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O processo se utiliza de corrente elétrica para provocar reações de oxirredução cujos potenciais
(ΔE) são negativos (reações não espontâneas). Em geral, a energia elétrica é fornecida por um
gerador (uma pilha, por exemplo) e, para que a reação aconteça, a ΔE produzida pelo gerador
deve ter magnitude maior que o valor da ΔE da reação.
ELETRÓLISE ÍGNEA
Existe ainda outra modalidade de eletrólise que não envolve a presença de água, redundando na
ausência de íons H+ e OH− para competir com os íons do meio.
Eletrólise ígnea: as partículas carregadas (cátions e ânions) são produzidas por fusão (passagem
do estado sólido para o líquido), com aquecimento de um sal. Os íons adquirem mobilidade e
vagam pelo líquido e podem participar do processo eletrolítico. Neste caso, a não ser que o sal
seja misturado, não há competição de íons nos eletrodos.
Neste caso, o Na+ será reduzido e o Cl− oxidado de acordo com as semirreações da tabela de
potenciais-padrão de redução.
Conceitos importantes:
Eletrólise: Uso de energia elétrica para a realização de uma reação química de oxirredução.
Reação de oxirredução: tipo de reação que envolve passagem de elétrons entre elementos que
alteram seus números de oxidação após a reação.
Ânodo: polo positivo, onde os ânions liberam seus elétrons, oxidando-se. Há deficiência de
elétrons neste terminal.
Cátodo: polo negativo, onde há excesso de elétrons e ocorre a redução (descarga) de cátions.
Fluxo de elétrons: os elétrons se deslocam do ânodo (polo positivo) para o cátodo (polo
negativo)
Corrosão
Corrosão é a deterioração de metais causada por processos eletroquímicos das reações de
oxirredução. Para entender melhor como funciona esse processo, é importante esclarecer os
seguintes conceitos:
A corrosão, em geral, é provocada pelo oxigênio. Os metais têm uma capacidade de oxidação bem
maior do que o oxigênio, sendo assim, tendem a perder elétrons para o oxigênio presente no ar
atmosférico.
O ferro, por exemplo, oxida-se facilmente quando exposto ao ar e à umidade. Nesse processo de
oxidação do ferro (chamada de ferrugem em linguagem comum) estão envolvidas várias reações
Existem fatores que por si só não provocam corrosão, mas são capazes de acelerar o processo. Um
exemplo disso é a presença de gás carbônico (CO2), dióxido de enxofre (SO2) e outras
substâncias ácidas no ar, que deslocam a reação catódica para a direita (princípio de Le Chatelier),
fazendo com que a ferrugem se forme mais rapidamente. Ambientes salinos, como o mar e seus
arredores, também contribuem para o processo de corrosão porque aumentam a condutividade
elétrica.
Assim como o ferro, muitos outros metais e ligas metálicas também sofrem corrosão, como ocorre
com a prata, que escurece ao longo do tempo, e o cobre, que ganha um aspecto esverdeado com o
passar dos anos. No caso da prata, há a formação de uma película superficial de sulfeto de prata
(Ag2S), provocada pela reação do metal com o ácido sulfídrico (H2S), daí a cor preta. Já o cobre
e suas ligas metálicas são oxidados pelo oxigênio, formando uma camada denominada azinhavre,
responsável pela aparência esverdeada.
Ao contrário da maioria dos metais, os objetos de alumínio não enferrujam facilmente. O que
ocorre, na verdade, é uma oxidação superficial do alumínio, produzindo uma fina película de
óxido de alumínio (Al2O3), que se adere firmemente à superfície e evita que o processo de
corrosão continue. Esse fenômeno recebe o nome de apassivação do alumínio.
Uma forma muito comum de proteger um metal da corrosão é revesti-lo com metais que tenham
maior potencial de oxidação, ou seja, maior tendência a perder elétrons. Assim, o metal do
revestimento se oxida primeiro e retarda a oxidação do outro, sendo, por isso, chamado de metal
de sacrifício. O magnésio é um exemplo de metal de sacrifício, muito utilizado no recobrimento
de tanques de aço, navios e oleodutos.
Outra medida muito frequente de combater a corrosão é a pintura com tintas especiais. Quando
bem aplicada, a tinta forma um filme protetor que evita o contato do metal com o ar, impedindo a
formação de ferrugem.