝜀 = 0,365
Calculando o número de unidades de transferência de calor (NUT) para um
escoamento contracorrente:
1 𝜀−1
𝑁𝑈𝑇 = Ln = 0,488
𝐶𝑚í𝑛 𝐶𝑚í𝑛
𝜀 −1
𝐶𝑚á𝑥 𝐶𝑚á𝑥
Método da Efetividade-Nut

NUT também é definido de um modo geral como:

𝑈𝐴𝑠
𝑁𝑈𝑇 =
𝐶𝑚í𝑛
Logo:

𝑁𝑈𝑇. 𝐶𝑚í𝑛
𝐿= = 3,264 m
𝑈𝜋𝐷𝑖 𝑛′
Reorganizando,
Método da Efetividade-Nut

Gaps

Comprimento (m)
Método da Efetividade-Nut

De acordo com o gráfico, será calculado os parâmetros para N= 70 e


L=0,84m.
Desta maneira,
Número de gaps 70

Número de placas 71

Comprimento do trocador de calor 0,84m

Diâmetro Hidráulico 0,024 m

Coeficiente global de transferência de calor 34,56 W/m².K


Parâmetros do Projeto – Segundo Trocador

Visto que o óleo que entrará no segundo trocador é proveniente da saída do


primeiro (ligação em série), e que a água usada para resfria-lo é retirada do mesmo
local, as propriedades da água e óleo, referente a suas temperaturas médias, foram
retiradas das tabelas A5 e A6 do livro Incropera 6ª ed.
Parâmetros Óleo Água
Temp. de entrada (°C) 104 24
Temp. de saída (°C) 65 40
Temp. média (k) 357.5 305
Densidade (kg/m³) 847.8 995
Calor específico (J/kg.K) 2161 4178
Viscosidade dinâmica (N.s/m²) 0.0252 0.000769
Condutividade térmica (W/m.K) 0.138 0.62
Prandtl 395 5.2
Vazão mássica (kg/s) 1.5 *

* Parâmetro a ser calculado


Cálculos

• A partir do balanço de energia, pode-se obter a vazão mássica da água a


partir da seguinte relação:

𝑚𝐴ሶ = 2,41 𝐾𝑔/𝑠


Hipóteses

Para os cálculos foram consideradas as seguintes hipóteses :


 As perdas de calor para o ambiente são desprezíveis e as variações de energia cinética e
potencial são desprezíveis;
 As propriedades são constantes;
 As condições de escoamento são completamente desenvolvidas para água e óleo (U não
varia com L);
 O calor é transferido uniformemente ao longo de todo o comprimento do trocador de
calor.
 Não há perdas por condução entre as placas internas.
Cálculos

Para os cálculos serão utilizados os seguintes parâmetros:

Espaçamento entre placas x

Altura de cada placa y

Número de gaps N

Número de placas N+1

Comprimento do trocador de calor L


Cálculos

De acordo com a tabela


8.1 do Incropera 6ed.
consegue-se definir o
número de Nusselt de
acordo com a
configuração do tubo,
considerando escoamento
laminar.
Para este caso, y>>x.
Assim,
Nu=7,54
Cálculos

O diâmetro hidráulico (dH) é dado por:

Onde: Agap é a área entre uma placa e outra


P é o perímetro molhado
Pode-se ainda escrever o espaçamento entre as placas em função do
número de gaps e do comprimento do trocador de calor:
Cálculos

Logo,

O coeficiente convectivo é dado por:


Cálculos

Assim, para a água e para o óleo:


Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Através deste método, pode-se calcular o comprimento do trocador de
calor.
Determinando a taxa total de transferência de calor entre os fluídos
utilizando os parâmetros do óleo, tem-se:

𝑞 = 𝑚𝑂
ሶ 𝑐𝑝𝑂 𝑇𝑖,𝑂 − 𝑇𝑓,𝑂

𝑞 = 161.253 𝑊
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Para o escoamento contracorrente temos que:
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Como,

Onde, e
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Portanto,

Reorganizando,
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas

Gaps

Comprimento (m)
Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
De acordo com o gráfico, será calculado os parâmetros para N= 70 e
L=0,84m.
Desta maneira,
Coeficiente de convecção água 139,39 W/m².K

Coeficiente de convecção óleo 31,02 W/m².K

Número de gaps 70

Número de placas 71

Comprimento do trocador de calor 1,17m

Diâmetro Hidráulico 0,033 m

Coeficiente global de transferência de calor 25,36 W/m².K


Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
A velocidade média que os fluidos percorrem o interior do trocador de
calor é dado por:

Assim, a velocidade média para o óleo e para a água é:


Método da Média Logarítmica das Diferenças de
Temperaturas
Já o número de Reynolds é dado pela seguinte expressão:

Assim, o número de Reynolds para o óleo e para a água é:

Como Re<400, o escoamento é laminar para os dois fluidos.


Método da Efetividade-Nut

A fim de comparar o comprimento do trocador de calor, foi utilizado


também o método da efetividade-Nut para calcular o comprimento do
trocador de calor.
O primeiro passo é calcular a transferência de calor máxima de um
trocador de calor dado por:
Método da Efetividade-Nut

• Capacidade térmica
Sabendo que esta determina a relação entre a quantidade
de calor fornecida a um corpo e a variação de temperatura observada
neste. Temos:

𝐶𝑜 = 3505,5 (W/°C) Cmín

𝐶𝐴 = 10078,31 (W/°C) Cmáx


Método da Efetividade-Nut
Logo, temos que a efetividade do trocador é dada por:
𝑞
𝜀=
𝑞𝑚á𝑥

𝜀 = 0,365
Calculando o número de unidades de transferência de calor (NUT) para um
escoamento contracorrente em um casco e tubo:
1 𝜀−1
𝑁𝑈𝑇 = Ln = 0,488
𝐶𝑚í𝑛 𝐶𝑚í𝑛
𝜀 −1
𝐶𝑚á𝑥 𝐶𝑚á𝑥
Método da Efetividade-Nut

NUT também é definido de um modo geral como:

𝑈𝐴𝑠
𝑁𝑈𝑇 =
𝐶𝑚í𝑛
Logo:

𝑁𝑈𝑇. 𝐶𝑚í𝑛
𝐿= = 3,264 m
𝑈𝜋𝐷𝑖 𝑛′
Reorganizando,
Método da Efetividade-Nut

Gaps

Comprimento (m)
Método da Efetividade-Nut

De acordo com o gráfico, será calculado os parâmetros para N= 70 e


L=1,17m.
Desta maneira,
Número de gaps 70

Número de placas 71

Comprimento do trocador de calor 1,17m

Diâmetro Hidráulico 0,033 m

Coeficiente global de transferência de calor 25,38 W/m².K


Conclusão

•Casco e tubo
-É o mais utilizado em refinarias de petróleo e instalações de processos químicos.
-Apropriado quando se necessita de alta pressão.

•Placas
-Uni grande capacidade de troca de calor com um menor espaço ocupado.
- Trabalha bem em pequenas vazões com grandes gradientes de temperatura. Outros tipos
de trocador de calor necessitariam de uma grande área de troca de calor para o mesmo
gradiente de temperatura.
Bibliografia
• INCROPERA, F. P.; WITT, D. P. Fundamentos de Transmissão de Calor e
Massa, Guanabara Koogan, 1998.

• SCHIMIDT Frank W., HENDERSON Robert E., WOLGEMUTH Carl H.


Introdução às Ciências Térmicas. São Paulo, Editora Edgard Blücher, 1996,
466.

• KREITH Frank. Princípios da Transmissão de Calor. São Paulo, Editora


Edgard Blücher ltda,1977, 550p.

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