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Óxidos de Alumínio

Estrutura, composição e morfologia


Os óxidos de alumínio ao contrário dos silicatos e aluminossilicatos são um
conjunto bem restrito de minerais é um pouco menor daqueles que tem óxidos
de ferro. Os óxidos de alumínio são 7 minerais mas desses 7 no solo ocorre
apenas um com predominância a gibbsita. A gibbsita tem vários polimorfos
como a bayrita, nortosdrantita, doileita mas muito raramente encontrados em
solos, são minerais mais encontrados em rochas. Se esses minerais são
encontrados em solos geralmente são herdados da rocha, pq sintetizados,
formados pela solução do solo praticamente apenas a gibbsita. Ainda tem a
boemita e o diaspano que são oxi-hidroxidos de alumínio também raramente se
encontra em solos. O corundum que é um oxido de alumínio é o único mineral
primário, e é um mineral de alumínio extremamente duro, tem a dureza apenas
inferior a do diamante, então é um mineral primário constituinte de rocha,
principalmente rochas magmáticas e metamórficas (principalmente
metamórficas) e tem uma dureza muito grande, então se existe corundu na
rocha no solo praticamente vai ter 100% e geralmente vai estar na fração areia
e silte do solo.
A ocorrência e a importância da gibbsita é bastante restrita em termos de solos
no planeta. Ela geralmente vai ser encontrada em solos mais velhos, mais
intemperizados, livre de bases praticamente sem nenhum Ca, Mg, K, Na, nos
latossolos mais velhos, mais ácidos, mas tbm ocorre em cambissolos, em
nitossolos, argissolos, geralmente solos muito ácidos, solos que tem uma
enorme atividade de alumínio em solução. Mas o interessante é que não
apenas esse o ambiente de formação, o oposto é encontrar gibbsita com
frequência nos horizontes C dos solos aonde esta ocorrendo o processo de
intemperismo dos minerais primários, a liberação do alumínio em solução dos
minerais primários forma gibbsita, são gibbsitas extremamente pouco
cristalinas (cachos de uvas) que se dissolvem, e você tem no horizonte c, mas
não tem no horizonte b nem no a. A outra situação é encontrar gibbsita no
ambiente do solo, geralmente no horizonte b, no horizonte b é mais frequente
de se encontrar gibbsita do que no horizonte A, pq existem vários mecanismos
que impedem a formação da gibbsita no horizonte A, o mais comum deles é a
complexação do alumínio com a matéria orgânica, a exemplo do ferro que
impedia a formação de óxidos de ferro, o alumínio tem uma enorme afinidade
pelos grupos funcionais carboxílicos e fenólicos existente na superfície das
moléculas orgânicas da biomoléculas e das substancias húmicas. Ele é pouco
comum mais ocorre eventualmente, e preferencialmente em solos muito
ácidos.
Quadro 1: características dos minerais
Embora a constituição seja bastante simples AL, H, O temos espaçamentos
mais intensos variando de 0,2 ate 0,6 nm e estruturas que tem planos de
átomos bem diferentes.
Os planos de átomos mais importantes: 002, 110, 311, 200, ou a boemita que
tem o maior espaçamento (020.120, 140,051). São estruturas bem diferentes,
no caso da gibbsita é uma estrutura hexagonal e no caso da diasparo é uma
estrutura cubica, mas tem várias estruturas.
Figura da estrutura da gibbsita
A estrutura da gibbsita é em folhas de octaedros.
O diasparo se assemelha muito a distribuição de zigue zague que ocorria na
goethita, tanto é que eles fazem uma solução solida descontinua.
A boemita em C, também em folhas, mas alternada diferentes do que a
gibbsita.
No arranjo mais complexo o corundum é uma estrutura bem mais densa, com
altíssimo grau de covalência, para que eles sejam bastante duras, elevada
dureza.
Eles geralmente são minerias muito claros, a gibbsita geralmente é branca a
semelhança da caulinita, o diasparo e o corundum são gemas. O corundum
possui varias coloração devido aos contaminantes.
Figura da Estrutura
Como é formado esses minerais: primeiro pela polimerização dos octaedros de
alumínio, então a unidade básica de formação dos óxidos de alumínio são
octaedros, e esse alumínio ao entrar em contato com a solução do solo ele vai
sofrendo hidrolise, e a hidrolise do alumínio é uma das principais reações de
acidificação de solos, pq na hora que esse alumínio se transforma no outro
alumínio ele rouba a hidroxila da molécula de agua e libera hidrogênio, quando
passa para o Al com duas hidroxilas, libera dois hidrogênios, e finalmente
quando se precipita na forma de hidróxido de alumínio libera 3 hidrogenios.
Então o processo de hidrolise do alumínio passando a AlOH 2+ passando para
AlOH2+ e AlOH3+ são processo de hidrolise que vai acidificando o solo, são
reações de acidificação do solo, intensas reações de acidificação. E como o
alumínio é segundo elemento mais comum da litosfera a produção de prótons
devido a hidrolise do Al é enorme. Acima de pH 7 deixará de se formar
octaedros e o Al passa a constituir tetraedros, tetraedros de Al que é a reação
com uma quarta hidroxila AlOH30 reage com mais uma OH no ambiente alcalino
e se transforma da forma octaedral para a forma tetraedral, dai o pensamento
pq existe substituição isomórfica nos silicatos no momento da formação, pq o
ambiente é alcalino, e os alumínio que estão la naquele magma eles não estão
na forma octaedral eles estão na forma tetraedral por isso que é tão fácil
substituir o silício na estrutura, e haverá tbm na forma octaedral para formar a
folha octaedral, mas há muito alumínio na forma tetraedral.
Geralmente quando a gente tem um gráfico da disponibilidade de alumínio no
solo, a gente sempre ve um gráfico em forma de U, que é justamente a
somatória das formas de alumínio (AlOH 2+, AlOH2+, AlOH3+, AlOH4-), o mínimo
vai ocorrer entre o pH 5; 5,5; 6; 6,5, a menor atividade do Al ocorre em valores
pH próximo a 5; 5,5; 6; 6,5, uma coisa que é importante a atividade do alumínio
nunca zera, não existe 0 de alumínio na solução do solo.
Pq quando se faz uma analise do solo a pH 5; 5,5; 6; 6,5 não aparece alumínio:
pq na analise de solo eu tenho a forma do Al 3+, pois o extrator KCl só consegue
pegar essa forma do alumínio. Então existe uma subestimativa do Al, pq não
existe métodos químicos para quantificar essa quantidade de formas iônicas de
alumínio que existem em pH 5; 5,5; 6; 6,5 e nem o AlOH 4-.
Como esse alumínio na forma octaedral vai se polimerizar: existem 2 formas
principais na forma de uma anel de 6 octaedros, e a outra é chamada alumínio
13 em que eu tenho 12 octaedros de Al e no centro é decimo terceiro que é um
tetraedro de alumínio. Essas são as duas principais que se conhece como
existentes na solução do solo, a detecção desses ions é feito através de
ressonância magnética nuclear. A principio a polimerização dos octaedros no
processo de hidrolise ate formar o AlOH3 e a sua polimerização é na forma de
anéis de 6 e estruturas contendo 13 aluminio (12 octaedros de Al e 1 tetraedro
de Al) e esses caras são cátions com um monte de valências, por isso que
esses cátions é que vao estar la dentro das folhas dos minerais de argila 2:1
neutralizando as cargas positivas seja o Al 6octaedros ou 13.
A microscopia mostra que a estrutura da gibbsita na fração argila são placas
hexagonais que lembra muito a caulinita, mas a da caulinita é
pseudohexagonal. A bayerita tem um crescimento que parece de torres de
igreja, prismas com vários níveis. Se imaginar isso tridimensionalmente, é
como se fosse pirâmides, então é um mineral que não cresce no eixo a e b da
cela unitária, ele cresce no eixo c. A estrutura dos oxigênios é uma folha
octaedral di-octaedral, aonde cada O esta ligado a 2 Al, e nas arestas
quebradas vair ter o grupamento aluminol onde vai estar as cargas desse
mineral.
Substituição isomórfica existe, mas no solo ocorre raramente, pq o ambiente
onde ela se forma em solos é um ambiente completamente dessaturado não
tem mais Ca, Mg, K, a única coisa que tem é Fe e Al, e os outros cátions
praticamente não substitui o Al na estrutura da gibbsita.
Formação do grupo funcional superficial aluminol
O pH no PCZ dos grupos funcionais da gibbsita é extremamente elevado, o pka
(pH de dissociação dos prótons) é acima de 8; 8,5; 9. Então a gibbsita é um
mineral que decisivamente no pH do solo 5; 5,5; 6; 6,5 é um mineral que
contribui com cargas positivas, ele tem uma enorme afinidade com anions seja
formado complexos de esfera interna (sulfato, fosfato, carbonato, bicarbonato,
cromato, arsenato) ou externa (nitrato, cloreto). Então a gibbsita é um enorme
contribuidor de cargas positivas e como consequencia disso tbm a exemplo dos
óxidos de ferro estabilizador da matéria orgânica. Então vc vai ter uma matéria
orgânica estável pela neutralização das suas cargas negativas pela presença
desse grupamento funcional com cargas positivas. Então tanto os óxidos de
ferro quanto os de alumínio tende a complexar com os grupamentos funcionais
da matéria orgânica e estabilizar ela, promover a sua estabilização, dificultar a
sua decomposição pela atividade biológica.
Morfologia
Gibbsita com essas placas hexagonais;
Bayerita é esses primas
Boemita como se fossem bactérias mas na ponta ela tem ângulos, como se
fossem hexágonos mas alongadas
Corundum com uma forte estrutura cristalina, ângulos bem definidos eudrais.
A nordtrandia e a doyleita não tem nenhuma figura que mostra a sua estrutura.
Abundancia, distribuição e formação
A gibbsita nos solos ela tende a ocorrer em solos ácidos solos dessaturados
solos com baixa quantidade de Ca, Mg, K, Na. E ai principalmente os
Latossolos. Os nitossolos e cambissolos que ocorre em clima tropical úmido
são solos ácidos então eles podem ser distroficos, aluminico ou aliticos, ai onde
preferencialmente a gente encontra a gibbsita, mas ai ocorre o seguinte tbm
em solos extremamente jovens como os derividos de cinzas vulcânicas
andisols, vai encontrar no horizonte c aonde esta iniciando o processo de
intemperismo, aquela grande liberação de alumínio pelo intemperismo dos
minerias primários cria condições para a formação da gibbsita.
Então boemita, bayerita, nordstrandita, e doyleita são muito raramente
encontradas em solos. Se a gente tiver 5000 citações de gibbsita esses quatro
minerais não vai dar 1000, e geralmente relacinado a material de origem não
da síntese dele.
E o que mais ocorre é aquela estrutura em 6 octaedros ou 13 atomos de Al que
são os materiais pobremente cristalinos, que vão estar na entrecamada dos
minerais de argila 2:1 complexados pela matéria orgânica, pelas substancias
húmicas. Ainda tem aqueles associados ao silício a hemogolita, alofana, então
tem alguns minerais que tem Al mas não é só Al em Al vai ocorrer nas formas
pobremente cristalinas.
Uma das características mais relevantes é que juntamente com o ferro os
óxidos de alumínio (gibbsita) tem uma capacidade de agregação enorme.
Então ela tem uma ação cimentante, então grande parte dessa estrutura
granular, microagregados que são difíceis de se decompor em Latossolos esta
associada a presença da gibbsita. A gibbsita tem uma fortíssima capacidade de
agregação de manter as partículas juntas em agregados altamente estáveis.
Essa ação agregante da gibbsita é fundamental, e isso determina uma
altíssima porosidade, baixa capacidade de retenção de água, permeabilidade
muito grande, favorece a floculação das argilas por neutralizar as cargas
negativas da matéria orgânica e dos silicatos, a gibbsita tem uma ação
floculante enorme, ela é tão poderosa que o sulfato de alumínio é o principal
material usado pelas empresas de saneamento para flocular as argilas de rios,
quando eles vão fazer o tratamento de agua. Floculando, neutralizando as
cargas, comprimindo a dupla camada difusa, então a ação cimentante,
floculante da gibbsita é muito importante nos nossos solos tropicais de clima
úmido superumido que existe na nossa região.
Condições de formação
As condições de formação da gibbsita são associadas a liberação Al pelo
intemperismo de minerais primários a sua hidrolise e a sua produção de
prótons, um processo inverso se houver sílica em solução a sílica reage com o
Al sofre novamente hidrolise e forma novamente caulinita, tbm um processo de
acidificação. Então se a gente fosse fazer um diagrama de estabilidade
estrutural da gibbsita como é o representado na figura do slide a gente teria as
equações de equilíbrio da formação de solução da caulinita na presença de
gibbsita e a reação de dissolução da gibbsita, então veja bem as duas
equações que estão aqui 2 e 3 estão representadas na figura. O eixo x da
figura é o log da atividade de sílica em solução então a atividade de sílica é 10
elevado a esses valores e no eixo y é o log da quantidade de alumínio em
solução. A equação da formação da gibbsita não tem nada a ver com sílica,
então se for representar ela em um gráfico com ph 4,5 é uma reta. A caulinita
tem preferencialmente para formar em ambientes que eu tenho alumínio e que
tenha sílica, então conforme a quantidade de sílica vai diminuindo para -3,5 vai
haver o equilíbrio das reação de formação da gibbsita e da caulinita, então a
quantidade caulinita formando, vai ser a mesma de gibbsita. Conforme vai
diminuindo a quantidade sílica a caulinita se dessolve para virar gibbsita (então
em vez da equação da caulinita ir para direita ela vai para a esquerda),
conforme a quantidade de sílica aumenta a gibbsita se dissolve para forma
caulinita. So tem gibbsita em ambientes pobres de sílica. Agora se eu tenho
gibbsita em um ambiente rico em sílica ela deixa de ser estável e a reação dela
vai para a esquerda, e a gibbsita vai se dissolver para liberar o Al, como tem
bastante sílica o alumínio reage com a sílica reage com agua e forma a
caulinita. O quartzo como cristal grande ele determina uma baixa atividade de
sílica, mas conforme ele vai intemperizando e vai para as frações menores ate
atingir sílica na fração argila a solubilidade dele aumenta (como sílica amorfa).
A presença de sílica amorfa vai determinar que a caulinita seja estável e a
gibbsita não seja estável. Região A (<-3,5): gibbsita é estável e a caulinita não
é estável, região B (>3,5): caulinita é estável e gibsita não é estável.
Fatores químicos controlando a formação de fases solidas
Mostra como é formado gibbsita a partir do octaedro.
Primeira forma de se forma: O octaedro formando uma folha de octaedros
(grupo de 6 octaedros Al) e essa folha vai crescendo se orientando e dando
origem a gibbsita, esse seria o jeito mais simples de ocorrer.
Segunda forma de se formar: os octaedros vão se unir, polimerizar ate formar
aquela estrutura em 13 (12 octaedros de Al e 1 tetraedro de Al) ou varias
estruturas de 13, de qualquer forma teríamos vários desses agregados de 13,
por uma razão química eles vão se orientando esse processo pode ser lento ou
rápidos dependendo das condições ambientais. E essas folhas vão se
orientando formando estruturas em folhas, mas sem ordenamento, tendo um
mineral pobremente cristalino, esse é um mineral que se extrai como um
solução de oxalato ácido de amônio. Essa mineral não cristalino como o tempo
pode ir se ordenando e formar tanto a gibbsita como a bayerita.
Então o principio básico de formação é polimerização pode formas as folhas e
diversas folhas forma a gibbsita. Pode se organizar formando esses
aglomerados de 13 ou com vários aglomerados de 13, ai eles vão se orientar
ate formar folhas sem nenhum ordenamento, e sem nenhum ordenamento elas
vão evoluindo ate formar a gibbsita.
O segundo seria a presença de moléculas orgânicas. As moléculas orgânicas
elas tendem a interferir com a liberdade, a atividade do alumínio em solução.
Então tem moléculas como esse ácido hidróxido benzolico que tem baixíssima
afinidade com o alumínio, já o acido cítrico tem uma enorme afinidade com o
alumínio. Então se eu fizer um experimento colocando alumínio em solução e
esses ácidos em solução para formação de gibbsita, eu vou encontrar, quando
tiver acido cítrico praticamente não forma gibbsita, no acido málico começa a
querer formar planos de átomos, no ácido aspártico começa a ter uma estrutura
e no acido hidróxido benzolico deixa formar a gibbsita. Então essa é uma das
grandes evidencias de que o alumínio em solução pode ser completamente
complexado pela matéria orgânica impedindo a formação da gibbsita. Então no
horizonte A dos solos aonde eu tenho a maior quantidade dessas biomoléculas
dessas substancias húmicas, vai ser o meio de menor formação da gibbsita, pq
o alumínio vai estar complexado com essas moléculas. No horizonte B aonde
eu não tenho essas moléculas é que a gibbsita vai adquirir a sua máxima
cristalinidade.
O que mais pode afetar a formação da gibbsita: tudo aquilo que vai complexar
ou reagir com o alumínio em solução, ligantes como o cloreto, perclorato e
nitrato não reagem eles formar complexos de esfera externa com o ion
alumínio, então não afeta em nada, a disponibilidade do alumínio, então a
gibbsita pode formar tranquilamente.
A presença de sulfato, fosfato, silicato, carboneto e flureto na solução do solo
vai promover uma serie de reações químicas que vão impedir a formação dos
gibbsita. No caso do sulfato, o alumínio vai formar um complexo (AlSO 4+), no
caso do fosfato vai precipitar na forma de fosfato de alumínio é um mineral, no
caso do silicato vai precipitar na forma de caulinita, na forma de carbonato vai
precipitar na forma de gibbsita e na forma de fluoreto vai ser semelhante ao
sulfato, o flúor reage com o alumínio e forma um complexo FAl 2+. Tanto no caso
do sulfato como no caso do flúor esses complexos formados, não são tóxicos
as raízes das plantas. Então qualquer um desses ligantes que tenha afinidade
com o alumínio vai impedir a formação da gibbsita. Então a remoção do
alumínio em solução por esses ligantes inorgânicos reduz a atividade do
alumínio, no caso do sulfato e do fluoreto ele permanece em solução, mas não
é toxico. No caso do fosfato, silicato e do carbonato ele vai precipitar (fosfato
de alumínio, caulinita e gibbsita).
Os minerais de argila como ligantes inorgânicos no estado solido
Os minerais de argila 2:1 tbm tem a sua capacidade de extração desse
alumínio em solução, eles vão colocar na entrecamada os anéis e 6 Al ou os
em 13 Al. Qualquer um dos dois poderá entrar na entrecamada, tem um
enorme quantidades de cargas positivas, esses dois caras vai poder entrar
dentro da estrutura do mineral 2:1 para neutralizar as cargas negativas das
esmectitas, vermiculitas. E veja bem esse alumínio na entre camada não é
trocavel.
Uma das melhores representações que tem sobre isso, é a formação dessas
ilhas. Essas ilhas de alumínio 6 ou 13, as vezes elas estão só na borda, ou
para dentro.
Dissolução da gibbsita
A dissolução da gibbsita ela sempre é um reação que envolve prótons. Então o
próton em solução ataca a estrutura do mineral que um desequilíbrio eletrônico
que é esse oxigênio rachuriado, e como contrapartida a estrutura ve esse
octaedro como uma coisa estranha não esta em equilíbrio e expulsa ele da
estrutura, formando esse complexo de alumínio solvatado.
A outra forma de dissolução é quando vc coloca um elemento no caso o flúor
que tem uma eletronegatividade muito maior do que o oxigênio, então aqui na
molécula da estrutura da gibbsita tem um flúor substituindo o oxigênio, mas o
flúor tem uma eletronegatividade superior a do oxigênio. Por ser muito
eletronegativo a estrutura é desequilibrada eletronicamente, pq esse octaedro
ta muito mais eletronegativo do que os demais e a estrutura expulsa ele, e ai vc
tem o complexo (AlF(H2O)32+).
Essa é uma reação relativamente rápida ela vai entrar em equilíbrio no inicio
que a gente colocou a gibbsita em contato com a agua, vai entrar em equilíbrio
aonde esse log dessa ômega aqui é a relação entre o alumínio em solução + o
alumínio precipitado, quando ele chega a zero quer dizer que esta em
equilíbrio, em torno de 960 h já é o tempo em que esse material entrou em
equilíbrio com a solução. O log de k é extremamente baixo (10 -33,9), é uma
reação química que vai acontecer que tem uma constante de equilíbrio
extremamente baixo.
Significado ambiental
Nos atributos químicos dos latossolos, os óxidos de alumínio têm cargas
positivas então eles vão criar uma enorme capacidade de retenção e formação
de complexos de esfera interna com anions (sulfato, fosfato, carbonato,
silicato), tem uma enorme afinidade, neste caso criando cargas negativas pela
formação dos complexos de esfera interna. Então a presença de óxidos de
alumínio é sempre uma presença de cargas positivas, é a presença de grandes
quantidades deles que determina o caráter acrico dos solos, em que o delta pH
é positivo, e o PCZ dos solos se torna alto 6; 6,5; 7; 7,5 é associado
principalmente a presença dos óxidos de alumínio.
Acidificação da superfície da terra, então o alumínio é um elemento químico
que ao ser liberado pelo processo de hidrolise promove a acidificação.
Ajuda na estabilização das substancias húmicas pela formação de complexos
com as biomoléculas e as substancias húmicas, dificultando a sua
mineralização.
Formação de agregados estáveis e estrutura do solo: neutralização das cargas
da matéria orgânica e dos aluminosilicatos, traz o solo para um pH no PCZ em
que a floculação é predominante, tem a ver com a dinâmica da matéria
orgânica
quanto maior for essa estabilidade menor vai ser o problema do aquecimento
global, mas o que a gente faz é justamente o contrario, a gente aumenta a
mineralização da matéria orgânica e isso pode ser um problema do ponto de
vista do aquecimento global que vai haver perda de carbono, e a perda de
carbono significa aquecimento da terra.
Transformação dos nutrientes e poluentes: ele reage principalmente com
moléculas orgânicas, então pode influenciar na disponibilidade de nutrientes, o
alumínio não é nutriente ele é considerado um elemento toxico, e no solo ele
dificulta o crescimento radicular, dificulta a absorção de nutrientes e dificulta o
desenvolvimento das plantas, reduz a atividade microbiológica, afeta a
atividade enzimática, então ele é um elemento que cria problemas, ele é o
elemento principal da acidez do solo.
De quebra vai afetar a saúde humana e animal, existem evidencias de que a
presença do alumínio, a alimentação nossa sendo feita em ambientes panelas
utensílios em alumínio acaba aumentando o teor de alumínio no sangue e isso
evolue o quadro de ausimer. E em ambientes aquáticos que estão na presença
de chuva acida, a acidificação da agua aumentou tremendamente o teor de
alumínio dos rios e lagos e matou os peixes, por impedir a absorção de
oxigênio, e matava os peixes asfixiados. Ai que foi desenvolvido o sistema de
calagem, calagem de rios, calagem de lagos.
Identificação e quantificação
Existe vários métodos para identificar e quantificar a presença do óxidos de
alumínio, de gibbsita em solos.
Difração de raio x, análise térmica, métodos de dissolução seletiva,
infravermelhos e microscopia eletrônica.
Desses 5 metodos o mais direto e o melhor que tem para quantificar é a
analise térmica. Na analise térmica vc consegue detectar 0,1 % de gibbsita em
solo. e se vc utilizar métodos de dissolução seletiva de forma que vc tenha
fração argila, fração argila livre de óxidos de ferro, vc consegue efetivamente
quantificar muito bem a presença de gibbsita em solos. A difração de raio x ela
é bastante utilizada, mas existe uma coisa bastante interessante em relação a
gibbsita que a gente não vê 3, 4 dos planos dela dentro de uma amostra de
solo na fração argila, na fração argila ela não vai ter aquela estrutura hexagonal
perfeita, ela vai estar uma estrutura que vai estar de dissolvendo ou
precipitando, então não é perfeita. Então so um plano, o primeiro plano dela é
que visualiza em um difratograma de raio x com perfeição, os outros não se
consegue visualizar. Mas o erro da leitura do difratograma é muito grande,
quando comparado com a analise térmica. Existe um método que foi
desenvolvido de dissolução seletiva para gibbsita, então vc pega a amostra da
fração argila trata ela com 0,5 molar de hidróxido de sódio por um tempo bem
pequeno (2, 3 min) e dissolve gibbsita, e ai vc vai quantificar a gibbsita na
solução é complidissimo pq é uma solução alcalina. Mas ele se dissolve
normalmente a gibbsita.
Infravermelho ele tem as bandas da gibbsita que tem as características dela,
mas apenas vai ser útil se ela estiver praticamente sozinha, pq se ela estiver
com outros minerais mais cristalinos com ela, as bandas de infravermelho vão
acabar se sobrepondo, ou diluindo a presença da gibbsita.
Microscopia eletrônica apenas funciona se vc tiver trabalhando na fração areia
e silte, pq na fração argila é muito difícil vc visualizar aqueles cristais perfeitos,
eles não existem na fração argila. Ai vc precisaria de um equipamento de
microscopia que tenha analise química o edx que se chama, ai vc vai apontar o
edx para cima de uma partícula e ele vai te dar o espectro de analise química,
e ele vai te dizer que so tem alumínio, e ai vc pode tirar a foto e dizer, isso aqui
é gibbsita. Pela forma dela, vc raramente vai conseguir identificar gibbsita por
microscopia eletrônica.
Difração de raio x
O plano mais comum da gibbsita é o 002 é o que tem a maior intensidade e um
espaçamento de 4,85 angstrons. Esse plano é o mais intenso, muito mais
intenso do que todos os outros. Sendo esse plano a mais identificado no
difratograma de raio x. os demais praticamente não se consegue enxergar, a
não ser que ele esteja pura, mas isso é muito raro em solos.
Analise térmica
A analise térmica é a mais importante, a temperatura em que a gibbsita é evolui
esta entre 200 a 300 ºC, quanto mais cristalina ela estiver mais próxima
dos 300 ela vai estar, quanto menos cristalina ela estiver mais próxima
dos 200 ela vai estar. Agora essa analise só é conveniente de ser feita se
vc removeu os óxidos de ferro, pq a goethita também evolui nessa faixa
de temperatura. Então para fazer a quantificação da gibbsita por analise
térmica, a gente teria que remover primeiro os oxido de ferro. Feito isso é
perfeito, e a perda de massa é significativa é muito grande, pq a gibbsita
tem bastante agua, ela tem mais agua do que a caulinita e os óxidos de
ferro 2:1. Então pequenas quantidade de gibbsita vc já consegue ter o
pico endotérmico, e ai vc pode transforma área do pico em porcentagem
de gibbsita, desta forma vc tem como detectar quantidades
extremamente baixas de gibbsita, coisa que vc não consegue fazer para
os óxidos de ferro e por difração de raio x não consegue, pq não tem
essa resolução para os óxidos de ferro e para a caulinita. E essa razão é
pelo fato da gibbsita ter muita agua.
Solubilidade
A solubilidade dela é em questão da acidez.
Essa é uma tabela da solubilidade dos compostos de alumínio: a gente
usou 3 moles de Al para dissolver o corundum, a bayerita, boemita,
nordstrandita, gibbsita, amorfo, diasparo. Como a gibbsita e o amorfo são
os que se encontra nos solos, a solubilidade da gibbsita é menor do que
o amorfo, e a solubilidade do amorfo é menor que a do corundum.
O gráfico dessa solubilidade é semelhante ao dos óxidos de ferro, são
linhas paralelas, então no eixo x a gente tem o pH e no eixo y a atividade
do alumínio. Mas os de ferro os valores de atividade do ferro é muito
menor do que o de alumínio, então para o mesmo valor de pH, eu
sempre vou ter muito mais Al em solução do que Fe, não é atoa que o
alumínio é sempre muito mais toxico do que o Fe, e razão esta que as
constante de equilíbrio de alumínio são muito maiores do que as formas
das contantes de equilíbrio de dissolução de Fe, então para os mesmo
valores de pH eu sempre vou ter uma maior quantidade de Al em solução
do que Fe em solução.

Dissolução seletiva
Amostra da fração argila é aquecida na presença de NaOH 0,5 M por 2,5
minutos. Congela ela, pq se continuar a reação após 2,5 minutos vai
dissolver a caulinita e vai atacar outros silicatos.
Infravermelho
No infravermelho a gibbsita esta próxima da caulinita, e quando a gente
pega essa região e estuda com mais detalhe a gente ve varias bandas,
cada uma dessas bandas pelo infravermelho ou usando ramam é
possível idenficar a gibbsita.
Microscopia
é mais fácil de identificar nas frações mais grosseiras, pq nos solos eles
deixam de ter as caracteristas as estruturas definidas.
A quantificação é feita por analise térmica as demais é apenas
qualitativa.
Os de alumínio tem maior solubilidade do que os de ferro e os de ferro
tem maior solubilidade do que os de titânio.

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