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FÍSICA

Frente: Física IV
EAD – ITA/IME
Professor(a): Ken Aikawa

AULA 01 E 02
Assunto: Termometria

Um sistema termodinâmico consiste, geralmente, em uma


certa quantidade de matéria contida dentro de um recipiente.
Resumo Teórico As paredes podem ser fixas ou móveis (um pistão, por exemplo).
É claro que a qualidade, ou a natureza, das paredes vão
influenciar diretamente no nosso sistema. Existem paredes que
permitem a condução de energia térmica (diatérmicas) e outras que
Introdução não permitem essa troca com o meio externo (adiabáticas).
A todo instante percebemos física. Já reparou como fazemos Quando uma parede diatérmica separa dois meios, dizemos que
para ajudar nosso corpo a manter a temperatura aproximadamente estes dois meios estão em contato térmico. Se um sistema é cercado
constante? Ele possui mecanismos de controle de “temperaturas” por paredes adiabáticas, este será chamado de sistema isolado.
eficientes, mas algumas vezes precisa de ajuda. Repare que Quando um ou mais sistemas estão isolados, suas variáveis
inconscientemente procuramos tomar líquidos gelados quando macroscópicas vão mudando com o tempo até um estado em que não
há mais variações destas. Quando este estado é alcançado, dizemos
estamos num dia quente e ingerimos alimentos quentes em dias frios.
que estão em equilíbrio térmico.
Além disso, nossas vestimentas devem ser adequadas para facilitar a
O tempo que levará para esse equilíbrio ocorrer pode ser
troca de “calor” ou para minimizar perdas de calor.
gigantesco ou muito rápido. Entenda que essa visão é macroscópica.
Acredito que será interessante entendermos melhor esses
Por exemplo: é óbvio que se um gás está em equilíbrio térmico
termos utilizados: temperatura e calor. não implica dizer que todas as partículas estão no mesmo estado
Passearemos pelo mundo da termodinâmica para individualmente. Existem flutuações e a termodinâmica estatística
compreendermos melhor como ele funciona, conheceremos suas leis resolve esses problemas. Entretanto, estamos trabalhando com física
e como elas regem nesse Universo. clássica e não nos preocuparemos com isso.
Começaremos, neste capítulo, estudando a termometria. Agora, tomemos três sistemas isolados A, B e C (veja a figura a
seguir). Se olharmos para a primeira configuração, podemos concluir
Ideia fundamental de temperatura que depois de algum tempo A estará em equilíbrio térmico com C, B
estará em equilíbrio térmico com C. E se mudarmos para a segunda
Se alguém lhe perguntar o que é temperatura, saberia configuração?
responder rápido? Bom, a primeira coisa que você deve associar a essa Experimentalmente, percebemos que A e B estarão em
pergunta é a relação entre energia térmica. A descrição termodinâmica equilíbrio térmico entre si. Conhecemos isso como a Lei Zero da
é sempre uma descrição macroscópica. Imagine se você utilizasse a Termodinâmica:
Segunda Lei de Newton para descrever um sistema de milhares e
milhares de partículas. Agora, imagine resolver tal sistema. Muita Dois sistemas em equilíbrio térmico com um terceiro estão em
conta, concorda? Muito bem, podemos imaginar que cada partícula equilíbrio térmico entre si.
contém uma velocidade e assim atrelamos uma energia cinética a esta.
Se olharmos de fora, quanto mais rápido estiverem vibrando essas
partículas, mais energia esse sistema terá, de acordo? Dizemos então
que, quanto mais energia esse corpo tiver, mais quente esse corpo A B
será e maior será sua temperatura.
Devemos ter cuidado ao medir essa energia. Ao entrarmos em
C
contato com um corpo, através do nosso tato, temos uma sensação
subjetiva de seu estado térmico (ou seja, percebemos se ele está
quente ou frio). Acontece que nosso tato pode nos enganar. Devemos
conhecer métodos mais eficazes de medir tal grandeza. Medir o que A B
mesmo? Queremos medir temperatura.
C
Lei Zero da Termodinâmica
Vamos primeiro conhecer o princípio fundamental de equilíbrio Isolante térmico
térmico para entender como funcionam os nossos medidores de Condutor térmico
temperatura.

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Podemos dizer então, intuitivamente, que dois sistemas em Sendo:


equilíbrio térmico entre si possuem a mesma temperatura. Desta θV = temperatura do ponto de vapor;
forma, a Lei Zero permite afirmar que não precisamos colocar dois θG=temperatura do ponto de gelo;
sistemas em contato térmico entre si para saber se estão à mesma hV=altura da coluna no ponto de vapor;
temperatura, basta usar um terceiro e verificar se ambos estão em hG=altura da coluna no ponto de gelo;
equilíbrio térmico entre si. Utilizamos o termômetro de cobaia para ser
este terceiro corpo, na realidade, um termômetro mede sua própria Assim, a temperatura empírica na escala Celsius é:
temperatura, visto que quando um termômetro está em equilíbrio
térmico com outro corpo, as temperaturas devem ser iguais. Quando θC = 100
(h − hG )
a temperatura de dois sistemas é diferente, eles não podem estar em (hV − hG )
equilíbrio térmico.
A unidade utilizada aqui, que não pertence ao SI, é chamada
de grau Celsius (°C).
Termômetros
Para usar uma temperatura como uma medida, para saber Escala Fahrenheit
se um corpo está quente ou frio, precisamos construir uma escala
de temperatura. Para isso, podemos usar qualquer propriedade do Daniel Fahrenheit (1686-1736), estabeleceu os seguintes pontos
sistema que possa depender do fato de o corpo estar “quente” ou para a sua escala 0 para indicar a temperatura de uma mistura de gelo e
“frio”. A figura (a) mostra um sistema familiar usado para medir cloreto de amônia e 100 para a temperatura do corpo humano.
temperatura. Quando o sistema torna-se mais quente, um líquido Posteriormente, com o uso da água como referência, observou-
(usualmente o etanol ou o mercúrio) se expande e sobe no tubo, e o se os valores de 32 para o ponto de gelo e 212 para o ponto de vapor.
valor de L cresce. Dizemos, então, que o líquido contido no termômetro Analogamente à escala Celsius, podemos descobrir a temperatura
é a substância termométrica, e sua altura é a propriedade empírica, baseada nas alturas atingidas pelas colunas líquidas no
termométrica. Outro sistema simples é um gás no interior de um termômetro.
Logo:
recipiente mantido com um volume constante (figura b). A pressão P,
h − hG
medida com o manômetro, aumenta ou diminui à medida que o gás θF = 180 + 32
se aquece ou se esfria. hV − hG
A unidade é o grau Fahrenheit (°F). Tal escala também não
pertence ao SI.
P
Parede de vidro
grossa Escala Kelvin
Capilar com
volume pequeno William Thomson (1824-1907), também conhecido como Lorde
Recipiente Kelvin propôs uma escala que estabelecesse o valor 0 como a menor
L
contendo um temperatura possível de um sistema físico. Nesse estado, não existiria
gás com nenhum tipo de movimento molecular (atualmente, sabe-se que se
Nível volume trata de uma situação hipotética).
Bulbo com constante
zero volume grande As principais características dessa escala são:
• É definida como a qual possui temperatura do ponto triplo
Parede de vidro da água como 273,16K como fixo (Estabelecido em 1954
fina
pelo comitê internacional de pesos e medidas ). O ponto do
Figura
Figura(a)
(a) Figura
Figura (b)
(b) gelo fica a 273K;
• O ponto de vapor fica a 373K;
Um terceiro exemplo é fornecido pela resistência elétrica R de • Essa escala surgiu da observação teórica de que existe
um fio condutor, a qual varia quando o fio se aquece ou se esfria. uma temperatura mínima, correspondente à cessação do
Cada uma dessas propriedades fornece um número (L, P ou R) que movimento de agitação térmica dos átomos e das moléculas
varia quando o corpo se aquece ou se esfria, de modo que a respectiva de um sistema. A essa temperatura dá-se o nome de zero
propriedade pode ser usada para fazer um termômetro. absoluto;
A partir de agora, por caráter didático, vamos estudar os • Sua unidade é o Kelvin (K) e é adotada no SI.
termômetros que utilizam a altura como propriedade termométrica
(figura a).
Relação entre escalas
Escala Celsius Estabelecendo uma relação de proporção entre as temperaturas

Uma das escalas termométricas mais utilizadas foi criada por


100 212 373
Anders Celsius (1701-1744) a qual utiliza como pontos de referência
o valor 0 para a fusão do gelo e 100 para a ebulição. C F K
Admitindo que a relação seja estritamente linear, podemos
estabelecer a seguinte conexão da temperatura com as alturas das
colunas líquidas atingidas no termômetro.
0 32 273

θ V − θG θ − θG
= C
hV − hG h − hG
ºC ºF K

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C−0 F − 32 K − 273 C) A partir de 1954, adotou-se como padrão o ponto tríplice


= = da água, temperatura em que a água coexiste nos três
100 − 0 212 − 32 373 − 273
estados – sólido, líquido e vapor. Isso ocorre à temperatura de
C F − 32 K − 273 0,01 °F ou 273,16 K, por definição, e à pressão de
= = 610 Pa (4,58 mm Hg).
5 9 5
D) Kelvin é a unidade de temperatura comumente utilizada nos
termômetros brasileiros.
Para as variações de temperatura: E) Kelvin considerou que a energia de movimento das moléculas
dos gases atingiria um valor mínimo de temperatura, ao qual
∆C ∆F ∆K ele chamou zero absoluto.
= =
5 9 5
05. Pode-se aplicar a ”Lei Zero da Termodinâmica“ a dois pedaços de
ferro atraídos por um ímã?

06. Em um termômetro de pressão a gás, a volume constante,


Exercícios são ensaiados vários gases em equilíbrio térmico com pontos
de calibração bem definidos: gelo de água fundente e vapor
de água e água evaporante em equilíbrio termodinâmico.
01. Dois termômetros, um Fahrenheit correto e um Celsius inexato, As experiências foram sendo repetidas com os gases cada vez
são colocados dentro de um líquido. Acusaram 95 °F e 30 °C, mais rarefeitos, como mostra o gráfico a seguir.
respectivamente. O erro percentual cometido na medida do
termômetro Celsius foi de P0
A) 5,3% P
B) 8,6% Régua

C) 9,5%
D) 14,3% h
E) 5%
P P
0
02. É dado um termômetro x tal que 60 °X correspondem a Reservatório
P
100 °C; 20 °X correspondem a 20 °C; 0 °X corresponde a 0 °C. Gás de mercúrio
As leituras Celsius variam conforme trinômio de segundo grau nas
leituras X. Deduzir a equação que dá leituras Celsius em função A B
de leituras X. Banho
ou sistema Mangueira
a ser medido flexível
03. No dia 1º, à 0 h de determinado mês, uma criança deu entrada em
um hospital com suspeita de meningite. Sua temperatura estava PV
m
normal (36,5 °C). A partir do dia 1º, a temperatura dessa criança PG
foi plotada em um gráfico por meio de um aparelho registrador
O2
contínuo. Esses dados caíram nas mãos de um estudante de Física,
N2
que verificou a relação existente entre a variação de temperatura 1,3660
He
(Δθ), em graus Celsius, e o dia (t) do mês. O estudante encontrou
a seguinte equação: H2

Δθ = – 0,20t2 + 2,4t – 2,2 0 PG

A partir dessa equação, analise as afirmações dadas a seguir e PV é a pressão de equilíbrio com o vapor, Pg é a pressão de
indique a correta. equilíbrio com o gelo, m é a massa de gás utilizada dentro do
A) A maior temperatura que essa criança atingiu foi 40,5 °C. termômetro e O2, N2, H e H2 foram os gases ensaiados.
B) A maior temperatura dessa criança foi atingida no dia 6. Com base no que foi colocado, faça o que se pede.
C) Sua temperatura voltou ao valor 36,5 °C no dia 12.
PV
D) Entre os dias 3 e 8, sua temperatura sempre aumentou. A) Calcule: lim para qualquer um dos gases.
E) Se temperaturas acima de 43 °C causam transformações Pg → 0 Pg
bioquímicas irreversíveis, então essa criança ficou com B) Explique a razão de os gases tornarem-se semelhantes, à
problemas cerebrais. medida que PG → 0.
C) Com base no gráfico, construa uma escala termodinâmica
04. Em 1851, o matemático e físico escocês William Thomson, que que possua 100 divisões e calcule a temperatura de fusão e
viveu entre 1824 e 1907, mais tarde possuidor do título de Lorde
vaporização da água nessa escala.
Kelvin, propôs a escala absoluta de temperatura, atualmente
conhecida como escala Kelvin de temperatura (K). Utilizando-se das D) A escala construída em C é absoluta? Justifique.
informações contidas no texto, indique a alternativa correta. E) Admitindo como ponto de referência o ponto triplo da água
A) Com o avanço da tecnologia, atualmente, é possível obter a (Pt = 4 mmHg; Tt = 273,15 K), escreva a temperatura como
temperatura de zero absoluto. função da pressão para a condição de que o gás é rarefeito.
B) Os valores dessa escala estão relacionados com os da escala F) Qual é a equação que relaciona a escala no item C com a escala
Fahrenheit (°F), por meio da expressão K = °F + 273. Celsius?
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07. Tentando fazer uma escala politicamente correta, um físico propõe 12. (UEM) Para se quantificarem fenômenos físicos que acontecem
a escala P (Pourlacochambré), cuja temperatura indicada em ao nosso redor, muitas vezes precisamos realizar medidas das
qualquer estado térmico é a média aritmética entre os valores grandezas envolvidas nesses fenômenos. A medida do valor
lidos na escala Celsius e a Fahrenheit. Sobre a escala P proposta, da temperatura, por exemplo, é feita por meio de um aparelho
chamado termômetro. Na maioria dos termômetros, as diferentes
é correto afirmar:
temperaturas são medidas por meio da variação do comprimento
A) Não é de fato uma escala, pois não foram definidos os pontos de uma coluna de mercúrio. Analise as proposições a seguir
fixos. sobre os termômetros e as escalas de temperatura e assinale a(s)
B) Para uma variação de 20 °C, teremos uma variação de 28 °P. correta(s). Considere condições normais de temperatura e pressão.
C) Sempre apresentará valores maiores do que os lidos na escala 01) Um termômetro de mercúrio pode ser calibrado na escala
Celsius. Celsius de temperatura colocando-o em contato com gelo
D) O ponto do gelo da escala P é – 10 °P. fundente e marcando-se a altura da coluna como sendo o
E) O ponto de vapor na escala P é 166 °P. zero da escala. Em seguida, coloca-se este termômetro em
contato com água em ebulição e marca-se a nova altura
08. (ITA) Um pesquisador achou conveniente construir uma escala da coluna de mercúrio como sendo uma centena de graus.
termométrica (escala P) baseada nas temperaturas de fusão e Por fim, divide-se a distância entre o ponto 0º C e o ponto
ebulição do álcool etílico, tomadas respectivamente como zero e 100 ºC em cem partes iguais.
cem da sua escala. Acontece que, na escala Celsius, aqueles dois 02) A escala Reamur adota 0 ºR para a temperatura de
pontos extremos da escala do pesquisador têm valores –118 ºC gelo fundente e 80 ºR para a temperatura da água em
e 78 ºC. Ao usar o seu termômetro para medir a temperatura de
uma pessoa com febre, o pesquisador encontrou 80 °P. Calcule ebulição. Portanto, a equação de conversão da escala
a temperatura da pessoa doente em graus Celsius (°C). t t
Reamur para a escala Celsius é R = C onde tR e tC são as
4 5
09. (ITA) A Escala Absoluta de Temperaturas é temperaturas medidas em graus Reamur e em graus Celsius,
A) construída atribuindo-se o valor de 273,16 K à temperatura de respectivamente.
fusão do gelo e 373,16 K à temperatura de ebulição da água.
04) A maioria dos países de língua inglesa adota como escala de
B) construída escolhendo-se o valor –273,15 °C para o zero
temperatura a escala Fahrenheit. Nesta escala, a temperatura
absoluto.
C) construída tendo como ponto fixo o “ponto triplo” da água. de 20 ºC corresponde a 36 ºF.
D) construída tendo como ponto fixo o zero absoluto. 08) Em um termômetro de mercúrio, graduado na escala Celsius,
E) de importância apenas histórica, pois só mede a temperatura a coluna apresenta a altura de 0,4 cm quando este está
de gases. em contato com gelo fundente, e 20,4 cm, na presença
de vapores de água em ebulição. A temperatura indicada
10. (Cesgranrio) Duas escalas termométricas E1 e E2 foram criadas. por este termômetro quando sua coluna líquida apresenta
Na escala E1, o ponto de fusão do gelo sob pressão de 1 atm 8,4 cm de altura é de 40 ºC.
(ponto de gelo) corresponde a + 12 e o ponto de ebulição 16) Em um determinado dia de verão a meteorologia anunciou
da água sob pressão de 1 atm (ponto de vapor) corresponde que a temperatura da cidade de Maringá ficou entre 25 e
a + 87. Na escala E2, o ponto de gelo é + 24. Os números x e y são, 35 ºC. Se este anúncio fosse feito na escala Kelvin a
respectivamente, as medidas nas escalas E1 e E2 correspondentes amplitude térmica durante este mesmo dia seria de 18K.
a 16 ºC. Se os números 16, x e y formam, nessa ordem, uma
Progressão Geométrica, o ponto de vapor na escala E2 é 13. (G1 - Ifsul ) Dois termômetros de mercúrio têm reservatórios
A) 120 B) 99 idênticos e tubos cilíndricos feitos do mesmo vidro, mas
C) 78 D) 64 apresentam diâmetros diferentes.
Entre os dois termômetros, o que pode ser graduado para uma
E) 57
resolução melhor é
11. Na figura, é representado A) o termômetro com o tubo de menor diâmetro terá resolução
um sistema constituído de melhor.
dois recipientes esféricos B) o termômetro com o tubo de maior diâmetro terá melhor
h resolução.
de volumes iguais, que
têm capacidade térmica C) o diâmetro do tubo é irrelevante; é apenas o coeficiente de
e coeficiente de dilatação 283 K T expansão de volume do mercúrio que importa.
desprezíveis. Os recipientes D) como o vidro é o mesmo o que importa é o coeficiente de
contêm as mesmas quantidades de um gás perfeito. O tubo expansão linear para o de maior diâmetro.
ligando os dois recipientes contém mercúrio e tem o seu volume
14. Em um termômetro termoelétrico são obtidos os seguintes valores:
desprezível em relação aos recipientes esféricos. O sistema da
–0,104 mV para o ponto do gelo e +0,496 mV para o ponto
esquerda está imerso em um recipiente contendo água a 283 k,
de vapor. Para uma dada temperatura t, observa-se o valor de
enquanto o da direita está imerso em um recipiente contendo
0,340 mV. Sabendo que a temperatura varia linearmente no
água em ebulição, o desnível do mercúrio é h0 = 100 mm; caso
intervalo considerado, podemos dizer que o valor da temperatura
seja colocado em um recipiente com água a uma temperatura T,

o desnível passa a ser h = 40 mm. Calcule a temperatura T.
A) 319 k B) 300 k A) 62 °C B) 66 °C
C) 293 k D) 250 k C) 70 °C D) 74 °C
E) 273 k E) n.d.a.

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15. Bolômetro é um instrumento sensível no qual se medem 03.


temperaturas mediante às correspondentes resistências elétricas de Dq = – 0,2t2 + 2,4t – 2,2 → 2º grau
um fio, geralmente de platina. Em um bolômetro, a resistência é
−b −2, 4
Rg = 100 Ω no ponto do gelo; é RV = 102 Ω no ponto de vapor; e R • Para o máximo: t = ∴t = ∴ t = 6 dia
varia com a temperatura θ. Adotar como grandeza termométrica a 2a 2 ( −0,2)
quantidade ∆R = R – Rg e admitir correspondência linear. Estabelecer • Variação máxima: Dq = – 0,2(6)2 + 2,4 · 6 – 2,2 ∴ Dq = 5°C
as equações termométricas do bolômetro para as escalas Celsius e
Farenheit, respectivamente. • Para as raízes: – 0,2t2 + 2,4t – 2,2 = 0

Gabarito { t1 = 1 dia
t 2 = 11 dia

• Conclusões: A variação de temperatura da criança variou


01 02 03 04 05 conforme uma função de 2º grau de forma que, nos dias 1 e
11, sua temperatura estava normal (36,5 °C) e no dia 6, atingiu
D – B E –
seu valor máximo (36,5 + 5 = 41,5 °C).
06 07 08 09 10 Dq (°C)
– B – C –
11 12 13 14 15 5

A – A D –
– Demonstração

Resoluções 1 6 11 t (dia)

01. Resposta: B
• Medida correta: F = 95 °F.
F − 32 C 95 − 32 C 04. A escala Kelvin, em sua construção, leva em conta a energia
= ∴ = ∴ C = 35°C
9 5 9 5 cinética das moléculas como referência. O mínimo de energia
corresponde ao 0 K (absoluto).
• Medida incorreta: C’ = 30°C
• Erro absoluto: |C–C’| = |35 – 30| = 5°C Resposta: E

| C − C' | 5 05. Não, pois o fato de o ímã atrair dois pedaços de ferro não implica
• Erro relativo: = ≅ 0,143
C 35 que os dois pedaços de ferro se atraiam entre si.
• Erro percentual: 0,143 · 100 = 14,3%
06.
a) Analisando o gráfico:
Resposta: D
PV
lim = 1,3660
Pg → 0 P
02. g

X (°X) C (°C) b) Os gases tendem a se comportar da mesma forma quando


60 100 rarefeitos (Pg → 0). Esse comportamento universal é, por
20 20 definição, o de um gás ideal.
0 0 nR
c) Para gases ideais: PV = n R T ⇒ P = T . Mas das condições
V
Como C varia conforme um trinômio de 3º grau, temos: dos problemas (V = constante). Assim P a T. Daí:
C(x) = ax2 + bx + d; a, b, d: são constantes. Tv Pv
Assim: • = = 1,3660 ⇒ Tv = 373,2
Tg Pg Tg = 273,2
• C(0)
 = a⋅ 0 + b ⋅ 0 + d∴ d = 0
2

=0 • Tv – Tg = 100 (escala com 100 divisões)


• C(20)
 = a ⋅ 20 + b ⋅ 20 ∴ 20a + b = 1
2
d) Sim. Trata-se da escala Kelvin.
= 20

• C(60)
 = a ⋅ 60 + b ⋅ 60 ∴ 180a + 3b = 5
2
T P 273,15
=100 e) = ⇒ T (p) = ⋅ P P em mmHg
Tt PT 4
Com o sistema:
f) K = q + 273; q → escala Celsius.
1
a=
{20a + b = 1
180a + 3b = 5

b=
60
2
07.
• Definição da escala: P =
F+C
3 2
1 2 2 F − 32 C 9C
Finalmente: C ( x ) = x + x • Relação entre F e C: = ∴F = + 32
60 3 9 5 5
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• Dessa forma: 11. Sejam A e B os recipientes da esquerda e da direita, respectivamente.


 9C 1 C 7C Assim, a diferença de altura da coluna líquida pode ser expressa
P= + 32 + ⇒ P = + 16 como:
 5 2 2 5
nRTB nRTA
PB − PA = µgh ⇒ − = µgh
16 → coeficiente linear V V
TB − TA = C ⋅ h ; onde C é uma constante
7 ∆P
= → coeficiente angular
5 ∆C i) Situação: TA = 283 K, TB = 373 K e h = 100 mm

∆P 7 373 – 283 = C · 100 ⇒ C = 0,9


= ⇒ ∆P = 28 °P
20 5 ii) Situação: TA = 283 K, TB = T e h = 40 mm
T – 283 = 0,9 · 40 ⇒ T = 319 K
Resposta: B
Resposta: A
08.
C P 12. Itens incorretos:
corretos: 4,4,16.
16.
4. Justificativa:
78 100 F − 32 C − 0 F − 32 20
= ∴ = ⇒ F = 68 °F
9 5 9 5
C P 16. Justificativa:
DC = DK ∴ DK = 10 K ≠ 18 K
–118 0
13. Um termômetro com tubo capilar mais delgado favorece uma
visualização melhor da dilatação do Hg, justificando a escolha do
P−0 C − ( −118) 100C 11800 item A como correto.
= ∴P = +
100 − 0 78 − ( −118) 196 196
Resposta: A
P = 0,51C + 60,20
14.
• Da questão: 80 = 0,51C + 60,20 ⇒ C = 38,82 °C C V

09. O ponto fixo de referência da escala Kelvin corresponde ao ponto 100 0,496
triplo da água que ocorre a PT = 4,58 mmHg e TT = 273,15 K.
C V
Resposta: C
0 –0,104
10.
C E1 E2
C−0 V − ( −0,104 ) 1000
100 87 z desconhecido = ∴C = V + 17,3
100 − 0 0, 496 − ( −0,104 ) 6
16 x y 1000 ⋅ 0,340
C (0,340) = + 17,3 ⇒ C (0,340 = 73,96 °C)
0 12 24 6

• Relação entre C e E1: Resposta: D

E1 − 12 C−0 3 15.
= ∴ E1 = C + 12 C R F
87 − 12 100 − 0 4
3 100 102 212
• Para C = 16, temos: E1 = ⋅ 16 + 12 ∴ E1 = 24
4
• Segundo o enunciado, os termos 16, x = 24, y estão em uma C R F
P.G., assim:
0 100 32
×3/2 ×3/2
16 24 y ⇒ y = 36
C−0 ∆R
• Assim, relacionando intervalos correspondentes entre C e E2: = ∴ C = 50 ∆R
100 − 0 2
E2 − 24 C−0 3
= ⇒ E2 = C + 24 F − 32 ∆R
36 − 24 16 − 0 4 = ∴ F = 90 ∆R + 32
3 212 − 32 2
• Para o ponto de vapor: Z = ⋅ 100 + 24 ⇒ Z = 99 SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO PENA – AUTOR: KEN AIKAWA
4 DIGITADORA: VICENTINA/SOFIA – REVISOR(A): LÍCIA/CAMILLA

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