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A eletricidade que move o mundo é a mesma que

passa sutil e despercebida por entre nós.

Eduardo Soares
SUMÁRIO
COMANDOS ELÉTRICOS 04

PRINCIPAIS SIMBOLOGIAS DOS


COMANDOS ELÉTRICOS 05
Botoeiras 05
Contatores 06
Disjuntor 06
Fusíveis 07
Sinaleiros 07
Relés 08

DISPOSITIVOS DE COMANDO,
SINALIZAÇÃO E AUXILIARES 09
Botoeiras 09
Contato de Selo 22
Relés 26
Contatores 36
Sinalizador 39

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 41
Fusíveis 41
Disjuntores 50

PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE


UTILIZAÇÃO DE DISJUNTOS EM
UMA INSTALAÇÃO DOMÉSTICA 65

RELÉ TÉRMICO 68
COMANDOS ELÉTRICOS
A eletricidade é a principal responsável pelo
nosso modo de vida, desde a comunicação à
distância, desenvolvimento das indústrias e o
surgimento da internet. O seu estudo é
dividido geralmente em 4 áreas: geração,
transmissão, distribuição e consumo.

Os comandos elétricos utilizam a energia,


para transformá-la em parte de um produto,
sendo sua principal função o acionamento de
máquinas e equipamentos elétricos, como os
motores por exemplo, que são bastante
comuns em indústrias.

Outros exemplos comuns de comandos


elétricos são os utilizados em: elevadores,
tornos, fresas, esteiras rolantes dentre outros.

Circuito de cargas: Esse circuito pode ser


monofásico, bifásico ou trifásico, onde as
cargas elétricas utilizadas é sua potência
total.

Circuito de comandos: O circuito de


comandos ou de controle é onde os
dispositivos de acionamento e sinalização
são encontrados, ele possui uma
combinação de elementos que executam o
acionamento das cargas e sinaleiros.
04
PRINCIPAIS SIMBOLOGIAS
DOS COMANDOS ELÉTRICOS
Os comandos elétricos mais comuns são feitos
por um circuito de força, que pode ser
monofásico, bifásico ou trifásico e um circuito
de comando, onde fica o acionamento dos
dispositivos de sinalização.

É com o acionamento através dos comandos


elétricos que as máquinas elétricas conseguem
funcionar normalmente.

Botoeiras:

As botoeiras funcionam interrompendo ou


permitindo a passagem da energia elétrica a
partir do momento que ela for acionada.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

05
Contatores:

O contator é um dos principais componentes


do comando elétrico, e sua função é controlar a
passagem de altas correntes, possuindo as
configurações de contatos NA (Normalmente
Aberto) e NF (Normalmente Fechado).
Existem dois tipos: contatos de potência ou
carga e contatos auxiliares ou de comando.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

Disjuntor:

São utilizados para proteção dos circuitos de


carga e comando. Eles possuem sistemas de
proteção e manobra que liga e desliga o
circuito em um único equipamento, protegendo
o circuito elétrico contra curto-circuito e
sobrecarga.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

06
Fusíveis:

Os fusíveis estão presentes nas instalações


elétricas de estabelecimentos, automóveis e
residências. A função deste componente é a de
proteção do circuito contra curtos-circuitos.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

Sinaleiros:

O sinaleiro é utilizado para sinalizar e indicar


o estado do circuito elétrico. Funciona quase
com dependência mútua da botoeira.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

07
Relés:

Os relés funcionam como chaves de comando,


que em função da sua alimentação na entrada,
podem alterar os circuitos ligados na sua
saída. Existem vários tipos de relés: relé
temporizador, relé térmico e o relé de falta de
fase.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

Relé Temporizador ON/OFF DELAY

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

08
DISPOSITIVOS DE COMANDO,
SINALIZAÇÃO E AUXILIARES
BOTOEIRAS

Chamadas também de forma genérica como


botão de comando, se a função da botoeira for
ligar, quando ela for acionada e o circuito
estiver desligado, ela irá ligar, caso a sua
função seja desligar, o circuito será desligado
após o seu acionamento.

Ela funciona através de pulsos. Isso significa


que enquanto não é acionada, a botoeira
funciona como um circuito aberto ou um
circuito fechado, respectivamente, mudando
seu estado enquanto o quando o botão é
pressionado.
09
Em algumas se encontra presente um
dispositivo de retorno por mola que após ser
acionado retorna para a posição original
(botões pulsadores).

Existem botoeiras com diferentes modelos,


dentre eles:

Botoeiras com contatos NA (Normalmente


Aberto) ou NF (Normalmente Fechado);
Botoeiras com retenção ou sem retenção;
Botoeiras liga/desliga conjugado;
Botoeiras cogumelo ou botão de
emergência;
Botoeiras com chave;
Os contatos de selo.

Símbolos Gráfico:

Botoeira NA

Botoeira NA com
retorno de mola

Botoeira NF

Botoeira NF com
retorno de mola

10
Modelos de Botoeiras
Botoeira com retenção

Essa botoeira quando é apertada não tem o


retorno para a posição inicial. Para voltar ao
estado inicial deve-se pressioná-lo novamente,
ou apertar um segundo botão que destrava o
primeiro.

Uma desvantagem do seu uso é que, no caso


de falta de energia no momento que o circuito
estiver em funcionamento, o botão
permanecerá na posição ligado.
11
Com isso, quando houver o restabelecimento
da energia, o circuito irá voltar a funcionar
automaticamente.

Portanto, se um relé de proteção atuar


desligando o circuito que possua esse tipo de
botão, ao corrigir a falha, o funcionamento do
circuito se restabelecerá.

Podendo causar prejuízos no funcionamento


interno de algum componente de proteção ou
até trazer risco aos trabalhadores que operam
neste sistema ou máquina.

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Botoeira sem retenção

Conhecido também como botão pulsante, é o


modelo mais utilizado. É usado para enviar um
pulso de comando para algum componente da
máquina ou equipamento.

Quando este botão é usado em comandos


analógicos deve ser ligado através de um
contato de selo. Caso não seja, o seu
funcionamento será temporário.

Este modelo é usado pela segurança


proporcionada por ele em caso de falta de
energia elétrica. Pois o contato de selo do seu
circuito é desligado com a falta de energia,
sendo possível sua religação apenas se
acionado novamente.

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Botoeira com Chave

Funciona como uma botoeira de emergência,


nesta botoeira é necessário que uma chave
destrave o sistema para ocorrer o retorno dos
contatos à posição inicial.

14
Botoeira Cogumelo

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É um botão de emergência, que é utilizado
para desligar o comando em caso de algum
sinistro como por exemplo, incêndio, acidente,
pane elétrica, dentre outros.

Esse botão contém algumas características


importantes: primeiramente a sua cor, e
segundo é necessário que seu acesso seja fácil,
desobstruído e seguro, de forma com que
qualquer pessoa possa acionar.

Este botão funciona por pressão, possuindo


uma trava com retenção.

Para que este botão retorne à posição inicial é


necessário girar o botão de modo a promover o
destravamento, isso possibilita que o
dispositivo seja mais seguro evitando
manobras de religamento acidental.

Geralmente seus contatos de proteção são NF,


utilizados para desligar o circuito e NA, para
sinalizar a condição de emergência.

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Botoeira Liga e Desliga

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Possui dois atuadores de botão sem retenção
em apenas um cabeçote.

Em sua ligação é normalmente usados um


contato de selo para que o circuito permaneça
ligado.

Esse modelo possui ambos acionamentos no


mesmo botão onde os contatos são divididos,
um lado possuindo o botão liga na cor verde e
o outro lado possuindo o botão desliga na cor
vermelha.

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Cores de Botões
As cores das botoeiras têm uma função para a
segurança dos profissionais que manipulam
máquinas e equipamentos elétricos.

As normas NR26 e NR12 padronizaram as


cores de trabalho, onde o profissional
identifica o fluxo de funcionamento de uma
máquina ou sistema observando as cores dos
botões.

Verde: Arranque, ligar e partida.

Preto: Arranque, ligar e partida.

Vermelho: Parar, desligar e botão de


emergência.

Amarelo: Inverter sentido, cancelar


operação, eliminar condição perigosa.

Azul: Qualquer função que não as anteriores.

Branco: Qualquer função que não as


anteriores.
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Partes das Botoeiras
Existem vários tipos de botões de comando,
que são compostos por um elemento frontal de
comando (cabeçote) e o bloco de contatos.

A grande maioria das botoeiras utilizam o


princípio de montagem modular, onde há
possibilidade de adaptar vários blocos de
contato no cabeçote do botão do comando
elétrico. Este princípio de montagem de
contatos no cabeçote é denominado blocos de
contatos intercambiáveis.

Cabeçote

Bloco de Contato

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Bloco de contato: é um elemento constituído
por um corpo isolante, contatos móveis,
contatos fixos e bornes para conexão.

Corpo Isolante: O corpo isolante serve para


envolver os contatos e sustentar os bornes
para a conexão. Ele é feito de um material
termoplástico isolante com boa resistência
mecânica.

Contatos: Os contatos são os elementos


responsáveis pela continuidade da corrente
elétrica do circuito, são normalmente em
forma de pastilha de liga de prata, tanto nas
partes fixas como nas partes móveis.

Isso garante uma alta capacidade de ruptura


do arco elétrico, o que acarreta uma vida mais
longa para os contatos.

Bornes para conexão: Os bornes para a


conexão são elementos que estabelecem a
ligação dos condutores nos contatos fixos.

A fixação dos cabos através de bornes de


conexão são por parafuso ou através de
pressão, que dispensa o uso de chaves de
aperto.

21
Contato de Selo

Contato normalmente
aberto (NA)

Contato normalmente
fechado (Nf)

Contato normalmente
aberto (NA)

22
O contato de selo basicamente é usado para
intertravamento das botoeiras com retenção,
através da auto-alimentação do contator no
comando elétrico.

O contato de selo é executado nos contatos


auxiliares do contator. Esses contatos abertos
(NA) são utilizados para manter a alimentação
do comando, mesmo depois que a botoeira
voltar para a sua posição original.

Pode ser usando também nos contatos


auxiliares do contator, sendo denominado de
intertravamento elétrico.

Quando você impede o segundo contator de


funcionar através dos contatos auxiliares, isso
faz com que um dos contatores não funcione
enquanto o outro estiver acionado.

Este intertravamento é chamado também de


intertravamento magnético, mas há também o
intertravamento mecânico, que é feito por uma
peça que acopla os dois contatores.

O contato de selo mantém o comando ligado,


ou seja, ao acionar uma botoeira sem retenção,
ao soltar o dedo do botão ela voltará para a
posição original e interrompendo o seu
acionamento.

23
Ele possui uma proteção que se tornou uma
grande vantagem em comparação com estas
outras botoeiras e chaves seletoras.

Quando a chave seletora é acionada, ela se


mantém ligada até realizarem o seu
desligamento, mesmo que acabe a energia.
Assim quando a energia voltar, a chave
seletora continua na sua posição e deixará a
energia passar pela máquina ou equipamento,
ligando-a novamente.

Contudo o contato de selo não deixará isso


acontecer, pois o contato que faz a “auto-
alimentação” é um contato normalmente
aberto e só é fechado pela atração magnética
da bobina elétrica do contator.

Portanto, se acontecer uma queda de energia o


contato voltará para a sua posição aberta,
precisando de um novo pulso na botoeira (NA)
para realizar novamente a sua função como
contato de selo.

O elemento de acionamento que é conectado


aos contatos pode receber os seguintes nomes:
cabeçote, atuador ou elemento frontal. É
através do elemento frontal da botoeira que
um operador manipula e comanda uma
máquina ou sistema elétrico.

24
Tipos de contatos

Cada bloco de contato pode possuir três tipos


de contatos:

Contatos NA (português) ou NO (inglês):


Estes contatos ficam em repouso na
posição aberta, o que impede a passagem
de corrente elétrica. Quando são acionados
se fecham, permitindo a passagem de
corrente elétrica.

Contatos NF (português) ou NC (inglês):


No estado de repouso, estes contatos ficam
na posição fechada, o que permite a
passagem de corrente elétrica. Quando
acionados se abrem, impedindo a
passagem de corrente elétrica.

Contatos Comutadores: Possuem um


contato comum em um lado e no lado
oposto dois contatos de saída, um NA e
outro NF. Permitindo uma comutação
entres as duas saídas, selecionando linhas
de comandos distintas em um circuito.

25
RELÉS

Relé é um interruptor eletromecânico, que


funciona quando uma corrente circula pela
bobina, e gera um campo eletromagnético que
atrai uma série de contatos, estes contatos
fecham ou abrem os circuitos.

Ao interromper a corrente elétrica que passa


pelas bobinas o campo eletromagnético
também é interrompido, com isso, os contatos
voltam para suas posições originais.

As partes básicas que o compõe os relés são:

Eletroímã ou bobina: que é um fio de


cobre que envolve um núcleo de ferro,
oferecendo um caminho de baixa
relutância para o fluxo magnético;

26
Armadura fixa: atua como suporte;

Armadura móvel: desloca devido a atração


do campo eletromagnético induzido no
núcleo, sendo este movimento responsável
pelos movimentos dos contatos;

Conjuntos de contatos, NA e NF;

Mola de rearme;

Terminais: que varia de acordo com a sua


aplicação.

Existem configurações para os contatos dos


relés, podendo ter contatos normalmente
abertos (NA), normalmente fechado (NF) ou
ambos. Os contatos NA são aqueles abertos no
momento que a bobina não está energizada e
que fecham, quando são acionados. Os
contatos NF funcionam de maneira contrária
aos NF, pois eles abrem quando a bobina é
energizada.

Uma das vantagens dos Relés é que os


contatos que acionam o circuito de carga estão
completamente isolados do circuito de
comandos, podendo trabalhar com tensões
diferentes entre circuitos de comando e
circuitos de carga.

27
A principal desvantagem do relé é o fator do
desgaste, pois em todo o componente mecânico
há uma vida útil.

É necessário verificar as limitações dos relés


em relação a corrente e tensão máxima
suportadas entre os terminais, para não
comprometer a vida útil do dispositivo e do
circuito.

Os relés são classificados como:

Abertos: são usados em equipamentos, que


não estejam sujeitos a elementos que
prejudiquem o dispositivo, como por
exemplo a umidade ou sujeira.

Fechados: utilizados na maioria das


aplicações comuns, que são normalmente
cobertos por plástico.

Selados: utilizados em atmosferas onde há


o risco de explosões.

Existem diversos tipos de relés, cada um com


suas características de funcionamento e
aplicações, tais como: relé temporizador, relé
térmico e relé de proteção.

28
Relé Temporizador

O relé temporizador, timer ou relé de tempo,


pode ser definido como um dispositivo que é
capaz de fazer processos de comutação através
da manipulação de tempo antes, durante ou
após o seu acionamento, realizando funções
como:

Prolongamento de impulso;

Retardo na desenergização;

Auxiliar na reversão de motor;

Auxílio na automação e sincronismo


industrial;

Retardo na energização;

Padronização de sinais para CLP;

Prevenção de sobrecarga no sistema de


potência;

Pulso na energização e outras.

São usados em áreas industriais, tanto em


processos produtivos microprocessados quanto
em processos produtivos com eletrônica
convencional.
29
Temporizador com retardo na desenergização
(off delay)

Esse tipo desenergiza o circuito após o tempo


configurado nele, ou seja, após a energização
da sua bobina, esse relé comuta os seus
contatos imediatamente e dá início ao processo
de contagem do tempo que foi ajustado nele.

Assim que esse tempo programado chega ao


fim, os contatos que foram comutados voltam
para as suas posições originais, cessando a
passagem de corrente para o circuito que
estava ligado.

Temporizador com retardo na energização


(on delay)

Ele energiza o circuito após o tempo


configurado nele. No momento que a bobina é
energizada, ele inicia o processo de contagem
do tempo que foi ajustado nele.

Quando o tempo programado acaba, o relé


realiza a comutação dos seus contatos, os
deixando nesta posição até que a energia seja
cortada.

30
Temporizador estrela-triângulo

Quando ele recebe a alimentação e a bobina é


energizada, a comutação dos seus contatos
estrela acontece imediatamente.

Quando o tempo que foi programado finaliza,


os contatos estrela retornam para a sua
posição original, e quando isso acontece, o relé
inicia uma nova contagem de tempo.

E ao chegar no final dessa nova contagem, os


contatos triângulo se comutam, permanecendo
assim até o interromper a alimentação.

Temporizador com pulso na energização

Esse temporizador trabalha com a energização


temporária. Os seus contatos comutam no
momento que ele recebe energia da fonte de
alimentação, mas simultâneo à isso, a
contagem do tempo ajustado também começa.

Quando o tempo termina, os contatos


comutados retornam para as suas posições
iniciais.

31
Temporizador cíclico

Esse temporizador trabalha com duas


programações de tempo, quando é alimentado
e a sua bobina é energizada, os contatos do
relé se comutam na hora e depois de um
determinado tempo, voltam para as suas
posições originais.

Esse processo de comutação e volta para a


posição original se repete, criando um ciclo até
que a energia seja interrompida. Então, as
duas regulagens são:

Tempo que será ajustado para que os


contatos permaneçam comutados;

Tempo que será ajustado para que os


contatos permaneçam nas posições
originais.

Temporizador Cíclico Temporizador


estrela-triângulo
32
Relés de Proteção ou Relé Falta de Fase

Trabalham sob o funcionamento de correntes


elétricas e cria campos eletromagnéticos que
podem provocar mudanças de estados dos
contatos para ligar ou desligar dispositivos,
eles conseguem medir grandezas de tensão,
isolamento, temperatura, sequência de fase e
outros. Um exemplo de relé de proteção é o
relé falta de fase.

Esse relé é um dispositivo de proteção para o


motor elétrico trifásico e para o circuito de
comando, pois com a falta de alguma das fases
da rede de distribuição, o motor pode queimar
durante o funcionamento.

Além da função de falta de fase, alguns são


capazes de identificar:

A tensão incompatível com os níveis


mínimo e máximo;

A falta do neutro;

A inconsistência de uma das fases;

A sequência incorreta das fases;

A assimetria nos ângulos de defasamento


das fases.
33
São compostos pelo circuito eletrônico de
monitoramento das fases, microprocessador,
relé interno e contato comutador.

O contato comutador é um tipo diferenciado de


contato, pois ele consegue assumir a função de
um contato aberto (NA) e um contato fechado
(NF) ao mesmo tempo.

Quando o relé falta de fase é instalado no


circuito, ele recebe as três fases (R, S e T) nos
seus bornes de entrada L1, L2 e L3. Quando
as fases estiverem com seu funcionamento
pleno, o relé falta de fase permite o
funcionamento do circuito.

Caso alguma das três fases do sistema deixe


de funcionar, o circuito eletrônico detecta essa
falha. O microprocessador envia sinal para o
relé interno que comuta os contatos, fazendo
com que o circuito pare de funcionar.

34
Relés Térmicos

Os relés térmicos, conhecidos como relés de


sobrecarga, é um dispositivo de proteção
responsável por proteger os motores elétricos
de possíveis falhas. A mais comum é o
sobreaquecimento do motor elétrico.

Quando o motor trava o seu eixo ou está


trabalhando com muita carga, ele solicita mais
corrente da rede para tentar compensar o
peso, deste modo o motor acaba tendo que
trabalhar com especificações que ele não
suporta.

Veremos mais detalhadamente esse tipo de


relé no capitulo Dispositivos de Proteção.

35
CONTATORES

É o principal dispositivo eletromecânico em


um comando elétrico, e sua função principal é
controlar a passagem de altas correntes,
possuindo também as configurações NA e NF.

São compostos por uma bobina que produz um


campo magnético que proporciona movimento
realizando uma mudança de estado dos
contatos, quando energizados os que estavam
abertos quando desenergizado fecham e os que
estavam fechados abrem.

36
Um dos motivos da utilização dos contatores
para elétrica de potência é o fato da bobina ser
eletricamente isolada dos contatos, sua
influência se dá pelo eletromagnetismo.

Desse modo, com uma corrente da ordem de


poucos miliampères é possível manobrar
cargas que consomem dezenas de amperes,
garantindo segurança ao operador que se
mantém isolado das grandes cargas.

37
Tipos de contatores

Os contatores possuem dois tipos de contato:


potência ou principal (alta corrente) e
auxiliares ou de comando (baixa corrente). Os
contatos são mesclados entre NA e NF que
podem variar de acordo com o fabricante e a
necessidade.

Esses dois tipos de contatores são


semelhantes. O que os diferencia são algumas
características mecânicas e elétricas:

Maior robustez de construção;

Possibilidade de receberem relés de


proteção;

Câmara de extinção de arco Voltaico;

Variação de potência da bobina do


eletroímã de acordo com o tipo do
contator,

Dois tipos de contatos com capacidade de


carga diferentes.

Os contatores auxiliares são usados para


aumentar o número de contatos auxiliares dos
contatores de motores, para comandar
contatores de elevado consumo na bobina,
evitar repique e para sinalização.
38
SINALIZADOR

Os sinalizadores são identificados por cores:

39
Em comandos elétricos sinalização é a forma
visual ou sonora de se chamar a atenção do
operador, podendo ser do tipo luminoso ou
sonoro.

Pode ser uma falha no motor, o acionamento


de uma máquina específica, ou qualquer outra
circunstância que seja prevista pelo projetista,
qualquer tipo de sinistro será acionado um
sinalizador no painel.

Simbologia

Sinaleiro Luminoso

Sinaleiro Sonoro

40
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS

Estão presentes nas instalações elétricas


residenciais, estabelecimentos, industrias e
carros. São dispositivos de segurança que
protegem os circuitos elétricos contra os danos
que podem ser causados por uma sobrecarga
de corrente elétrica.

No seu interior, há um fio de chumbo ou


estanho de dimensões variadas, feito para
suportar um determinado limite de
temperatura e, então, derreter, interrompendo
o circuito da corrente elétrica.
41
A principal finalidade dos fusíveis é tornar um
circuito elétrico seguro. A eletricidade pode
causar muitos danos e provocar acidentes se
não for utilizada da maneira correta.

Os circuitos elétricos às vezes podem ter


curtos-circuitos ou sobrecargas de energia.

Os fusíveis também são úteis para proteger os


circuitos de sobrecargas. As sobrecargas são
oriundas da rede de distribuição de energia
elétrica, entretanto, podem acontecer em
circuitos elétricos mal dimensionados.

Um curto-circuito é quando há uma conexão


de baixa resistência entre os pólos de um
dispositivo elétrico ou eletrônico.

Em termos técnicos, é quando ocorre uma


redução grande e inesperada da capacidade de
um circuito elétrico.

Uma sobrecarga é quando a intensidade de


corrente de um circuito ultrapassa o valor para
o qual ele foi dimensionado. Ou seja, quando
ultrapassa a quantidade de corrente que ele é
capaz de suportar.

42
A velocidade de ação do fusível depende do
material utilizado na fabricação. Isso porque o
tempo que ele leva para se fundir é
proporcional ao quadrado da corrente aplicada
e da inércia térmica do material do elo.

Essa velocidade pode ser muito rápida, rápida,


média, lenta ou muito lenta.

Os fusíveis podem ser feitos de materiais


diferentes e ter diferentes limites de carga.

É composto por base, porta fusível, anel de


proteção, fusível e o indicador.

As principais características do fusível são:

Corrente nominal: valor de corrente que o


fusível suporta sem interromper o circuito.

Tensão nominal: é a tensão para o qual o


fusível foi desenvolvido.

Corrente de ruptura (KA): valor máximo de


corrente que o fusível consegue interromper.

Corrente de curto-circuito: valor de corrente


máxima que deve ser interrompida pelo fusível
assim que atingida.

43
Curva característica: é a apresentação da
relação entre o tempo necessário para a
interrupção devido a corrente. Ela determina
se o fusível é rápido ou retardado, dependendo
do tempo de atuação.

Elo fusível: o elo do fusível pode ser feito de


chumbo ou estanho.

Existem diversos tipos de fusíveis no mercado


com variados intervalos de corrente elétrica,
porém, todos desempenham a mesma função
que é interromper a passagem de corrente
elétrica mediante a fusão de um elo condutor.

O modelo mais comum é conhecido como


Diazed. Sua principal aplicação é a segurança
de circuitos elétricos residenciais, cujas
correntes elétricas variam entre 2 A e 63 A.
Esse tipo de fusível apresenta um formato
cilíndrico e é facilmente encontrado em um
grande número de residências.

44
Existe uma categorização das classes de
serviço dos fusíveis, que recebem duas letras
para sua classificação. A primeira é minúscula
e indica se o fusível protege apenas contra
curto-circuito ou se protege também contra
sobrecarga. Já a segunda letra é maiúscula e
indica para que tipo de circuito aquele fusível é
indicado.

Classificações de fusíveis:

Fusível NH: são utilizados para proteger


instalações elétricas industriais de
sobrecorrentes de curto-circuito.

A categoria de utilização é “gL/gG”, e podem


ter seis tamanhos diferentes. Atendendo
correntes nominais de 6 a 1250A. São
limitadores de corrente e possuem alta
capacidade de interrupção (120KA em até
690VCA).

45
Fusível D: são utilizados para proteger
instalações elétricas de curto-circuito.

A categoria de utilização é “gL/gG” e


possuem 3 tamanhos diferentes. Atendem a
correntes nominais de 2 a 100A, com
capacidade de interrupção de 20A – 100kA e
de 25 a 63A – 50 a 70 kA.

Fusíveis ultra rápidos: São utilizados para


proteger circuitos retificadores e conversores
de frequência.

46
Funcionamento dos Fusíveis

No seu interior existe um fio de chumbo ou


estanho, cujas dimensões (área transversal e
comprimento) são calculadas para que ele
suporte certa corrente elétrica máxima.

Portanto se a corrente elétrica ultrapassar


esse valor máximo, o fio derreterá e o circuito
será interrompido, sem que maiores danos
sejam causados aos demais componentes
conectados.

A escolha do chumbo ou do estanho como


material para confecção dos fusíveis é porque
esses metais apresentam baixo ponto de fusão
(derretem em temperaturas não muito
elevadas).

Lâmina de estanho

Encapsulamento Isolante

Contatos Terminais

47
O derretimento do fio de chumbo presente no
interior dos fusíveis ocorre devido ao efeito
Joule. No efeito Joule, a passagem da corrente
elétrica faz com que os átomos da rede
cristalina do metal fiquem mais agitados. O
efeito macroscópico dessa agitação é o
aumento da temperatura do fio.

48
As dimensões do fio utilizado no interior do
fusível afetam a resistência elétrica desse fio.
Ele é inversamente proporcional à área
transversal do fio, ou seja, quanto mais
“grosso” é o fio, menor será a sua resistência,
consequentemente, a passagem da corrente
elétrica através desse fio dissipará menos calor
e o fusível suportará maiores intensidades de
corrente elétrica.

Esse comportamento é descrito pela 2ª lei de


Ohm, confira:

Na fórmula, R corresponde à resistência


elétrica do fio de chumbo; ρ, à resistividade do
material; l é o comprimento do fio; e A é a
área transversal do fio.

49
DISJUNTORES

É um dispositivo que possuí a mesma função


do fusível, ou seja, sua principal característica
é proteger o circuito de um curto-circuito ou
sobrecarga atuando como uma chave,
interrompendo a passagem de corrente.

Resumindo, quando a corrente elétrica que


passa por ele ultrapassa o seu valor nominal,
ele interrompe o circuito impedindo o
fornecimento de energia para as cargas do
circuito, evitando que o circuito danifique.

Ele é basicamente um interruptor automático,


que ao identificar um valor de corrente elétrica
que ele foi projetado para acionar, o mesmo
abre o circuito em que ele foi instalado. Ele
atuará quando houver pico de corrente,
sobrecarga e curto-circuito, sendo fundamental
um correto dimensionamento do circuito e dos
componentes.
50
Tipos de Disjuntores

Existem diversos tipos e modelos de


disjuntores, porém são distintos. O que irá
diferenciá-los são as suas curvas
características e onde serão aplicados.

Tudo isso será determinado de acordo com a


carga e circuitos que serão alimentados como
por exemplo, motores, ar condicionado,
máquinas elétricas, disjuntores gerais, e
também se o circuito será monofásico, bifásico
ou trifásico.

Disjuntor Magnético Disjuntor Térmico Disjuntores


termomagnéticos

51
Disjuntor Magnético

Diferente do disjuntor térmico, esse consegue


atuar contra curto-circuitos com um tempo de
resposta adequado.

Nesse disjuntor a corrente elétrica, passa por


uma bobina elétrica, gerando um campo
eletromagnético em torno dela mesmo. Assim,
o campo eletromagnético aumenta a sua
intensidade a medida que a corrente aumenta.

Quando o campo eletromagnético atinge uma


determinada intensidade, ele é capaz de atrair
magneticamente um contato que interrompe o
circuito. Portanto, quando a corrente elétrica
ultrapassa o limite máximo do disjuntor, a
bobina cria um campo eletromagnético que
desarma o disjuntor. Isso ocorre em uma
velocidade muito alta, evitando que o curto-
circuito cause maiores danos ou até incêndios.

A grande vantagem desse sistema é a


velocidade de interrupção que é quase
instantânea, que permite o disjuntor se
proteger tanto de curto circuitos, quanto de
sobrecarga. Na proteção de sobrecarga, ele
não terá tanta precisão como o disjuntor
térmico, já que a carga terá que exceder muito
o limite. A desvantagem é ter um custo mais
elevado que o disjuntor térmico.

52
Disjuntor Térmico

O disjuntor térmico funciona a partir de um


contato em uma lâmina, que possui um
determinado coeficiente de dilatação. Quando
uma corrente mais alta do que o limite flui por
esse contato, a lâmina aquece e começa a se
deformar, até abrir o contato e interromper a
corrente do circuito.

A desvantagem desse tipo de disjuntor, é que


ele protege somente contra sobrecarga, não
sendo possível usar um disjuntor térmico para
proteção contra curto-circuito, pois a
deformação da lâmina não é instantânea.

A atuação do disjuntor térmico demora um


certo tempo para acontecer, não sendo rápida
o suficiente para proporcionar segurança em
casos de curto-circuítos.

Esse componente é geralmente utilizado para


proteger um circuito contra sobrecargas
prolongadas, que podem causar um
superaquecimento e consequentemente danos
irreversíveis aos componentes.

53
Disjuntores Termomagnéticos

É a união das funcionalidades dos modelos


térmicos e magnéticos em um único
componente. Assim, esse é o dispositivo mais
seguro e mais usado, sendo o mais indicado
entre os três para instalações elétricas.

É usado para proteção contra curto-circuito e


sobreaquecimento dos condutores.

Ele proporciona diversas funcionalidades para


o circuito, como manobra dos circuitos,
proteção contra curto-circuitos e contra
sobrecargas.

54
Disjuntores Motores

É usado especificamente para motores


elétricos e é capaz de tolerar a corrente de
partida dos motores, que é muito maior que a
corrente nominal, já que o motor precisa de
muita força para sair do repouso.

Ele foi desenvolvido e melhorado ao longo do


tempo para oferecer uma proteção completa
contra todas essas falhas elétricas em apenas
um dispositivo.

Um disjuntor motor se assemelha


internamente à um disjuntor comum,
oferecendo a proteção magnética contra
curtos-circuitos e a proteção térmica contra a
sobrecarga através de um disparador
magnético e de um disparador térmico,
respectivamente.

55
Disjuntor monopolar

Utilizado em instalações e circuitos que


possuem apenas uma única fase como:
circuitos de iluminação e tomadas em sistemas
monofásicos fase/neutro, seja com fase 127V
ou 220V.

Disjuntor bipolar

Utilizado em circuitos ou instalações com duas


fases, como: circuitos com chuveiros, torneiras
elétricas ou equipamentos de maior potência.

Disjuntor tripolar

Utilizado em instalações e circuitos com três


fases, como: motores elétricos trifásicos.

Existem os disjuntores de alta tensão que são


os indicados para grandes potências, que
alcançam altos valores de corrente elétrica.

56
Disjuntor DR

Em instalações elétricas, quando uma corrente


passa pela fase e não retorna pelo neutro
considera-se que ocorreu uma fuga de
corrente. Isso pode acontecer por conta de
condutores mau isolados, em contato com
carcaças ou principalmente choques elétricos.

O disjuntor DR ou Diferencial Residual


desarmar o circuito caso detecte uma fuga de
corrente.

A sua principal aplicação é para segurança do


usuário da instalação elétrica, protegendo
contra choques elétricos. Possuí também a
função de detectar falhas na instalação que
causam fugas de corrente.

Esses dispositivos de segurança são


obrigatórios, e não devem ser alterados ou
removidos de uma instalação.

57
Curva de Disparo do Disjuntor

Para dimensionar um disjuntor corretamente é


necessário saber exatamente qual tipo de
carga será instalada. Para cada tipo de carga é
estipulado uma curva de ruptura para o
disjuntor e essas curvas foram separadas em
categorias. A curva de ruptura do disjuntor é
correspondente ao tempo em que o disjuntor
suporta uma corrente acima da corrente
nominal por determinado tempo.

As curvas de disjuntores são B, C e D,


lembrando que pela corrente ser dada em
ampere (A), não existe curva característica
com letra A, para não haver confusão.

Curva B:

Estipula que a corrente para que seccione o


circuito seja compreendida entre 3 a 5 vezes a
sua corrente nominal.

Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar


quando sua corrente de pico atingir entre 30A
a 50A.

São utilizados em locais que serão conectadas


cargas resistivas, e que podem gerar um curto-
circuito de baixas proporções.

58
Curva C:

A curva de ruptura C estipula, que a sua


corrente de ruptura seja entre 5 a 10 vezes a
corrente nominal.

Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar


quando a sua corrente atingir entre 50A a
100A.

São utilizados em locais que se espera cargas


indutivas. Como em tomadas de uso específico,
para atuar em ar condicionados, motores
elétricos de pequeno porte, sistemas de
comando e circuitos de iluminação.

Curva D:

Estipula que a corrente necessária para abrir o


circuito esteja entre 10 a 20 vezes maior que a
corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta
curva deve operar quando a sua corrente
atingir entre 100A a 200A.

São utilizados em circuitos industriais, como


motores de potência que possuí uma alta
corrente de partida, ou transformadores e
máquinas de solda.

59
Dimensionando o Disjuntor Geral:

O disjuntor principal protege outros


disjuntores parciais dos circuitos de uma
instalação, ou seja é o disjuntor a montante
dos disjuntores parciais.

Um componente elétrico na montante significa


que ele está mais perto da fonte de energia.
Um componente elétrico na jusante significa
que ele está mais perto da carga final.

Os termos montante e jusante definem a


posição de um componentes em relação a
outros componentes, desta forma podemos
dizer que o disjuntor geral é o disjuntor a
montante dos disjuntores parciais e os
disjuntores parciais são os disjuntores a
jusante do disjuntor geral.

O dimensionarmos correto dos disjuntores,


tanto parciais quanto o geral, tem a função de
garantir a seletividade.

Seletividade têm o objetivo de garantir a


proteção do sistema elétrico por meio da
definição dos ajustes de proteção de relés e
disjuntores, garantindo a proteção contra
curtos circuitos e sobrecargas no sistema
elétrico.

60
Quando ocorre um curto em uma tomada, o
ideal é que apenas o circuito da tomada seja
desligado e o resto da instalação continue em
funcionamento, isto é a seletividade.

O primeiro passo é ter as potências instaladas


em cada circuito do quadro elétrico e quais os
tipos de cargas.

Essas cargas devem estar divididas em


circuitos, e as cargas que possuam uma
corrente nominal maior que 10A estejam em
circuitos separados.

Após definir os circuitos e as cargas, é


necessário conhecer o fator de demanda. Por
exemplo em um circuito de tomadas de uso
geral que possua 1100W de potência total e
tenha 10 tomadas, podemos supor que cada
tomada tem 110W para ser utilizada.

Podemos utilizamos o fator de demanda


adequado, para aproximar a potência que
realmente é utilizada de forma a dimensionar o
disjuntor para uma corrente mais próxima da
média de utilização, garantindo assim uma
melhor proteção e seletividade.

Esses fatores de demanda são calculados e


disponibilizados em tabelas pelas
concessionárias em suas normas de
distribuição.
61
Para instalações residenciais usaremos dois
fatores de demanda:

TUG: que agrupa os circuitos de tomada de


uso geral e circuitos de iluminação;

TUE: para os circuitos de tomadas de uso


especial.

Definindo a potência instalada adequada com


os fatores de demanda respectivos, é
necessário calcular a corrente do disjuntor
geral da instalação, esse cálculo será realizado
através da Lei de Ohm.

A última informação que precisará levantar é


a curva de ruptura em caso de disjuntores de
norma DIN. Com relação a curva do disjuntor
geral temos que considerar as curvas dos
disjuntores parciais, a escolha da curva será
sempre a curva maior entre os parciais.

62
Como Instalar um Disjuntor

Desligue todos os circuitos elétricos antes


de iniciar o serviço.

Desligue o disjuntor geral.

Comunique que você estará trabalhando


nesse local para que o circuito seja
religado.

Teste o local onde será instalado o novo


disjuntor, para verificar se o mesmo
encontra-se desenergizado.

Se for adicionar o disjuntor em um quadro


de distribuição, verifique a posição dos
demais, onde é entrada e saída, para
manter um padrão de organização.

63
Realize a fixação do disjuntor de acordo
com seu modelo.

Com um alicate decapador, desencape os


condutores.

Execute a alimentação dos disjuntores por


cima, caso seja montagem de um quadro
de distribuição novo a saída do disjuntor
geral é ligado na entrada dos demais, que
são interligados por jumpers.
Conecte o cabo de cada circuito no borne
de saída de seus respectivos disjuntores.

Para ter a certeza que está tudo bem


fixado puxe os cabos, para verifica se
estão bem fixados nos bornes.

Antes de fechar de encerrar o serviço,


ligue os circuitos e faça os testes.

Finalize o serviço etiquetando o disjuntor.

64
Principais Dúvidas sobre utilização de
Disjuntos em uma Instalação Doméstica

Qual o tipo de disjuntor devo utilizar em uma


casa?

Utilize o disjuntor unipolar, que é indicado


para circuitos com uma única fase, como
circuitos de iluminação e tomadas em sistemas
fase/neutro (127V ou 220V) e o disjuntor
bipolar, que é indicado para circuitos com duas
fases, como circuitos para chuveiros e
torneiras elétricas em sistemas Bifásicos
Fase/Fase (220V).

65
Que disjuntor utilizo para Chuveiro 220v?

Quando utilizar chuveiro com a tensão nominal


de 127V e 5500W de potência, deve ser
adotado disjuntor de 50A e a seção do cabo
deve ser 10mm².

Quando optar por chuveiro com a tensão


nominal de 220V e 5500W de potência, deve
ser adotado disjuntor de 25A e a seção do cabo
deve ser 4mm².

Tensão Potência Disjuntor (A)

127 V 2500 W 25 A
127 V 3200 W 32 A
127 V 4000 W 40 A
127 V 4500 W 40 A
66
Qual a curva de disjuntor posso utilizar para
chuveiro?

Utilizando o disjuntor DIN para utilizar no


chuveiro elétrico, deve ser usar um disjuntor
com curva de disparo Tipo B. Tipo de curva
para carga resistivas.

67
RELÉ TÉRMICO

Esse é um dispositivo de proteção de


sobrecarga de corrente e falta de fase, é
utilizado geralmente em motores elétricos.
Umas das principais funções do relé térmico é
proteger o motor de sobreaquecimento através
da sobrecorrente.

Quando o motor está trabalhando com muita


carga, ele solicita mais corrente da rede para
tentar compensar o peso solicitado, desse modo
o motor acaba tendo que trabalhar com
especificações que não se enquadram a ele.

Portanto pode haver danos em suas bobinas


provocando aquecimento e até um provável
derretimento de sua isolação, ação que é capaz
de fechar um possível curto circuito interno.
68
Quando ocorrer o possível aquecimento, então
o relé entra em ação, desarmando o circuito do
motor, como também o circuito de comando
através de seus contatos auxiliares.

A quantidade de corrente que um relé térmico


suporta pode ser ajustada no próprio
equipamento através de um disco que é
ajustado manualmente.

Possui um botão de teste, para identificar se o


componente irá funcionar em caso de alguma
anomalia.

Ele possui três contatos que são conectados


nas saídas de um contator, e possuem também
contatos auxiliares.

Função Teste

69
Simbologia do Relé Térmico

O componente possui diversos botões e


contatos para ser ligado nas instalações
elétricas:

L1, L2, L3 ou 1, 3 e 5: Entrada de


alimentação (três contatos principais);

T1, T2 ou T3 ou 2, 4 e 6A: Saída (três


contatos principais);

95-96: Um contato auxiliar normalmente


fechado;

97-98: Um contato auxiliar normalmente


aberto;

Terminal A2, para ser conectado a bobina


de um contator, quando queremos acoplar
o relé térmico a um contator.

70
Botões do relé térmico são:

Disco Seletor: Botão giratório para regular a


corrente nominal da carga (ele possui uma
fenda, portanto utilize uma chave de fenda ou
philips para fazer o ajuste);

Botão Vermelho: E um botão de teste que


inverte os contatos auxiliares 95, 96 se
pressionado;

Botão Verde: Essa botão indica falha (Se


estiver levantado, indica uma falha no
sistema);

Botão Azul H ou A: É ajustado para rearmar


automaticamente ou manual, e botão RESET
para rearmar o relé.

71
Classes do Relé Térmico:

Eles são divididos por classes de disparo,


diferenciando pelo tempo que o relé vai
permitir uma sobre corrente, para se adaptar a
motores que possuem altas correntes de
partida:

Classe 10: Para motores com partidas de até


10 segundos;

Classe 20: Para motores com partidas de até


20 segundos;

Classe 30: Para motores de partidas de até 30


segundos.

Causas para Desarmamento do Relé Térmico:

1. Travamento do rotor;

2. Curto-circuito entre as bobinas (rolamento


interno);

3. Curto-circuito entre bobina e carcaça do


motor;

4. Quando aumenta a corrente além das


correntes nominais do motor elétrico.

72
A instalação do relé térmico traz benefícios a
segurança da rede elétrica. Uma das vantagens
é poder ajustar o componente para uma
determinada faixa de corrente. Também pode
ser ajustada a corrente de partida de motores,
testando se tudo está funcionando
corretamente.

Ele compensa as variações de temperatura do


ambiente, portanto não necessitando de
nenhum ajuste adicional.

Esse componente possui um certo tempo de


resposta, evitando que ele desarme o circuito
na partida de um motor elétrico, que demanda
uma corrente muito grande.

73
Se você quiser descobrir os segredos do
Universo, pense em termos de energia,
frequência e vibração.
Nikola Tesla
SUMÁRIO
ACIONAMENTO CONVENCIONAL
DE MOTORES 04
Contadores eletrônicos 04

ACIONAMENTO ELETRÔNICO DE
MOTORES 12
Inversor de Frequência 12
Soft-Starter 23
Inversor de Frequência ou Soft starter,
qual utilizar? 31

MOTORES CA 35
Motor Monofásico 36
Motor Trifásico 44
Velocidade Síncrona 52

MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA 60


ACIONAMENTO
CONVENCIONAL DE MOTORES
São acionamentos que utilizam partidas
convencionais, e para isso ocorrer usam
dispositivos eletromecânicos para (a partida)
o acionamento de um motor. Ex.: Contatores
eletromecânicos, interruptores mecânicos.

CONTADORES ELETRÔNICOS

Contatores são dispositivos de manobra


mecânica acionados eletromagneticamente,
construídos para uma elevada frequência de
operação (manobras). De acordo com uma
potência (carga). Basicamente, existem dois
tipos de contatores: contatores para motores
(de potência) e contatores auxiliares.

04
Utilizados em acionamentos e em proteção (em
conjunto com outros acessórios e
componentes) de máquinas elétricas.

É utilizado principalmente em motores, pois


seus contatos permitem a comutação de
correntes elevadas acionadas por simples
botões e controles remotos.

Utilizam o efeito eletromagnético, possuindo


três contatos de carga que alimentam
diretamente os motores, e quatro contatos
auxiliares para automatização e simplificação
do trabalho.

Por exemplo, possibilita o manuseio dos


equipamentos a distância sem que haja contato
direto com o maquinário, evitando a ida
desnecessária até a máquina, protegendo os
trabalhadores de risco a sua segurança.

Eles são um conjunto de contatos acionados


por eletroímã, podendo ser contatos NA
(Normalmente Aberto), NF (Normalmente
Fechado) ou contatos comutadores NAF
(Comuta entre um Aberto e um Fechado).

Nos contatores não existem contatos


comutadores de múltiplas posições, possuindo
apenas contatos comutadores em dois estados
ativado ou em repouso que são NA e NF.

05
Além dos três contatos de força para
alimentação do motor, todos eles NA, existe o
bloco de contatos auxiliares, utilizados para
aumentar a capacidade de automatização no
comando a ser executado, sendo possível sua
fixação na parte frontal ou lateral do contator.

Algumas das vantagens do uso do contator é o


baixo consumo de energia, e o controle das
cargas dos equipamentos à distância, o que
evita investimento desnecessário em cabos que
suportam correntes elevadas e que apresentem
queda de tensão desproporcional.

06
Simbologia dos contatos do contator

Na simbologia de contatores utilizados em


diagramas multifilares:

A linha tracejada representa a atuação


eletromecânica da bobina (terminais A1 e
A2);

Sobre os contatos principais (terminais L e


T);

Um contato auxiliar (terminais NO).

07
Partes do Contator:

Bobina: Constitui um enrolamento de


cobre que cria um campo eletromagnético
quando alimento através dos terminais A1
e A2 e em consequência executa o
deslocamento do núcleo.

Núcleo: Construído em lâminas de


material ferro-magnético e constituído de
duas partes. Estas partes são separadas
por ação mecânica de molas. Uma dessas
partes do núcleo está acoplado aos
contatos, e com o seu movimento aciona os
contatos de comando e de carga.

Contatos: São lâminas metálicas com a


função de chaveamento e responsáveis
pela condução de correntes de carga e
correntes de comando. Quando a bobina do
contator está desenergizada os contatos
ficam em repouso, quando alimentada, os
contatos são comutados através do
movimento do núcleo na qual estão
acoplados mecanicamente.

Mola: É responsável em colocar os


contatos na posição de repouso assim que
a bobina for desconectada da fonte de
energia.

08
Acionado do Contador através de Timer:

Timer é um dispositivo, analógico ou digital,


que permite automatizar o funcionamento de
equipamentos e sistemas elétricos.

No Timer é possível determinar a hora, dia, e


quais dias da semana ele vai permitir ou não o
funcionamento de determinado circuito.

Alimentando devidamente o contator, e


programando o Timer como desejado, o
contator só vai realizar sua função no sistema
quando o Timer fornecer o comando que
estiver programado no mesmo.

09
A utilização do Timer faz a automatização de
circuitos e processos, os quais ele comanda
sem intervenção humana.

Para ligar um contator através de um Timer,


o mesmo deve funcionar como um dispositivo
de comando.

A bobina do contator é alimentada por um


dispositivo de comando, criando um campo
magnético no núcleo fixo, que atrai o núcleo
móvel. Para desligamento dos contatores,
interrompem-se a alimentação da bobina.

Para instalar um contator e aciona-lo


utilizando um Timer programável:

Do primeiro contato de carga do contator


ligue um cabo ao primeiro contato de
alimentação do Timer;
Faça uma derivação para que o mesmo
cabo alimente o contato;
Ligue o segundo cabo ao segundo contato
de alimentação do contator até o segundo
contato de alimentação do Timer;
Faça uma derivação deste cabo para o
contato comum do Timer;
O último cabo sai do contato normalmente
(NA) aberto do Timer e vai alimentar o
A1 do contator.

10
Time e Contador

11
ACIONAMENTO ELETRÔNICO
DE MOTORES
São acionamentos que utilizam a partida
eletrônica de motores, através de dispositivos
eletrônicos para acioná-los. Exemplo: soft-
starter, inversor de frequência.

INVERSOR DE FREQUENCIA

É um dispositivo eletrônico capaz de variar a


velocidade de giro de um motor de indução
trifásico. Transforma corrente elétrica
alternada fixa (corrente e tensão) em corrente
elétrica CA variável controlando a potência
consumida pela carga através da variação da
frequência entregue pela rede. Recebe este
nome pela maneira que ele faz esta variação de
giro do motor trifásico.
12
Existem inversores de frequência em: pontes
rolantes, tanques resfriadores, rotuladoras,
esteiras de transporte, guindastes e
compressores.

A frequência de entrada no motor determina a


velocidade síncrona do campo elétrico pela
qual o motor trabalha. O inversor atua
mudando a frequência que entra no motor,
caso a frequência seja maior,
consequentemente a velocidade do motor será
maior, e caso a frequência seja menor a
velocidade também é menor. A utilização do
inversor de frequência proporciona
flexibilidade de velocidade com segurança e
precisão.

Um inversor de frequência pode:

Controlar a velocidade do motor sem


grandes perdas de torque;

Aceleração suave através de programação;

Frenagem direta no motor, sem


necessidade de freios mecânicos;

Formas de programação de velocidade de


acordo com a necessidade da ocasião.

13
Outras vantagens do Inversor de Frequência:

Substituição de variadores mecânicos e


eletromagnéticos;

Automatização, segurança e flexibilidade


em processos industriais;

Instalação simples;

Diminuição de choques mecânicos na


partida do motor;

Precisão e processos;

Menos intervenção humana;

Possui ótimo custo-benefício, pois


proporcionam economia de energia
elétrica, maior durabilidade de
engrenagens, polias e outros componentes
mecânicos.

14
Rampas de Aceleração
Quando um motor é energizado, na maioria
das vezes, ele parte da inércia para sua
capacidade máxima em poucos segundos. Isso
é prejudicial aos componentes do motor, pois
essa partida brusca pode causar desgaste das
peças, assim o número de manutenção é
maior, e a vida útil do motor menor.

Ao configurar um inversor de frequência para


atuar como rampa de aceleração ele consegue
determinar o tempo ao qual o motor vai sair da
inércia e alcançar sua capacidade máxima.

Esse tipo de configuração aumenta a vida útil


do motor e de seus componentes, além de
diminuir os custos com manutenção e
reposição de peças.

Ao inverso, existem as rampas de


desaceleração, que consistem na parada suave
do motor, com o objetivo de evitar frenagens
bruscas.

Configuras esses dois tipos de rampas de


aceleração em um inversor de frequência é
muito simples. Por padrão, os inversores saem
da fábrica configurado para 5 segundos, mas é
possível ajustar este valor de 0,1 segundo até
245 segundos.
15
Partes do Inversor de Frequência:
Circuito de entrada: Este bloco retifica a
energia alternada disponível, para alimentação
do inversor, sua configuração mais comum é a
de uma ponte de diodos em onda completa e na
saída um capacitor que faz a filtragem da
tensão obtida.

Inversor de potência: Transforma a tensão


contínua do bloco anterior em tensão trifásica
para alimentar o motor. São usados
transistores (IGBTs) que chaveiam a tensão a
partir dos sinais de gerador PWM (Modulação
por Largura de pulso).

Controle: Nesse circuito são formadas as


ondas que determinaram a velocidade e a
potência aplicada no motor.

Proteção contra surtos: A tensão da rede de


energia não é perfeita e pode conter surtos e
transientes, para proteção do circuito, no
inversos de frequência são usados elementos
como TVS e elementos semelhantes.

Proteção interna: Este bloco analisa as


tensões presentes na saída do inversor, de
modo que aparecendo um distúrbio, o bloco de
comando é acionado para tomar as
providencias necessárias.
16
Placa de driver’s: Bloco gerador de sinais
para excitação dos transistores de potência de
saída.

Auto-Boost: Este bloco analisa as condições


da carga, determinando qual a tensão
necessária a ser aplicada para gerar o torque
necessário.

Programação: Painel que apresenta as


informações gerais, e a programação do
inversor.

Interface (I/O): Este bloco se comunica com


dispositivos externos, como computadores.
Controle: Neste bloco são tomadas decisões de
acordo com a programações, e sinais internos
ou externos.

17
Transformando a Frequência em um
Inversor:
Os motores trifásicos tem o princípio de
funcionamento baseado no campo elétrico
girante, que surge quando um sistema de
alimentação alternada é aplicado nos polos de
um motor, defasados entre si 120º.

A velocidade a qual o motor trabalha é


fornecida pelo campo elétrico girante, esta
velocidade é chamada de velocidade síncrona.
Ela é determinada em função do número de
polos do motor e em função da frequência que
chega na entrada do motor.

A velocidade síncrona (Ns) é o produto de 120


vezes a frequência (f) em Hz, dividido pelo
número de polos (p) do motor.

A partir desta fórmula percebemos que quanto


maior a frequência que chega ao motor maior é
a velocidade de trabalho, e o inverso também
influencia em uma velocidade menor do motor.
E é essa alteração que o inverso de frequência
faz, acontece antes da entrada do motor.

Frequência é uma grandeza, medida em Hertz


(Hz). Ela corresponde ao número de oscilações
ou ciclos por segundo que ocorrem na corrente
elétrica.
18
O inversor de frequência é ligado na rede
elétrica, e em sua saída há uma carga que
receberá a frequência modificada pelo
inversor.

No primeiro estágio, o inversor utiliza o


circuito retificador para transformar a tensão
alternada em contínua.

O segundo estágio realiza o inverso,


transforma tensão C em tensão CA, e com a
frequência desejada.

A frequência é fixa, em torno de 60 Hz, e a


tensão é transformada pelo retificador de
entrada em contínua pulsada. O capacitor
transforma essa energia em tensão contínua
pura.

Essa tensão contínua é conectada aos


terminais de saída pelos dispositivos
semicondutores do inversor.

O sistema de comando é quem controla a ação


destes semicondutores, para conseguir uma
tensão pulsada, com frequências fundamentais
desfasadas 120º.

A tensão é escolhida de modo que a relação


tensão/frequência seja constante, resultando
em operação de fluxo constante, e manutenção
da máxima capacidade do motor.
19
Dimensionando um Inversor de
Frequência:

Os inversores de frequência são equipamentos


essenciais em praticamente todas as operações
industriais, e por isso devem ser bem
dimensionados.

Primeiramente é necessário identificar onde


ele será usado e qual função exercerá. Após
isso, é possível definir qual o melhor tipo para
a aplicação.

Existem basicamente dois modelos de


inversores de frequência: os escalares e os
vetoriais.

20
Os inversores escalar são utilizados em tarefas
mais simples como o controle da partida e
parada, e a manutenção da velocidade em um
valor constante.

O inversor vetorial é utilizado em tarefas mais


complexas que precisam de precisão. Ele
promove o desacoplamento entre o controle do
fluxo e o controle da velocidade por meio de
transformação de variáveis.

A principal diferença entre eles e o modo de


operação de cada um e a capacidade de
inversão dos fatoriais. O inversor escalar
muda a frequência de acordo com a relação
tensão/frequência, enquanto o inversor
vetorial faz isso de forma mais complexa,
realizando modificações nos parâmetros que
influenciam essas grandezas.

A capacidade do o motor que será usado deve


ser levado em consideração no momento de
dimensionamento do inversor de frequência,
justamente para ter um inversor que
funcionará de acordo com as especificações.

A corrente nominal do motor é um dos


aspectos principais a ser considerado, uma vez
que, motores de mesma potência podem
possuir correntes nominais diferentes.

21
É importante definir a carga final do sistema e
consequentemente, calcular a sobrecorrente
exigida na partida do motor.

Ao dimensionar corretamente o inversor e o


motor para a aplicação, quando a corrente de
partida ultrapassar um limite definido, o
inversor vai atuará interrompendo o circuito.

Um aspecto importante que deve ser


considerado são as condições de trabalho onde
o inversor ficará, pois elas devem estar dentro
das seguintes especificações: até 1.000 metros
de altitude, até 40ºC e atmosfera não-
agressiva.

Os cabos dos inversores de frequência também


devem ser bem dimensionados. Parte da
potência produzida pelo motor é utilizada na
alimentação do inversor, e por isso é muito
importante que os cabos sejam bem
dimensionados para que haja uma redução na
potência consumida e uma otimização nos
processos.

Eles são diferentes por serem blindados.


Possuindo duas formas de blindagem: os de
reflexão que possuem blindagem contra
interferências magnéticas, e os de absorção
reduzida que têm como função principal,
reduzir os ruídos eletromagnéticos presentes
nas instalações elétricas.
22
Soft-Starter

É um dispositivo eletrônico composto por


pontes de tiristores (SCR’s) que são acionadas
por um circuito eletrônico e têm como
finalidade controlar a tensão de partida do
motor e a sua desernegização.

Assim a energização e desernegização do


motor é suavizada, pois o soft-starter substituí
os modos de ligação estrela-triângulo
tradicionais, as chaves compensadoras e a
partida direta.

Essa ferramenta limita a corrente de partida,


evitando os picos de corrente, possibilita a
partida e parada suave e promover a proteção
do sistema.
23
Para que ocorra uma partida suave é preciso
de um torque de partida reduzido no motor, e
isso ocorre controlando a tensão aplicada no
motor. Para isto acontecer, o uso de uma
ponte de tristoles (SCR’s), regulador de
tensão e uma unidade de controle eletrônico é
necessários, porém, a soft-starter conta com
todos esses componentes internamente, o que
faz com que apenas ele precise ser utilizado.

Geralmente a soft-starter é usado para


partidas de motores de indução CA (corrente
alternada) tipo gaiola. Com isso, o dispositivo
pode substituir as partidas convencionais,
como: partidas estrela-triângulo, chave
compensadora e direta.

Uma soft-starter pode ser dividida em:

Circuito de potência: Onde circula a corrente


que é fornecida para o motor. É constituído
basicamente por tiristores (SCR´s) e suas
proteções e por transformadores de corrente.

Circuito de controle: É o circuito responsável


pelo comando, monitoração e proteção dos
componentes do circuito de potência, bem
como os circuitos utilizados para comando,
sinalização e interface homem-máquina, que
são configurados pelo usuário em função da
aplicação.

24
Simbologia do Soft Starter:

Sendo:

Nome do componente: ATS


Alimentação da rede: 1, 3 e 5
Saída para o motor: 2, 4 e 6
Aterramento: PE

25
Em termos técnicos, uma soft-starter (partida
suave), assegura a aceleração e desaceleração
progressivas, permitindo uma adaptação da
velocidade às condições de operação. Ela
funciona basicamente da seguinte maneira:

A alimentação do motor, ao ser ligada é


realizada através do aumento progressivo
da tensão, o que permite uma partida sem
golpes e reduz o pico de corrente. Isso é
obtido por intermédio de um conversor
com tiristores em antiparalelo, montados
de dois a dois em cada fase da rede.

Quando um pulso interno é aplicado ao


gate dos tiristores, eles permitem que a
corrente flua, e energize o motor. Os
pulsos são enviados com base no tempo de
rampa para que a corrente seja aplicada
lentamente ao motor. Isso permitirá que
nosso motor comece a reduzir lentamente
o torque e a corrente de partida.

A soft-starter controla a velocidade do motor,


através do controle da variação do ângulo de
disparo da ponte de tiristores, gerando na
saída uma tensão eficaz gradual e
continuamente crescente até que seja atingida
a tensão nominal da rede.

26
Durante um tempo estabelecido pelo usuário, o
circuito de controle eleva a tensão nos
terminais do motor, iniciando com o valor de
partida da rampa que, em geral, pode ser
ajustado de 15% a 100% da tensão da rede.

A subida progressiva da tensão pode ser


controlada pela rampa de aceleração ou
dependente do valor da corrente de limitação,
ou ligada a esses dois parâmetros.

A soft-starter pode ser utilizado em:


compressores de ar e refrigeração,
ventiladores, sopradores, exaustores, bombas
centrífugas, misturadores, aeradores, serras,
plainas, fornos rotativos, britadores e
moedores.

27
Principais Benefícios:
Corrente de partida reduzida e menos
estresse elétricos no motor e na rede;

Rápido e fácil de instalar com um tamanho


reduzido;

Desgaste mecânico reduzido nos


equipamentos;

Economia de energia;

IHM, Entrada para PT100/PTC, Saída


Analógica;

Recursos avançados para aplicações em


bombas hidráulicas;

Software gratuito para especificação do


modelo correto para a aplicação, o proSoft;

Resolver problemas de picos de corrente


de partidas em motores, trancos e até
mesmo fazer toda a proteção do sistema
ligado aos equipamentos.

28
Principais Características:
Rampas de tensão e aceleração: as chaves
dessa ferramenta têm uma função que é
ativada através do controle da variação do
ângulo de disparo da ponte de tiristores,
enquanto gera uma tensão eficaz e gradual
na saída da mesma;

Rampa de tensão de desaceleração:


existirão duas possibilidades para que a
parada do motor seja executada e elas são
por inércia, ou controlada;

Kick Start: a soft-starter também aplica


uma tensão maior no motor para que as
cargas de partida não exijam um esforço
extra do acionamento;

Limitação de corrente: esse dispositivo é


responsável por fornecer somente a
corrente necessária para que seja
executada a aceleração da carga;

Pump control: essa função é usada em


sistemas de bombeamento (partida);

Economia de energia: uma soft-starter


oferece uma otimização de energia
simplesmente alterando o ponto de
operação do motor.

29
Proteções de uma Soft-starter:
Sobretemperatura nos tiritores;

Sequência de fase invertida;

Falta de fase na rede;

Falha nos tiristores;

Erro de programação;

Sobrecorrente imediata de saída;

Subcorrente imediata;

Sobrecarga na saída.

30
Inversor de Frequência ou Soft
starter, qual utilizar?
É muito comum confundirem os inversores de
frequência com os soft-starters. E isso ocorre
porque os dois equipamentos são usados em
motores elétricos.

No entanto ao compararmos o soft-starter com


o inversor, existem algumas características
parecidas, mas no geral eles são dispositivos
bem distintos. A característica que mais os
diferencia, é o fato do inversor de frequência
conseguir alterar a velocidade do motor, o que
não é possível com o soft-starter.

O Soft-starter é um dispositivo eletrônico


utilizado para auxiliar o motor elétrico,
suavizando tanto a sua partida quanto a sua
frenagem. Da mesma forma, o inversor de
frequência é usado para partir e frenar o
motor suavemente, porém, com ele também é
possível controlar a velocidade do motor.

Ele é composto por pontes de tiristores, que


são acionadas por um circuito eletrônico e
usadas para controlar a tensão de partida do
motor. Isso é possível através do deslocamento
do ângulo de disparo dos tiristores, que
geralmente são os SCRs (retificadores
controlados de silício).
31
O inversor de frequência é composto por uma
ponte de transistores, que geralmente são os
IGBTs (transistores bipolares de porta
isolada). Ele é mais complexo, pois o sinal da
rede é retificado, filtrado e aplicado na ponte
de transistores, que faz a conversão
novamente para o sinal alternado.

O inversor consegue acionar um motor


trifásico apenas com duas fases da rede,
justamente por causa da conversão de sinais
que ocorre dentro dele.

É por causa deste sistema, que na entrada do


inversor temos uma frequência constante, e na
saída a frequência pode ser variável. Outro
detalhe importante é que o inversor de
frequência consegue uma rampa de partida
mais suave, e entrega muito mais torque ao
motor.

Essa complexidade do inversor de frequência


exige um maior cuidado na sua
parametrização, pois são muitas configurações
que dependem exclusivamente de cada
aplicação.

Por outro lado, o soft-starter basicamente


regula a tensão inicial, a rampa de aceleração
e de desaceleração do motor.

32
Um ponto importante, é o soft-starter
geralmente ser um dispositivo mais compacto
e ocupa menos espaço em um painel de
comandos. Além disso, o seu custo
normalmente é menor em relação ao inversor
de frequência.

O inversor de frequência pode controlar mais


de um motor ao mesmo tempo, porém, todos
eles estarão na mesma velocidade. Para que
isso seja possível, é importante garantir que a
corrente nominal do inversor seja maior do
que a soma de todas as correntes dos motores,
além de considerar a distância entre o drive e
os motores.

No entanto, um único soft-starter consegue


fazer a partida de vários motores em
sequência, graças ao recurso de bypass. Que
permite que o soft starter acione um motor e
logo em seguida acione quantos motores forem
necessários.

Ambos os dispositivos geram harmônicas,


sendo que este efeito no soft starter acontece
apenas durante a partida ou parada do motor,
e no inversor acontece durante todo o período
de operação. Porém, este efeito colateral pode
ser suavizado utilizando reatores internos,
como é o caso do Inversor Altivar Process.

33
Os inversores dispensam determinados
componentes de proteção no circuito, pois eles
oferecem proteção contra falta de fase e
sobrecarga. Já os soft starters não apresentam
muitas proteções como os inversores, porém, é
possível encontrar modelos que também
oferecem proteções contra falta de fase e
sobrecarga.

É importante que, ambos os dispositivos não


têm proteção contra curto-circuito. Portanto,
sempre deve ser instalado um dispositivo de
proteção antes do inversor, que pode ser um
disjuntor motor ou disjuntor de caixa moldada,
levando em consideração apenas a aplicação, e
não o custo de cada dispositivo.

Basicamente, o que vai determinar qual


dispositivo será usado é a sua aplicação, ou
seja, quando o objetivo é o simples
acionamento do motor, usamos o soft starter.
E quando o objetivo for além disso, como ter
total controle sobre a velocidade ou torque do
motor, o ideal é utilizar o inversor de
frequência.

34
MOTORES CA
Os motores elétricos são responsáveis pelo
maior consumo de energia elétrica, com isso,
nota-se a grande importância de estudos
voltados a essa área em especifico, visando
otimizar a utilização dessa máquina e ser mais
eficiente.

Os motores trifásicos são os mais utilizados no


setor industrial, porém, em residências é
comum depararmos com motores monofásicos,
aplicados em diversos equipamentos
eletroeletrônicos como: geladeiras, freezer,
máquinas de lavar roupa, sensoriamento de
portão eletrônico, dentre outros.

35
MOTOR MONOFÁSICO

36
Os motores monofásicos de indução operam
com tensão entre 220V e 127V, alimentados
por uma rede monofásica de energia elétrica.

Seus enrolamentos de campo estão


diretamente conectados à rede monofásica,
esse tipo de motor transforma a energia
elétrica consumida em energia mecânica.

Eles possuem apenas um conjunto de bobinas


que são alimentados por uma corrente
alternada monofásica.

Esses motores possuem maior dificuldade para


serem acionados que os motores trifásicos,
porque eles necessitam apenas de uma fase.

Apesar de haver uma variação do fluxo


magnético entre os enrolamentos de campo e
armadura do estator e do rotor da máquina, o
fluxo não possui defasagem.

Porque ele está alinhado com o campo


magnético do estator e não gera o campo
magnético girante, consequentemente não tem
conjugado de partida.

37
Para o motor monofásico gerar energia
mecânica, deve haver uma defasagem angular,
para surgir o campo magnético girante. Esse
processo pode ser realizado por alguns
métodos, como: enrolamentos de fase dividida,
motores com capacitor de partida e
permanente.

Geralmente são empregados em locais onde


não tem a disponibilidade de uma rede
trifásica, ou em cargas nas quais não
necessitam de muita potência como:
ventiladores, furadeiras, impressoras, motores
de geladeiras e entre outras aplicações.

38
Tipos de Motor Monofásico
Motor de Fase Dividida

Ele possui um enrolamento principal e um


auxiliar, ambos com defasagem de 90 graus, o
principal serve para partida e regime
permanente de trabalho, o enrolamento
auxiliar tem utilidade somente na hora de dar
a partida, com isso, quando o motor atinge
uma determinada rotação o enrolamento
auxiliar é desconectado da rede.

Como o auxiliar é utilizado somente para dar


partida a máquina, caso ocorra o seu não
desligamento poderá provocar a queima do
motor.

O enrolamento auxiliar cria uma defasagem


produzindo o torque essencial para iniciar a
rotação, rompendo o conjugado de partida e a
sua aceleração até se aproximar da velocidade
síncrona.

Ele apresenta um conjugado de partida igual


ou um pouco superior que o nominal, o que
limita a sua aplicação em potências
fracionárias e em cargas que exigem baixo
conjugado de partida.

É utilizado em ventiladores, exaustores,


máquinas de escritórios, dentre outras.
39
Motor de Capacitor de Partida

É o mais utilizado e conhecido, ele se parece


com o de fase dividida, porém o que diferencia
esse modelo é a introdução de um capacitor
eletrolítico, ligado em série, como um
enrolamento auxiliar para a partida dos
motores monofásico.

Com a inclusão do capacitor o ângulo de


defasagem entre as correntes dos
enrolamentos aumenta, com isso,
proporcionando elevados conjugados de
partida.

Quando o motor atinge cerca de 75% a 80%


da velocidade síncrona, o circuito auxiliar é
desconectado, nesse momento o seu
funcionamento é igual a um motor de fase
dividida.

Este motor monofásico possui um elevado


conjugado de partida, o motor de capacitor de
partida pode ser utilizado em uma diversidade
de aplicações que precisam de um elevado
conjugado de partida.

40
Motor com Capacitor Permanente

O enrolamento auxiliar e o capacitor ficam


energizados durante todo o tempo de
funcionamento e não exclusivamente na
partida, o capacitor é do tipo eletrostático.

O efeito do capacitor é o de proporcionar


condições em que o fluxo fique semelhante aos
dos motores trifásicos, com isso, aumentando
o conjugado máximo, o fator de potência e o
rendimento do motor.

Esse motor possui um conjugado de partida


muito pequeno, cerca de 50% do conjugado de
um motor de fase dividida, assim é crucial que
haja conhecimento de onde ele será aplicado, é
recomendado que este tipo de motor seja
utilizado em aplicações com a partida leve.

41
Motor com dois Capacitores (Partida e
Permanente)

Esse é o modelo mais vantajoso e completo


dentre os que foram abordados anteriormente,
ele possui uma partida como a do motor de
capacitor de partida, com elevados conjugados
de partida e funcionamento em regime, igual
ao do motor de capacitor permanente, com
isso, exibindo um melhor desempenho e
rendimento do que os demais motores
monofásicos.

Porém, o seu custo de produção é elevado, os


motores com dois capacitores são encontrados
em potencias acima de 1 cv.

É muito comum a aplicação desse tipo de


motor no meio rural, onde são necessárias
potências maiores em instalações monofásicas.

42
Motor de Fase
Dividida

Motor de Capacitor de
Partida

Motor com Capacitor


Permanente

Motor com dois


Capacitores (Partida
e Permanente)

43
MOTOR TRIFÁSICO

44
Os motores trifásicos de corrente alternada
são os mais utilizados devido na maioria dos
casos a distribuição de energia elétrica ser
realizada em corrente alternada, e também em
função de simplicidade, robustez e baixo custo,
sendo adequado para quase todos os tipos de
máquinas.

Possui velocidade constante podendo variar


em função de alguns fatores como cargas
aplicadas a seu eixo.

Seu princípio é baseado no campo magnético


girante, que surge quando um sistema de
correntes alternada trifásico é aplicado em
polos defasados fisicamente de 120º.

Um campo magnético em cada conjunto de


bobinas do motor surge a partir dessa
defasagem, estes campos magnéticos são
chamamos de Campo Magnético Girante.

O sistema trifásico fornece energia por 4 fios.


Um desses fios é chamado de neutro e os
outros três são as fases R, S e T. Esses três
fios transportam as 3 ondas senoidais que
estão trabalhando juntas, porém, defasadas
em 120º uma da outra.

45
Nos motores, o sistema trifásico apresenta um
melhor aproveitamento da energia para criar o
campo eletromagnético, este campo é o
responsável por manter o motor elétrico em
movimento.

O motor de indução trifásico é o mais utilizado


pois apresenta baixo custo e devido às suas
características construtivas e sua velocidade.

Diferente dos outros tipos de motores, no


motor trifásico não existe nenhuma
alimentação externa no rotor.

O motor trifásico é utilizado quando é


necessária uma potência igual ou superior à
2cv, os motores trifásicos são amplamente
encontrados em: linhas de produção e
máquinas elétricas.

O motor trifásico possui duas principais


partes: o rotor e o estator.

Rotor:

É a parte rotativa do motor, onde é


transmitida a energia mecânica. Ele possui um
núcleo de chapas magnéticas que melhoram a
permeabilidade magnética. O seu enrolamento
pode ser bobinado ou do tipo gaiola.

46
O enrolamento do rotor tipo bobinado, possui
um enrolamento trifásico fechado
internamente em estrela. No rotor tipo gaiola,
os condutores de cobre ou alumínio têm formas
de barras e estão curto-circuitados por anéis
contínuos.

Estator

O estator é a parte imóvel do motor. É


formado por uma carcaça, que é uma estrutura
de suporte para todo o conjunto do motor
trifásico.

É constituído internamente por chapas


magnéticas que têm a mesma função do núcleo
do rotor: concentrar as linhas de indução
criadas pelos condutores, quando ligadas à
corrente alternada.

Nas ranhuras que o estator possui existe o


enrolamento trifásico, formado por três ou
mais bobinas de cobre nu ou de alumínio,
distantes uma da outra em 120º.

47
Bobina

Enrolamento

Rotor

Estator

Além dessas duas partes mais importantes, o


motor elétrico trifásico também possui:

Mancal: rolamentos que prendem o eixo na


carcaça, e que também protegem o conjunto
contra infiltrações;

Ventilador: resfria e faz circular o ar no


conjunto do motor elétrico;

Caixa de ligação: recebe os cabos que fazem


as conexões do motor, ligando-os às bobinas.

48
Funcionamento
O núcleo do estator possui ranhuras, e nessas
ranhuras geralmente existem três bobinas de
cobre nu ou de alumínio. Elas interagem
criando um campo magnético girante, que é
possível pela distância de 120º entre estas
bobinas, e a alimentação por correntes
alternadas trifásicas.

O campo magnético produzido possui as


características e intensidade da corrente que
passa por ela, variando em intensidade, no
sentido e em função do tempo. Estes três
campos magnéticos se adicionam formando um
campo magnético único.

A velocidade do campo magnético girante é


proporcional à frequência, ou seja, o campo
magnético é síncrono em relação à frequência.
Este campo possui linhas de indução que
transcendem os condutores do rotor, induzindo
nele uma diferença de potencial. Como o
circuito está fechado, surge uma corrente.

Esta corrente induzida gera em volta dos


condutores um campo magnético que tem a
tendência de se alinhar com o campo girante
produzido pelo estator.

49
O campo magnético do estator gira em
velocidade síncrona, e por isso o campo do
rotor consegue acompanha-lo.

O campo magnético do rotor segue o campo


magnético do estator, porém, com um atraso
em relação a ele. Esse atraso é cria um
movimento relativo, e consequentemente a
força eletromotriz (f.e.m.).

Portanto, o rotor deve “escorregar” em


relação ao estator, afim de produzir o torque.
Para encontrar a porcentagem de
escorregamento entre o rotor e o estator, é
necessário saber a velocidade síncrona do
campo girante em RPM e a velocidade do
rotor.

Devido a este escorregamento, o motor


elétrico trifásico também é chamado de motor
assíncrono, pois a velocidade do rotor não é a
mesma velocidade do campo magnético
girante.

Existem também os motores síncronos, que


diferente dos assíncronos, não possuem o
escorregamento.

50
Ligação do Motor Elétrico Trifásico
Ele pode ser ligado em até quatro níveis de
tensão diferentes, isso acontece através das
combinações das conexões dos terminais do
estator, possibilitando a sua ligação em estrela
ou triângulo.

A quantidade de terminais do estator


determina em quantas tensões podemos ligar o
motor.

Um motor com três terminais pode ser ligado


somente em uma tensão. Enquanto um motor
de seis ou nove conexões pode ser ligado em
duas tensões. E o motor com doze conexões
pode ser ligado em quatro tensões, contudo
essa ligação não é muito utilizada.

51
Velocidade Síncrona
O Motor de indução funciona normalmente
com velocidade constante proporcionada pelo
campo magnético girante, logo a velocidade do
campo é chamada de velocidade síncrona.

Portanto, a velocidade do motor elétrico de


indução é diretamente proporcional a
frequência e inversamente proporcional a
quantidade de polos magnéticos.

Isso acontece devido a dois fatores, o primeiro


é os polos magnéticos gerados em função de
sua construção física e o segundo é a
frequência da rede elétrica a qual está
instalado.

Para isso podemos definir a seguinte equação:

Ns = 120 . f / p
Ns = Velocidade síncrona em RPM
f = Frequência em Hz
p = Números de polos

52
Por natureza, o motor elétrico trifásico possui
uma diferença entre a velocidade do campo
magnético girante (Ns) e a velocidade real em
seu rotor (N) este fato se dá em função de um
fenômeno chamado escorregamento e é
fornecido pelo fabricante do motor podendo
variar de motor para motor.

Para representar o escorregamento do motor


elétrico trifásico utilizamos a fórmula:

S = (Ns – N) / Ns x 100
S = Escorregamento em %
Ns = Velocidade Síncrona em RPM}
N = Velocidade no Rotor em RPM

Para a Velocidade Nominal utilizamos a


fórmula:

N = Ns – S
N = Velocidade Nominal RPM
Ns = Velocidade Síncrona em RPM
S = Escorregamento em RPM

53
Fechamento de Motor Elétrico
Trifásico de 6 (seis) Pontas
O motor de seis terminais ou motor 6 pontas
elétrico é um motor trifásico de corrente
alternada.

Esse motor é amplamente utilizado em


industrias, e é um excelente conversor de
energia elétrica em mecânica.

O motor fornece a opção de seis terminais para


permitir a alimentação através de dois níveis
distintos, por exemplo 220V e 380V. Temos
portanto dois tipos de fechamentos para este
tipo de motores, são eles: Fechamento em
Triângulo e Fechamento em Estrela.

Fechamento em Triângulo: Na maioria dos


casos os motores possuem 6 pontas de cabos
em sua caixa de ligação. O fechamento em
triângulo proporciona o fechamento na menor
tensão suportada, por exemplo: um motor que
suporte 380V e 220V o fechamento em
triângulo será para a tensão de 220V. Os
terminais são interligados entre si e estas
pontas são interligadas com a rede de
alimentação trifásica. Essa ligação forma um
triângulo.

54
Fechamento em Estrela: A maioria dos
motores apresentam 6 pontas e para podermos
ligá-lo ao maior nível de tensão disponível e
deve ser fechado em estrela. Este fechamento
é simples de ser desenvolvido, o fechamento se
dá com a realização do curto circuito dos
terminais e realiza-se a alimentação trifásica
utilizando os terminais.

55
Fechamento de Motor Elétrico
Trifásico de 12 (doze) Pontas
O motor de doze terminais (motor 12 pontas)
permite que sua alimentação seja realizada
com até quatro níveis de tensão.

No entanto isso dependerá da maneira que


será executada a interligação de seus
terminais na caixa de ligação.

Estes doze terminais de interligação referem-


se a seis conjuntos de bobinas que constituem
o motor elétrico, é importante observar que
nesse caso, que independente do fechamento
que o motor receba, cada uma das bobinas
receberá sempre 220V e por isso não
acontecerá a queima do motor em função do
acréscimo da tensão elétrica de alimentação.

Para cada nível de tensão requerido existirá


uma forma para realizar o fechamento de suas
bobinas. Existem quatro tipos de fechamento:
Duplo Triângulo (220V), Duplo Estrela
(380V), Triângulo (440V), Estrela (760V).

56
Fechamento Duplo Triângulo: Será possível a
conexão motor na menor tensão suportada
pelo motor. Partindo do pressuposto que
independente da tensão de alimentação, o
motor 12 pontas sempre receberá em seus
enrolamentos o mesmo nível de tensão, cada
bobina permanecerá com 220V.

Este fechamento assemelha-se com um


circuito paralelo, o fechamento duplo triângulo
ao ser conectado à rede de alimentação de
220V recebe em cada uma de suas bobinas os
mesmos 220V da rede elétrica.

Fechamento Duplo Estrela: Este fechamento


proporcionará uma divisão da tensão elétrica
da rede de alimentação e considerando a
tensão elétrica nominal de cada enrolamento
como sendo de 220V, para esse fechamento a
disposição das bobinas do motor estar apto a
receber uma alimentação com uma tensão
elétrica de 380V.

Este tipo de fechamento “comporta-se” como


um circuito em série, logo, existe a divisão de
tensão entre os conjuntos de bobinas
associados.

57
Este tipo de fechamento “comporta-se” como
um circuito em série, logo, existe a divisão de
tensão entre os conjuntos de bobinas
associados.

Por ser o mesmo motor, temos que levar em


consideração que cada bobina do motor
elétrico trifásico receberá um nível de tensão
de 220V, desta maneira é necessário executar
o fechamento considerando as características
de Tensão de Fase e Tensão de Linha aplicado
aos seu enrolamentos.

Com a Tensão de Linha de 380V


representadas em R, S e T temos,
respectivamente, as Tensões de Fase de 220V
em cada uma das bobinas, sendo que:

Vf = VL / √3 ➜ Vf = 380 / √3 ➜ Vf
= 220V

58
Fechamento Triângulo: Será utilizada quando
a necessidade é interligar motor a uma tensão
de 440V. Esse fechamento permite que cada
um dos enrolamentos receba o mesmo nível de
tensão dos fechamentos duplo estrela e duplo
triângulo, ou seja, 220V.

No fechamento em triângulo o motor será


configurado a fim de receber a tensão de
440V, teoricamente a tensão de fase seria de
440V mas o fato de associar os enrolamentos
em série permite que esta tensão seja dividida
entre os dois enrolamentos fazendo com que
cada um receba 220V.

Fechamento Estrela: Esse fechamento é


quando há necessidade de interligar o motor
12 pontas em um nível elevado de tensão, tipo
760V.

Através deste fechamento cada um dos


enrolamentos receba o mesmo nível de tensão
dos fechamentos duplo estrela e duplo
triângulo, ou seja, 220V.

Os conjuntos de bobinas são associados em


série a fim de garantir a distribuição da tensão
de fase de forma proporcional a cada uma.
Esses 440V dividirá entre os dois conjuntos
de enrolamentos e cada um receberá
respectivamente 220V.

59
MOTOR DE CORRENTE
CONTÍNUA

Os motores de corrente contínua (CC)


funcionam tanto como motores quanto
geradores de energia elétrica. Como o próprio
nome indica, os motores CC são acionados por
uma fonte de corrente contínua.

Eles possuem imãs permanentes ou campo e


armadura, neste caso não possuem ímãs
permanentes. Os motores de corrente contínua
possuem diversas aplicações como: brinquedos,
eletrodomésticos, máquinas industriais,
veículos elétricos, dentre outros.

60
Vantagens dos Motores de Corrente
Contínua

Controle de velocidade para uma ampla


faixa de valores acima e abaixo do valor
nominal;

É possível acelerar, frear e reverter o


sentido de rotação de forma rápida;

Não está sujeito à harmônicos e não possui


consumo de potência reativa;

Permite variar a sua velocidade mantendo


seu torque constante;

Possui um alto conjugado de partida, que


também conhecido como torque ou força
de arranque;

Os conversores necessários para o seu


controle são menos volumosos.

61
Desvantagens dos Motores de Corrente
Contínua

Possui maior manutenção devido aos


desgastes entre as escovas com o
comutador, exceto para os motores
brushless;

Em relação aos motores de indução CA de


mesma potência possuem um preço e
tamanho maiores;

Por causa da centelha que ocorre entre


suas escovas e os comutadores, com
exceção dos motores brushless, os motores
de corrente contínua não podem operar em
ambientes explosivos.

62
Classificação dos Motores de Corrente
Contínua

Eles são classificados de acordo com o modo


de conexão do indutor e das bobinas induzidas,
sendo classificados como: motor série, motor
paralelo, motor composto e motor de
excitação.

Motor série: possui esta definição pois os


enrolamentos do indutor e da armadura são
ligados em série, se destacando por conter um
alto torque e rápida aceleração. Devido às
suas características é usado em aplicações
onde é necessário maior tração como: trens
elétricos, bondes elétricos e guinchos elétricos.

Motor composto: Conhecido por alguns como


motor misto, apresenta as características dos
motores série e dos motores paralelos. Ele
possui dois enrolamentos de indutor, um em
série com o enrolamento induzido e o outro em
paralelo. Possui característica de manter firme
a sua velocidade ao estar operando com carga,
é usado em acionamento de máquinas que são
submetidas à bruscas variações de cargas,
como prensas e tesouras mecânicas.

63
Motor de excitação independente: o indutor e
a sua armadura são alimentados por duas
fontes de energia independentes. São
utilizados normalmente em acionamentos de
máquinas operatrizes como: ferramentas de
avanço, bombas a pistão, compressores, entre
outras aplicações que é necessário um torque
constante em toda a faixa de rotação.

Motor paralelo: conhecido como motor de


derivação ou motor shunt, nesse motor o
indutor e os enrolamentos induzidos são
ligados em paralelo. Ele tem como
característica a fácil regulagem de sua
velocidade, é utilizado em máquinas,
ferramentas, elevadores, esteiras etc.

64
Tipos dos Motores de Corrente Contínua

Motor de Passo: Possuem várias bobinas, que


quando são energizadas de acordo com uma
sequência, fazem com que o seu eixo se mova
de acordo com ângulos exatos, submúltiplos de
360. São usados em aplicações que exigem
uma alta precisão, como impressoras
tradicionais, impressoras 3D e em outros
sistemas de controle de posição.

Apesar de possuir uma alta precisão, ele


possui um torque muito baixo, sendo que
quanto maior sua precisão menor será o seu
torque.

Servo motor: é muito utilizado em aplicações


de robótica. Basicamente é um motor que
podemos controlar a sua posição angular
através de um sinal PWM, utilizado para
posicionar e manter um objeto em uma
determinada posição.

O eixo de um servo não possui grande rotação,


é de apenas 180º.

65
Motor brushless: É um motor sem escova, ele
não precisa de escovas para funcionar. São
similares aos motores de corrente contínua
(CC) tradicionais com escova, porém são
comutados eletronicamente (ESM), de modo
que podem ser alimentados por uma fonte de
corrente contínua.
Por possui uma comutação sem escovas
(brushless) é mais eficiente, necessitando de
menos manutenção, menor geração de ruídos,
possui uma maior densidade de potência e
faixa de velocidade comparando com os
motores de comutação por escovas. É utilizado
em drones e aeromodelos.
Ele é leve e possui grande velocidade de
rotação, em contrapartida contém uma
eletrônica que contribui para um maior custo
de aquisição.

66
É nas quedas que o rio cria energia.

Hermógenes

MARINA BRANDÃO
SUMÁRIO
CHAVES DE PARTIDA 04

Chave de Partida Direta 04

Chave de Partida Compensadora 09

Chave de Partida Estrela Triângulo 13

DIAGRAMA DE COMANDOS ELÉTRICOS 15

LEGISLAÇÃO 27

MARINA BRANDÃO
CHAVES DE PARTIDA

São comandos elétricos utilizados para


partidas e proteção de motores elétricos. Elas
podem ser utilizadas em motores trifásicos ou
monofásicos.

CHAVE DE PARTIDA DIRETA

São soluções para acionamento de motores


elétricos monofásicos e trifásicos, elas
permitem aos usuários manobras de
acionamento on/off proporcionando proteção
ao circuito e motor.

04
Essas chaves são montadas em caixas
termoplásticas ou metálicas, possuindo um alto
grau de proteção, e fabricada de forma bem
compacta para fácil instalação em maquinas,
equipamentos e instalações elétricas
industriais.

Seu funcionamento ocorre através de


dispositivos elétricos que podem contar com:
disjuntores, fusíveis, contatores de potência e
relés termo-magnéticos de proteção. Esse
circuito é interligado eletricamente e conta
com um circuito de comando básico para
acionamento e proteção.

Essas chaves realizam um acionamento


através de partida direta, principalmente em
motores trifásicos, assim, um motor quando
acionado por uma chave de partida direta gera
picos de corrente, que pode chegar a cerca de
13X mais que a corrente de trabalho.

Este efeito é denominado de pico de corrente


de partida, este fenômeno acontece devido ao
esforço do rotor, pois no momento da partida o
mesmo exige muita energia induzida, o estator
absorve a mesma demanda de energia da rede,
isso ocorre até que o rotor consiga romper a
inercia de partida.

05
Essa energia da rede é consumida em corrente
induzida no rotor que busca chegar à
velocidade síncrona do campo magnético
girante.

As bruscas oscilações de corrente geradas nas


partidas dos motores podem gerar surtos na
rede de alimentação, causando muitas vezes
queda de tensão, prejudicando outros
equipamentos e instalações físicas como cabos
elétricos e componentes do circuito.

A potência das chaves de partidas diretas está


limitada a motores de menor potência, até
10CV, normalmente se limita a motores que
não possuem um alto conjugado de partida,
também não exigem elevado torque dos
motores.

Utilizamos as chaves principalmente em


indústrias, residenciais e áreas rurais para
acionamento de pequenos motores, sistemas de
irrigação e bombeamento, máquinas e
equipamentos, ventiladores e exaustores,
piscinas e pequenos moto vibradores.

06
Tipos chaves de partida

Os principais tipos de acionamento através de


chaves de partida são:

Partida direta trifásica e monofásica:


Consiste em uma simples partida direta
que dispõe de um relé térmico para
proteção do circuito.

Partida direta trifásica com fusível: Dispõe


de três fusíveis NH e um relé térmico para
proteção do circuito e moto;

Partida direta trifásica e monofásica


motobombas: Consiste em uma simples
partida direta que dispõe de um relé
térmico para proteção do circuito, foi
projetada especificamente para utilização
em motobombas, possuindo um controle de
nível dentro do seu circuito de comando;

Partida direta trifásica com comutação


manual para 2 motores: Possui uma
simples partida direta para motores
trifásicos, dispõe de um relé térmico para
proteção do circuito, porém podem acionar
dois motores de forma individual.

07
Partida direta trifásica com proteção
contra falta de fase: Essa chave de partida
trifásica dispõe de um relé térmico para
proteção do circuito e também conta com
um relé para detecção de falta de fase que
monitora a rede, protegendo o circuito e
evitando queimas do motor por falta de
fase.

Partida reversora trifásica: Essa chave de


partida trifásica dispõe de dois contatores,
que são acionados individualmente, para
realizar a inversão das fases e assim
possibilitar a partida sentido anti-horário e
horário.

Partida direta com disjuntor-motor: Este


tipo de chave de partida trifásica dispõe de
disjuntor motor para proteção contra
sobrecargas e curto circuito.

As aplicações da chaves de partida diretas são


amplas, porém limitadas pelos efeitos da
corrente de partida, característica deste tipo
de acionamento, desta forma a potência do
motor a ser acionado está limitada a pequenos
motores de potência máxima a 10CV
(consumidores rede secundária).

08
CHAVE DE PARTIDA
COMPENSADORA
Ao acionar a partida do motor elétrico, a
corrente elétrica pode alcançar valores de até
dez vezes maiores do que a corrente nominal
do motor elétrico, o que chamamos de
“corrente de pico”.

Para resolver este problema, existem formas


alternativas de partir o motor elétrico, como a
partida estrela-triângulo, a partida eletrônica
(usando um soft starter) e a partida com chave
compensadora.

Na partida com chave compensadora é


utilizado um autotransformador para fornecer
uma tensão reduzida nas bobinas do motor. A
primeira Lei de Ohm, defini que ao diminuir o
valor de tensão em um circuito, o valor de
corrente também será diminuído.

Na partida com chave compensadora são


utilizados dois contatores a mais do que seria
utilizado em uma partida direta.

O segundo contator liga as fases da rede nos


terminais do autotransformador, eles são
chamados de TAPs, e cada conjunto de três
TAPs indica uma porcentagem de tensão que
será entregue ao motor.
09
O terceiro contator liga as fases que saem do
auto transformador ao motor. Quando o
operador do circuito aperta o botão para
colocar o circuito em funcionamento, a bobina
do segundo e do terceiro contator são
energizadas.

O motor parte com a tensão reduzida, que sai


do autotransformador, o relé temporizador
começa a contar e quando chega no tempo pré-
determinado, este temporizador desativa o
segundo e o terceiro contator, ativando o
primeiro que faz com que o motor receba a
tensão da rede, como em uma partida direta.

O tempo que o relé temporizador leva para


desativar os dois contatores é justamente o
tempo que o motor leva para alcançar a sua
velocidade nominal.

10
Vantagens da partida compensadora:

Compatível com qualquer motor trifásico;

Utiliza somente três fios do motor:

O motor permanece energizado em todo o


momento:

Redução na corrente de partida;

A partida do motor pode ser com carga.

Desvantagens da partida compensadora:

Custo mais caro devido à utilização do


auto transformador;

Ocupa um espaço maior devido à utilização


do auto transformador;

Baixo número de partidas devido à


utilização do auto transformador.

11
Partida Compensadora com Reversão

Algumas situações existe a necessidade de


utilizar a partida compensadora é
acompanhada pela necessidade de inverter o
sentido de rotação do motor elétrico.

Para isso, é utilizada a chave compensadora


com reversão. A reversão do sentido de
rotação do motor na partida compensadora é
utilizado mais dois contatores.

Um contator inverte a posição das fases para


que o sentido de rotação do motor seja
invertido e o outro faz o fechamento dos
terminais do auto transformador. Ela necessita
do uso de um temporizador para seu
funcionamento.

12
CHAVE DE PARTIDA
ESTRELA TRIÂNGULO
Realiza a partida de motores trifásico com
fechamento estrela e logo após alguns
segundos ao ser acionado, o sistema irá mudar
para o fechamento triângulo. O objetivo dessa
partida é reduzir o valor da corrente de pico no
instante da partida dos motores trifásicos.

Esse fechamento é fundamental que o motor


utilizado possua no mínimo seis terminais de
conexão em sua caixa de ligação, pois o
fechamento das bobinas será realizado com o
auxílio dos contatores.

A ligação estrela não é presente apenas nos


motores elétricos trifásicos, mas também em
transformadores de alta tensão que é de onde
surge o fio neutro.

Essa partida não é diferente da partida


indireta, pois possui o intuito de reduzir o
valor da corrente de pico no momento da
partida do motor, isso faz a partida ser o mais
suave possível, sendo viável para a maioria
das aplicações.

13
É executada em duas etapas, pois o motor está
apto a receber até dois níveis de tensão, que
normalmente são 220V e 380V.

Este tipo de ligação permite que o motor


receba máxima tensão de alimentação para a
qual foi projetado, em um motor que possui a
tensão de alimentação 220/380V este
fechamento em estrela permite que ele receba
uma tensão no valor de 380V.

14
DIAGRAMA DE COMANDOS
ELÉTRICOS
A padronização dos projetos que envolvem
comandos elétricos é imprescindível para o
trabalho em elétrica. Existe dois tipos de
diagramas, o diagrama multifilar e o
diagrama unifilar.

Diagrama Unifilar

Diagrama Multifilar

15
A padronização dos projetos que envolvem
comandos elétricos é imprescindível para o
trabalho em elétrica. Existe dois tipos de
diagramas, o diagrama multifilar e o
diagrama unifilar.

O diagrama multifilar é mais detalhado,


mostrando todos os condutores que compõem o
circuito, deixando o diagrama muito carregado
de informação caso o projeto seja complexo.

O diagrama unifilar, simplifica a


representação, já que num único fio é possível
a identificar todos os condutores envolvidos
em determinada ligação.

Existe uma convenção para nomear cada


componente do diagrama, segundo a NBR
5280. Segue abaixo:

F Dispositivo de Proteção

H Dispositivo de Sinalização

K Contadores

M Motores

Q Dispositivos de Manobra para


Circuitos de Potência

16
S Dispositivos de Manobra, Seletores
Auxiliares

1, 3 e 5 Entrada do Circuito (linha)

2, 4 e 6 Circuito de Saída (terminal)

1e2 Entrada e Saída do Contato


Normalmente Fechado- NF (Auxiliares)

3e4 Entrada e Saída do Contato


Normalmente Aberto- NA (Auxiliares)

A1 e A2 Relés e Contatores
(Terminais da Bobina)

Os contatos auxiliares de um contator seguem


um tipo especial de numeração, onde o número
é composto por dois dígitos:

Primeiro dígito: indica o número do


contato;
Segundo dígito: indica se o contato é do
tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e 4).

17
A elaboração de diagramas elétricos não é
uma tarefa fácil, por isso é necessário
conhecimento para que você entenda e
diferencie os tipos de diagramas elétricos
existentes, que são basicamente quatro tipos,
sendo o multifilar, funcional, unifilar e trifilar.

Para começar o projeto reúna o máximo de


informações possível: tipos de cargas ou
motores a serem usados, qual a finalidade do
circuito elétrico, tensão de rede fornecida, o
que o cliente exige no circuito, tudo com o
máximo de detalhes e tipos de materiais a
serem usados.

Diagramas que se referem a comandos


elétricos são necessários dois tipos: para as
cargas e o outro para comandos.

18
Diagrama de cargas: Como o próprio nome já
diz o diagrama de cargas é responsável por
conter todas as ligações e informações
referentes às cargas, que geralmente são os
motores.

As informações que deverão ser contidas nesse


diagrama são indicações dos barramentos de
alimentação, nível de tensão, capacidade de
corrente dos barramentos, informações sobre
os tipos de componentes de proteção,
contatores, informações sobre características
das cargas e legenda com informações carimbo
da empresa.

Diagrama de comandos: Os diagramas de


comando, são responsáveis por conter
informações dos equipamentos de acionamento
das cargas e/ou motores, como: temporização,
acionamento por contatores, informações
sobre proteção, botoeiras, sinalizadores, fonte
de energia, contatos, se serão fechados ou
aberto, temporizadores, CLP, soft starter,
inversores de frequência, relés de proteção,
bornes de entrada e saída.

19
Principais Símbolos Encontrados em
Diagramas Elétricos

Os diagramas elétricos são um conjunto de


símbolos gráficos, que são capazes de
representar uma instalação elétrica ou parte
de uma da instalação, garantindo uma
linguagem comum a qualquer profissional em
qualquer parte do mundo.

Os principais símbolos encontrados em


diagramas elétricos são:

Eletrodutos: São responsáveis por comportar


os condutores elétricos pelas paredes e teto da
edificação, eles são essenciais em uma
instalação elétrica, embora não necessitem de
eletricidade.

Eletroduto embutido
no teto
Eletroduto embutido
no piso

Eletroduto que sobe

Eletroduto que desce

20
O diâmetro dos eletrodutos pode ser
expressado tanto em milímetro quanto em
polegadas.

Condutores

São utilizados para interligarmos os


componentes e dispositivos elétricos. São
responsáveis por conduzir a energia elétrica.

Os condutores devem ser representados


devidamente nos diagramas, para sabermos
corretamente a quantidade de cabos que será
passado pelo eletroduto.

Existe representação para todos os tipos de


condutores, como: fase, neutro, terra, positivo,
negativo e todos os tipos de retorno.

Condutor Fase Dentro do


Eletroduto

Condutor Neutro Dentro


do Eletroduto

21
Condutor Retorno Dentro
do Eletroduto

Condutor Terra Dentro do


Eletroduto

Caixas de Passagem

São usadas para facilitar a passagem de cabos


por longas distâncias, ou locais que contém
muitas curvas, que acaba dificultando a
passagem destes cabos.

As caixas de passagem são como pontos de


derivação para os eletrodutos. A simbologia
das caixas passagem contém a letra” P”,
sendo usadas apenas para derivação, não
possuindo nenhuma tomada ou interruptor.

Caixa de Passagem no
Piso

Caixa de Passagem no
Teto

Caixa de Passagem na
Parede

22
Quadro de Distribuição

É o centro de toda instalação elétrica, uma das


partes mais importantes, ele recebe os
condutores do medidor e realiza a divisão dos
circuitos, além de ser no quadro de
distribuição o local onde se encontra grande
parte dos dispositivos de proteção de uma
instalação.

Quadro Terminal de Luz e


Força Aparente

Quadro Terminal de Luz e


Força Embutido

Quadro Geral de Luz e


Força Aparente

Quadro Geral de Luz e


Força Embutido

Caixa de Telefone

23
Interruptores

São dispositivos de comandos, usados para


ligar e desligar um determinado circuito,
principalmente pontos de iluminação, além de
campainhas.

Interruptor de uma Seção

Interruptor de Duas Seções

Interruptor de Três Seções

24
Luminárias

São componentes responsáveis de comportar


as lâmpadas, na simbologia das luminárias
contém diversas informações, como o circuito
que a luminária pertence, potência e
quantidade de lâmpadas.

Ponto de Luz Incandescente


no Teto

Ponto de Luz Incandescente


na Parede (arandela)

Ponto de Luz Incandescente


no Teto (embutido)
Ponto de Luz Fluorescente
no Teto

Ponto de Luz Fluorescente


na Parede

Ponto de Luz Fluorescente


no Teto (embutido)

25
Tomadas

As tomadas elétricas são ponto de conexão


capazes de fornecer energia elétrica, existem
diversos tipos de tomadas, com padrões
distintos, porém este fator não é relevante em
projeto elétrico. No projeto elétrico precisa
especificar, a altura que o ponto de tomada
está instalado, qual o circuito que ela pertence
e qual a sua potência, caso não seja uma
tomada de uso especial a sua potência deve ser
indicada.

Tomada Baixa na Parede


(300 mm do piso acabado)

Tomada Média na Parede


(1300 mm do piso acabado)

Tomada Alta na Parede


(2000 mm do piso acabado)

Tomada no Piso

26
LEGISLAÇÃO
São duas normas que devem ser observadas ao
trabalhar com comandos elétricos, a NR 10
(segurança em instalações e serviços em
eletricidade) e a NR 12 (segurança no
trabalho em máquinas e equipamentos).

A NR 10 estabelece os requisitos e condições


mínimas que objetivam a implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos, de
forma a garantir a segurança e saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente,
interajam em instalações elétricas e serviços
com eletricidade.

Enquanto a NR 12 e seus anexos definem


referências técnicas, princípios fundamentais e
medidas de proteção para garantir a saúde e a
integridade física dos trabalhadores e,
estabelece requisitos mínimos para a
prevenção de acidentes e doenças do trabalho
nas fases de projeto e de utilização de
máquinas e equipamentos de todos os tipos.

27

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