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Universidade Federal de São Carlos – UFSCar

Química Experimental dos Elementos

Experimento 4 – Grupo 13

Nome: Lucas André Cardim RA: 328758


Thaís Campos Reis de Souza 609226
Professor: Jean Marcel Ribeiro Gallo
1.0 Introdução

O boro é um não-metal, sempre forma ligações covalentes e normalmente três


ligações com ângulos de 120° entre si, utilizando orbitais híbridos sp2. O boro não
possui nenhuma tendência de formar compostos monovalentes. Todos os compostos
BX3 são deficientes em elétrons e podem receber mais um par de elétrons de outro
átomo, formando uma ligação coordenada. [1]
Os elementos Al, Ga, In e Tl, formam compostos trivalentes. Os elementos
mais pesados apresentam o “efeito do par inerte”, de modo que os compostos
monovalentes adquirem importância crescente na sequência GaInTl. Esses quatro
elementos são mais metálicos e iônicos que o boro. São metais moderadamente reativos.
Seus compostos se situam no limite entre aqueles com caráter iônico e covalente.
Muitos de seus compostos são covalentes quando anidros, mas formam íons em
solução. [1]
O boro é um elemento bastante raro, mas é bem conhecido, pois ocorre em
depósitos concentrados de bórax e kernita. Os maiores depósitos se encontram no
deserto de Mojave (Califórnia, EUA) e no Vale da Morte (Utah, USA). Ambas são
regiões desérticas. O alumínio é o metal mais abundante e o terceiro elemento mais
abundante, em peso, (depois do oxigênio e do silício) da crosta terrestre. É bem
estudado e tem grande importância econômica. O metal alumínio é produzido em
grande escala. O minério de alumínio mais importante é a bauxita. O gálio é duas vezes
mais abundante que o boro, mas o índio e o tálio são muito menos abundantes. Os
elementos Ga, In e Tl, ocorrem na forma de sulfetos e são menos estudados. Isso
decorre do fato deles não serem encontrados na forma de minérios concentrados e,
também, porque suas aplicações são restritas. [1]
Os elementos desse grupo apresentam três elétrons no nível mais externo.
Com exceção do Tl, eles normalmente utilizam esses três elétrons para formar três
ligações, levando-os ao estado de oxidação (+III). As ligações são covalentes, pois: a
soma das três primeiras energias de ionização é muito grande, o que também sugere que
as ligações serão essencialmente covalentes; e os valores das eletronegatividades são
maiores que os para os Grupo 1 e 2, de modo que quando reagem com outros elementos
as diferenças de eletronegatividade não deverão ser muito grandes. [1]
O Al, Ga, In e Tl formam íons quando em solução. O tipo de ligação formada
depende do que é mais favorável em termos de energia. Essa mudança de covalente para
iônico ocorre porque os íons são hidratados e a quantidade de energia de hidratação
liberada excede a energia de ionização. [1]
No Grupo 13, seria de se esperar que os elementos fossem trivalentes. Ocorre
na maioria de seus compostos, mas alguns dos elementos também formam compostos
com estados de oxidação inferiores. Descendo pelo grupo, há uma tendência crescente
de se formarem compostos monovalentes. Conhecem-se compostos com Ga(l), In(l) e
Tl(l). No caso do Ga e do In, o estado de oxidação (+I) é menos estável que o estado de
oxidação (+III). Contudo, a estabilidade do estado de oxidação mais baixo aumenta de
cima para baixo dentre de um grupo. [1]
A energia das ligações MX3 diminui de cima para baixo dentro do grupo. O
efeito do par inerte não é a explicação das razões que levam ao aparecimento de
compostos monovalentes dos elementos do Grupo 13. Ele simplesmente descreve o que
acontece, ou seja, indica o fato que dois elétrons não participarem de ligações. [1]
Os pontos de fusão dos elementos do Grupo 13 não variam regularmente e os
valores não podem ser comparados entre si com muito rigor, pois o B e o Ga
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apresentam estruturas cristalinas inusitadas. O boro apresenta uma estrutura cristalina
fora do comum, que leva a um ponto de fusão muito elevado. Existem pelo menos
quatro diferentes formas alotrópicas. Os elementos Al, In e Tl apresentam estruturas
metálicas de empacotamento compacto. O gálio tem uma estrutura pouco comum.
Embora os pontos de fusão decresçam do Al para o In, ele aumenta novamente no Tl.
[1]
Os raios iônicos dos íons M3+ aumentam de cima para baixo dentro do grupo. A
grande diferença de tamanho entre B e Al provoca muitas diferenças nas suas
propriedades, pois B é um não metal, tem ponto de fusão extremamente elevado, sempre
forma ligações covalentes e seu óxido é ácido. Em contraste, o Al é um metal, tem
ponto de fusão muito mais baixo e seu óxido é anfótero. [1]
A natureza eletropositiva ou metálica desses elementos cresce do B para o Al, e
a seguir decresce do Al para o Tl. Isso pode ser inferido pelos potenciais padrão de
eletrodo da reação:
M3+ + 3e  M
Os potenciais padrão de eletrodo E°, para o par redox M 3+M se tornam menos
negativos do Al para o Ga e deste para o In; e o potencial se torna positivo para o Tl. As
energias de ionização aumenta e a soma das três primeiras energias de ionização, para
cada um desses elementos, é muito elevada. [1]
Os metais Al, Ga, In e Tl apresentam coloração branca-prateada. Do ponto de
vista termodinâmico, o Al deveria reagir com a água e com o ar, mas na realidade ele é
estável em ambos os casos. Isso se deve à formação de uma finíssima película de óxido
na superfície, que protege o metal de um posterior ataque. Por exemplo, removendo-se a
camada protetora de óxido que recobre o alumínio por amalgamação com mercúrio, o
metal rapidamente reage com água, formando Al2O3 e liberando hidrogênio. [1]
2Al + 6HCl  2Al3+ + 6Cl- + 3H2
Contudo, o HNO3 concentrado torna o metal “passivo”, pois produz uma
camada protetora de óxido sobre a superfície do metal, por ser um agente oxidante. A
alumínio dissolve numa solução aquosa de NaOH (ele é portanto anfótero), formando
hidrogênio e a aluminato.
2Al + 2NaOH + 4H2O  2NaAl(OH)4 ou 2NaAlO2.2H2O + 3H2 [1]
O alumínio queima prontamente ao ar ou em atmosfera de oxigênio, liberando
uma grande quantidade de calor (reação exotérmica). Ele reage facilmente com os
halogênios, mesmo a frio, formando os tri-haletos. [1]
O gálio e o índio são estáveis ao ar e não são atacados pela água, a não ser na
presença de oxigênio. O tálio é um pouco reativo, sendo oxidado superficialmente pelo
ar. Os três metais se dissolvem em ácidos diluídos, liberando hidrogênio. O gálio é
anfótero como o alumínio, e se dissolve em solução aquosa de NaOH, liberando H 2 e
formando galatos. Os óxidos e hidróxidos de Al e Ga também são anfóteros, já os
óxidos e hidróxidos de In e Tl são tipicamente básicos. [1]
O ácido ortobórico, H3BO3, é solúvel em água e se comporta como um
ácido monobásico fraco. Ele não doa prótons para o solvente como a maioria dos
ácidos, mas aceita íons OH-. Portanto é um ácido de Lewis, sendo representado mais
corretamente como B(OH)3. Certos compostos orgânicos poliidroxilados como glicerol,
manitol ou açucares forem adicionados à mistura a ser titulada, o B(OH)3 se comportará
como um ácido monobásico forte. [1]
Na análise qualitativa, o Al(OH)3 é precipitado como uma substância branca
gelatinosa, mediante a adição de NH4OH à solução. O Al(OH)3 é anfótero, e reage
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principalmente como uma base, contudo ele mostra algum caráter ácido quando se
dissolvem em NaOH, formando aluminato de sódio. [1]
2.0 Objetivos

 Estudar e comparar as reatividades do alumio metálico e do boro.


 Comprovar o caráter anfótero do alumínio, reagindo tanto com base
como com ácido.
 Estudar as propriedades adsorventes do alúmen de potássio e comprovar
sua eficácia como mordente.
 Testar o caráter ácido e básico dos compostos de boro.

3.0 Procedimento experimental

3.1 Reatividade do alumínio metálico

3.1.1 Procedimento I

Dois pequenos pedaços de papel alumínio foram cortados e somente um teve


sua superfície lixada com o auxílio de uma lixa fina. Os dois pedaços foram colocados
em tubos de ensaio distintos de forma que ficasse uma leve depressão na boca do tubo.
Estes foram devidamente identificados. Após sobre as duas laminas de alumínio (folhas)
foram colocados alguns miligramas de iodo metálico e três gotas de iodeto de potássio
(KI) 1 mol L-1.

3.1.2 Procedimento II

Uma pequena fita de alumínio teve sua superfície lixada dos dois lados com o
auxílio de uma lixa fina e dobrada no ângulo aproximado de 30º. Uma das suas
extremidades foi introduzida numa placa de petri contendo água. Após, esta mesma fita
foi mergulhada por dois minutos em 5mL de uma solução de nitrato de mercúrio
saturada [Hg(NO3)2] e seca em um papel de filtro. Em seguida, uma das extremidades
foi mergulhada novamente em água.

3.1.3 Procedimento III

Em um tubo de ensaio contendo 3mL de acido nítrico concentrado (HNO3) foi


introduzido um pequeno pedaço de uma lâmina de alumínio, deixando em contato com
o ácido por cerca de 4 minutos. Em seguida a lâmina foi retirada do tubo de ensaio e
lavada cuidadosamente com água em abundância, tomando-se o cuidado de não agitar
ou sacudir a mesma. Após em dois tubos de ensaio foram colocados 2mL de ácido
clorídrico concentrado (HCl). Em um tubo foi adicionado a placa anteriormente tratada
com ácido nítrico e no segundo tubo uma placa sem tratamento.

3.2 Caráter ácido/básico

3.2.1 Procedimento I

Hidróxido de alumínio foi preparado misturando-se 15mL de hidróxido de


amônio (NH4OH) 1 mol L-1 a 5 mL de solução de sulfato de alumínio [Al2(SO4)3] 0,5
mol L-1. Agitou-se e filtrou-se o precipitado formado, descartando a solução final. O
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precipitado retido no papel de filtro foi lavado com água destilada em abundância. O
hidróxido de alumínio formado foi adicionado em três tubos de ensaio e nestes, em
seguida, foram adicionados respectivamente solução de ácido sulfúrico (H 2SO4),
solução de hidróxido de sódio (NaOH) e solução de hidróxido de amônio (NH4OH).
Estes foram devidamente identificados.

3.2.2 Procedimento II

Cristais de ácido bórico (H3BO3) foram colocados em uma cápsula de


porcelana e em seguida adicionou-se algumas gotas de ácido sulfúrico (H 2SO4) e 5mL
de metanol (CH4O). O sistema foi levado a combustão.

3.2.3 Procedimento III

Uma solução saturada de acido bórico (H 3BO3) foi preparada adicionando-se


cristais do mesmo em água destilada. Agitou-se para solubilizar os cristais. Em seguida
esta solução foi separada em dois tubos de ensaio. Em um dos tubos foi adicionado
sacarose (C12H22O11) a solução. Mediu-se o pH de ambas as soluções.

3.2.4 Procedimento IV

Pesou-se 0,124g de ácido bórico (H3BO3) foi dissolvido em 5mL de água, 2mL
desta solução foram transferidos para um tubo de ensaio devidamente identificado e
mediu-se o pH. Em seguida foi colocado gota a gota, solução de hidróxido de sódio 4%
(NaOH). Ao mesmo tubo de ensaio foram adicionadas 5 gotas de glicerina (C3H8O3)
solução aquosa à 10%. Agitou-se e mediu-se o pH.
Em outro tubo, 2 mL da mesma solução de ácido bórico foram transferidos.
Adicionou-se 5 gotas de etilenoglicol (C2H6O2), solução aquosa à 10%. Agitou-se e
mediu-se o pH.

3.3 Propriedades adsorventes

Uma solução corante foi preparada fervendo-se cascas de cebola em água por
cerca de 5 minutos. Um pano de algodão branco foi umedecido com solução de alúmen
de potássio [KAl(SO4)2] à 10%. Deixou-se escorrer o excesso e em seguida foi
adicionado solução de hidróxido de amônio (NH4OH). Após 5 minutos o tecido tratado
e outro não tratado foram lavados na solução corante. Esperou-se 5 minutos e lavou-se
os panos em água corrente.

4.0 Resultados e discussão

4.1. Reatividade do alumínio metálico.

4.1.1 Procedimento I

Foram adicionadas a dois tubos de ensaio, um com uma lâmina de alumínio


lisa e outra lixada, uma solução de iodeto de potássio (KI) de 1 mol L-1 sendo esta um
líquido incolor, em alguns miligramas de iodo (I2) que são bolinhas prateadas. Nesta
reação apresentou uma coloração marrom escuro, em ambas.
A coloração marrom é devido à formação do íon triiodeto (I3-).

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I2(s) + K+(aq) + I-(aq)  K+ (aq) + I3-(aq)
Reagindo o iodo com o alumínio, e a solução de iodeto de potássio como
catalisador é dado pela reação abaixo
K
3I2(S) + 2Al(s)  2AlI3(aq)
I2 + 2e-  I-
Al  Al3+ + 3e-
Na superfície da lâmina de alumínio lixada, inicialmente não observou-se
nenhuma reação. Em 14 minutos lâmina furou, escorrendo um pouco da solução no tubo
de ensaio.
Na superfície da lâmina de alumínio lisa, inicialmente não observou-se
nenhuma reação. Após 40 minutos a lâmina furou, escorrendo assim a solução pelo tubo
de ensaio.
Após uma hora de observação, ambas as lâminas de alumínio estavam furadas
e as soluções destas estavam no fundo do tubo de ensaio.
A diferença das reações envolvidas se dá pelo fato de a lâmina do alumínio
lixada teve sua camada de óxido removida (Al2O3), fazendo com que furasse antes
mesmo da lâmina não lixada.

4Al(s) + 3O2(g)  2Al2O3(s)

4.1.2 Procedimento II

Ao introduzir a fita de alumínio lixada em água não observou nenhuma


mudança. Após foi colocada a mesma fita em 5ml de uma solução de nitrato de
mercúrio saturada [Hg(NO3)2] e deixada reagindo por 2 minutos. Neste momento foi
observado pequenas bolhas na superfície da fita. Na hora que mergulhou a fita tratada
na água, começou a reagir havendo liberação de gás. Na superfície da fita que ficou fora
da água, formou-se um composto branco, sólido (amálgama).

4.1.3 Procedimento III

Em um tubo de ensaio foi colocado uma placa de alumínio e 3 mL de ácido


nítrico concentrado (HNO3), líquido incolor. Não houve reação de início. Depois de 4
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minutos foi retirado e observou-se uma fumaça saindo, que era por causa da presença do
ácido.
Após foi colocado em dois tubos de ensaio, um com a placa tratada e o outro
uma placa de alumínio. Nas duas foi adicionados 2mL de ácido clorídrico concentrado
(HCl), líquido incolor. Observou-se que nos tubos com a placa de alumínio reagiu
instantaneamente borbulhando, liberando gás e calor e consumindo completamente o
alumínio. No tubo com a placa tratada reagiu também, mas não com a mesma
intensidade, sendo está mais violenta. Ficou saindo fumaça nos tubos por causa do
ácido e estes ficaram quentes constatando que houve uma reação exotérmica. No tubo
com a placa tratada manteve a solução incolor, no outro tubo no momento que reagiu
ficou uma solução cinza escuro e após ficou incolor.

4.2 Caráter ácido básico

4.2.1 Procedimento I

Antes mesmo de realizar o experimento foi realizado cálculos estequiométricos


para saber a quantidade de hidróxido de amônio que iríamos usar. O que nos levou a
utilizar 15 mL do hidróxido.
Hidróxido de amônio (NH4OH) era de 1 mol L-1, um líquido incolor, e o sulfato
de alumínio [Al2(SO4)3] era 0,5 mol L-1, líquido incolor. A reação destes formou-se um
precipitado branco gelatinoso.
Al2(SO4)3(aq) + 6NH4OH(aq)  2Al(OH)3(s) + 3(NH4)2SO4(aq)
O alumínio, portanto tem um caráter anfótero, ou seja, este elemento reage
tanto com ácidos quanto com bases, segundo a literatura. [1]
Após filtrar e lavar o precipitado com água destilada, foi dividido este em três
tubos de ensaio. No primeiro foi adicionado ácido sulfúrico PA (H 2SO4), no qual foi
solubilizado ficando um líquido incolor e houve liberação de calor; No segundo tubo foi
adicionado hidróxido de sódio 4% (NaOH) 1 mol L-1, este solubilizou ficando um
líquido incolor; No terceiro tubo foi adicionado hidróxido de amônio (NH 4OH)
1 mol L-1, este comparado com os outros tubos, não solubilizou, ficando um precipitado
branco, com aspecto leitoso.

Al(OH)3(s) + H2SO4(aq)  Al2(SO4)3(aq) + 6H2O(l)


Al(OH)3(s) + NaOH(aq)  NaAlO2(aq) + 2H2O(l)
Al(OH)3(s) + NH4OH(aq)  não reagiu

O Al(OH)3 é anfótero, e reage


principalmente como uma base, formando
um sal e água sem em contato com um
ácido, contudo ele mostra algum caráter
ácido quando se dissolvem em NaOH,
formando aluminato de sódio. [1] Este por

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sua vez não reage com o hidróxido de amônio (NH4OH), pois, ambos são bases fracas e não
se dissociam totalmente.

4.2.2 Procedimento II

Ao adicionar algumas gotas de ácido sulfúrico (H 2SO4) em alguns cristais de


ácido bórico (H3BO3) e após 5 mL de metanol, só chegou a solubilizar quando foi
inflamado, ficando assim uma chama verde claro intenso e que foi se apagando a
medida que foi sendo consumido.
H2SO4
H3BO3(s) + 3CH3OH(aq)  B(OCH3)3(aq) + 3H2O(l)
O ácido sulfúrico presente no meio serve como catalisador, pois seu caráter
hidrófilo desloca o equilíbrio da reação para a formação de produtos.

4.2.3 Procedimento III

Ao preparar uma solução de cristais de ácido bórico (H 3BO3), dividiu-se em


dois tubos de ensaio. No primeiro tubo foi adicionado açúcar e o pH medido foi 5 e no
segundo tubo só ficou o ácido preparado e foi medido pH 5. Para se fazer uma solução
concentrada deveria ter aquecido, pois o ácido bórico não solubiliza facilmente, ficando
assim com uma concentração baixa.
H2O
H3BO3(aq)  H+ + H2BO3-(aq)
4.2.4 Procedimento IV

Ao dissolver 0,104g ácido bórico (H3BO3) em 5 mL de água, mediu-se o pH e


deu 5. Ao adicionar hidróxido de sódio (NaOH) e ao acrescentar 5 gotas de glicerina
10% (C3H8O3) não se observa mudanças nos dois casos e medindo seu pH deu 14. Após
em outro tubo foi adicionado 2 mL do ácido bórico e 5 gotas de etilenoglicol 10%
(C2H6O2) e o pH foi 5.

H3BO3(aq) + 3NaOH(aq)  Na3BO3(aq) + 3H2O(l)

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O pH observado na primeira reação pode ser explicado devido a um excesso de
hidróxido de sódio adicionado ao meio.
4.3 Propriedades adsorventes.

Foi aquecido água com cascas de uma cebola, que ficou com cor marrom claro
típica da casca da cebola. Foram lavados dois panos nesta água, um pano não tratado e
outro que foi tratado com alúmen de potássio [KAl(SO 4)2], líquido incolor e adicionado
após hidróxido de amônio (NH4OH), líquido incolor . O pano tratado apresentou uma
coloração amarelada intensa e já o não tratado ficou com cor marrom claro/creme, como
mostrado na foto abaixo.
O alúmen atua como mordente, uma substância associada ao tingimento com a
função específica de manter a durabilidade da cor, conferindo maior resistência às
lavagens e exposição ao sol.

5.0 Conclusão

O alumínio é um elemento extremamente reativo, porém não reage com muitos


compostos porque forma uma película de Al2O3 na superfície metálica, o que dificulta a
sua reação com a água, ar e muitos outros solventes. [1]
Uma vez retirada camada de passivação através da amalgamação com
mercúrio, o Al2O3, e/ou o hidróxido de alumínio ira reagir tanto com ácidos como com
álcalis [1]. Apresentando, portanto um caráter anfótero, ou seja, este elemento reage
tanto com ácidos quanto com bases, segundo a literatura [1], ele reage com ácidos
minerais diluídos liberando hidrogênio e formando o seu sal equivalente e também se
dissolve numa solução aquosa de NaOH formando hidrogênio e o aluminato,
frequentemente representada como NaAlO2.2H2O.
O tecido de algodão tratado com alúmen não perdeu sua coloração facilmente
após a lavagem, pois este sal de potássio atua como um mordente, ou seja, uma
substância com uma função especifica: a de manter por mais tempo o tingimento de
tecidos e couros, aumentando a durabilidade da cor no tecido resistindo a diversas
lavagens.
Ao reagir o acido bórico com metanol, obteve-se um éster de boro. Nesta
reação o acido sulfúrico atua como um catalisador. O gás que se desprendeu, B(OCH 3)3,
foi submetido à combustão apresentando uma coloração verde, característica do
elemento boro em testes de chama.

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6.0 Referências Bibliográficas

[1] LEE, J,D. Química inorgânica não tão concisa. Ed. Edgard Blucher LTDA, n. 5,
São Paulo, 2003;

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