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questões 4 e 5 seguintes.
Texto I
Maria-Nova ouvia a história que Bondade “Hora houve em que ele percebeu e se calou um
contava e, por mais que quisesse conter a emoção, não pouco.”
conseguia. Hora houve em que ele percebeu e se calou
um pouco. Calou-se também com um nó na garganta, 4) A primeira oração, embora bastante sintética,
pois sabido é que Bondade vivia intensamente cada explora a inversão e a sonoridade. Em relação à
história que narrava, e Maria-Nova, cada história que sua estrutura sintática, percebe-se que:
escutava. Ambos estão com o peito sangrando. Ele a) o sujeito é desinencial.
sente remorsos de já ter contato tantas tristezas para b) o objeto direto precede o verbo.
Maria-Nova. Mas a menina é do tipo que gosta de pôr o c) o sujeito concorda com o verbo.
dedo na ferida, não na ferida alheia, mas naquela que d) há indeterminação do agente.
ela traz no peito. Na ferida que ela herdou de Mãe
Joana, de Maria-Velha, de Tio Totó, do Louco Luisão da 5) A oração “em que ele percebeu” relaciona-se
Serra, da avó mansa, que tinha todo o lado direito do com a anterior cumprindo um papel:
corpo esquecido, do bisavô que tinha visto os sinhôs
a) pronominal.
histórias, quase nunca eram os vencedores, e sim, e “estão com o peito sangrando”, a linguagem
quase sempre, os vencidos. A ferida dos do lado de cá figurada confere maior expressividade ao texto.
sempre ardia, doía e sangrava muito. Essas construções ilustram a seguinte figura:
a) metonímia.
(EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. b) personificação.
Rio de Janeiro: Pallas, 2017)
c) metáfora.
1 d) ironia.
para os escravizados, era como se chamava o sentimento de
melancolia em relação à terra natal e de aversão à privação da
liberdade
7) A linguagem figurada também é empregada em