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LICENCIATURA EM QUÍMICA

ALGUNS ASPECTOS DA QUÍMICA DO BORO E DO ALUMÍNIO

Turma B – K3

Ana Beatriz Marchi de Aguiar - 1760653


Gabriel Brito Silva - 1762974
Guilherme Akira Hossotani Akiho - 1763628
Jéssica Gomes Oliveira - 3004228

QI1K3 - LABORATÓRIO

SÃO PAULO
20 DE MARÇO DE 2018
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1. Introdução
A tabela periódica nos possibilita observar as semelhanças das propriedades
dos elementos e as variações entre eles. Elementos de determinado grupo da tabela
possuem o mesmo número de elétrons nos orbitais de valências, o que leva a terem
semelhanças entre si. As diferenças entre os elementos do mesmo grupo surgem em
função dos orbitais de valência estarem em níveis diferentes (BROWN,2005).
Considerando isso, neste relatório são abordados alguns aspectos básicos do boro e
do alumínio do grupo 13 ou família IIIA. Os elementos desta família são o Boro (B),
Alumínio (Al), Gálio (Ga), Índio (In), Tálio (Tl).
O boro e o alumínio são elementos que estão localizados no grupo 13, família
IIIA da tabela periódica, sendo eles os dois primeiros elementos desse grupo. Seus
elementos possuem configuração eletrônica ns2np1e, consequentemente, seu maior
número de oxidação é +3, e é o primeiro grupo do bloco p (Atkins, 2012).
O boro é um ametal que forma ligações covalentes e possui energia de
ionização particularmente alta, é um elemento relativamente raro e se apresenta na
forma do ácido ortobórico, e boratos (Atkins, 2012). Ele possui três elétrons na
camada de valência e tem um raio atômico pequeno. Dos elementos pertencentes ao
grupo 13 da tabela, somente o Boro forma anidridos e oxiácidos e, por conseguinte,
oxissais bem determinados. O ácido bórico é um composto que cristaliza em forma
de escamas incolores, brilhantes, untuosas ao tato, solúvel em água. O boro não é
encontrado livre na natureza, mas em jazidas relacionadas a atividades vulcânicas,
combinado com oxigênio e sódio (BÓRAX). O bórax (Na2B4O7) fundido dissolve
alguns óxidos metálicos, formando compostos de coloração definida. Os principais
minérios de boro são: Bórax ou Tincal: Na2B4O7 . 10 H2O, Colemanita: Ca2B6O11 . 5
H2O, Boracita: Mg3B7O13Cl (ROCHA, 1999).
Já o Alumínio é um elemento representado pelo símbolo Al na tabela periódica,
possui número atômico 13 e massa atómica 27u, tem caráter metálico, reativo, leve,
resistente e anfotérico (BROWN,2005). Com alta reatividade, não é encontrado puro
na natureza, geralmente é encontrado em substâncias oxigenadas, na forma de
óxidos, em fluoretos ou silicatos de constituição complexa. Os minerais de alumínio
mais comuns são: Bauxita: Al2O3 . n H2O, Criolita: Na3AlF3 Alumina: Al2O3 (ROCHA,
1999). Em temperatura ambiente ele é sólido, sendo o terceiro elemento mais
abundante na crosta terrestre. Em suma, o alumínio é um elemento, reativo, de
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caráter metálico, anfotérico, resistente com à formação de uma película de Al 2O3


quando exposto ao ar.

2. Objetivo
Verificar as propriedades de alguns compostos de boro e de alumínio.

3. Parte Experimental
3.1. Materiais
● Tubo de ensaio;
● Cápsula de porcelana;
● Espátula;
● Tela de amianto;
● Bico de Bunsen;
● Tripé;
● Bastão de vidro;

3.2. Reagentes
● Solução de Ácido Clorídrico - 𝐻𝐻𝐻;
● Solução de Hidróxido de Sódio - 𝐻𝐻𝐻𝐻;
● Álcool etílico - 𝐻𝐻3 𝐻𝐻2 𝐻𝐻;
● Alumínio metálico - 𝐻𝐻;
● Magnésio metálico - 𝐻𝐻;
● Bórax - 𝐻𝐻2 [𝐻4 𝐻5 (𝐻𝐻)4 ].10𝐻2 𝐻;
● Solução de ácido bórico - 𝐻3 𝐻𝐻3 ;
● Solução de cloreto de mercúrio - 𝐻𝐻𝐻𝐻2
● Água destilada.
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Figura 1: Diagramas de Hommel das substâncias utilizadas nos procedimentos.


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Tabela 1: Legenda para Diamantes de Hommel.

3.3. Procedimento

3.3.1 – Verificação das propriedades do Boro

Colocou-se numa cápsula de porcelana uma ponta de espátula de bórax, cerca de


1mL de ácido sulfúrico e 5mL de álcool etílico;
Aqueceu-se suavemente a mistura;
Observou-se a cor das bordas da chama e se equacionou.
5

Fluxograma 1 - Verificação das propriedades do Boro

3.3.2 – Verificação das propriedades do Boro 2


Dissolveu-se um pouco de ácido bórico em 10mL de água destilada;
Mediu-se o pH.

Fluxograma 2 - Verificação das propriedades do Boro 2

3.3.3 – Verificação das propriedades do alumínio: atividade anfotérica


Colocou-se um pequeno pedaço de alumínio num tubo de ensaio;
Cobriu-se com 2mL de solução de ácido clorídrico 6mol/L;
6

Observou-se e equacionou-se.

Fluxograma 3 - Verificação das propriedades do Alumínio: Atividade anfotérica

3.3.4 – Verificação das propriedades do alumínio: atividade anfotérica 2


Colocou-se um pequeno pedaço de alumínio num tubo de ensaio;
Cobriu-se com 2mL de solução de hidróxido de sódio 6mol/L;
Observou-se e equacionou-se.

Fluxograma 4 - Verificação das propriedades do Alumínio: Atividade anfotérica 2

3.3.5 – Verificação das propriedades do alumínio: alumínio como redutor


Assistiu-se um vídeo para demonstração do experimento.
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Fluxograma 5 - Verificação das propriedades do Alumínio: Alumínio como redutor

3.3.6 – Verificação das propriedades do alumínio: alumínio como redutor 2


Assistiu-se um vídeo para demonstração do experimento.

Fluxograma 6 - Verificação das propriedades do Alumínio: Alumínio como redutor 2


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3.3.7 – Verificação das propriedades do alumínio: capacidade de formar


amálgama com mercúrio
Leu-se um artigo sobre o assunto abordado.

Fluxograma 7 - Verificação das propriedades do Alumínio: Capacidade de formar amálgama com


mercúrio

3.3.8 – Verificação das propriedades do alumínio: caráter anfótero do óxido de


alumínio
Leu-se um artigo sobre o assunto abordado.
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Fluxograma 8 - Verificação das propriedades do Alumínio: Caráter anfótero do óxido de alumínio

3.3.9 – Verificação das propriedades do alumínio: caráter anfótero do óxido de


alumínio
Leu-se um artigo sobre o assunto abordado.
10

Fluxograma 9 - Verificação das propriedades do Alumínio: Caráter anfótero do óxido de alumínio 2

4. Resultados e Discussão

I – Verificação das propriedades do Boro


a)Foi observado as cores verde e alaranjado durante a queima dos gases formados,
tais colorações podem ser justificados pelas seguintes equações:

Equação I Na2B4O7.10H2O + H2SO4 → Na2SO4 + 5H2O + 4H3BO3

Equação II H3BO3 + 3C2H6O → B(C2H5O)3 + H2O

Assim, o composto que geraria a chama verde seria o éster de boro devido a reação
ser completa, e a maior parte da chama ser de cor alaranjada pode ser justificada
pela queima de produtos que não reagiram completamente.

b) O pH medido para a solução de água boricada foi 6, tal justificativa se enquadra


no fato de que o ácido bórico, que é responsável por produzir a solução previamente
citada, é um ácido de caráter fraco, logo o seu grau de ionização é baixa, assim,
alterando levemente o pH.

II – Verificação das propriedades do alumínio: atividade anfotérica

Ao adicionar o pedaço de alumínio no ácido clorídrico (HCl), a solução ficou


inicialmente branco opaco e foi possível observar o alumínio se desfazendo,
ocorrendo formação de bolhas correspondentes a liberação do gás hidrogênio (H 2).
Em questão de segundos, começou a sair fumaça da solução e a reação ficou
violenta, podendo observar uma mudança na coloração da solução, tornando-se cinza
claro com resíduos na parede. Com base nisso, pode concluir que a reação é
exotérmica, liberando uma grande quantidade de calor que pôde ser sentida no tubo
de ensaio.
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Nessa reação teve a oxidação do alumínio e a redução do hidrogênio, sendo


expressa por:
2 Al(s) + 6 HCl(aq) → 2 Al 3+(aq) + 6 Cl-(aq) + 3H2(g)

Ao adicionar o pedaço de alumínio no hidróxido de sódio (NaOH), pode reparar


o mesmo comportamento de formação de bolha pela liberação de gás hidrogênio,
ocorrendo uma reação exotérmica. A solução ficou cinza claro também, entretanto a
reação foi mais rápida para acontecer do que com ácido clorídrico pois a base
apresenta hibridização dos orbitais sp, diferente do cloro que retira elétrons do
alumínio.
Ocorreu nesta reação também a oxidação do alumínio e a redução do
hidrogênio, sendo expressa por:
2 Al(s) + 2 NaOH(aq) + 6 H2O(l) → 2Na+(aq) + 2 [Al(OH)4] - (aq) + 3 H2(g)
Deste modo, foi possível observar que o alumínio é capaz de reagir tanto com
ácido, formando sais simples, onde o alumínio é o cátion e se liga ao ânion vindo do
ácido e reagir também com bases, forma íons complexos ou estruturas complexas
neutras, sendo assim chamado o comportamento do alumínio de anfotérico.

III – Verificação das propriedades do alumínio: alumínio como redutor

O experimento de adicionar alumínio em enxofre em pó e posteriormente


inserir uma fita de magnésio reagindo com o oxigênio do ar não foi feito em
laboratório, entretanto, em vez disso, assistiu-se um vídeo para observar o ocorrido.
Foi possível observar uma reação exotérmica altamente explosiva, liberando
gás hidrogênio (H2) e ocorrendo solidificação do sulfeto de alumínio (Al2S3), um sólido
altamente tóxico (sendo número 4 no risco de saúde).
Liberação de gás:
2 H+-(aq) + Mg(s) → Mg2+(aq) + H2(g)

Na reação de produção de sulfeto de alumínio, é possível observar o alumínio


oxidando enquanto o enxofre reduz, mostrando a ação redutora que o alumínio exerce
sobre o enxofre:
2 Al(s) + 3 S(s) → Al2S3(s)

Ao adicionar água destilada, ela reagirá com o sulfeto de alumínio, formando


hidróxido de alumínio (Al(OH)3) e sulfeto de hidrogênio (H2S), um gás tóxico, corrosivo
e inflamável sob pressão, sendo assim, o procedimento foi feito ao ar livre para evitar
a inalação do gás.
Al2-S3(s) + 6 H2O(l) → 2 Al(OH)3 (aq) + 3 H2S(g)
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Figura 2: Diagrama de Hommel de Sulfeto de Hidrogênio - H2S.

IV – Verificação das propriedades do alumínio: capacidade de formar


amálgama com mercúrio
A placa de alumínio possuía de uma camada de óxido de alumínio nas
superfícies não se desprendem facilmente, deste modo, protege a placa da corrosão.
Ao adicionar sobre a placa o mercúrio, este “rompeu” com a barreira de proteção do
alumínio, impossibilitando também a formação de uma nova barreira de proteção.
Deste modo, foi possível haver adsorção do mercúrio na placa, ocorrendo uma
interação que pode levar a formação de ligações covalentes entre o mercúrio e o
alumínio, formando o amálgama (Hg(Al)), isso devido a capacidade alta do alumínio
de doar elétrons e oxidar no meio da gota, enquanto no o átomo de Hg 2+ foi reduzido
no cátodo (borda da gota). (FERREIRA, SOUZA, 2015).
Al0 + Hg → Hg(Al)

Parte do amálgama que foi dissolvida no mercúrio e acabou se elevando da


placa, entrando em contato com o oxigênio. O oxigênio reagiu com o amálgama
formando óxido de alumínio (Al2O3), produto branco que dificulta a formação de mais
amálgama.

V – Verificação das propriedades do alumínio: caráter anfótero do óxido de


alumínio

Ao adicionar ao óxido de alumínio, ocorreu uma reação na qual formou como


produtos hidróxido de alumínio (Al(OH)3), metal de mercúrio (Hg0) e gás hidrogênio
(H2).

2 Hg·Al + 6 H2O → 2 Al(OH)3 + 2 Hg + 3 H2

2 Al(OH)3 → Al2O3 . 3H2O


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Quando colocado ácido clorídrico nos produtos formados, ocorreu outra reação
de dupla troca, formando um sal e água. O sal formado será o Cloreto de alumínio,
como mostrado na reação abaixo:
Al2O3 . 3H2O(aq) + 6 HCl (aq)→ 2 AlCl3 (aq) + 6 H2O (l)

Entretanto, ao em vez de colocar ácido clorídrico colocar Hidróxido de sódio,


ocorre outra reação de dupla troca, formando um óxido misto e água. O óxido formado
será Aluminato de sódio, como expresso na reação abaixo:

Al2O3 . 3H2O (aq) + 2 NaOH (aq)→ 2 NaAlO2 (aq) + 4H2O (l)

De acordo com essas equações, foi possível observar que o alumínio reage
tanto como óxido básico na presença de um ácido forte para produzir sal e água,
quanto como óxido ácido na presença de base forte para produzir um óxido misto e
água, demonstrando ter um caráter anfótero.

5. Conclusão
Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que o boro e alumínio
apresentam propriedades distintas conforme apresentado na literatura. O alumínio é
de caráter anfótero, que reage tanto com ácidos quanto com bases. Aspectos
macroscópicos como, a alteração de cor e temperatura nos experimentos foram
fatores relevantes para a identificação de uma química, como por exemplo a reação
do borax. As cores verde e alaranjado que eram perceptíveis na reação na reação
são consequência da reação de combustão. A chama verde, o éster de boro, foi
devido a reação completa, e a maior parte da chama com a tonalidade alaranjada se
justificou pela queima incompleta dos produtos que não reagiram completamente.
Dessa forma, constatamos que as diferenças entres as propriedades dos elementos
são cruciais para a realização dos processos químicos ao qual amplia a campo de
conhecimentos da química.

6. Questionário

1. Qual é o estado de oxidação mais estável em solução aquosa dos elementos B, AI,
Ga, In, e TI? Explique com base nos potenciais de oxidação padrão (°).
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Conforme é mostrado pela tabela a seguir, à medida que se aumenta o período


em que são encontrados os elemento do grupo 13, aumenta a tendência de se formar
compostos monovalentes, cujo nox é +1, isso ocorre porque os elétrons s nao
participam da ligação, permanecendo emparelhados, o chamado efeito do par inerte,
isto é se a energia que é necessária para desemparelhar os elétrons for maior que a
energia liberada na formação da ligação, então os elétrons permanecerão
emparelhados. (ROCHA, 1999). O potencial padrão de eletrodo torna-se menos

negativo descendo no grupo ou seja a reação M³+ → M torna-se progressivamente

mais favorável.

Tabela 1 - Tabela para compilação de dados referentes aos potenciais padrão de Eletrodo dos
elementos do grupo 13.

Tabela dos potenciais padrão de Eletrodo (Eo)

M3+/M M1+/M
Elemento (Volt) (Volt)

B -0,87 -

Al -1,66 +0,55

Ga -0,56 -0,79

In -0,34 -0,18

Ta +1,26 -0,34
(DO PRÓPRIO AUTOR, 2018)

2. Em um teste químico simples, a reação com ácido clorídrico diluído permitiria


distinguir lâmina de alumínio de uma lâmina de ferro? E a reação com hidróxido de
sódio concentrado? Equacione.

Em um teste químico simples, a reação com ácido clorídrico diluído permitiria


distinguir lâmina de alumínio de uma lâmina de ferro? E a reação com hidróxido de
sódio concentrado? Equacione.
Em uma solução de ácido clorídrico concentrado não seria possível distinguir
as lâminas, pois ambos os metais reagem, segundo as equações:
• Para Fe:
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2 Fe + 6 HCl → 2 FeCl3 + 3 H2

• Para Al:

2Al + 6HCl → 2AlCl3 + 3H2

Já na solução de hidróxido de sódio seria possível identificá-las devido ao


fato que o Ferro não reage com a solução, enquanto o Alumínio reage, segundo a
equação:

2Al + 2NaOH + 2H2O → 2NaAlO2 + 3H2

Tal diferença na reatividade pode ser explicada pela série de reatividade:

Assim, pelo fato que o ferro ser menos reativo que o sódio, ele não reage na
solução, possibilitando distinguir os metais pelas reações.

3. Explique porque BF3 é um gás à temperatura ambiente (P.E. - 100 °C) ao passo
que AIF3 é um sólido (sublima a 1291 °C).

O Boro e o Alumínio apresentam propriedades fisico-químicas distintas, o


alumínio é um metal e por isso, e em temperatura ambiente os metais se situam em
estado sólido, e o Alumínio ao reagir com ametais forma compostos sólidos. Assim
ao formar uma ligação com o Flúor que é um ametal, o composto formado estará no
estado sólido. O Boro é um ametal e ao formar uma ligação com o Flúor que também
é ametal, é preferível que o composto se situe no estado líquido ou gasoso, no caso
do composto mencionado, o estado é o gasoso.

4. Escreva uma equação para a ionização do ácido bórico em água. O ácido bórico é
um ácido fraco ou forte?

H3BO3 + 3 H2O → 3 H+ + BO3-3

O ácido bórico por reagir apenas parcialmente com a água (apresentar um grau de
ionização baixo) para formar os seus respectivos íons, pode ser enquadrado como
um ácido fraco.
5. Compare e explique a diferença no momento dipolar do BF3 e do PF3.
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A molécula de BF3 apresenta orientação espacial trigonal planar e geometria


molecular, também trigonal planar, sendo assim, AX3. Os átomos de flúor que são
muito mais eletronegativos, acabam atraindo mais os elétrons, provocando uma
direção da força para si, formando ângulos de 120°, com isso, os dois átomos situados
mais abaixando, como exemplificado na figura a seguir, formam uma força resultante
para baixo que é cancelada com a força do átomo que está acima, caracterizando um
momento dipolar nulo.(ATKINS, 2012)

Fonte: DIAS, XXXX. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/moleculas-


inorganicas-apolares.htm>

A molécula de PF3 apresenta orientação espacial tetraédrica e geometria


molecular piramidal, sendo assim AX3E. A molécula de PF3 apresenta três pares
ligantes e um não ligante, caracterizando uma nuvem eletrônica nesse. Por haver
uma nuvem eletrônica, há uma distorção na molécula, fazendo com que a resultante
das forças não seja cancelada, caracterizando assim, uma molécula polar. (ATKINS,
2012)
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Fonte: UNKNOWN, XXXX. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Trifluoreto_de_f%C3%B3sforo>

6. Escreva sobre o "relacionamento em diagonal", especialmente em relação a:

a) Li e Mg
As relações diagonais são semelhanças de propriedades entre os vizinhos
diagonais do grupo seguinte, nos grupos principais da tabela periódica. Algumas
semelhanças são o raio atômico, densidade de carga (a razão entre o número atômico
e o raio) e a eletronegatividade (ATKINS,2012).
No caso do Lítio, seu raio atômico é 152pm, mais próximo do Magnésio (este
possuindo 173pm) do que o Sódio (possuindo 227pm). O Lítio e o Magnésio ainda
conseguem reagir diretamente com nitrogênio e produzir nitretos, ou ainda produzir
diretamente com outros reagentes e produzir hidróxidos e carbonatos que se
decompõem facilmente como calor.
Formam compostos orgânicos com uma ligação metal-carbono covalente polar
e sais com solubilidades semelhantes.

b) Be e AI
O raio atômico do Berílio e do Alumínio são, respectivamente 112pm e 143pm,
havendo maior proximidade que o Berílio e o Magnésio, visto que esse último possui
como raio 173pm). O Alumínio e o Berílio ainda conseguem reagir com ácidos de
bases, formar revestimentos de óxidos impermeáveis e ambos os óxidos são
anfotéricos ou formar também oxiânions em base forte: berilato, Be(OH)42-, e
aluminato, Al(OH)4-. Também há a semelhança de tanto o Al quanto o Be serem
naturalmente intercambiáveis em retículos cristalinos, além de mais outras
semelhanças.
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7 . Quais são as implicações do mercúrio para a saúde e meio ambiente?

O mercúrio é considerado tóxico para o organismo humano, ainda mais na sua


forma de metilmercúrio (CH3Hg)+ ou na sua forma de vapor que é estável na
atmosfera, atacando principalmente o sistema nervoso (através da degradação de
neurônios), rins e sistema cardiovascular, não se limitando a eles.

O metal por sofrer biomagnificação acaba prejudicando toda a cadeia


alimentar, ainda mais os que ocupam as posições de consumidores finais. Sendo os
seus compostos lipossolúveis, são transportados por toda a cadeia, justificando a sua
biomagnificação e o risco para a saúde dos seres humanos que normalmente ocupam
o topo da cadeia alimentar.

Referências Bibliográficas

ATKINS, P.W.: JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o


meio ambiente. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

FERREIRA,A., SOUZA, A. R. de, Estudo da ativação da superfície de alumínio por


íons de mercúrio e formação do amálgama Hg(al): identificação do produto e
cinética de reação, 2015. Disponível em: <
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/136511/000860074.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 19 de março de 2018.

ROCHA, Wagner Xavier. Grupo IIIA - Família do Boro. 1999. Disponível em:
<http://www.oocities.org/vienna/choir/9201/grupo_IIIA.htm>

BROWN, T.L. Química a ciência central. Pearson Prentice hall, 9ª ed. São Paulo,
2005.
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