Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO NOTA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DISCIPLINA: EXA0176 – LABORATÓRIO DE ONDAS E TERMODINÂMICA
EXPERIMENTO 9: PROPRIEDADES TÉRMICAS DA MATÉRIA – CALOR ESPECÍFICO DE UM SÓLIDO
PARTE II – DETERMINAÇÃO DO CALOR ESPECÍFICO DE UM SÓLIDO CONDUTOR DE CALOR
PROFESSOR(A): EVELINE MATIAS TURMA-HORÁRIO: ⃝ T03-5N34 DATA: ___/___/_____
ALUNO(A): EQUIPE: ⃝A ⃝B ⃝C ⃝D ⃝E

1 – OBJETIVOS: Determinar o calor específico de um corpo sólido, ou seja, determinar a quantidade de calor por
unidade de massa que deve ser acrescentada a substância para que a sua temperatura se eleve de um grau Celsius.
2 – FUNDAMENTO TEÓRICO: A quantidade de calor necessário para aumentar por um grau a temperatura de uma
unidade de massa de uma substância é chamada de calor específico daquela substância. Assim, se uma quantidade
de calor 𝑄 é transferida para uma substância de massa 𝑚 tendo um calor específico 𝑐, a variação de temperatura
Δ𝑇 = 𝑇𝑓 − 𝑇𝑖 será dada pela Eq. 9.5.

𝑄
Δ𝑇 = (9.5)
𝑚∙𝑐
Historicamente, o calor é medido em termos de calorias (1 𝑐𝑎𝑙 é equivalente a 4,186 𝐽). A caloria foi definida como a
quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de 1 𝑔 de água por 1℃, de 14,5℃ para 15,5℃ na
pressão atmosférica de 1 𝑎𝑡𝑚. Com esta definição, o calor específico da água é de 1,0 𝑐𝑎𝑙/𝑔 ∙ ℃. Quando duas ou
mais substâncias em temperaturas diferentes são postas em contato, em um sistema isolado, elas atingirão o
equilíbrio térmico depois de um período de tempo. Devido à conservação de energia, a quantidade de calor perdido
pela substância mais quente deve ser igual ao calor ganho pela substância mais fria, ou seja,

𝑄𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 + 𝑄𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜 = 0 (9.6)

De uma maneira geral, para um sistema isolado com 𝑛 substâncias que trocam calor até a temperatura de equilíbrio,
temos que:
𝑛
∑ 𝑄𝑖 = 𝑄1 + 𝑄2 + 𝑄3 + ⋯ + 𝑄𝑛 (9.7)
𝑖=1

3 – MATERIAL UTILIZADO: • Calorímetro com agitador; • Água quente e fria;


• Um béquer e uma proveta; • Lamparina e isqueiro;
• Dois termômetros; • Apoio para aquecer o béquer.

4 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 – Inicialmente, certifique-se que esteja
utilizando o mesmo calorímetro da parte I
do experimento 9. Escreva o número do
calorímetro e a massa do equivalente em
água já calculado na prática anterior.

𝑁º𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 =

𝑚𝐸𝑞(𝑀É𝐷𝐼𝑂) =
Figura 9.2 – Aparato experimental.

UFERSA – CCEN – Laboratório de Ondas e Termodinâmica 1


4.2 – Coloque 100 𝑚𝑙 (~100 𝑔) de água à temperatura ambiente no interior do calorímetro. Tampe o calorímetro
e meça a temperatura inicial 𝑇𝑖 do sistema composto pelo calorímetro e pela quantidade de água contida neste
recipiente.

4.3 – O corpo de prova, de massa 𝑚𝑏 = 50 𝑔, deve ser colocado em um béquer contendo água (OBS: Não deixe que
o corpo de prova toque as paredes do béquer, como mostra a Fig. 9.2b). Este conjunto deve ser aquecido até a
ebulição da água. Desligue o sistema de aquecimento e aguarde um minuto, agitando levemente o corpo de prova
no interior da água quente. Anote a temperatura do corpo de prova 𝑇𝑏 medindo a temperatura da água quente
(anote na Tabela 9.2).

4.4 – Transportando pelo fio, coloque o corpo de prova no interior do calorímetro. Tampe o calorímetro e agite
levemente a mistura. Leia e anote a máxima temperatura, ou seja, a temperatura de equilíbrio térmico do sistema
𝑇𝑓 (calorímetro + água + corpo de prova). Repita estes procedimentos e preencha a Tab. 9.2.

Tabela 9.2

# 𝑇𝐴𝑔 (℃) 𝑇𝑏 (℃) 𝑇𝐹 (℃) 𝑐𝑏 (𝑐𝑎𝑙/𝑔 ∙ ℃)

4.5 – O calor específico do corpo de prova 𝑐𝑏 é calculado através da Eq. 9.8 (onde 𝑚𝐴𝑔 é a massa da água, 𝑚𝐸𝑞 é o
equivalente em água dado por 4.1, 𝑐𝐴𝑔 é o calor específico da água de valor igual a 1 𝑐𝑎𝑙/𝑔 ∙ ℃).

(𝑚𝐴𝑔 + 𝑚𝐸𝑞 )(𝑇𝑓 − 𝑇𝑖 )𝑐𝐴𝑔


𝑐𝑏 = (9.8)
𝑚𝑏 (𝑇𝑏 − 𝑇𝑓 )

4.6 – Calcule a média dos valores de 𝑐𝑏 e, pelos valores mostrados na Tab. 9.3, considerando que o corpo de prova
é de um material simples, escreva de que é feito o corpo de prova.

Tabela 9.3
Substância 𝒄𝒃 (𝒄𝒂𝒍/𝒈 ∙ ℃)
𝑐𝑏(𝑀É𝐷𝐼𝑂) =
Alumínio 0,22
Carbono 0,12
Chumbo 0,031
Então este disco é feito de:
Cobre 0,094
Ferro 0,11
Latão 0,092
Vidro 0,16
Zinco 0,093

UFERSA – CCEN – Laboratório de Ondas e Termodinâmica 2


5 – QUESTÕES E PROBLEMAS:
5.1 – Mostre que o calor específico do corpo de prova é dado pela Eq. 9.8.

5.2 – Quais seriam as características ideais de um calorímetro?

5.3 – Três panelas de diferentes materiais e de calores específicos diferentes tem o mesmo formato, qual delas é
melhor termicamente para se cozinhar? Explique sua resposta baseando-se no que foi aprendido nesta prática.

UFERSA – CCEN – Laboratório de Ondas e Termodinâmica 3


5.4 – (A) Adicionado 300 𝐽 de calor a uma massa de 90 𝑔 do corpo de prova, qual seria a variação de temperatura?

(B) Se ao invés de adicionarmos, retirássemos 300 𝐽 de calor do corpo de prova, qual seria a variação de
temperatura?

6 – CONCLUSÕES:

Sugestão: A conclusão deve possuir comentários sobre os resultados experimentais, possíveis erros e como proceder para minimizá-los.
7 – BIBLIOGRAFIA:
[1] Sears & Semanski, Young & Freedman, Física II, Ondas e Termodinâmica, 12ª Edição, Pearson 2008.
[2] Resinck, Halliday, Krane, Física 2, 5ª Edição, LTC, 2007

UFERSA – CCEN – Laboratório de Ondas e Termodinâmica 4

Você também pode gostar