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Corrosão

A corrosão dos metais é um processo natural resultante, geralmente, de reações de


oxirredução ou corrosão eletroquímica. Ocorre em meios com oxigénio e é acelerada na
presença de dióxido de enxofre e dióxido de carbono. Ambientes salinos, como o mar e seus
arredores, também contribuem para o processo de corrosão porque aumentam a
condutibilidade da água. Este processo diminui uma das características dos metais, a sua
durabilidade.

Exemplos de corrosão:

 Formação de verdete no cobre e no latão


 Escurecimento e perda de brilho na prata
 Formação de ferrugem no ferro

Verdete:

O cobre, ao reagir com o oxigénio, origina óxido de cobre (I) (Cu 2O), de cor acastanhada, e
óxido de cobre (II) (CuO), de cor cinzenta escura ou preta.

O verdete é constituído por carbonatos de cobre, resultantes da humidade e dióxido de


carbono. A cor verde deve-se à presença de carbonatos de cobre verdes.

Escurecimento e perda de brilho:

O escurecimento da prata deve-se à formação de sulfureto de prata (Ag 2S), provocada pela
reação do metal com o ácido sulfídrico (H 2S). Patine é o nome que se dá à camada escura que
se forma sobre a prata.

Ferrugem no ferro:

A ferrugem no ferro é o exemplo mais conhecido de corrosão

Quando uma gota de água entra em contacto com o ferro metálico, formam-se dois locais
distintos:
O local onde ocorre a oxidação denomina-se ânodo e o local onde ocorre a redução denomina-
se cátodo. No ânodo formam-se iões Fe2+ que, posteriormente, sofrem oxidação e originam o
óxido de ferro (III) hidratado.

Pilhas e baterias:

As reações de oxidação-redução têm uma aplicação útil que é a produção de eletricidade.

Um tipo de células eletroquímicas, ou pilhas, são as células galvânicas que são capazes de
produzir energia elétrica através de uma reação de oxidação-redução espontânea.

Um exemplo de uma reação de oxidação-redução que pode originar corrente elétrica é entre o
zinco e o cobre, uma vez que é uma reação espontânea.

Nesta reação, o zinco é oxidado, originando iões Zn 2+(aq) e dois eletrões. Os eletrões são
utilizados na reação de redução, reduzindo o Cu 2+(aq) em Cu(s).

Ora, para haver corrente elétrica é necessário haver transferência/circulação de eletrões.


Assim, primeiramente foram utilizados dois recipientes: um com uma lâmina de zinco
mergulhada numa solução de sulfato de zinco (ZnSO 4) e o outro com uma lâmina de cobre
mergulhada numa solução de sulfato de cobre (CuSO 4). As duas lâminas são ligadas através de
um fio condutor, por onde circulam os eletrões do recipiente do zinco para o recipiente do
cobre.

No entanto, esta circulação de eletrões acontece quando o zinco existente é oxidado, pelo que
quando todo o zinco se encontra oxidado não haverá mais circulação de eletrões do ânodo
(polo negativo) para o cátodo (polo positivo) (sentido real da corrente elétrica) e,
consequentemente, corrente elétrica.
Para assegurarmos a existência de uma corrente elétrica é, então, necessário utilizar uma
ponte salina, que consiste num tubo em forma de “U” que contém uma solução condutora,
geralmente, de cloreto de sódio (NaCl), envolvido num material que não reaja com o sal.

OS iões existentes nesta solução: Na+ e Cl- têm um papel fundamental, uma vez que asseguram
a eletroneutralidade das soluções e fecham o circuito, permitindo a existência de corrente
elétrica.

Se não existisse esta ponte, a solução aquosa de sulfato de zinco adquiriria uma carga positiva
devido ao excesso de iões Zn2+ (que se oxida) quando comparado com os iões SO 4-.

Por outro lado, a solução aquosa de sulfato de cobre adquiriria uma carga negativa, devido à
deficiência de iões Cu2+ (que se reduz em Cu) e o excesso de iões SO4-.

Cada parte desta pilha denomina-se semipilha ou semicélula. O elétrodo -terminal utilizado
para conectar um circuito elétrico a uma parte metálica, não metálica ou solução aquosa –
pode ser negativo ou positivo. Onde se libertam eletrões dá-se o nome de elétrodo negativo
(ânodo) e onde se captam eletrões dá-se o nome de elétrodo positivo (cátodo).
Nos exemplos anteriormente referidos, todas as semipilhas eram consideradas por um metal e

um dos seus sais, em solução aquosa, servindo o metal como elétrodo.

Existem pilhas em que as reações de oxidação redução de elétrodo não envolvem um metal,

mas sim dois iões em solução:

Fe2+ (aq) ----) Fe3+ (aq) + e-

O elétrodo inerte é aquele não se oxida nem reduz no decurso da reação. Serve para conduzir

os eletrões ao fio condutor que estabelece a ligação à outra semipilha. Exemplos de elétrodos

inertes são o ouro, a platina e a grafite.

Outro tipo de reação de elétrodo que necessita de elétrodo inerte é a que envolve a oxidação

ou redução de um gás em solução, como por exemplo:

2 H+ (aq) + 2e- -----) H2 (g)

H2 (g) ------) 2H+ (aq) + 2e-

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