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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

INSTITUTO DE QUÍMICA

ALLYSTER RODRIGUES SILVA

LABORATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL


Prof. Dra. EMILIA CELMA DE OLIVEIRA LIMA

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO MICELAR CRÍTICA DE


DETERGENTE

GOIÂNIA
MAIO/2021
INTRODUÇÃO

Os tensoativos estão presentes em larga escala e em diferentes setores das


industriais, como produtos de limpeza, cosméticos, produtos de higiene pessoal,
agroquímicos, entre outros. Sendo que, no Brasil, aproximadamente 69% da utilização
dos tensoativos se dão nas indústrias de produtos de limpeza doméstica,
aproximadamente 22% no uso industrial e comercial e por fim, aproximadamente 13%
do uso se dá pelo setor de cosméticos e produtos de higiene pessoal. Apesar de serem
utilizados apenas 13% no setor de cosméticos, vale ressaltar que, correspondem a 20%
em faturamento total.

Mas afinal, o que são os tensoativos? Os tensoativos ou também conhecidos como


surfactantes são moléculas que possuem uma parte apolar, conhecida como cauda e
constituída em geral por cadeias alquilicas e sua outra parte sendo por moléculas polares,
conhecida como cabeça, que podem ser constituídas em geral por cátions ou ânions. Por
terem uma parte hidrofílica e hidrofóbica, ou seja, por serem moléculas anfifílicas,
quando adicionados em um solvente, tendem a se acumularem na interface entre solvente
e ar, diminuindo a tensão superficial, pois, diminuem as forças de coesão das moléculas
do solvente.

Quando todas as superfícies estão preenchidas, temos o começo da formação de


micelas, a esse fenômeno se dá o nome de Concentração micelar crítica (CMC). As
micelas são moléculas de tensoativos agregadas em forma de esfera, onde se organizam
de forma diferente dependendo da polaridade do solvente. Se o solvente for polar, elas se
organizarão de forma que a cabeça (parte polar) fique direcionada para fora em contato
com as moléculas polares do solvente, e a cauda (parte apolar) fique direcionada para o
centro da esfera, tendo o mínimo de interação possível com o solvente. Quando temos o
solvente apolar, as micelas são formadas ao contrário, as caudas se direcionam para fora
e a cabeça para o centro da esfera.

Por fim, neste trabalho será determinada a concentração micelar critica, através de
experimentos realizados, obtenção de dados para cálculos e construção do gráfico de
condutividade versus concentração de tensoativos e discussões dos resultados obtidos ao
final.
MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais utilizados foram: condutivimetro (CD-4302), solução de SDS 0,08


mol.L-1, proveta (250 mL), béquer (100 mL), béquer (250 mL), bureta, suporte universal,
barra magnética, água e chapa aquecedora/agitador mecânico.

Inicialmente, adicionou-se 160 mL de água em um béquer, o qual foi posicionado


em cima da chapa aquecedora/agitador mecânico, introduzindo o condutivimetro na água
contida no béquer. Com isso, foi medida a condutância da água pura antes de adicionar a
solução de dodecil sulfato de sódio (SDS), e anotou-se o valor.

Com isso, a bureta foi instalada no suporte universal e preenchida com a solução
de SDS 0,08 mol.L-1, assim, iniciou-se a titulação da água contida no béquer com a
solução presente na bureta. Foi adicionada alíquotas de 2 mL da solução de SDS ao
béquer, sempre em constante agitação mecânica, e os valores de condutância medidos
foram sendo anotados a cada adição da alíquota, perfazendo um total de 40 mL de solução
SDS.

Tendo todos os valores anotados, foi possível a construção de uma tabela com
todos os valores para melhor organização, facilitação dos cálculos e montagem do gráfico
de condutividade versus concentração de SDS.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Feito o experimento, foram obtidos todos os valores de condutância para cada
adição de alíquota, realizados 4 medições, com isso, foi possível a montagem da tabela
abaixo, já com os valores médios de condutância para cada alíquota. Também foi
adicionada uma nova coluna a tabela, a qual se refere a concentração da solução de SDS
após ter sido adicionada cada alíquota na água.

Tabela 1. Dados experimentais de condutância e valores de concentração obtidos com


cálculos.

Valor médio Conc. de Valor médio Conc. de


VTensoativ VTensoativo
N Condutância SDS N Condutância SDS
o (mL) (mL)
(μS.cm-1) (mol.L-1) (μS.cm-1) (mol.L-1)

1 0,0 26,14 0,0 12 22,0 503,7 8,79x10-4

2 2,0 76,03 9,88x10-4 13 24,0 528,9 8,69x10-4

3 4,0 141,8 9,76x10-4 14 26,0 553,2 8,60x10-4

4 6,0 205,1 9,63x10-4 15 28,0 575,7 8,51x10-4

5 8,0 263,3 9,52x10-4 16 30,0 597,1 8,42x10-4

6 10,0 305,8 9,41x10-4 17 32,0 618,1 8,33x10-4

7 12,0 349,0 9,30x10-4 18 34,0 638,6 8,24x10-4

8 14,0 386,4 9,19x10-4 19 36,0 658,4 8,16x10-4

9 16,0 418,2 9,09x10-4 20 38,0 676,9 8,08x10-4

10 18,0 449,0 8,98x10-4 21 40,0 694,7 8,0x10-4

11 20,0 477,9 8,88x10-4 - - - -

Inicialmente, é necessário o cálculo da concentração para cada alíquota da solução


de SDS adicionada. Portanto, a formula utilizada será:

𝐶₁ × 𝑉₁ = 𝐶₂ × 𝑉₂
Onde C1 será a concentração de SDS inicial, V1 o volume da alíquota, C2 a
incógnita e V2 o volume total de solução.

→ Para N = 1:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 0,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 160,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟎, 𝟎( )
𝑳

→ Para N = 2:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 2,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 162,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟗, 𝟗𝟎 × 𝟏𝟎−𝟒 ( )
𝑳

→ Para N = 3:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 4,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 164,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟗𝟓 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳

→ Para N = 4:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 6,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 166,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟐, 𝟗𝟎 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳

→ Para N = 5:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 8,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 168,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟑, 𝟗 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳
→ Para N = 6:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 10,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 170,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟒, 𝟕𝟏 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳

→ Para N = 7:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 12,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 172,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟓, 𝟓𝟖 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳

→ Para N = 8:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 14,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 174,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟔, 𝟒𝟒 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳

→ Para N = 9:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 16,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 176,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟕, 𝟐𝟕 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳

→ Para N = 10:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 18,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 178,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟖, 𝟎𝟖 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳

→ Para N = 11:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 20,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 180,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟖, 𝟖𝟖 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳
→ Para N = 12:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 22,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 182,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟗, 𝟔𝟕 × 𝟏𝟎−𝟑 ( )
𝑳

→ Para N = 13:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 24,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 184,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟎𝟒 × 𝟏𝟎−𝟐 ( )
𝑳

→ Para N = 14:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 26,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 186,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟏𝟐 × 𝟏𝟎−𝟐 ( )
𝑳

→ Para N = 15:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 28,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 188,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟏𝟗 × 𝟏𝟎−𝟐 ( )
𝑳

→ Para N = 16:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 30,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 190,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟐𝟔 × 𝟏𝟎−𝟐 ( )
𝑳

→ Para N = 17:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 32,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 192,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟑𝟑 × 𝟏𝟎−𝟐 ( )
𝑳
→ Para N = 18:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 34,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 194,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟒𝟎 × 𝟏𝟎−𝟐 ( )
𝑳

→ Para N = 19:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 36,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 196,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟒𝟕 × 𝟏𝟎−𝟐 ( )
𝑳

→ Para N = 20:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 38,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 198,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟓𝟑 × 𝟏𝟎−𝟐 ( )
𝑳

→ Para N = 21:

𝑚𝑜𝑙
0,08( ) × 40,0(𝑚𝐿) = 𝐶₂ × 200,0(𝑚𝐿)
𝐿

𝒎𝒐𝒍
𝑪₂ = 𝟏, 𝟔𝟎 × 𝟏𝟎−𝟐 ( )
𝑳
Após os cálculos de concentração da solução de SDS para cada alíquota, constrói-
se a tabela a seguir, contendo os valores de concentração e condutividade média:

Tabela 2. Valores de condutividade média e de concentração da solução de SDS.

Condutividade Concentração de Condutividade Concentração de

média (μS.cm-1) SDS (mol.L-1) média (μS.cm-1) SDS (mol.L-1)

26,14 0,0 503,7 9,67E-3

76,03 9,88E-4 528,9 1,04E-2

141,8 1,96E-3 553,2 1,12E-2

205,1 2,89E-3 575,7 1,19E-2

263,3 3,81E-3 597,1 1,26E-2

305,8 4,71E-3 618,1 1,33E-2

349,0 5,58E-3 638,6 1,40E-2

386,4 6,44E-3 658,4 1,47E-2

418,2 7,27E-3 676,9 1,53E-2

449,0 8,08E-3 694,7 1,60E-2

477,9 8,88E-3 - -
Dado os valores de concentração e condutividade média organizados na tabela 2,
montou-se o gráfico 1, sendo representado no eixo y os valores de condutividade em
μS.cm-1 e no eixo x os valores de concentração da solução de SDS.

Gráfico de condutividade vs [SDS]


800
y = 55487x + 33,207
700
Condutância (μS.cm-1)

600

500

400
y' = 30901x + 204,58
300

200

100

0
0,000E+00 3,000E-03 6,000E-03 9,000E-03 1,200E-02 1,500E-02
[SDS] (mol.L-1)

Gráfico 1. Gráfico de condutividade média vs [SDS].

Feito o gráfico, é necessário determinar a concentração na qual ocorre a mudança


na taxa de variação da condutividade das soluções com a concentração de detergente,
vulgo CMC (concentração micelar crítica). Para isso, foi necessário achar as equações
das retas que descrevem a curva antes e após a mudança na taxa de variação. Obtendo as
equações, sabe-se que y = y’, logo, utiliza-se a equação a seguir:

𝑏′ − 𝑏
𝐶𝑀𝐶 = 𝑥 =
𝑎 − 𝑎′

Substituindo os valores com os valores obtidos nas equações das retas, temos o
seguinte:

204,58 − 33,207
𝐶𝑀𝐶 =
55487 − 30901

𝒎𝒐𝒍
𝑪𝑴𝑪 = 𝟔, 𝟗𝟕𝟎𝟑 × 𝟏𝟎−𝟑
𝑳
Realizando os cálculos, onde foi necessário igualar as equações das retas, obteve-
se uma concentração micelar critica para o tensoativo SDS igual a 6,9703x10-3 mol.L-1
(±7,0x10-3 mol.L-1). Quando em baixas concentrações do tensoativo SDS, as moléculas
se encontram em equilíbrio e todas em contato com as interfaces, temos então uma
crescente condutividade como pode ser visto no gráfico 1, a partir do momento em que
temos o aumento da concentração suficientemente para o começo da formação de micelas,
nota-se no gráfico que a condutividade cresce mais lentamente devido os aglomerados de
micelas conduzirem menos condutividade elétrica que os monômeros individuais.

Para melhor comparação do resultado com a literatura, transformamos a unidade


de mol.L-1 para mmol.L-1, obtendo um valor igual a 6,703 mmol.L-1. A literatura traz que,
a concentração micelar critica para o tensoativo SDS é aproximadamente 8,1 mmol.L-1.
A diferença do resultado obtido neste trabalho com o resultado na literatura, pode ser
explicada pela diferença de materiais utilizados, cuidados do analista, arredondamento
nos cálculos e até mesmo calibração das vidrarias e condutivimetro utilizado.
CONCLUSÃO
De acordo com o experimento feito, foi possível a determinação da concentração
micelar critica do tensoativo dodecil sulfato de sódio (SDS) através da condutividade
elétrica da solução, se mostrando ser uma técnica relativamente simples. O resultado
obtido não foi de certa forma satisfatório, pelo fato de ter dado uma diferença entre o
valor trazido na literatura. Alguns erros possíveis como por exemplo, a calibração dos
equipamentos utilizados pode ter influencia no resultado. O método se feito com cuidado
aparentemente se mostra eficiente.
REFERÊNCIAS

Mª RIZZATTI , Ivanize. Determinação potenciométrica da concentração micelar crítica


de surfactantes: uma nova aplicação metodológica no ensino de Química. Química Nova,
Florianópolis, ano 2009, v. 32, n. 2, p. 518-521, 5 fev. 2009. DOI 10.1590/S0100-
40422009000200041. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/qn/v32n2/v32n2a41.pdf. Acesso em: 12 maio 2021.

G. SANTOS, Klebson. DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO MICELAR


CRÍTICA DE TENSOATIVOS OBTIDOS A PARTIR DE ÓLEOS VEGETAIS PARA
USO NA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO. 4° PDPETRO, Campinas,
ano 2007, v. 2, n. 1, p. 72, 24 out. 2007. Disponível em:
http://www.portalabpg.org.br/PDPetro/4/resumos/4PDPETRO_2_1_0072-2.pdf. Acesso
em: 12 maio 2021.

LEITE DE MORAES, Solange. DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO


MICELAR CRÍTICA DE ÁCIDOS HÚMICOS POR MEDIDAS DE
CONDUTIVIDADE E ESPECTROSCOPIA. Química Nova, São Paulo, ano 2004, v.
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OLIVEIRA FELIPE, Lorena. Surfactantes sintéticos e biossurfactantes: vantagens e


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DOI 10.21577/0104-8899.20160079. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc39_3/03-QS-34-16.pdf. Acesso em: 12 maio 2021.

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