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Leia, com ATENÇÃO, as seguintes instruções, antes de iniciar sua prova.

a) É permitido o uso da CALCULADORA;

b) A prova apresenta 7 questões, sendo cada uma com valor igual a 1,0
ponto. Todos os dados necessários para solucionar as questões estão
presentes;

c) As questões devem ser feitas com caneta esferográfica azul ou preta.


Provas cujos raciocínios e respostas estiverem a lápis serão
ANULADAS;

d) A prova é individual e sem consulta. Qualquer material encontrado com


aluno durante a prova implica na sua anulação;

e) A duração da prova é de 1 hora e 40 minutos.

QUESTÃO 1: Para a METALURGIA DO ALUMÍNIO vista nesse primeiro


bimestre de 2012, vimos que o metal em questão supera outros materiais em
uma infinidade de aplicações. Isso devido às propriedades do alumínio que,
como vimos em sala de aula, são bem definidas na alternativa:

A) custo de produção alto, mas aprecia-se o alto valor agregado na aplicação


do metal na indústria de bens de consumo;

B) facilidade relativa para soldagem, durabilidade, resistência mecânica, e


limite de ruptura alto;

C) resistência mecânica moderadamente elevada diante dos aços carbono e


inoxidável – principais concorrentes do alumínio;

D) resistência mecânica, maleabilidade, leveza, resistência à corrosão,


condutibilidades térmica e elétrica apreciáveis, e aspectos de reciclabilidade.
QUESTÃO 2: A produção do alumínio primário parte de operações unitárias de
beneficiamento mineral, tendo a bauxita como principal insumo. Essa rocha é
uma mistura de oxi-hidróxidos de alumínio hidratado com proporções variadas
na rocha, entre os depósitos, e quanto ao tipo e a quantidade de impurezas.

A mineralogia principal desse insumo de processo, e a secundária que


contempla os minerais de ganga estão perfeitamente identificados em qual das
alternativas abaixo

A) MINERALOGIA PRINCIPAL - gibbsita α-Al(OH) 3, o diásporo α-AlO(OH) e a


boehmita γ-AlO(OH); MINERALOGIA SECUNDÁRIA – sílica (SiO 2), hematita
(Fe2O3), rutilo (TiO2);

B) MINERALOGIA PRINCIPAL - alumina (Al 2O3), hidróxido de alumínio


AlO(OH); MINERALOGIA SECUNDÁRIA – fósforo (P 2O5), hematita (Fe2O3), cal
(CaO);

C) MINERALOGIA PRINCIPAL - gibbsita α-Al(OH) 3, alumina (Al2O3);


MINERALOGIA SECUNDÁRIA – sílica (SiO2), hematita (Fe2O3), rutilo (TiO2);

D) MINERALOGIA PRINCIPAL – fases polimóficas de Al 2O3; MINERALOGIA


SECUNDÁRIA – sodalyta bayer (3(Na2O.Al2O3.2SiO2.2H2O). Na2X).
QUESTÃO 3: As operações unitárias de beneficiamento mineral para a bauxita
(britagem, moagem, classificação, filtragem) promovem a essa matéria-prima o
alcance de exigências pelo Processo Bayer de obtenção de alumina. Nesse
contexto, quais são essas exigências

A) granulométricas, em que os níveis de materiais grossos e finos são


controlados; físicas, aonde os valores de resistência ao ataque da soda
cáustica são considerados;

B) químicas apenas, em que se estabelecem níveis mínimos aceitáveis de


Al2O3 em cerca de 38%, e valores máximos de caulinita na bauxita para inibir o
consumo excessivo de soda cáustica;

C) granulométricas e químicas, em que as primeiras estabelecem níveis ótimos


de finos e de grossos na bauxita, enquanto as últimas dizer respeito ao controle
de Al2O3 mínimo e de SiO2 máximo.

D) granulométricas, químicas e físicas, sendo essas últimas determinantes do


sucesso para o ataque da soda cáustica no Processo Bayer.
QUESTÃO 4: Para cada planta industrial de produção de alumina, o Processo
Bayer mostra algumas peculiaridades inerentes dessa plana. Contudo, de um
modo geral, pode-se assumir que as etapas principais desse processo de
produção incluem: i) digestão; ii) precipitação; iii) calcinação. Além dessas,
estágios intermediários de filtragem e expansão – redução de temperatura -
são dispostos ao logo de toda a operação para promover a recuperação de
soda cáustica e de hidróxido de alumínio, principalmente.

Qual das alternativas a seguir faz a perfeita descrição/caracterização das


etapas principais citadas acima

A) digestão - extração da alumina pela dissolução em soda cáustica (NaOH)


em reatores do tipo autoclave. O produto obtido é uma solução supersaturada
em alumina reativa, com baixos níveis de sílica; precipitação – promove a
cristalização de hidróxido de alumínio (Al(OH) 3)), partindo-se da solução
supersaturada de aluminato de sódio (NaAlO 2); calcinação – promove a
transformação da alumina em alumina calcinada;

B) digestão – lixiviação da bauxita por ácido clorídrico para obter como produto
uma solução supersaturada em aluminato de sódio (NaAlO 2); precipitação –
processo que se faz com adição de sementes de hidróxido de alumínio
(Al(OH)3)) para produzir alumina gama – Al2O3; calcinação – queima em fornos
rotativos para promover a obtenção de alumina alfa – Al 2O3;

C) digestão – ataque da soda cáustica (NaOH) a bauxita, resultando numa


solução supersaturada em aluminato de sódio (NaAlO 2) que, após uma série de
sedimentadores clarificadores, promoverá uma solução límpida para o início da
precipitação – etapa de cristalização de Al(OH) 3, acelerada pelo uso de
sementes de Al(OH)3 e de floculantes; calcinação – etapa de queima do
hidróxido de alumínio, promovendo retirada de umidade e obtenção de Al 2O3;

D) digestão – dissolução de bauxita pelo NaOH; precipitação – adição de


sementes de Al(OH)3 para promover cristalização da solução de NaAlO2;
calcinação – eliminação da água de cristalização em fornos rotativos.
QUESTÃO 5: O Processo Bayer em função de alguns aspectos de qualidade
da bauxita, promoverá condições operacionais distintivas nas plantas
industrias. De acordo com a Tabela I, vê-se que o processo alimentado por
bauxita rica em gibbsita requer temperaturas mais baixas que os ricos em fases
polimóficas de AlOH. O motivo para essa diferença reside em:

TABELA I - Condições de digestão da bauxita em plantas comerciais.

A) solubilidades variadas entre esses minerais de alumínio, sendo determinante


o mineral de maior solubilidade para o estabelecimento das condições
operacionais de digestão;

B) solubilidades crescentes entre os minerais de alumínio, sendo os minerais


das fases polimóficas os mais solúveis na etapa de digestão;

C) solubilidades distintas entre os minerais de alumínio, sendo a gibbsita o


mineral de maior solubilidade, e os de fases polimóficas menos solúveis;

D) diferenças em solubilidades entre os minerais de alumínio, sendo a gibbsita


a de maior solubilidade, e as condições de processo na etapa de digestão são
baseadas sempre nas fases de menor solubilidade, como polimóficas boehmita
e diásporo.
QUESTÃO 6: A lama vermelha é o principal resíduo do Processo Bayer, como
ilustrado na Figura 1. A partir da análise dessa figura, pode-se dizer que esse
resíduo é, em termos de definição:

FIGURA 1 – Esquema do Processo Bayer desenvolvido pela Mineração Rio do


Norte – MRN.

A) insolúvel, contendo grande parte da ganga da bauxita; é separada da


solução útil de aluminato de sódio (NaAlO2) em sedimentadores do tipo
espessador; é submetida a filtragem para recuperar ao máximo a soda
cáustica para o início da etapa de digestão;

B) solúvel, sendo constituído por sodalyta bayer (3(Na 2O.Al2O3.2SiO2.2H2O).


Na2X), sendo destinada ao estágio de precipitação para acelerar a
cristalização de Al(OH)3;

C) reaproveitado ao longo de todo o processo, por meio de ajustes químicos


feitos com adições frequentes de soda cáustica e alumina para nivelar os
teores de Al e de Na;
D) destinado a bacias de rejeito, sem neutralização, de modo que se preservem
as suas características de alto teor de soda cáustica e hidróxido de alumínio
para posterior reaproveitamento na indústria química.
QUESTÃO 7: O Processo Hall-Héroult destina-se à decomposição do óxido de
alumínio (Al2O3) em alumínio metálico (Al) dentro de cubas eletrolíticas,
empregando-se um banho de sais fundidos (eletrólito), notadamente fluoretos
de metais mais eletropositivos que o alumínio, como a criolita – Na 3AlF6.

Caracteristicamente, esse eletrólito tem como funções o abaixamento do ponto


de fusão do banho e o seu controle de pH. Como visto na Figura 2, não apenas
o eletrólito integra a classe de insumos do processo.

Os eletrodos (positivo – anodo, e negativo – catodo), à base de materiais


carbonáceos, também são de extrema importância por serem responsáveis
pelo transporte de corrente elétrica, e manutenção do eletrólito em condições
ótimas: fluidez e temperatura.

Com relação ao EFEITIO ANÓDICO, um fenômeno característico do Processo


Hall-Héroult, é correto afirmar que:

FIGURA 2 – Representação esquemática do Processo de Redução


Hall-                         Héroult para a produção de alumínio metálico.
A) trata-se de uma reação do eletrólito a alterações no nível de
temperatura/aporte térmico do processo, sendo a sua principal característica a
redução da corrente elétrica transferida pelo anodo;

B) é a resposta do sistema a alterações nos níveis de alumina (Al 2O3) do


eletrólito, sendo o seu efeito principal a elevação da corrente elétrica da cuba
eletrolítica;

C) está associado com a queda do teor de alumina no eletrólito (abaixo de 2%),


havendo transtornos na estrutura do catodo, pois é este eletrodo que fornece
toda a corrente necessária ao processo;

D) trata-se da resposta do sistema à queda no nível de alumina (Al 2O3) do


eletrólito (abaixo de 2%), havendo dificuldades para a reação se manter, devido
a indisponibilidade de oxigênio para a reação com o carbono do anodo. Deste
modo, compromete-se a estrutura desse eletrodo pela formação de um filme de
gás rico em íons fluoreto. Com isso, alcança-se uma elevação da voltagem na
célula eletrólitica.

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