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Maria Pinto Nº17 10ºB

A obra “Laudato Si” é uma encíclica da autoria do Papa Francisco sobre o cuidado da
nossa casa comum. Apesar do caráter religioso inerente a uma encíclica, o Papa refere
que esta se destina a “cada pessoa que habita neste planeta” e que tem como objetivo
entrar em diálogo com todos acerca da nossa “casa comum”. Esta obra é constituída
por 246 parágrafos organizados em 6 capítulos.

No primeiro capítulo, o Papa faz uma pequena introdução dos vários aspetos da atual
crise ecológica. Segue-se o segundo capítulo, no qual é referida a relação entre a razão
e a fé, visto que a primeira responde à pergunta “como?” e a fé procura o “porquê?”.
Este capítulo mostra, também, como foi criado o mundo e para que propósito, numa
perspetiva religiosa. O terceiro capítulo retrata as causas fundamentais e mais
profundas da situação ecológica integral, ou seja “A Raiz Humana da Crise Ecológica”.
De seguida, o quarto capítulo propões uma “ecologia integral”, isto é, que integre o ser
humano e as relações que o mesmo estabelece com a realidade envolvente.

O quinto capítulo, o Papa apresenta “Algumas linhas de orientação e ação”, tanto a


nível pessoal como a nível da política internacional. Por fim, no sexto capítulo, reforça-
se a importância de uma mudança de atitude, a começar por uma educação e
espiritualidade com uma vertente ecológica.

Durante a leitura da obra interessei-me por vários aspetos nela mencionados, no


entanto, aquele que eu acho que mais se adequa à temática deste trabalho é o
problema relacionado com o progresso da sociedade, que se encontra num
subcapítulo do capítulo V.

Até que ponto é que podemos afirmar que um desenvolvimento tecnológico e


económico é progresso, se não deixa um mundo melhor e uma qualidade de vida
igualmente melhor? Esta é a pergunta que eu coloco, pois, atualmente, consideramos
que existe muito progresso, quer a nível económico ou tecnológico. E é verdade, de
facto, hoje em dia, temos acesso a variados equipamentos que outrora não existiam, e
a economia também se encontra muito mais desenvolvida, mas será que podemos
chamar este desenvolvimento de progresso?
Ao mesmo tempo que surgem todos estes avanços na sociedade, a qualidade de vida
das pessoas, no geral, diminui, quer seja pela diminuição do acesso a produtos
alimentares ou recursos, como pela deterioração do ambiente.

A toda esta evolução vêm acartados aspetos negativos a nível social, que, por sua vez
são agravados pela mentalidade utilitária da sociedade a que todos pertencemos.

Por outro lado, não basta compatibilizar o cuidado com a Natureza com o ganho
financeiro, pois trata-se de uma solução a “meio-termo”, segundo o Papa, pois são
apenas um adiamento do colapso, ou seja, por mais que tentemos assegurar o bem da
Natureza, se tivermos uma “mentalidade utilitária”, estamos a causar danos na
natureza, consequentemente, isto é, estamos a adiar algo que vai, efetivamente,
acabar por acontecer, a destruição da nossa casa comum.

Concluindo, não podemos considerar “progresso” uma evolução que, embora


contribua para uma série de aspetos positivos, ponha em causa a qualidade de vida de
muitos de nós. Deste modo, a solução mais correta seria uma reflexão sobre o
verdadeiro sentido da economia e os seus objetivos, para ser possível encontrar
soluções a longo prazo e que não comprometessem a sociedade atual e gerações
futuras.

Bibliografia:

Francisco, Papa, Laudato Si, PAULUS Editora, Lisboa 2015


 Tamanho de letra: 12; 
 Tipo de letra: calibri; cambria; areal; Times New Roman; 
 Espaçamento entre linhas: 1,5; 
 Texto justificado; 
 Nú mero de pá ginas da composiçã o escrita: 2 pá ginas (podendo a bibliografia e a
identificaçã o do aluno/disciplina ocupar a terceira pá gina). 

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