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I. INTRODUÇÃO

A natureza é formada por substâncias de diferentes formas físicas entre elas as


sólidas, líquidas e gasosas. Os gases são fluidos formados por um conjunto de
moléculas em contaste movimento que não possuem forma nem volume próprio,
adaptando assim tanto a forma como o volume do recipiente. Na tentativa de tentar
estudar o comportamento dos gases e explicar a variação das grandezas macroscópicas
do mesmo entre os séculos XVII e XIX, os físico-químicos Boyle, Mariotte, Charles,
Gay e Lussac desenvolveram teorias a base de inúmeras experiências sobre as
propriedades físicas dos gases através da variação de temperatura e pressão. E destas
derivou-se a lei dos gases ideias, que por combinar a lei de Charles afirma que à pressão
constante o volume ocupado por uma quantidade de gás é directamente proporcional a
V
temperatura ( =k ) e a lei de Boyle que afirma que à temperatura constante o volume é
T
PV
inversamente proporcional a pressão ( PV =k ); resultando na fórmula: =k . Porém,
T
estas leis são apenas aplicáveis para gases ideais (ou perfeitos) que nas condições de
pressões baixas e temperaturas altas o produto entre o volume e a pressão é
directamente proporcional ao produto entre a quantidade de substância, temperatura e a
constante universal dos gases ( PV =nRT ).

II.OBJECTIVOS
II.1 GERAIS
 Estudar o comportamento macroscópicos dos gases através a variação das
propriedades físicas como pressão, temperatura e volume.

II.2 ESPECÍFICOS
 Verificar a validade da lei de Boyle;
 Verificar a validade da lei de Charles;
 Traçar os gráficos correspondentes a lei de Boyle e de Charles;
 Calcular os valores do factor de compressibilidade para cada experimento
verificando a existências de forças atrativas ou repulsivas.

III. PARTE EXPERIMENTAL

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 MATERIAIS USADOS

5
6

1
2 3

Imagem 1: laboratório ISPTEC

Para este experimento usou-se um esquema composto por um cilindro de vidro (1) que
serviu de reservatório da água usada como condutor de calor fornecido pela placa de
aquecimento (2) para aquecer e arrefecer o ar contido na seringa de gás, junto (3); dois
termómetros (4) que serviu para medir a temperatura da água; uma interface cobra 3 (5)
de marca Paywe que estavam acoplados à um sensor de pressão (6) e um temopar (7)
utilizados para medir a pressão e a temperatura a partir do software “Measure” no
computador (8).

 SUBSTÂNCIAS USADAS
O objecto de estudo desta experiência foi o ar atmosférico com composição geral de
79% nitrogénio e 21% de oxigénio. Usou água como condutor de calor.

 PROCEDIMENTOS

1. Registou-se o valor da temperatura ambiente observando-se nos dois


termómetros, 21ºC (296 K). Calibrou-se a interface acoplada ao sensor de
pressão, ajustou-se o volume a 65 mL e começou-se o processo de compressão

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do ar, no qual uma das integrantes manipulou o êmbolo e a outra foi anotando os
valores da pressão a cada decréscimo de 5mL, obtendo-se 10 pontos;

2. Nesta mesma temperatura, fez-se a expansão do gás num volume inicial de 20


mL até 65 mL, anotando-se os valores da pressão a cada acréscimo de 5mL,
obtendo-se 10 pontos;

3. Após obter-se os pontos, a terceira integrante passou os valores obtidos numa


tabela do Excel e calculou-se os valores do factor de compressibilidade;

4. Reajustou-se o volume do gás para 40 mL para a lei de Charles; mudou-se um


dos termómetros manuais por um termopar, e calibrou-se na interface para uma
pressão constante de 1001hPa, ligou-se a placa de aquecimento e anotou-se os
valores do volume a cada acréscimo de 10 K até 373K (100ºC), um total de 9
pontos;

5. Após chegar a temperatura final desligou-se a placa, onde uma das integrantes
começou a fazer o gráfico de aquecimento V=f(T) e a outra anotou os valores do
volume no arrefecimento até 346 K (73ºC), tendo 4 pontos apenas;

6. Recalibrou-se a interface a uma temperatura constante de 73ºC, e volume inicial


de 20 mL para a expansão de Boyle. Uma das integrantes manipulou o pistão,
outra registou os valores da pressão a um acréscimo de 5 mL, obtendo 10
pontos, e a terceira fez o gráfico para o arrefecimento V=f(T);

7. Nesta mesma temperatura realizou-se o processo de compressão de 65 á 20 mL,


registando-se os valores da pressão a um decréscimo de 5 mL. Esperou-se que
arrefecesse até a temperatura de 48ºC (321 K) para a última fase do processo de
Boyle;

8. A uma temperatura constante de 48ºC, e volume inicial de 20 mL para a


expansão de Boyle. Uma das integrantes manipulou o êmbolo, outra registou os
valores da pressão a um acréscimo de 5 mL, e a terceira fez o registo dos valores
do procedimento passado na tabela do Excel e calculou os valores do factor de
compressibilidade;
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9. Nesta mesma temperatura realizou-se o processo de compressão de 65 á 20 mL,


registando-se os valores da pressão a um decréscimo de 5 mL. E fez-se um único
gráfico com as diferentes temperaturas constantes;

10. Fez-se o gráfico dos valores do factor de compressibilidade.

IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO

 LEI DE BOYLE MARIOTTE – COMPRESSÃO


Com base nos procedimentos a cima descritos, obteve-se os seguintes resultados
apresentados nas tabelas abaixo:
T= 23ºC (296K)
P(hPa) V(ml) PV 1/V Z
1005,6 65 65361,8 0,01538 0,002656
1093,3 60 65597,9 0,01667 0,002666
1175,8 55 64667,2 0,01818 0,002628
1274,1 50 63706,3 0,02 0,002589
1374,9 45 61871 0,02222 0,002514
1503,9 40 60157,1 0,025 0,002444
1623,7 35 56830,6 0,02857 0,002309
1690,2 30 50706,6 0,03333 0,00206
1877,6 25 46940,6 0,04 0,001907

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2033 20 40659 0,05 0,001652


Tabela 1: Compressão a 23ºC.

Observando os valores de PV da tabela 1, pode-se verificar um decréscimo a


medida que o volume diminui, visto que o ar não se trata de um gás ideias mas um real.
T= 48ºc (321K)
P(hPa) V(ml) PV 1/V Z
618,2 65 40183,5 0,01538 0,001506
677,9 60 40674,6 0,01667 0,001524
743,6 55 40897,1 0,01818 0,001532
815,8 50 40791,7 0,02 0,001528
907,3 45 40828,9 0,02222 0,00153
1013,8 40 40550,5 0,025 0,001519
1136 35 39760 0,02857 0,00149
1284,2 30 38527,3 0,03333 0,001444
1458,7 25 36467,4 0,04 0,001366
1677,4 20 33547,4 0,05 0,001257
Tabela 2: Compressão a 48ºC.

Do mesmo modo observa-se um decréscimo do valor de PV na tabela 2, porém a


média de variação não é tão acentuada quanto na tabela 1 porque a temperatura nesta
tabela é menor que a da tabela 2, de modo que a aproximação do comportamento ideal
na tabela 2 fosse maior.

T= 73ºc (346K)
P(HPA) V(ML) PV 1/V Z
570,4 65 37079 0,01538 0,001289
624,6 60 37475 0,01667 0,001303
683,7 55 37602,3 0,01818 0,001307
737,5 50 36875,6 0,02 0,001282
825,2 45 37136 0,02222 0,001291
924,3 40 36972,4 0,025 0,001285
1041,9 35 36466,3 0,02857 0,001268
1181,4 30 35473,4 0,03333 0,001233
1391 25 34775,2 0,04 0,001209
1621,9 20 32438,3 0,05 0,001128
Tabela 3: Compressão a 73ºC.

A observação concernente aos valores de PV da tabela 3 tem concordância com


a observação feita na tabela 2, embora, a aproximação do comportamento ideal do ar
nesta temperatura (73ºC) é maior que na temperatura de 23ºC e 48ºC.

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LEI DE BOYLE - COMPRESSÃO


2500

2000
PRESSÃO (hPa)

1500 T1 = 23ºC (296K)


T2= 48ºC (321K)
1000 T3 = 73ºC (346K)

500

0
15 25 35 45 55 65
VOLUME (mL)

Gráfico 1: Lei de Boyle: Compressão.

Segundo os dados representados no gráfico 1 observamos que não há relação


linear entre a pressão e o volume à temperatura constante, concluindo que a medida que
o volume diminui a pressão aumenta. Outro facto significante é o facto do declive das
isotermas ser menor a temperaturas mais altas; ou seja, a isoterma à 23ºC é maior que a
isoterma à 48 e 73ºC; sendo que na idealidade o declive das isotermas de maior
temperatura deveriam ser maiores. Isto acontece porque na experiencia usou-se um gás
real, o ar atmosférico, onde existem forças de interação entre as moléculas. Outras
possíveis fontes de erros que contribuíram para a alteração dos declives das isotermas
foi a imprecisão nas medições: à 23ºC, a estudante responsável pelo manuseio do
embolo teve dificuldades ao comprimir o ar aos 30mL; e durante a compressão à 48ºC e
73ºC não se mantiveram constante pois o arrefecimento é um processo espontâneo.
A existência de forças de interação no ar é facilmente percetível no gráfico 2 do
factor de compressibilidade em que as forças atrativas são predominantes.

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Lei de Boyle - Factor de compressibilidade -


Compressão
2500

2000

T1 = 23ºC (296K)
PRESSÃO (hPa)

1500
T2= 48ºC (321K)
T3 =73ºC (346K)
1000

500

0
0.001 0.0015 0.002 0.0025 0.003
VOLUME (mL)

Gráfico 2: Lei de Boyle: Factor de compressibilidade - Compressão.

Lei de Boyle - Compressão


2500

2000 f(x) = 29510.9043045716 x + 670.333792556364


R² = 0.944195916051307

f(x) = 31084.3166179028 x + 196.033931896787


f(x) 30865.3690689564 x + 128.83128412766T1 = 23ºC (296K)
R² ==0.983933624762461
1500
PRESSÃO (hPa)

R² = 0.993512198642472 Linear (T1 = 23ºC (296K))


T2= 48ºC (321K)
Linear (T2= 48ºC (321K))
1000 T3 =73ºC (346K)
Linear (T3 =73ºC (346K))

500

0
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07
1/VOLUME (mL)

Gráfico 3: Lei de Boyle: Compressão.

Como se pode observar a partir do gráfico 3 acima existe uma relação linear
entre a pressão e o inverso do volume, provando assim que há uma proporcionalidade
directa entre eles. Verifica-se uma anomalia no gráfico na ordem das rectas, pois
esperava-se que as rectas de maiores temperaturas tivessem maiores declives, mas isso

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não é verificável entre as rectas do gráfico 3. Isto acontece porque o ar sendo um gás
real apresenta uma tendência para se desviar da idealidade e de possíveis erros durante a
manipulação do embolo e imprecisão da medição do volume.

 LEI DE BOYLE MARIOTTE – EXPANSÃO


Os resultados obtidos no processo de expansão do ar descritos nos procedimentos
são apresentados nas tabelas abaixo:
T= 23ºC (296K)
P (HPA) V (ML) PV 1/V Z
1012,1 20 20242,9 0,05 0,000823
829,8 25 20744,9 0,04 0,000843
744,2 30 22325,7 0,03333 0,000907
686,3 35 24020,8 0,02857 0,000976
639,8 40 25590,5 0,025 0,00104
591,3 45 26608,1 0,02222 0,001081
558 50 27900 0,02 0,001134
533,2 55 29326,5 0,01818 0,001192
513,6 60 30814,6 0,01667 0,001252
496,9 65 32297,3 0,01538 0,001312
Tabela 4: Expansão a 23ºC.

T= 48ºC (321K)
P (hPa) V (ml) PV 1/V Z
1479,1 20 29582,7 0,05 0,001202
1183,3 25 29581,4 0,04 0,001202
1004,5 30 30133,6 0,03333 0,001224
872,4 35 30534 0,02857 0,001241
783,7 40 31346,2 0,025 0,001274
704,2 45 31689,9 0,02222 0,001288
645,7 50 32286,6 0,02 0,001312
590,2 55 32459,8 0,01818 0,001319

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552,7 60 33164,3 0,01667 0,001348


517,8 65 33568,8 0,01538 0,001364
Tabela 5: Expansão a 48ºC.

T= 73ºC (346K)
P (hPa) V (ml) PV 1/V Z
1309,5 20 26190,8 0,05 0,00091
1056,6 25 26414,1 0,04 0,000918
916,4 30 27492,5 0,03333 0,000956
792,5 35 27736 0,02857 0,000964
710,7 40 28426,9 0,025 0,000988
644,9 45 29021,5 0,02222 0,001009
585,9 50 29296,4 0,02 0,001018
545,8 55 30016,6 0,01818 0,001043
513,9 60 30832,9 0,01667 0,001072
483,1 65 31402,7 0,01538 0,001092
Tabela 6: Expansão a 73ºC.

Nos valores de PV da tabela 4, 5 e 6 nota-se um acréscimo dos valores a medida


que o volume aumenta, porém a média de variação não é tão acentuada na tabela 5
quanto na tabela 4 e 6 porque a temperatura nesta tabela é menor que a da tabela 4 de
modo que a aproximação do comportamento ideal na tabela 4 é maior.

Lei de Boyle - Expansão


1600

1400

1200

1000
PRESSÃO (hPa)

T1 = 23ºC (296K)
800 T2= 48ºC (321K)
T3 =73ºC (346K)
600

400

200

0
15 25 35 45 55 65
VOLUME (mL)

Gráfico 4: Lei de Boyle: Expansão.

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De acordo com os dados retratados nas tabelas 4, 5 e 6, construiu-se o gráfico 4,


onde a partir do mesmo pode se afirmar a inexistência de uma relação linear entre a
pressão e o volume quando a temperatura é constante, concluindo dessa forma que a
pressão é inversamente proporcional ao volume porque a quantidade de ar no cilindro
não alterava, assim a medida que expandia o ar as moléculas do mesmo ficavam mais
distantes umas das outras diminuindo o número de colisões e a pressão dentro do
cilindro.
Nota-se também uma sobreposição das isotermas de temperatura 23ºC e 73ºC
devido a repetição na medição da pressão para temperatura 73ºC e durante a mesma o
sistema arrefeceu de modo que a temperatura não se manteve constante durante todo o
processo. Outro facto notório no gráfico 4 é a ordem incorreta das isotermas segundo a
idealidade, isto porque o ar é um gás real.

O factor de compressibilidade do ar na expansão é menor que 1, o que significa


que as forças atrativas predominam sobre ele. O encontro das isotermas de temperatura
23ºC e 73ºC é percetível no gráfico 5 abaixo, onde nota-se que a medida que a pressão
diminui, o factor de compressibilidade aumenta.

Lei de Boyle - Factor de compressibilidade -


Expansão
1600
1400
1200
1000 T1 = 23ºC (296K)
PRESSÃO (hPa)

T2= 48ºC (321K)


800 T3 =73ºC (346K)
600
400
200
0
0.0005 0.0007 0.0009 0.0011 0.0013 0.0015

Factor de compressibilidade

Gráfico 5: Lei de Boyle: Factor de compressibilidade - Expansão.

No gráfico 6 abaixo, nota-se a existência da relação linear entre a pressão e o


inverso do volume, comprovando a proporcionalidade directa entre eles. Verifica-se
uma irregularidade no gráfico na ordem das rectas isto porque o ar sendo um gás real

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apresenta uma tendência para se desviar da idealidade e de possíveis erros durante a


manipulação do embolo e imprecisão da medição do volume.

Lei de Boyle - Expansão


1600

1400 f(x) = 27544.5163783234 x + 91.4484513498582


R² = 0.999641452087078
1200 f(x) = 23813.7358058147 x + 114.507026070381
R² = 0.999626726299555
1000 T1 = 23ºC (296K)
PRESSÃO (hPa)

Linear (T1 = 23ºC (296K))


f(x) = 14516.6913005953 x + 269.512919818466
R² = 0.996404550466083 T2= 48ºC (321K)
800
Linear (T2= 48ºC (321K))
600 T3 =73ºC (346K)
Linear (T3 =73ºC (346K))
400

200

0
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07
1/VOLUME (mL)

Gráfico 6: Lei de Boyle: Expansão

 LEI DE CHARLES

ARREFECIMENTO VOLUME AQUECIMENTO VOLUME


T/(K) V(mL) T/(K) V(ml)
373 49 296 40
366 48 306 41
356 47 316 42
346 46 326 43
336 44
346 45
356 47
366 48
373 49
Tabela 7: Lei de Charles: arrefecimento e aquecimento à pressão constante.

Nos dados apresentados na tabela 7, sobre o aquecimento o volume tende a


aumentar a medida que a temperatura aumenta; outro ponto a considerar na tabela 7 é o
facto que no arrefecimento o volume diminui à diminuição da temperatura mostrando
uma relação proporcional directa entre a temperatura e o volume.

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Lei de Charles - Arrefecimento


60

55
Volume (mL)

50
f(x) = 0.109178164367127 x + 8.16856628674265
45 R² = 0.993521295740852

40

35
340 350 360 370 380 390
Temperatura (K)

Gráfico 7: Lei de Charles: Arrefecimento

No gráfico 7, observa-se a existência da relação linear entre a temperatura e o


volume, comprovando a proporcionalidade directa entre eles. Esta lei foi verificada com
um grau de eficiência de 99,3%.

Lei de Charles - Aquecimento


60

55
Volume (mL)

50
f(x) = 0.117198335644938 x + 4.99375866851596
45 R² = 0.990325936199722

40

35
290 310 330 350 370 390
Temperatura (K)

Gráfico 8: Lei de Charles: Aquecimento

De igual modo no gráfico 8, nota-se a relação linear entre a temperatura e o


volume, mostrando assim a proporcionalidade directa entre eles. Esta lei foi verificada
com um grau de eficiência de 99,03.

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V. CONCLUSÃO
Após a apresentação e discussão dos dados demostrados nas tabelas e gráficos
acima, conclui-se que os experimentos realizados apresentam resultados
satisfatórios e com alta precisão relativa em relação ás leis empíricas dos gases,
nomeadamente lei de Boyle e lei de Charles. Podemos notar também que estas leis
não se verificam no gás de estudo nem nas condições de temperatura e pressão em
que o gás se encontrava.
O factor de compressibilidade mostrou que o ar usado no experimento se
comporta como um gás real e que o mesmo tende a desviar-se da idealidade achado
nas teorias. Deste modo verificamos que as leis de Boyle e Charles são de facto leis
limites e só se aplicam em gases perante temperaturas altas e pressões baixas.

VI. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

1. ATKINS, PETER; PAULA, JULIO. Físico-Química. Volume 1, 9º edição.


Editora LTC.

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2. CHANG, Raymond; GOLDSBY, Kenneth. Química. Tradução de M. Pinho


Produtos Digitais. 11. Ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
3. POMBEIRO, A.J. LATOURRETTE. Tecnicas e operações unitárias em química
laboratorial. Lisboa: Editora da fundação Calouste Gulbenkian.
4. SIMÕES, J.A.M; CASTANHO, M.A.R.B,; et al, Guia de laboratório de química
e bioquímica. 2ª Edição Revista e Aumentada. Lisboa: Lideal, 2008.

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