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QUÍMICA II

ELETROQUÍMICA
2ª parte

Cel De Sordi
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS VOLTAICAS

 No anodo um átomo  No catodo um íon Cu2+


de zinco perde 2e- e ganha 2e- e forma um
torna-se um íon Zn2+, átomo Cu que se
migrando para a deposita na placa;
solução;  O íon Cu2+ é
 O átomo de zinco é reduzido.
oxidado.
ELETROQUÍMICA

EFEITO DA CONCENTRAÇÃO SOBRE A FEM


 Da Termodinâmica:
G  G  RT ln Q

 Onde:
G   nFE
 nFE  nFE   RT ln Q

 Equação de Nernst:
RT
E  E  ln Q
nF
BATERIA X ALTERNADOR
Alternador: é o componente que transforma a energia
mecânica fornecida pelo motor em energia elétrica, por meio de
rotações internas, quando o carro está em movimento;
 Acionado pelo motor por meio de uma
correia, o alternador gera a energia
elétrica;
 A corrente alternada gerada é
transformada em corrente contínua;
 A energia gerada realimenta a bateria;

O alternador é uma peça importante porque “perpetua” o funcionamento da bateria.


ELETROQUÍMICA

BATERIAS OU PILHAS
Uma bateria é um recipiente contendo
uma fonte de energia eletroquímica com
uma ou mais células voltaicas. Tem a
função de abastecer o sistema elétrico do
veículo de energia e acumulá-la quando o
veículo estiver em funcionamento.
 Quando as células são conectadas em
série, a fem resultante corresponde à
soma das fem’s de cada uma.
 Sinal positivo: catodo;
ELETROQUÍMICA

BATERIAS OU PILHAS

 Conforme a sua constituição, as baterias apresentam propriedades


diferentes, para atender aos diferentes empregos:
 Bateria do carro: deve ser capaz de fornecer corrente elétrica de grande
intensidade por curto espaço de tempo (Ex.: arranque do motor);
 Bateria do marcapassos: deve ter pequena dimensão, fornecendo
corrente de baixa intensidade por longo espaço de tempo;
ELETROQUÍMICA

BATERIAS OU PILHAS

PILHAS PRIMÁRIAS X PILHAS SECUNDÁRIAS

 Pilhas primárias: descartadas após sua fem cair a zero;


 Pilha secundária: pode ser recarregada por uma fonte externa após
sua fem cair a zero.
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

 Bateria de chumbo e ácido (12 V) utilizada em automóvel: consiste de 6


células voltaicas idênticas, ligadas em série, cada uma produzindo 2,04
V;
 Produz energia suficiente para dar partida no carro e é recarregada
quando o motor está funcionando;
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

 Catodo óxido de chumbo (IV) (PbO2) empacotado em uma grade


metálica e imerso em um eletrólito (ácido sulfúrico):
(+4) redução do óxido de chumbo (IV) (+2)
PbO2 (s) + HSO4- (aq) + 3H+ (aq) + 2e-  PbSO4 (s) + 2H2O (l)
 Anodo chumbo (Pb) imerso em um eletrólito (ácido sulfúrico):
Pb (s) + HSO4- (aq)  PbSO4 (s) + H+ + 2e-
0 +2

oxidação do chumbo a Pb2+

 A reação global é:
PbO2 (s) + Pb (s) + 2HSO4- (aq) + 2H+ (aq)  2PbSO4 (s) + 2H2O (l)
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

e-

As duas semi-reações deixam


ambos os eletrodos recobertos
com sulfato de chumbo
(insolúvel no eletrólito);

CATODO ANODO
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

 O PbSO4 fixado nos eletrodos permite que a reação inversa seja


desencadeada e os reagentes originais sejam restaurados quando uma
fonte fornece energia suficiente (superior a 2,04 V);
 Quando todo ácido sulfúrico for convertido em PbSO4 , a bateria está
descarregada.
 Bateria descarregada por muito tempo: o PbSO4 sofre uma lenta
degeneração, difícil de ser revertido.
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

 Bateria automotiva de chumbo, de 12 V;


 Seis pares de eletrodos conectados em
série.
 Como os reagentes são sólidos, não é
necessário separar a bateria em
compartimentos de anodo e catodo (Pb
e PbO2 não podem entrar em contato
direto);
 Espaçadores são colocados entre as
placas para não se tocarem.
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

Ecel = Ered(catodo) - Ered(anodo)


= (+1,685 V) - (-0,356 V)
= +2,041 V.

 Bateria de chumbo;
 Placas negativas (cor verde): grades de chumbo preenchidas com chumbo
poroso;
 Placas positivas (cor cinza): grades metálicas preenchidas com PbO2
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

 O uso de reagentes e produtos no estado sólido (Pb, PbO2, PbSO4)


permite que a bateria mantenha a fem estável (relativamente constante)
durante a descarga;
 De fato: pela equação de Nernst, os sólidos são excluídos do quociente
de reação “Q” e, sendo assim, suas concentrações não interferem no
valor da fem;
 As constantes recargas efetuadas pelo gerador, causa a decomposição
da água da solução da bateria e, por isso, periodicamente coloca-se
água destilada.
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

 Verifica-se, pela reação global, que H2SO4 é consumido durante a


operação da bateria, provocando redução da densidade da solução;
 A pequena variação da fem se deve ao consumo do H2SO4;

 Considerando-se que a reação química consome H2SO4, o grau de


descarga da bateria pode ser determinado medindo-se a massa
específica do eletrólito por meio de um densímetro (hidrômetro);
 A massa específica do fluido em uma bateria carregada deve ser maior
ou igual a 1,2 g/mL.
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

 Outra vantagem da bateria de chumbo e ácido: pode ser recarregada


(pilha secundária);
 Durante a recarga, uma fonte externa de energia é usada para reverter
o sentido da reação (eletrólise):
2PbSO4 (s) + 2H2O (l)  PbO2 (s) + Pb (s) + 2SO42- (aq) + 4H+ (aq)

 A recarga é possível porque o PbSO4 formado durante a descarga


adere aos eletrodos.
ELETROQUÍMICA

BATERIA DE CHUMBO E ÁCIDO

 As baterias mais modernas, do tipo “seladas” (quantidade de água


consumida é muito pequena), são livres de manutenção, pois incluem a
tecnologia da recombinação do oxigênio;
ELETROQUÍMICA

PILHA SECA

 É uma pilha “sem” componente fluido;


 É uma pilha primária: não recarregável;
 Modelo mais comum: pilha de Leclanché, usada em lanternas,
rádios portáteis, gravadores, etc.
ELETROQUÍMICA

PILHA SECA

 Anodo: envólucro de zinco


 Catodo: bastão de grafite envolvido por
 óxido de manganês (IV) (MnO2);

 Eletrólito: pasta úmida de cloreto de zinco (ZnCl2) e cloreto de

amônio (NH4Cl) ;
 A pasta úmida permite que os íons se movam.
ELETROQUÍMICA

PILHA SECA

 Anodo - envólucro em zinco (ocorre a oxidação do zinco):


Zn(s)  Zn2+(aq) + 2e-
 Catodo - bastão de grafite:
Uma sequência complexa de reações ocorre na superfície do catodo de grafite. A 1ª
etapa é a redução dos íons amônio.
2NH4+(aq) + 2e-  2NH3(g) + H2(g)
Os produtos são gasosos e devem ser removidos, para que não aumente a
pressão e a pilha exploda. O hidrogênio reage com o MnO 2 e a amônia é
complexada pelos íons de zinco formados no anodo:
2MnO2(s) + H2(g)  Mn2O3(s) + H2O(l)
Zn2+(aq) + 2NH3(aq)  [Zn(NH3)2]2+(aq)
ELETROQUÍMICA

PILHA SECA

 Os íons [Zn(NH3)2]2+ reagem rapidamente com os íons Cl-

formando [Zn(NH3)2]Cl2 sólido;


 Reação global:
2NH4Cl(s) + 2MnO2(s) + Zn(s)  Mn2O3(s) + [Zn(NH3)2]Cl2 (s) +

H2O(l)
 Essas pilhas fornecem, em geral, +1,5 V, mas à medida que a
reação prossegue, a voltagem cai progressivamente.
ELETROQUÍMICA

PILHA SECA
 As reações apresentadas encontram-se em formas
simplificadas, pois as reações que ocorrem na célula, bem como
o seu funcionamento, são bastante complexos;
 O eletrólito é constituído por uma solução aquosa de cloreto de
amônio e cloreto de zinco, com a consistência de uma pasta;
 A rigor, essas pilhas não funcionam totalmente a seco, pois as
pastas no seu interior são úmidas (H2O);
 A consistência pastosa da solução se deve à adição de amido,
para evitar vazamentos. A blindagem em aço também tem essa
finalidade.
ELETROQUÍMICA

PILHAS ALCALINAS
 Em uma bateria alcalina, o NH4Cl é substituído por KOH (meio
alcalino);
 A pilha alcalina fornece desempenho muito melhor do que as pilhas
secas convencionais, sendo muito utilizada em relógios, máquinas
fotográficas, etc.
 Em meio alcalino, o eletrodo de zinco sofre um desgaste menor,
comparado com as pilhas comuns, cujos eletrólitos possuem caráter
ácido, especialmente quando a pilha não está em operação;
 Em consequência, mantêm a voltagem constante por mais tempo e
duram cinco vezes mais.
ELETROQUÍMICA

PILHAS ALCALINAS

(a) (b)
a) Bateria alcalina em miniatura;
b) Bateria de mercúrio (anodo de zinco amalgamado com mercúrio) em contato com eletrólito
fortemente alcalino. Corpo em aço inoxidável. Vida útil mais longa, empregada em marca-
passos.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS
 A produção de energia DEvem
elétrica, COMBUSTÍVEL
se tornando um dos aspectos mais
cruciais da sociedade Moderna;
 Crescimento exponencial da demanda: escassez e preocupações com
os prejuízos ao meio ambiente;
 Consequência: busca de novas fontes e de tecnologias de geração limpa
de energia elétrica;

A tecnologia das células de combustível desponta


com alternativa das mais promissoras.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
 A geração de energia elétrica :
 A energia térmica liberada a partir de reações de combustão pode ser
convertida em energia elétrica;
 Exemplo: o calor liberado na combustão pode converter a água líquida
em vapor, que aciona uma turbina e, a seguir, um gerador;
 Inconvenientes:
 Danos ao meio ambiente;
 Cerca de 30% da energia, decorrente da combustão, é convertida
em eletricidade e o restante se perde sob a forma de calor.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Por outro lado, a produção direta de eletricidade, a partir


da combustão, por um célula de combustível,
proporciona maior eficiência na conversão (até 80%);
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Produção indireta de energia por meio da combustão :


 Combustível fóssil não é renovável;
 O aproveitamento da energia é pequeno: baixa eficiência;
 Poluição ambiental severa: problemas sérios para a saúde e
para o meio ambiente;
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

 Em uma usina termoelétrica


convencional, combustível e ar
entram, enqto produtos da
combustão saem da unidade para a
atmosfera;

 A transferência de calor para a água


de resfriamento gera danos ao
ambiente;

Trabalho é produzido , a partir da disponibilidade do combustível


(em realizar trabalho), sob a forma de trabalho elétrico.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Energia limpa refere-se a fontes que


são renováveis e que não lançam
poluentes na atmosfera, em nível
global, e que, ao contrário dos
combustíveis fósseis, não interferem
no ciclo do carbono de forma
significativa.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

A importância do tema na mídia:

 “Fontes alternativas de energia estão cada vez mais em evidência


nos dias atuais”;
 “Muitos dizem que a revolução das empresas ‘verdes’ criará o
maior mercado de oportunidades da história”;
 “O mundo precisa de produtores de energia renovável e qualquer
descoberta pode mudar o rumo da humanidade”.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

 A CÉLULA A COMBUSTÍVEL COMO ALTERNATIVA :


 A combustão é realizada de maneira controlada - maior eficiência
no aproveitamento da energia liberada e de modo menos poluente;
 A ideia consiste em aproveitar o deslocamento dos elétrons na
reação de combustão.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
 A CÉLULA A COMBUSTÍVEL COMO ALTERNATIVA :
 Em princípio, qualquer reação de oxirredução pode decompor-se em
semi-reações, servindo de base para se fabricar uma célula galvânica;
 A pilha de combustível (uma célula galvânica) consiste em um meio
pelo qual a energia química pode ser transformada em energia elétrica;

Mediante a conversão direta de energia química em energia elétrica,


obtém-se maior eficiência no processo em relação à queima do
combustível e aproveitamento do calor, por meio de uma turbina
de vapor.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

 A CÉLULA A COMBUSTÍVEL COMO ALTERNATIVA :


 Consequência: a eficiência termodinâmica da reação, em termos de
produção de trabalho útil é muito mais elevada;
 A célula de combustível é uma célula galvânica que necessita de um
suprimento contínuo de reagentes para funcionar;
 Logo, teoricamente, é capaz de operar indefinidamente, desde que o
suprimento de reagentes seja mantido.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

 A CÉLULA A COMBUSTÍVEL COMO ALTERNATIVA :


 O modelo que se encontra mais desenvolvido tecnologicamente
utiliza como reagentes o hidrogênio e o oxigênio.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
 Apesar de estar associada às mais modernas tecnologias, o
princípio de funcionamento dessas células foi descoberto há mais
de 150 anos.
 Tecnologia utilizada para a geração de energia em missões
espaciais;
 Uma célula de combustível que opera com hidrogênio e oxigênio,
tem como único produto a água;
 Instalada em um um ônibus espacial, tem a vantagem de
abastecer de água a tripulação;
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

“A célula a combustível só começou a ganhar vida no final dos anos 30,


quando o inglês Francis Thomas Bacon desenvolveu células a
combustível de eletrólito alcalino. Em 1959, ele demonstrou um sistema
de célula a combustível de 5kW para fazer funcionar uma máquina de
solda. No entanto, somente com a Agência Espacial dos EUA, a NASA,
a célula a combustível começou a decolar. E ela foi para o espaço nos
projetos Gemini e Apollo! Tudo que a NASA precisava era de um
equipamento que gerasse energia com eficiência, e que utilizasse um
combustível leve e com grande densidade de energia – o hidrogênio”.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

 Versão simplificada: um eletrodo de hidrogênio e outro de oxigênio


em solução concentrada e aquecida de KOH;
 Eletrodos: material poroso, inerte, com catalisador;
 Uma membrana porosa separa os dois compartimentos, onde são
borbulhados os gases;
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
 Anodo: oxidação do hidrogênio

2H2(g) + 4OH-(aq)  4H2O(l) + 4e-


 Catodo : redução de oxigênio

2H2O(l) + O2(g) + 4e-  4OH-(aq)


 Reação líquida da célula:
2H2(g) + O2 (g)  2H2O(l)
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

(2) (1)

(1) 2H2(g) + 4OH-(aq)  4H2O(l) + 4e- (2) 2H2O(l) + O2(g) + 4e-  4OH-(aq)

 O Ni e o NiO presentes no interior dos eletrodos de carbono poroso são


eletrocatalisadores e aumentam a reatividade do Hidrogênio.
 Os eletrodos têm dupla função: servem de condutores elétricos e proporcionam a
superfície necessária para que ocorra a reação.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

 Embora o alto custo restrinja o uso em aplicações industriais, as


células de combustível alcalinas são as mais utilizadas na área
aeroespacial;
 Estudos promissores visam aumentar ainda mais a eficiência do
sistema , a custos menos elevados;
 Existem várias tecnologias de células de combustível para
combinarem hidrogênio e oxigênio, mas elas têm basicamente o
mesmo princípio de funcionamento.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

 A célula de combustível com membrana de permuta protônica proporciona simplicidade


de funcionamento.
 O eletrólito nesta célula de combustível é uma membrana de permuta iônica (polímero -
Nafion), boa condutora de prótons do anodo para o catodo.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

 Hidrogênio gasoso (o combustível) penetra na estrutura porosa do anodo, reage nos sítios
ativos da superfície do eletrodo, liberando elétrons e formando prótons (H+);
 Os elétrons liberados na oxidação do hidrogênio chegam ao catodo por meio do circuito
externo e ali participam da reação de redução do oxigênio.
 Os prótons formados no anodo são transportados ao catodo, onde reagem formando o
produto da reação global da célula a combustível: água.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Difusão:

membrana de permuta protônica: os


íons H+ (protons) difundem de uma
região de elevada concentração para
uma região de baixa concentração.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

 Nafion: polímero iônico com capacidade de conduzir protons (parte


polar e outra apolar);
 Alguns mecanismos combinados (gradiente de concentração:
difusão, gradiente de potencial elétrico: efeito eletroosmótico)
contribuem para o processo de transporte iônico na membrana
(processo conhecido como Quimiosmose).
 Quimiosmose é a difusão de íons através de uma membrana
permeável seletiva.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Célula combustível Pratt & Whitney Trator experimental da Allis-Chambers


sendo montada para uma nave (1959), com 1.008 células de combustível. O
espacial Apollo em 1964; combustível era uma mistura de gases,
principalmente propano, e oxigênio.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Diferente das baterias, uma célula de


Automóvel equipado combustível não se esgota nem requer
com célula de combustível recarga. Produzirá energia enquanto a
abastecermos com combustível.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

O que é um veículo movido a célula de combustível?

 Veículo elétrico movido a célula de combustível é um veículo em que a energia elétrica


é gerada a bordo, através de um processo eletroquímico, onde a energia do hidrogênio
(combustível) é transformada diretamente em eletricidade. A energia elétrica produzida
alimenta o motor e recarrega a bateria.
 A frenagem regenerativa, acionada quando o freio é pressionado para reduzir a
velocidade, transforma a energia cinética do veículo em energia elétrica que é
armazenada na bateria.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

HYUNDAI – Santa Fé

Célula de combustível veicular

Eficiente
Performace Superior
Não ocupa espaço do passageiro
Emissões Zero nem do porta-malas
Silencioso
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

FCX, a célula de combustível da Honda


Célula de Combustivel – a Tecnologia Ecológica do Futuro

Este é o Honda FCX Clarity. O que tem de tão tecnológico ou ecológico? Ele é movido por uma
célula de combustível, de hidrogênio, para gerar a energia elétrica necessária para seus
propulsores elétricos. Bem, o que há de tão fantástico neste carro? Simples, a “pegada”
ecológica dele é a menor que existe em qualquer carro a venda, mesmo em relação aos elétricos
atuais, e ele independe completamente de combustíveis fósseis, ou de energia elétrica externa.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Tesla: carro puramente elétrico, tem um conjunto de 6831 baterias


semelhantes às de notebook para armazenar energia suficiente para rodar por
350Km e precisa ser carregado “na tomada” por cerca de 13 horas, ou em um
equipamento especial que pode ser adquirido do fabricante e é capaz de
recarregar o carro em 3,5 horas. Ou seja, faz-se necessário o uso de uma
fonte externa de energia elétrica.
Prius: carro com sitema híbrido, tem dois tipos de propulsores, um
elétrico e um que funciona à gasolina. Neste caso, a geração de energia vem
de duas formas: uma através da conversão direta de energia do motor, que
também propele as rodas, bem como do uso de energia cinética gerada nas
freadas, o que se batizou de “freada regenerativa”.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

“Já nos carros que funcionam com célula de energia, como o Honda FXC
Clarity, utiliza-se uma célula de combustível alimentada por hidrogênio que
consegue manter a carga das baterias do carro com força suficiente para que
não se perca potência, fazendo com que o carro seja propelido 100% do tempo
pelos motores elétricos. E o pulo do gato, o resultado da reação química que
transforma o hidrogênio em energia é H2O, a nossa muito mais que popular
água.
O FCX Clarity é impulsionado por uma célula de 57 litros, capaz de produzir
100Kw, o equivalente a 134hp e tem autonomia de 450Km. Quando o
hidrogênio acabar, é só encostar em um posto e completar o tanque, de forma
bem parecida com o que fazemos aqui com gás natural. Ele alcança velocidade
máxima de 160km/h, muito mais que suficiente para um carro de família, e vai
de 0 a 100 em menos de 10s.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Outra vantagem, a redução brutal


na quantidade de partes móveis,
já que apenas os motores
elétricos são necessários para
transmissão de força para as
rodas, tende a reduzir bastante o
custo de manutenção

A Honda afirma ter condição de produzir em massa carros elétricos com células de
hidrogênio a partir de 2018.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

O Mirai converte hidrogênio comprimido em


eletricidade e expele vapor de água. Tem
autonomia para 450 km, sendo reabastecido
em apenas 5 minutos.
A produção prevista é de 3 unidades / dia
para entregar 700 carros este ano para os
EUA, Japão e Europa. Para 2016, a meta é
de 2.000 unidades / ano.
A Toyota não está sozinha nesta luta pela
defesa do hidrogênio: a Honda vai ter um
modelo semelhante a apresentar este ano e
a Hyundai apresentou o Tucson que já usa
esta tecnologia. Revista Exame – Fev 2015
Os fabricantes de automóveis também A Toyota apresentou o Mirai, um carro
estarão envolvidos na criação de postos de
amigo do ambiente, que se carrega em
reabastecimento de hidrogênio.
poucos minutos e que anda a células de
combustível de hidrogênio.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Com tanta tecnologia interna, o Mirai é um projeto


caríssimo, com preço elevado. Custa o
equivalente a R$ 170 mil no Japão e mais de R$
220 mil na Europa, sem contar os impostos e já
contabilizando a ajuda dos governos locais para
modelos "verdes" -- o Japão tem um subsídio
especial para carros movidos a hidrogênio,
enquanto alguns países europeus dão bônus a
modelos híbridos e elétricos, além de permissões
especiais de circulação e estacionamento.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
O MiniPak vem com dois
cartuchos com hidrogênio
armazenado em uma espécie de
esponja metálica, não-
pressurizada, seca e não-tóxica,
utilizando tecnologia de
membrana de troca de prótons.
Cada um dos cartuchos consegue
gerar entre 1,5W e 2W
continuamente, com saída 5V
USB. O cartucho é descartável e
gera o equivalente à energia de mil
pilhas alcalinas.
células de combustível portáteis
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
“Batizada de Antares, a aeronave, que fará
seu vôo inaugural neste mês, é a primeira
movida a hidrogênio. Sua propulsão é feita
por meio da tecnologia de célula de
combustível, a mesma que se tornou uma
grande aposta da indústria automobilística
na produção de carros movidos a energia
limpa”. (2013)
A mecânica do Antares é similar à dos carros
a hidrogênio. Em vez de um motor de
combustão, ele possui um motor elétrico, um
O fato dessa tecnologia ter chegado aos
tanque de hidrogênio em estado gasoso e a
aviões é um enorme avanço. “O Antares é
chamada célula de combustível. Abastecida
uma plataforma para o início do uso do
de gás, essa célula produz energia elétrica e
hidrogênio na aviação civil”, diz o projetista
libera água em vez de gases poluentes.
Josef Kallo, do Centro Aeroespacial da
Alemanha, que construiu o Antares.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Uma célula de combustível PEM (Proton Exchange Membrane) - PlugPower PEM "
GenSys 5C " - 5 kWe - 9 kW térmicos - Equipamento similar a instalado na PUC -
Pontifícia Universidade Católica (PUC) - Rio de Janeiro, Brasil
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Célula de combustível da Still,


usada para empilhadeiras e
outras aplicações
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS
O hidrogênio é o elemento mais abundante do Tecnologia mais cara.
universo.
O hidrogênio não é tóxico. Em um modelo de extração comercial de hidrogênio
há dependência de hidrocarbonetos, petróleo e seus
derivados, produtos tóxicos.

Redução da emissão de gases causadores do Ainda não há uma célula a hidrogênio que alie preço
efeito estufa, como o CO2 e o CH4. e eficiência.

Redução da poluição sonora, pois as células a Necessidade da utilização de metais nobres como,
hidrogênio operam silenciosamente. por exemplo, a platina, que é um metal caro e raro.
Busca por eletrocatalisadores adequados para
vários gases.
Redução da emissão de partículas na Problemas e os custos associados ao transporte e
atmosfera, como fumaça e fuligem. distribuição.
Crescimento econômico, desenvolvimento e Interesses econômicos associados às indústrias de
criação de empregos em diversas áreas. combustíveis fósseis e aos países industrializados.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Hidrogênio: pesquisas precisam de investimentos

Da Agência Ambiente Energia - A viabilização econômica ainda é um entrave para as


pesquisas sobre o uso do hidrogênio como fonte energética, embora tenha inúmeras
vantagens, segundo o gerente do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CCCH), do
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Marcelo Linardi.
Porém, segundo Linardi, algumas vantagens devem ser enfatizadas de forma a incentivar
investimentos na tecnologia: o forte caráter ambiental, a alta eficiência de conversão do
combustível, alta confiabilidade da energia produzida, favorecimento da geração distribuída,
com redução de custos de transmissão, entre outros fatores.
O princípio de funcionamento da célula é semelhante a uma pilha. Trata-se de um sistema
eletroquímico que transforma a energia química de um combustível, no caso o hidrogênio, em
energia elétrica e calor. O hidrogênio funciona como combustível e o oxigênio como oxidante.
Os segredos em termos de materiais, componentes e processos impõem os desafios para os
cientistas.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Brasil pesquisa potencial do hidrogênio para energia


MCT - 06/07/2010
Hidrogênio no Brasil
Cientistas e governos se desdobram em pesquisas e debates para encontrar fontes de
energia mais limpas, eficientes e acessíveis para atender, de forma sustentável, a crescente
demanda no Planeta.
As ameaças de esgotamento dos recursos não renováveis e os impactos ambientais
estimulam ainda mais essa busca.
Uma das alternativas avaliadas é o hidrogênio, como vetor energético, foco de estudos e
experiências em andamento no Brasil na última década.

Programa Brasileiro de Células a Combustível e Hidrogênio


O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo tem, desde 2000,
uma linha de pesquisa na área de fontes energéticas eficientes e de baixo impacto
ambiental por meio da avaliação e desenvolvimento de sistemas associados à tecnologia de
células a combustível e hidrogênio.
ELETROQUÍMICA

CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Vantagens do hidrogênio
O hidrogênio é um elemento que pode ser obtido por meio do metanol ou do gás
natural, por exemplo. Existem vários esforços no sentido de tornar a obtenção do
próprio hidrogênio mais ambientalmente correta, por meio principalmente das
pesquisas com a chamada fotossíntese artificial.
Para Linardi, o hidrogênio como fonte secundária de energia também poderá aliviar
tensões políticas. "O hidrogênio pode ser obtido de diversas fontes primárias e não
está restrito a algumas regiões do planeta, beneficiando apenas alguns países.
Qualquer país poderá obtê-lo", disse.
O equipamento responsável para a conversão do hidrogênio em energia elétrica é a
célula a combustível. Essas células já são desenvolvidas há muitos anos, mas para
entrarem de vez no mercado ainda será necessário mais incremento tecnológico e
redução de custos.
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

 Corrosão é a oxidação indesejada de um metal;


 Reações redox espontâneas:
 proporcionam grandes benefícios (baterias e acumuladores)
 mas, também, efeitos indesejáveis (corrosão);
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

 A corrosão envolve reações redox espontâneas, onde um metal é


atacado por alguma substância presente no ambiente e é convertido em
um composto não desejado;
 A corrosão provoca enormes danos em edifícios, pontes, máquinas,
instalações industriais, navios, automóveis, etc.
 Para a maioria dos metais, a oxidação é um processo
termodinamicamente favorável em contato com o ar, à temperatura
ambiente;
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

 Quando o processo de oxidação não é de alguma forma inibido, pode


trazer grandes prejuízos;
 Exemplo mais familiar: é a ferrugem, um processo de corrosão que
acarreta forte impacto econômico;
 Estima-se que 20 % do ferro produzido anualmente nos EUA seja usado
para repor perdas decorrentes da ferrugem;
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

 A ferrugem: reação do oxigênio com o ferro na presença de água;


 O ferro não enferruja em água pura livre de oxigênio e também não
enferruja na presença de oxigênio puro livre de umidade;

 O processo de corrosão do ferro é facilitado pela condutividade elétrica


do metal: os elétrons podem se mover com facilidade de uma região
onde ocorre a oxidação para outra onde ocorre a redução, a exemplo das
células voltaicas;
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO
Corrosão do ferro
 Uma vez que Ered(Fe2+) < Ered(O2), o ferro pode ser oxidado pelo
oxigênio;
 Anodo (região na superfície do ferro onde ocorre a oxidação):
Fe(s)  Fe2+(aq) + 2e- Eored = -0,44 V
 Catodo (os elétrons liberados pelo ferro reduzem o oxigênio
atmosférico à água, em outra região da superfície metálica):
O2(g) + 4H+(aq) + 4e-  2H2O(l) Eored = 1,23 V
 A reação ocorre em meio ácido: os íons H+ são fornecidos pela reação
do CO2 atmosférico com a água para formar o ácido carbônico (H2CO3).
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

Corrosão do ferro (continuação)


 O oxigênio dissolvido em água normalmente provoca a oxidação do
ferro;
 Parte do ferro atua como anodo: onde ocorre a oxidação de Fe a
Fe2+;
 Os elétrons produzidos migram pelo metal para outra região (fora da
gota) que atua como catodo: O2 é reduzido;

 A redução de O2 consome H+.


ELETROQUÍMICA

CORROSÃO
Corrosão do ferro (continuação)

 Fe2+ inicialmente formado pode ser ainda mais oxidado a Fe3+, que forma
o óxido de ferro III hidratado, Fe2O3. xH2O(s), conhecido como ferrugem:

4Fe2+(aq) + O2(g) + (4 + 2x) H2O(l) 2Fe2O3.xH2O(s) + 8H+(aq)


 A presença de sais contribui para o processo, pois os íons dos sais
fornecem o eletrólito necessário para completar o circuito, a exemplo de
uma ponte salina em uma célula voltaica.
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

 Corrosão do ferro em contato com a água;


 Os íons H+ são fornecidos pelo H2CO3, quando o CO2 atmosférico se dissolve em água
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

 Prevenindo a corrosão do ferro


 A corrosão pode ser impedida por meio do revestimento da superfície
com tinta ou um outro metal.
 O ferro galvanizado consiste de um revestimento com uma fina
camada de zinco por processo eletroquímico;
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO
 Prevenindo a corrosão do ferro
 O zinco protege o ferro, agindo como anodo, enqto o Fe age como catodo:
Zn2+(aq) +2e-  Zn(s), Ered = -0,76 V
Fe2+(aq) + 2e-  Fe(s), Ered = -0,44 V
 Conforme se observa pelos potenciais-padrão de redução, o Zn oxida-se
mais facilmente do que o Fe.
 Em consequência, mesmo que o revestimento de zinco seja “quebrado”, o
zinco atuará como anodo, sendo corroído antes que o ferro;
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

Prevenindo a corrosão do ferro


 A proteção de um metal contra corrosão, tornando-o catodo em uma
célula química, é conhecida como proteção catódica;
 O metal que é oxidado e protege o catodo é denominado anodo de
sacrifício;
 Encanamentos subterrâneos, especialmente em solos úmidos, contam
com um dispositivo baseado nesse princípio.
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO
Prevenindo a corrosão do ferro
 Para a proteção do encanamento subterrâneo, um anodo de sacrifício
pode ser adicionado;
 O tubo de água é transformado no catodo e um metal ativo é usado
como o anodo;
 Freqüentemente, o Mg é usado como o anodo de sacrifício:

Mg2+(aq) +2e-  Mg(s), Ered = -2,37 V

Fe2+(aq) + 2e-  Fe(s), Ered = -0,44 V


ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

 Proteção catódica de uma tubulação de


Proteção catódica do ferro ferro (catodo);
em contato com o zinco  O anodo de magnésio é circundado por
uma mistura de gesso natural, sulfato de
sódio e argila, para promover a
condutividade dos íons.
ELETROQUÍMICA

CORROSÃO

 Proteção catódica de um tanque de ferro (catodo) por magnésio (anodo);


 O magnésio é denominado (neste caso) anodo de sacrifício, pois só ele é
consumido no processo eletroquímico.
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 As reações não espontâneas necessitam de energia externa para que


ocorram;
 As reações de eletrólise são “não espontâneas”;
 Em células eletrolíticas, os elétrons são forçados a fluir do anodo
para o catodo;
 Nas células eletrolíticas, o anodo é positivo e o catodo é negativo

(em células galvânicas, o anodo é negativo e o catodo é positivo) .


ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE
 Em geral, nas células eletrolíticas os
2 eletrodos se encontram no mesmo
compartimento e só existe um tipo de
eletrólito;
 Eletrólise do cloreto de sódio
fundido, para formar sódio metálico
e cloro;
 Íons Cl- são oxidados a Cl2(g) no
anodo e os íons Na+ são reduzidos a
Na(l) no catodo;
 Eletrodos inertes;
 Esse processo constitui uma das
principais fontes de sódio metálico
puro e de cloro gasoso.
Global:

𝟐𝑵𝒂+ ሺ𝒍ሻ + 𝟐𝑪𝒍− ሺ𝒍ሻ → 𝟐𝑵𝒂ሺ𝒍ሻ + 𝑪𝒍𝟐 (𝒈)


ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 O NaCl é bastante estável e ele não se decompõe normalmente, porque


a reação inversa é altamente espontânea;
 Costuma-se, assim, escrever a palavra “eletrólise” sobre a seta para
caracterizar que a eletricidade é a força motriz para a reação “não
espontânea”:
2Na+(l) + 2Clˉ(l) 2Na(l) + Cl2(g)

eletrólise
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 A fonte externa serve como uma “bomba de elétrons” que “puxa”


elétrons do anodo e os envia para o catodo;
 A eletrólise de sais fundidos é um importante processo industrial para a
produção de metais ativos, como sódio e alumínio;
 Devido aos altos pontos de fusão das substâncias iônicas, esses
processos ocorrem a temperaturas elevadas;
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 Célula eletrolítica x célula galvânica : as cargas do anodo e do catodo


são diferentes, mas os íons sempre se movem na mesma direção;
 Cátions movem-se em direção ao catodo:
 Célula eletrolítica: íons positivos são atraídos pela carga negativa do
catodo;
 Célula galvânica: íons positivos se difundem em direção ao catodo
para o balanceamento de cargas.
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 Eletrólise de soluções aquosas

 Foi vista a eletrólise do cloreto de sódio no seu estado fundido;


 Pergunta: o resultado seria o mesmo se, ao invés do sal fundido, a
eletrólise se desse em solução aquosa?
 Resposta: em solução aquosa deve-se considerar a oxidação ou a
redução da água, conforme o caso, tornando o processo mais complexo;
 Ocorrem, assim, reações competitivas.
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 Eletrólise de soluções aquosas – exemplo:


 A solução aquosa de NaF tem como reagentes: Na+, F- e H2O;
 Podem ser reduzidos: Na+ e H2O. O íon F- não pode ser reduzido
porque não pode ganhar elétrons adicionais;
 Assim, as reações possíveis no catodo são:
Na+(aq) + e- Na(s) Eored = -2,71 V
2H2O (l) + 2e- H2 (g) + 2OH-(aq) Eored = -0,83 V
(Lembrando: quanto maior o valor de Eored mais favorável é a redução)
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 Eletrólise de soluções aquosas (cont.)


 Logo, a redução de H2O é muito mais favorável que a redução de Na+
e o gás hidrogênio é produzido no catodo:

2H2O (l) + 2e- H2 (g) + 2OH-(aq) Eored = -0,83 V


ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 Eletrólise de soluções aquosas (cont.)


 No anodo, F- e H2O podem ser oxidados. O íon Na+ não pode perder
mais elétrons. Logo, as reações possíveis no anodo são:
2F-(aq) F2(g) + 2e- Eored = +2,87 V

2H2O (l) O2 (g) + 4H+(aq) + 4e- Eored = +1,23 V

 Comparando Eored verifica-se que é mais fácil oxidar H2O em relação


a F- .
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 Eletrólise de soluções aquosas


 Porém, mais fácil, ainda, é oxidar o OH- produzido no catodo (vide
tabela):
4OH-(aq) O2 (g) + 2H2O (l) + 4e- Eored = +0,40 V
 Verifica-se que a eletrólise de NaF (aq) atua somente na redução de
H2O, servindo apenas como um eletrólito para permitir que a corrente
seja conduzida pela célula eletrolítica;
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE
 Eletrólise de soluções aquosas
 A fem mínima para que a eletrólise ocorra pode ser calculada:
Anodo: 4OH-(aq) O2(g) + 2H2O (l) + 4e- Eored = +0,40 V

Catodo: 4H2O (l) + 4e- 2H2 (g) + 4OH-(aq) Eored = -0,83 V

2H2O (l) 2H2 (g) + O2 (g) Eocel = -1,23 V


ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 Eletrólise com eletrodos ativos

 Eletrodos inertes: não sofrem reação, mas apenas proporcionam a


superfície onde a oxidação ou redução ocorrem;
 Eletrodos ativos: participam da eletrólise. Ex.: galvanização
eletrolítica;
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

 Eletrólise com eletrodos ativos

 O processo de galvanização eletrolítica consiste em depositar uma


fina camada de metal em outro, com o objetivo de:
 melhorar o aspecto visual ; e/ou
 melhorar a resistência à corrosão ; e/ou
 obter determinadas propriedades físico-químicas diferentes dos
materiais empregados.
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE
 Eletrólise com eletrodos ativos

 Exemplo: galvanizar o níquel em


uma placa de aço;
 Anodo da célula: lâmina de
níquel metálico;
 Célula eletrolítica com um eletrodo
 Catodo: placa de aço que será
de metal ativo;
galvanizada;
 O níquel ioniza-se do anodo para
 Os eletrodos são imersos em formar Ni2+ (aq);
solução de NiSO4 (aq);  No catodo o Ni2+ (aq) é reduzido e
recobre o catodo.
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE
 Eletrólise com eletrodos ativos

 Considere um eletrodo de Ni ativo e um outro eletrodo metálico


colocado em uma solução aquosa de NiSO4:
 Anodo: Ni(s)  Ni2+(aq) + 2e-
 Catodo: Ni2+(aq) + 2e-  Ni(s)
 O Ni se deposita no eletrodo inerte.
 A galvanoplastia é importante para a proteção de objetos contra a
corrosão
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE
 Aspectos quantitativos da eletrólise
 Queremos saber a quantidade de material que obtemos com a eletrólise;
 Considere a redução do Cu2+ a Cu.
Cu2+(aq) + 2e-  Cu(s)
 2 mol de elétrons produzirá em 1 mol de Cu.
 A carga de 1 mol de elétrons é 96.500 C (1 F).
 Uma vez que Q = iΔt, a quantidade de Cu pode ser calculada pela
corrente (i) e tempo (Δt ) levado para a deposição.
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE
 Aspectos quantitativos da eletrólise
 Exemplo: eletrólise do CaCl2 fundido:
 Supõe-se que uma corrente de 0,452 A passe pela célula por
um período de 1,5 h;
 Objetivo: determinar a quantidade de produtos formados no
anodo e no catodo;
 Íons presentes: Ca2+ e Cl- . Assim:
Anodo: 2Cl-(l) Cl2(g) + 2e-
Catodo: Ca2+ (l) + 2e- Ca(l)
Global: Ca2+ (l) + 2Cl-(l) Ca(l) + Cl2(g)
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE
 Aspectos quantitativos da eletrólise
 As quantidades de Ca metálico e de cloro formadas dependem do
nr de elétrons que passam pela célula e, assim, da carga (Q):
Q = iΔt = (0,452 A) x (1,50 x 3.600 seg) = 2,44 x 103C
 Dado que 1 mol de elétrons corresponde a 96.500 C e que são
necessários 2 mol de elétrons para produzir 1 mol de Ca2+, a
massa de Ca formada no catodo é dada por:

 A massa de cloro 3formada −


1𝑚𝑜𝑙é𝑒calculada
1 𝑚𝑜𝑙de
𝐶𝑎maneira
40,08𝑔similar.
𝐶𝑎
𝑚𝐶𝑎 = ሺ2,44𝑥10 𝐶 ሻ. ൬ ൰. ൬ ൰. ൬ ൰= 0,507𝑔
2 𝑚𝑜𝑙 𝑒 − 2 𝑚𝑜𝑙 𝑒 − 1 𝑚𝑜𝑙 𝐶𝑎
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

Trabalho elétrico
 Energia livre é uma medida da quantidade máxima de trabalho útil que
pode ser obtida de um sistema.
 Sabemos que
G  wmax .
G   nFE.
 Se o trabalho é negativo, então o trabalho é executado pelo sistema .
 wmax   nFE
ELETROQUÍMICA

ELETRÓLISE

Trabalho elétrico

 Em uma célula eletrolítica, uma fonte externa de energia é


necessária para fazer com que a reação ocorra.
 Para impelir a reação não-espontânea, a fem externa deve ser
maior que a Ecel.
ELETROQUÍMICA

FIM

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