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Mecânica dos fluidos

Medidores de vazão

Professor: Dr. Ricardo C. de Oliveira


Referência bibliográficas
• White, F.M.; Mecânica dos fluidos, McGraw Hill,
4º edição, 1999.

• Potter, M.C., Wiggert, D.C.; Mecânica dos


fluidos, Thomson Learning, 2004.

• Fox, R.W., McDonald, A.T., Pritchard, P.J.,


Introdução à Mecânica dos fluidos, LTC, 6º
edição, 2006.

• Çengel, Y.A.; Cimbala, John M. Mecânica dos


fluídos: fundamentos e aplicações. São Paulo:
McGraw-Hill, 2007.
1. Medidores para fluidos
 Quase todos os problemas práticos de
mecânica dos fluidos estão associados à
necessidade de medições precisas do
escoamento. É necessário medir as
propriedades locais (velocidade, pressão,
temperatura, massa específica, viscosidade,
intensidade de turbulência), propriedades
integradas (vazão em massa ou vazão
volumétrica) e propriedades globais
(visualização de todo campo de escoamento).
 Medições de velocidade local:
• Tubo de Pitot

 Medições de vazão volumétrica:


• Placa de orifício
• Tubo Venturi
• Rotâmetro
• Medidor Coriolis
2. Tubo Pitot

 Trata-se de um tubo delgado alinhado com o


escoamento usado para medir a velocidade local por
meio de uma diferença de pressão.
2. Tubo Pitot
 Tem orifícios laterais para medir a pressão estática da
corrente não perturbada e um orifício lateral para medir
a pressão de estagnação, onde a corrente é
desacelerada até velocidade zero.
2. Tubo Pitot
2. Tubo Pitot

Partindo da equação de Bernoulli (equação da


energia), temos:
  𝐏𝟏 𝟏 𝟐 𝐏𝟐 𝟏 𝟐
+ 𝐕 𝟏❑ + 𝐳 𝟏= + 𝐕 𝟐❑ + 𝐳 𝟐
𝝆. 𝒈 𝟐 . 𝐠 𝝆 . 𝒈 𝟐. 𝐠
 
𝟐 . ( 𝑷𝒆𝒔𝒕𝒂𝒈𝒏𝒂 çã 𝒐 − 𝑷𝒆𝒔𝒕 á 𝒕𝒊𝒄𝒂 )
𝑽 𝟏=
√ 𝝆
2. Tubo Pitot
 Exemplo 1: O tubo Pitot da figura abaixo usa
mercúrio como fluido manométrico. Quando é
colocado em um escoamento de água, a altura lida
no manômetro é h = 213 mm. Desprezando a
inclinação e outros erros, qual a velocidade de
escoamento da água, em m/s? Dados: e
2. Tubo Pitot
Exemplo 2: Um tubo de Pitot é empregado para
medir a velocidade da água no centro de um tubo. A
pressão de estagnação produz uma coluna de 5,67
mca e a pressão estática de 4,72 mca. Determinar a
velocidade do escoamento.
2. Tubo Pitot
Exemplo 3: O esquema abaixo descreve um Tubo de Pitot
localizado no centro de um duto de 200mm de diâmetro,
empregado para transferência de gasolina. Considerando o
coeficiente do medidor como unitário e a razão entre as
velocidades média e máxima como 0,8 para o intervalo de
interesse, a vazão de gasolina, em m3/s.
(Dados: ρH2O = 1000Kg/m3 ρgasolina = 667Kg/m3)
3. Placa de orifício
 A placa de orifício consiste num disco com um
orifício central com saída em ângulo que deve
ser montado concêntrico ao eixo do conduto
cilíndrico, provido de duas tomadas de
pressão, uma a jusante e outra a montante do
disco, conforme mostra a figura abaixo:
3. Placa de orifício
3. Placa de orifício

Tipos de placa de orifício

 Este tipo de placa de orifício é


usado para fluidos limpos sem
sólidos em suspensão, não
viscosos e onde a perda de
carga não é um fator importante
3. Placa de orifício

Tipos de placa de orifício

 Medição de mistura gás-


líquido ou vapor-líquido;
 Adequada para fluidos com
sólidos em suspensão, porém,
menos recomendável por
possuir menor capacidade de
drenagem;
 Utilizada em tubulações
horizontais
3. Placa de orifício

Tipos de placa de orifício

 Adequada para fluidos com alta


concentração de sólidos em
suspensão;
 coeficiente de descarga mais
instável;
 Menores números de Reynolds
que a excêntrica.
3. Placa de orifício

Vantagens
 Instalação fácil
 Econômica
 Construção simples

Desvantagem
 Alta perda de carga
3. Placa de orifício

Escoamento em placa de orifício para Re = 4.300.


3. Placa de orifício
3. Placa de orifício

Partindo da equação de Bernoulli (equação da


energia), temos:

  𝐏𝟏 𝟏 𝟐 𝐏𝟐 𝟏 𝟐
+ 𝐕 𝟏❑ + 𝐳 𝟏= + 𝐕 𝟐❑ + 𝐳
𝝆. 𝒈 𝟐 . 𝐠 𝝆 . 𝒈 𝟐. 𝐠
 
𝟐.∆ 𝐏
𝐕 𝟐=

√ ( ( ))
𝛒 𝟏−
𝐀𝟐
𝐀𝟏
𝟐
3. Placa de orifício
 
𝟐.∆ 𝐏
𝐕 𝟐=

Daí, a vazão será:


√ ( ( ))
𝛒 𝟏−
𝐀𝟐
𝐀𝟏
𝟐

 
𝟐.∆ 𝐏
𝑸 𝒕𝒆 ó 𝒓𝒊𝒄𝒂 = 𝐀 𝟐 .

√( ( 𝛒 𝟏−
𝐀𝟐
𝐀𝟏 ))
𝟐

Diversos fatores afetam o uso da equação Qteórica, tais como:


• Área na vena contracta é desconhecida;
• Efeitos por atrito podem ser significantes;
• Localização do ponto de tomada de pressão influencia a
leitura da pressão diferencial;
3. Placa de orifício

𝟐.∆ 𝐏
 

𝑸 𝒓𝒆𝒂𝒍 = 𝐊 . 𝐀 𝟐 .

𝝆

em que K é o coeficiente de vazão e

  𝑪
𝐊=
𝟒
𝑫𝟐
√ 𝟏−

C é o coeficiente de descarga
( 𝑫𝟏 )
3. Placa de orifício

Para Re = 1000 e razão diâmetro do


orifício e diâmetro do tubo de 0,60, Co =
0,77.
3. Placa de orifício
3. Placa de orifício

Figura: Coeficiente de
descarga para placa de
orifício com tomada D =
½D
3. Placa de orifício
Exemplo 4: Água escoa através de um duto com
uma placa de orifício numa vazão de 0,1m3/s. Na
seção 2 o diâmetro do tubo é 25 cm e, na seção 1
o diâmetro é 16,5 cm. Determine a queda de
pressão.
3. Placa de orifício
 Exemplo 5: Em uma placa de orifício com as
dimensões da figura abaixo, está escoando, em
regime turbulento (Re = 30.000), água a temperatura
ambiente. O manômetro () está marcando uma
diferença de altura de 20 cm. Qual a velocidade real
logo depois de passar na placa de orifício?
3. Placa de orifício
Exemplo 6
4. Medidor Venturi
 O tubo de Venturi é um aparato usado medir a velocidade
do escoamento e a vazão de um líquido incompressível
através da variação da pressão durante a passagem deste
líquido por um tubo de seção mais larga e depois por outro
de seção mais estreita.

 Se o fluxo de um fluido é constante, mas sua área de


escoamento diminui então necessariamente sua
velocidade aumenta. Para o teorema a conservação da
energia se a energia cinética aumenta, a energia
determinada pelo valor da pressão diminui.
3. Placa de orifício
3. Placa de orifício

As principais partes que constituem o Tubo de Venturi são:


(i) o cilindro de entrada, onde se faz a medida de alta
pressão; o cone (convergente) de entrada, destinado a
aumentar progressivamente a velocidade do fluido;
(ii) a garganta cilíndrica, onde se faz a tomada de baixa
pressão;
(iii) o cone de saída, que diminui progressivamente a
velocidade até ser igual à de entrada.
4. Medidor Venturi
• Comparado à placa de orifício é o que apresenta
menor perda de carga do escoamento da
tubulação.

• Não há formação de vena contracta, ou seja, a


área efetiva do escoamento é aproximadamente
igual à seção da garganta.
4. Medidor Venturi

Partindo da equação de Bernoulli (equação da


energia), temos:
  𝐏𝟏 𝟏 𝟐 𝐏𝟐 𝟏 𝟐
+ 𝐕 𝟏❑ + 𝐳 𝟏= + 𝐕 𝟐❑ + 𝐳
𝝆. 𝒈 𝟐 . 𝐠 𝝆 . 𝒈 𝟐. 𝐠
𝟐
 
𝑨𝟏
∆ 𝑷=
𝟏
𝟐
𝛒𝐕
𝟐
𝟏❑
[( 𝑨𝟐 ) −𝟏
4. Medidor Venturi

e da equação anterior obtém-se:

 
𝟐.∆ 𝐏
𝐕 𝟏=

√ 𝛒
𝐀𝟏
𝟐

(( ) )
𝐀𝟐
−𝟏
4. Medidor Venturi
Exemplo 6: A figura abaixo ilustra um escoamento em
regime permanente em um Venturi. Considere que o fluido
manométrico é o mercúrio e que os pesos específicos
envolvidos no problema valem γHg = 140.000 N/m3 e γágua =
10.000 N/m3. Supondo as perdas por atrito desprezíveis,
propriedades uniformes nas seções e g = 10 m/s2,
determine a velocidade da água, em m/s, na seção 2.
4. Medidor Venturi
 Exemplo 7: A água, comportando-se como um fluido
incompressível, escoa através de uma tubulação horizontal de diâmetro
d, conforme ilustra a figura abaixo. Em determinado ponto da
tubulação, foi acoplado um dispositivo medidor de vazão. Esse
dispositivo consiste de um mecanismo que reduz o diâmetro disponível
para o escoamento em uma região do tubo, temporariamente, para d/2,
e um manômetro de mercúrio cujos braços são acoplados em duas
regiões da tubulação, uma delas de diâmetro normal e a outra de
diâmetro reduzido, conforme representado na figura. Considerando o
sistema descrito e a densidade do mercúrio como sendo 13,6 vezes
maior que a densidade da água, Mostre que se o desnível de mercúrio
nos braços do manômetro for igual a h e os efeitos de perda de carga
forem desprezados, então a velocidade V de escoamento da água na
tubulação de diâmetro d pode ser calculada por meio da expressão ,
em que g representa o valor da aceleração da gravidade e , a densidade
da água.
4. Medidor Venturi
Exemplo 9:
5. Medidores de área variável

 
A desvantagem dos medidores de
restrição de área é que a saída () não é
linear.

 Vários medidores de área variável


produzem saídas diretamente
proporcionais à vazão.
5. Medidores de área variável
5.1 Rotâmetro
• O rotâmetro consiste em um tubo afunilado no
qual o escoamento é dirigido verticalmente para
cima. Uma bóia move-se para cima ou para baixo
em resposta à vazão até que uma posição seja
alcançada, na qual a força de arrasto na bóia
esteja em equilíbrio com seu peso submerso.
5. Medidores de área variável
5.1 Rotâmetro
5. Medidores de área variável
5.2 Medidores turbina
 Consiste em uma hélice montada dentro de um
duto, que é girada pelo escoamento do fluido. A
velocidade angular da hélice está correlacionada
à descarga.
5. Medidores de área variável
5.2 Medidores turbina
5. Medidores de área variável
5.3 Fluxômetro de aceleração Coriolis

Vejamos ao vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=7dp8PO-_BdA
5. Medidores de área variável
5.4 Medidores ultrassônicos

Vejamos ao vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=68Q47lEcVgI
5. Medidores de área variável
5.5 Medidores de vórtice

Vejamos ao vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=8b_CZiYZG2Y
5. Medidores de área variável
5.6 Medidores eletromagnéticos

Vejamos ao vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=-XD0LmJyYJQ
5. Medidores de área variável
5.7 Medidores térmico

Vejamos ao vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=tT0B0hwOMc8

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