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Decorrente de uma reação química com dois eletrodos com movimento dos íons gerando um
trabalho elétrico
ELETRODO -> uma placa metálica que estará em contato com a solução de ions do seu metal
Muitos países, inclusive o Brasil, têm se preocupado com os riscos à saúde humana e ao meio
ambiente que estes sistemas eletroquímicos apresentam. Neste sentido, o Conselho Nacional
do Meio Ambiente - CONAMA publicou no Diário Oficial da União de 22 de julho de 1999 a
Resolução n° 257, disciplinando o descarte e o gerenciamento ambientalmente adequado de
pilhas e baterias usadas, no que tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou
disposição final.
O termo pilha deveria ser empregado para se referir a um dispositivo constituído unicamente
de dois eletrodos e um eletrólito, arranjados de maneira a produzir energia elétrica. O
eletrólito pode ser líquido, sólido ou pastoso, mas deve ser, sempre, um condutor iônico.
Quando os eletrodos são conectados a um aparelho elétrico uma corrente flui pelo circuito,
pois o material de um dos eletrodos oxida-se espontaneamente liberando elétrons (anodo ou
eletrodo negativo), enquanto o material do outro eletrodo reduz-se usando esses elétrons
(catodo ou eletrodo positivo). O termo bateria deveria ser usado para se referir a um conjunto
de pilhas agrupadas em série ou paralelo, dependendo da exigência por maior potencial ou
corrente. Em um sistema eletroquímico o anodo deve ser do lado esquerdo e o catodo do lado
direito. Assim, quando se escreve bateria sódio/enxofre significa que o sódio e o enxofre são
os reagentes ativos no anodo e catodo. Entretanto, alguns sistemas eletroquímicos não
obedecem a esta regra geral quando citados; os casos mais comuns são os sistemas:
chumbo/óxido de chumbo, cádmio/óxido de níquel e zinco/dióxido de manganês, mais
conhecidos como chumbo/ácido, níquel/ cádmio e Leclanché, respectivamente.
Baterias primárias: Distintas das demais por serem essencialmente não recarregáveis. Zinco/
dióxido de manganês (Leclanché), zinco/dióxido de manganês (alcalina) e lítio/dióxido de
manganês.
Do ponto de vista ambiental, as pilhas alcalinas representam menor risco que as de Leclanché,
já que não contêm metais tóxicos, como mercúrio, chumbo e cádmio.
O eletrólito é uma pasta formada pela mistura de cloreto de amônio e cloreto de zinco. O
anodo é de zinco metálico, usado, geralmente, na forma de chapa para confecção da caixa
externa da pilha. O catodo é um bastão de grafite, geralmente cilíndrico, rodeado por uma
mistura em pó de dióxido de manganês e grafite (vide Figura 1). A pilha de zinco/dióxido de
manganês fornece um potencial de circuito aberto (medido com um voltímetro de alta
impedância) no intervalo entre 1,55 V e 1,74 V, a temperatura ambiente.
Zn(s) + 2NH4 Cl(aq) + 2OH– (aq) → Zn(NH3 ) 2 Cl2 (s) + 2H2 O(l) + 2e– (1)
Zn(s) + 2MnO2 (s) + 2NH4 Cl(aq) → Zn(NH3 ) 2 Cl2 (s) + 2MnOOH(s) (3)
O principal problema observado neste tipo de pilha são as reações paralelas. Essas reações
ocorrem durante o armazenamento das pilhas podendo provocar vazamentos. Para diminuir
isso a grande maioria dos fabricantes adiciona pequenas quantidades de sais de mercúrio
solúveis ao eletrólito da pilha; agentes tensoativos e quelantes, cromatos e dicromatos
também são usados por alguns poucos fabricantes. Esses aditivos diminuem a taxa de corrosão
do zinco metálico e, consequentemente, o desprendimento de gás hidrogênio no interior da
pilha. Com isso, a pressão interna das pilhas é bastante reduzida, minimizando-se os
vazamentos. Na grande maioria das pilhas comercializadas, esse eletrodo consiste de uma liga
de zinco contendo pequenas quantidades de chumbo e cádmio, a fim de se obter propriedades
mecânicas adequadas para se trabalhar com a liga. Com isso, as pilhas zinco/dióxido de
manganês contêm, em suas composições mercúrio, chumbo e cádmio e podem representar
sérios riscos ao meio ambiente.
Utiliza-se dos mesmos eletrodos (anodo e catodo), porém o eletrólito é uma solução aquosa
de hidróxido de potássio concentrada (~30% em massa) contendo uma dada quantidade de
óxido de zinco; daí a denominação alcalina para essa pilha. Além disso, o seu recipiente
externo é confeccionado em chapa de aço para garantir melhor vedação e prevenir, portanto,
o risco de vazamento de eletrólito altamente cáustico. Fornece um potencial de circuito aberto
de 1,55 V.
Devido à alta reatividade do lítio metálico com água, todas as pilhas de lítio empregam
eletrólitos não aquosos (sal de lítio dissolvido em solventes não aquosos) em recipientes
hermeticamente selados. Os componentes destas pilhas podem ser configurados de maneira
semelhante à das pilhas alcalinas, mas muitas vezes os eletrodos são confeccionados na forma
de tiras enroladas, como é o caso das pilhas lítio/dióxido de manganês, muito usadas em
câmaras fotográficas. O processo de descarga destas pilhas consiste nas reações de oxidação
do lítio metálico e de redução do óxido metálico, simplificada: Li(s) + MO(s) → LiO(s) + M(s) (6)
3,0 V a 3,5 V
Baterias secundárias: Baterias recarregáveis que podem ser reutilizadas muitas vezes pelos
usuários
PbO2 (s) + 4H+(aq) + SO4 2–(aq) + 2e– → PbSO4 (s) + 2H2 O(l) (7)
Pb(s) + PbO2 (s) + 2H2 SO4 (aq) → 2PbSO4 (s) + 2H2 O(l) (9)
À medida que a bateria chumbo/ ácido é descarregada, o ácido sulfúrico é consumido e a água
é produzida. Dado que o potencial de circuito aberto depende da concentração de ácido
sulfúrico no eletrólito e da temperatura, o valor deste potencial para um único par de
eletrodos varia de 2,15 V, no estado carregado, até 1,98 V, no estado descarregado, a
temperatura ambiente. No processo de carga, o sulfato de chumbo é reconvertido a chumbo
no anodo e a dióxido de chumbo no catodo. Automotivas, industriais e seladas, com um
predomínio marcante das primeiras.
Cd(s) + 2NiOOH(s) + 4H2 O(l) → Cd(OH)2 (s) + 2Ni(OH)2 .H2 O(s) (12)
Durante o processo de descarga, os íons lítio migram desde o interior do material que compõe
o anodo até dentro do material do catodo e os elétrons movem-se através do circuito externo.
No anodo, o grafite é o material mais comumente usado porque, além de apresentar estrutura
lamelar, é capaz de intercalar reversivelmente os íons lítio entre suas camadas de carbono sem
alterar significativamente sua estrutura. O catodo contém, geralmente, um óxido de estrutura
lamelar (LiCoO2, LiNiO2 etc.) ou espinel (LiMnO2 ), sendo o óxido de cobalto litiado o material
mais freqüentemente usado pelos fabricantes de baterias de íons lítio. Dessa forma, durante a
descarga da bateria a reação que ocorre no anodo é a oxidação do carbono e a conseqüente
liberação de íons lítio a fim de manter a eletro neutralidade do material:
As principais características das baterias de íons lítio são bom desempenho e segurança aos
usuários. Além disso, o fato de empregarem materiais de baixa densidade permite que sejam
projetadas para terem menor massa, tamanho e custo