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- RESUMÃO -
DERIVADAS
(Cálculo)
Formulário, Dicas e Macetes para a Prova

www.respondeai.com.br
Definição
Derivada de uma função 𝑓 em relação à variável 𝑥: é a taxa de variação de 𝑓 à
medida que 𝑥 varia. A derivada no ponto 𝑥 = 𝑥0 é
𝑓(𝑥0 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim
∆𝑥→0 ∆𝑥

Graficamente, a derivada em um ponto é o coeficiente angular da reta


tangente ao gráfico no mesmo ponto.

Regras Tabeladas para Derivar


Meu camarada, regras são regras... Então aqui vão elas! E separadas por tipo de
função, só pra você!

1
Calma que não acabou...

Por exemplo, se queremos a derivada de 𝑓(𝑥) no ponto 𝑎


2
𝑓(𝑥) = {𝑥 + 2𝑥 𝑥 ≠ 𝑎
5 𝑥=𝑎
Aí nós usamos a definição.

Agora um pedido de amigo: não se esqueça das derivadas implícitas.

Exemplo: ao derivar 𝑦 2 = 𝑥 3 + 2 em relação a 𝑥, com 𝑦 = 𝑓(𝑥), usamos a Regra da


Cadeia, multiplicando a derivada de 𝑦 2 por 𝑦′: 2𝑦(𝑦 ′ ) = 3𝑥 2. Ficando nesse caso
2𝑦𝑦 ′ = 3𝑥 2

2
Reta Tangente
 Reta tangente à determinada curva: 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏.
 A reta passa no próprio ponto da curva 𝑓(𝑥) em 𝑥0 , ou seja, (𝑥0 , 𝑓(𝑥0 )).
 Coeficiente angular: 𝑎 = 𝑓 ′ (𝑥0 ).
 Só falta achar 𝑏: 𝑏 = 𝑦 − 𝑎. 𝑥 = 𝑓(𝑥0 ) − 𝑓 ′ (𝑥0 ). 𝑥0 .

Taxas Relacionadas e Otimização


Cuidado para não confundir! Ambas começam com uma modelagem do problema,
relacionando as variáveis que te interessam.
Para criar as relações, geralmente você terá que usar alguma coisa de Geometria ;)
O que costuma aparecer: Pitágoras, Lei dos Cossenos, Lei dos Senos, área e volume
de formas geométricas, perímetros, etc.

Taxas Relacionadas:
1. Teremos que encontrar uma relação entre as variáveis do problema. Geralmente,
para encontrar, teremos que usar fórmulas da Geometria.
2. Derivamos as duas em relação a uma terceira variável, que quase sempre é
o tempo, usando derivação implícita.
3. Pela Regra da Cadeia, aparece um termo que é a taxa de variação da variável em
relação ao tempo no instante analisado.
4. O enunciado terá nos dado os valores das variáveis ou das taxas dessas variáveis
em relação à variável que derivamos. Vai sobrar uma incógnita.
5. Substituímos os valores das variáveis no instante observado e uma das taxas de
variação para descobrir a outra, aquela pedida no enunciado.

Otimização:
 Temos uma relação entre duas variáveis, derivando aquela que se quer o valor
ótimo (máximo ou mínimo) em relação à outra.
 Igualamos a derivada a 0 e descobrimos o valor da variável que gera o valor ótimo
da outra.
 Observa-se o sinal da derivada antes e depois do ponto crítico para identificar se é
um máximo ou um mínimo:
o se é positiva antes e negativa depois, é de máximo;
o se for ao contrário, é mínimo.
 Cuidado! Você tem que verificar se você achou o ponto de máximo/mínimo local ou
global. Para isso, teste o valor da função nos extremos dos intervalos analisados.

3
Teorema do Valor Médio
Existe um número 𝑐 em [𝑎, 𝑏] tal que a derivada de 𝑓 em 𝑥 = 𝑐 tem a mesma
inclinação da reta que liga os pontos onde 𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏:
𝑓(𝑏) − 𝑓(𝑎)
𝑓 ′ (𝑐) =
𝑏−𝑎

Isso é válido se 𝑓(𝑥) é contínua em [𝑎, 𝑏] e diferenciável em (𝑎, 𝑏).

 Se na sua prova, pedirem pra achar o 𝑐: você pega a 𝑓(𝑥), deriva e calcula aquela
𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎)
expressão lá 𝑏−𝑎
. Daí, só igualar a 𝑓′(𝑥) e resolver pra 𝑥. Este é o 𝑐!
 Podem te pedir o 𝑓′(𝑐): não precisa nem calcular o 𝑐, olha só pra fórmula. Basta
conhecer 𝑎 e 𝑏.

Regra de L’Hospital
∞ 0
Quando a função chega numa indeterminação de quociente, como ± ∞ e 0, derivamos
numerador e denominador:
𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)
lim = lim
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔′(𝑥)

Se continuar dando indeterminação, derive de novo.


Cuidado! Se tiver dando indeterminação infinitamente, desconfie! Provavelmente você
terá que achar o limite usando algebrismos.
Você também pode usar isso se 𝑥 → ±∞.

4
Cara, se liga que vou te dar um exemplo de LIMITES onde você vai precisar disso!
O problema é calcular esse limite: lim𝑥→0 𝑥 𝑥 .

Pera, isso dá 00 ? Indeterminação, né?!

Fazemos assim: L = lim𝑥→0 𝑥 𝑥 . Aplicando 𝑙𝑛 dos dois lados dá... ln 𝐿 = lim𝑥→0 (𝑥. ln 𝑥).
Só que ali aparece uma indeterminação 0. (−∞), já que ln 0 = −∞.
ln 𝑥
Então saca só: ln 𝐿 = lim𝑥→0 (𝑥. ln 𝑥) → ln 𝐿 = lim𝑥→0 (1/𝑥 ).
Agora sim, dentro do parênteses a indeterminação é do tipo −∞/∞, já que 1/0 = ∞.
Aplicando L’Hospital... derivamos ln 𝑥: (ln 𝑥)′ = 1/𝑥 ; derivamos 1/𝑥: (1/𝑥)′ = −1/𝑥 2 .
ln 𝑥 1/𝑥
Logo: ln 𝐿 = lim𝑥→0 (1/𝑥 ) → ln 𝐿 = lim𝑥→0 (−1/𝑥2 ) → ln 𝐿 = lim𝑥→0 (−𝑥) = 0.
Como ln 𝐿 = 0, então, finalmente, 𝐿 = 𝑒 0 = 1.

Esboço de Curvas
(𝟏) Domínio
Descobrir onde a função está definida e onde é descontínua.

 Se a função for polinomial, ela é contínua.


 Se a função for racional, é só ver onde o denominador se anula: ali ela é
descontínua.
𝜋
 Seno é contínuo, cosseno é contínuo, mas tangente não é (em 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℝ)!
 Olhe atentamente para logaritmos, raízes quadradas e outras funções que possam
gerar descontinuidade.

(𝟐) Assíntotas
Assíntotas horizontais: limite da função em ±∞.

Assíntotas verticais: limite da função nas descontinuidades do domínio. Tem


assíntota vertical se o limite explode para ±∞.

Para as assíntotas oblíquas, você só se preocupa com ela se não tiver assíntota
horizontal. A definição para achá-las é, sendo uma reta 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑛,
𝑓(𝑥)
𝑚 = lim ; 𝑛 = lim 𝑓(𝑥) − 𝑚𝑥
𝑥→±∞ 𝑥 𝑥→±∞

5
(𝟑) Crescimento
Analisar o fator do crescimento, observando o sinal da derivada primeira:
 derivada positiva: gráfico crescente;
 derivada negativa: gráfico decrescente.

Chamamos o ponto onde temos a derivada igual a 0 de ponto crítico, podendo


ser:
 máximo (derivada positiva antes e negativa depois);
 mínimo (derivada negativa antes e positiva depois)
 Ou nenhum dos dois (derivada mantes o sinal antes e depois ou o ponto não está
no domínio).

(𝟒) Concavidade
Observar o sinal da derivada segunda:
 positiva: concavidade para cima;
 negativa: concavidade para baixo;
 nula: ponto crítico para inflexão:
o se o sinal da segunda derivada trocar no ponto crítico, esse ponto é
ponto de inflexão.

(𝟓) Reorganização
Juntar todas as informações que você achou e reescrevê-las resumidamente.
Traçar o ponto cartesiano e marcar, se existirem, os pontos de inflexão, pontos de
extremo, interseções com o eixo 𝑥 e 𝑦 e quaisquer outros pontos relevantes.

(𝟔) Esboço
Traçar as assíntotas e compor o desenho do gráfico de acordo com as informações da
derivada primeira e da derivada segunda.

6
Polinômio de Taylor
Para achar o polinômio de Taylor da função 𝑓(𝑥) de grau 𝑐 em torno do ponto 𝑥 = 𝑎:

Passo 1: Achar as derivadas até a derivada 𝑐.


𝑓 ′ (𝑥), 𝑓 ′′ (𝑥), … , 𝑓 𝑐 (𝑥)

Passo 2: Achar os valores da função e das derivadas até a derivada 𝑐 no ponto 𝑥 = 𝑎:


𝑓 ′ (𝑎), 𝑓 ′′ (𝑎), … , 𝑓 𝑐 (𝑎)

Passo 3: Achar cada termo do polinômio, com 𝑛 indo de 0 a 𝑐:


𝑓 𝑛 (𝑎)(𝑥 − 𝑎)𝑛
𝑛!

Passo 4: Somar todos os termos:


𝑐
𝑓 𝑛 (𝑎)(𝑥 − 𝑎)𝑛
𝑝𝑐 (𝑥) = ∑
𝑛!
𝑛=0
𝑓 ′′ (𝑎)(𝑥 − 𝑎)2 𝑓 𝑐 (𝑎)(𝑥 − 𝑎)𝑐
𝑝𝑐 (𝑥) = 𝑓(𝑎) + 𝑓 ′ (𝑎)(𝑥 − 𝑎) + +⋯+
2! 𝑐!

Para estimar erros:


𝑓 𝑐+1 (𝑎)(𝑥 − 𝑎)𝑐+1
𝐸(𝑥) ≤
(𝑐 + 1)!

Muita coisa para estudar em pouco tempo?

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- RESUMÃO -
DERIVADAS EM FUNÇÕES DE VÁRIAS
VARIÁVEIS E VETORIAIS
(Cálculo)
Formulário, Dicas e Macetes para a Prova

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Derivadas Parciais e o Vetor Gradiente
Para “derivar parcialmente” uma função, trate todas as variáveis como constantes,
exceto aquela em relação a qual você está derivando. E, então, é só derivar!

E quando te pedirem o vetor gradiente? De boa, vai ser uma parada assim:

Lembre-se também de que uma função é contínua se o limite quando (𝑥, 𝑦) → (𝑥0 , 𝑦0 )
é igual ao valor que a função assume em (𝑥0 , 𝑦0 ).
Sabendo disso, se perguntarem qualquer coisa sobre continuidade, tudo se resume
em:

1. Se uma função é diferenciável em um ponto, então ela é contínua nesse


ponto;
2. Se uma função é diferenciável em um ponto, então ela possui derivadas
parciais nesse ponto;
𝜕𝑓 𝜕𝑓
3. Se 𝜕𝑥
e 𝜕𝑦
existem e são contínuas em um ponto, então a função é
diferenciável nesse ponto.
𝜕𝑓 𝜕𝑓
4. Se 𝜕𝑥
e 𝜕𝑦
existem e
𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝑓(𝑥0 + ℎ, 𝑦0 + 𝑘) − 𝑓(𝑥0 , 𝑦0 ) − (𝑥 , 𝑦 )ℎ − (𝑥 , 𝑦 )𝑘
𝜕𝑥 0 0 𝜕𝑦 0 0
lim
(ℎ,𝑘)→(0,0) √ℎ2 + 𝑘 2
existe, então garantimos que a função é diferenciável no ponto.

1
Plano Tangente e Reta Normal
A missão é encontrar o plano tangente ou reta normal a 𝑓(𝑥, 𝑦) no ponto 𝑃0 . De boa,
temos um passo a passo maroto.

Regra da Cadeia
Quando tiver que resolver derivadas pela Regra da Cadeia, basta seguir os 3 passos da
felicidade:

2
Derivadas Direcionais
Te pediram a derivada de uma função 𝑓, num ponto 𝑃0 , e no sentido de um vetor 𝑢
⃗?
Só fazer:
𝜕𝑓 𝑢
(𝑃0 ) = ∇𝑓(𝑃0 ) ⋅
𝜕𝑢 ‖𝑢 ‖
Mas aqui vai um detalhe que geral esquece, existe uma situação que você não pode
usar essa fórmula, e aí qual vai ser?

Aqui vai outra dica, de maximizar ou minimizar a derivada direcional:

3
Máximos e Mínimos sem Restrição
Pediram os pontos máximos e mínimos da função? Então:

Máximos e Mínimos com Restrição


(Multiplicadores de Lagrange)
Grande LaGrange! Finalmente chegamos nele! Quando tivermos que encontrar
máximos ou mínimos de uma função 𝑓 em uma região 𝑔, vamos fazer:
∇𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝜆∇𝑔(𝑥, 𝑦)
Procedimento:
1. calcular gradiente da função: ∇𝑓;
2. pegar a equação da curva e jogar tudo pro lado esquerdo (deixe zero no lado
direito);
3. definir a função 𝑔(𝑥, 𝑦), sendo o lado esquerdo da equação acima;
4. calcular gradiente de 𝑔: ∇𝑔(𝑥, 𝑦);
5. utilizar multiplicador de Lagrange: ∇𝑓 = 𝜆∇𝑔;
6. adicionar a equação da curva ao sistema encontrado acima;
7. resolver o sistema.

4
O caso geral, onde ele quer o máximo e mínimo na região 𝑔 e no interior da 𝑔, é só
fazer

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- RESUMÃO -
INTEGRAIS DE LINHA
(Cálculo)
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Integrais de Linha – Caso Escalar
O conceito de integral de linha é bem parecido com o da integral unidimensional, que
𝑏
já estamos cansados de ver. Escrever ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 significa que estamos “somando” os
valores de 𝑓(𝑥) ao longo de um comprimento do eixo 𝑥 (no caso, de 𝑎 a 𝑏), certo?

Quando esse comprimento unidimensional vira uma curva 𝐶 no espaço, nós temos
uma integral de linha. Como estamos falando agora de três dimensões, a função
escalar a ser integrada é do tipo 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧).

Calculamos as integrais de linha com a seguinte fórmula:


𝑏
∫ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑠 = ∫ 𝑓(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)) ⋅ ‖𝜎⃗ ′ (𝑡)‖ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎

Onde: 𝜎⃗ (𝑡) é a parametrização da curva 𝐶, 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏 é o intervalo do parâmetro 𝑡 e


𝑓(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)) é o campo escalar 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) escrito em função da parametrização.

OBS:Se você não se lembra muito bem de como parametrizar curvas, dá uma olhada
na revisão que fizemos no final do resumo! =)

Comprimento de arco Massa de um fio


O camprimento de uma curva 𝐶 é: Sendo δ sua densidade, a massa do fio 𝐶 é:
𝑏 𝑏
𝐿 = ∫ 𝑑𝑠 = ∫ ||𝜎⃗ ′ (𝑡)|| 𝑑𝑡 𝑀 = ∫ 𝛿(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑠 = ∫ δ(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡))||𝜎⃗ ′ (𝑡)|| 𝑑𝑡
𝐶 𝑎 𝐶 𝑎

Passo a passo
Integrais de linha – caso escalar
1. Parametrizar a curva 𝜎⃗(𝑡) (encontrando o intervalo 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏);
2. Calcular 𝜎⃗ ′ (𝑡);
3. Tirar o módulo desse vetor ‖𝜎⃗ ′ (𝑡)‖;
4. Aplicar a fórmula que demos lá em cima, trazendo os valores
encontrados dos passos anteriores e lembrando de escrever o
campo escalar 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) nas variáveis da parametrização;
5. Fazer o produto escalar 𝑓(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)). ‖𝜎⃗ ′ (𝑡)‖;
6. Resolver a integral!

1
Integrais de Linha – Caso Vetorial
Nós podemos também calcular a integral de linha de um campo vetorial 𝐹(𝑥, 𝑦, 𝑧) em
uma curva 𝐶. Neste caso, a fórmula fica um pouquinho diferente:
𝑏
∫ 𝐹. 𝑑𝑟 = ∫ 𝐹(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)) ∙ 𝜎⃗ ′ (𝑡)𝑑𝑡
𝐶 𝑎

Onde: 𝜎⃗ (𝑡) é a parametrização da curva 𝐶, 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏 é o intervalo do parâmetro 𝑡 e


𝐹(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)) é o campo vetorial 𝐹(𝑥, 𝑦, 𝑧) escrito em função da parametrização.

Hora do Bizú
Podemos escrever função vetorial 𝐹 de duas formas na integral:

∫ 𝐹. 𝑑𝑟 = ∫ (𝐹1 , 𝐹2 , 𝐹3 ). 𝑑𝑟 = ∫ 𝐹1 𝑑𝑥 + 𝐹2 𝑑𝑦 + 𝐹3 𝑑𝑧
𝐶 𝐶 𝐶

Fica atento para não confundir as componentes da função vetorial 𝐹!

Trabalho
O trabalho de um campo 𝐹 em uma curva 𝐶 é:

𝑊 = ∫ 𝐹. 𝑑𝑟
𝐶

O passo a passo é bem parecido com o do caso escalar:

Passo a passo
Integrais de linha – caso vetorial
1. Parametrizar a curva 𝜎⃗(𝑡) (encontrando o intervalo 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏);
2. Calcular 𝜎⃗ ′ (𝑡);
3. Aplicar a fórmula que demos lá em cima, trazendo os valores
encontrados dos passos anteriores e lembrando de escrever o
campo vetorial 𝐹(𝑥, 𝑦, 𝑧) nas variáveis da parametrização;
4. Fazer o produto escalar 𝐹(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)). 𝜎⃗ ′ (𝑡) ;
5. Resolver a integral!

2
Teorema de Green
Basicamente, o Teorema de Green é um recurso que temos para “fugir” das integrais
de linha (vetoriais) quando é muito complicado calcular pela definição.

Esse teorema nos diz o seguinte:

Sendo D uma região fechada no plano 𝑥𝑦, que possui fronteira 𝜕𝐷 orientada
positivamente, percorrida apenas uma vez, onde 𝐹(𝑥, 𝑦) = (𝐹1 (𝑥, 𝑦), 𝐹2 (𝑥, 𝑦)) é um
campo vetorial que possui derivadas de 1ª ordem contínuas em 𝐷, então:

𝜕𝐹2 𝜕𝐹1
∮ 𝐹⃗ . 𝑑𝑟 = ∬ ( − ) 𝑑𝑥𝑑𝑦
𝜕𝐷 𝐷 𝜕𝑥 𝜕𝑦

Importante: o campo 𝐹 deve estar definido em toda a região 𝐷!

Ok, mas e aquela parte de a fronteira 𝐶 estar orientada positivamente? Uma fronteira
está orientada positivamente quando, “andando” sobre ela, nós vemos a região 𝐷 à
nossa esquerda. Temos dois exemplos disso aqui:

Hora do Bizu
Pense em usar Green quando:

 O campo vetorial tiver uma expressão bizarra


 A curva for difícil de parametrizar
 Você não conseguir resolver a integral de linha pela definição
 A questão não der a equação da curva

3
E se o problema não dá a E se a curva for aberta?
equação da curva?
Se você achar que a boa é usar Green, feche
Nesse caso, a questão vai te dar área de essa curva dada 𝐶1 com uma curva 𝐶2 (que
𝜕𝐹2 𝜕𝐹1 simplifique a questão, pode ser uma reta):
𝐷 e o termo ( − ) com certeza vai
𝜕𝑥 𝜕𝑦
ser um número.

Aplicando Green:

∮ 𝐹. 𝑑𝑟 = ∬ 𝑛 𝑑𝑥𝑑𝑦 = 𝑛 ∬ 𝑑𝑥𝑑𝑦
𝜕𝐷 𝐷 𝐷

∮ 𝐹. 𝑑𝑟 = 𝑛 (Á𝑟𝑒𝑎 𝐷)
𝜕𝐷
𝜕𝐹2 𝜕𝐹1
∫ 𝐹⃗ 𝑑𝑟 = ∬ ( − ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 − ∫ 𝐹⃗ 𝑑𝑟
𝐶1 𝐷 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝐶2

E se 𝑭 tem uma singularidade dentro de 𝑪?

Quando 𝐹 não está definido em algum ponto dentro 𝐶, isolamos


esse ponto com uma curva auxiliar 𝛾 antes de aplicar Green.

−𝑦 𝑥
Ex: 𝐹⃗ = ( , + 2𝑥) , 𝐶: 𝑥 2 + 𝑦 2 = 4. Temos que isolar a
𝑥 2 +𝑦 2 𝑥 2 +𝑦 2
origem:

𝜕𝐹2 𝜕𝐹1
∮ 𝐹. 𝑑𝑟 = ∬ ( − ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 − ∮ 𝐹. 𝑑𝑟
𝐶 𝐷 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝛾

4
Passo a passo
Teorema de Green
1. Ver que a integral de linha em 𝐶1 é difícil de resolver pela
𝜕𝐹 𝜕𝐹1
definição e calcular o termo ( 𝜕𝑥2 − 𝜕𝑦
);
2. Definir qual é a fronteira 𝜕𝐷 e a região 𝐷 (é bom fazer um
esboço). Se a curva não estiver fechada, fechar; se algum ponto
não estiver definido, isolar ele com uma curva auxiliar 𝐶2 ;
3. Aplicar o teorema, prestando atenção à orientação da curva;
4. Escrever a região 𝐷 matematicamente (se for preciso, usar
coordenadas polares) e montar as integrais iteradas;
5. Resolver a integral dupla;
6. Se a fronteira for composta por mais de uma curva, resolver a
integral de linha na curva auxiliar 𝐶2 pela definição;
7. Encontrar a integral em 𝐶1 .

Campos Conservativos
Quando a integral de linha de um campo vetorial 𝐹 independe do caminho, esse
campo é chamado de conservativo e podemos definir o que chamamos de função
potencial 𝑓, para a qual:

𝐹⃗ = ∇𝑓

Ou seja, o campo vetorial 𝐹⃗ = (𝐹1 , 𝐹2 ) é igual ao gradiente da função potencial 𝑓, logo:

𝜕𝑓 𝜕𝑓
(𝐹1 , 𝐹2 ) = ( , )
𝜕𝑥 𝜕𝑦

𝑓 = ∫ 𝐹1 𝑑𝑥 = ∫ 𝐹2 𝑑𝑦

Integrando a equação 𝐹⃗ = ∇𝑓 em ambos os lados ao longo de uma curva 𝐶, temos:

∫ 𝐹 ⋅ 𝑑𝑟 = 𝑓(𝐵) − 𝑓(𝐴)
𝐶

Isso mostra que a integral de linha de um campo conservativo em uma curva 𝐶 só


depende dos valores da função potencial nos seus pontos inicial 𝐴 e final 𝐵, isto é,
tanto faz o caminho:

5
Um campo conservativo tem as seguintes propriedades:

𝜕𝐹2 𝜕𝐹1
− =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝐹⃗ = ∇f
∫ 𝐹⃗ ⋅ 𝑑𝑟 = 𝑓(𝐵) − 𝑓(𝐴)
𝐶

∮ 𝐹⃗ ⋅ 𝑑𝑟 = 0
{ 𝜕𝐷

Essa última nos diz que a integral de linha em uma curva fechada é igual a zero, o que
faz muito sentido, já que voltamos ao mesmo ponto do início.

Passo a passo
Campos conservativos – função potencial
1. Ver que não é muito simples resolver a integral de linha pela
𝜕𝐹2 𝜕𝐹1
definição e achar 𝜕𝑥
− 𝜕𝑦
= 0;

2. Como o campo é conservativo, definimos uma função potencial 𝑓


e calculamos as integrais

∫ 𝐹1 𝑑𝑥 = 𝑓 + 𝑃(𝑦)

∫ 𝐹2 𝑑𝑦 = 𝑓 + 𝑄(𝑥)

3. Comparamos os resultados e descobrimos quem são as


constantes de integração 𝑃(𝑦) e 𝑄(𝑥) e a função potencial 𝑓;

4. Descobrimos quem são os pontos inicial e final da curva e


aplicamos ∫ 𝐹⃗ ⋅ 𝑑𝑟 = 𝑓(𝐵) − 𝑓(𝐴).
𝐶

6
Hora do Bizú
Às vezes, vemos que o campo é conservativo, mas não conseguimos
calcular uma função potencial. Nesses casos, podemos lembrar que
a integral de linha independe do caminho e simplesmente
escolhemos uma outra curva mais simples que tenha os mesmos
pontos inicial e final da curva da questão.

Campos conservativos no ℝ𝟑
Vamos definir o rotacional de um campo 𝐹 como:

𝑖 𝑗 𝑘
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝐹3 𝜕𝐹2 𝜕𝐹1 𝜕𝐹3 𝜕𝐹2 𝜕𝐹1
𝑟𝑜𝑡(𝐹⃗ ) = ∇ × 𝐹⃗ = | |=( − , − , − )
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝐹1 𝐹2 𝐹3

Os campos conservativos tem rotacional igual a (0,0,0)!


𝜕𝐹2 𝜕𝐹1
Veja que última componente do rotacional é 𝜕𝑥
− 𝜕𝑦
, por isso, no caso
especial em que 𝐹 só tem componentes 𝑥 e 𝑦 (pertence ao ℝ2 ), só calculamos
esse termo- as outras compomentes do rotacional sempre são zero.

Mas quando a curva não é plana (o campo pertence ao ℝ3 ), calculamos o


rotacional por esse determinante para ver se o campo é conservativo. Caso
seja, podemos calcular a função potencial da mesma forma que já vimos!

Relembrando Parametrização de
Curvas...
Bom, já deu pra perceber que vamos ter que trabalhar com parametrização de curvas
o tempo todo nessa matéria, né? Então é uma boa dar uma revisada nisso.

Primeiro: o que é parametrizar uma curva? É escrever cada uma de suas variáveis
(𝑥, 𝑦, 𝑧) em função de uma variável, ou seja, 𝑥, 𝑦, 𝜃, 𝑡, etc. Uma curva tem infinitas
parametrizações, cabe a nós escolhermos a que torna o problema mais simples.

 Isolar uma variável: é a forma mais básica de parametrizar. você isola uma variável
e escolhe a outra como parâmetro.

Ex: a parábola 𝑦 = 𝑥 2 pode ser parametrizada como 𝛾(𝑥) = (𝑥, 𝑥 2 ).

7
 Circunferências, elipses: a boa, em geral, é usar coordenadas polares.

Ex: a circunferência 𝑥 2 + 𝑦 2 = 4 pode ser parametrizada fazendo 𝑟 = 2 nas


coordenadas polares: 𝛾(𝜃) = (2 cos 𝜃 , 2 sen 𝜃).

𝑥2 𝑦2
Ex: a elipse 9
+ 4
= 1 pode ser parametrizada como 𝛾(𝜃) = (3 cos 𝜃 , 2 sen 𝜃) (os
coeficientes da elipse vão para as coordenadas).

Ex: quando temos uma circunferência deslocada da origem, como (𝑥 − 1)2 +


(𝑦 + 2)2 = 1, as coordenadas do centro são somadas na parametrização: 𝛾(𝜃) =
(cos 𝜃 + 1, sen 𝜃 − 2).

OBS: todas essas “alterações” que fizemos nas coordenadas polares são para
“cancelar” esses coeficientes nas equações das curvas e nos levar à identidade
𝑠𝑒𝑛2 𝜃 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃 = 1 quando fazemos a mudança polar.

 Segmento de reta entre dois pontos:

Digamos que você queira parametrizar o segmento que vai do ponto (2,5) ao (3,8).
Você pode achar a equação da reta que liga esses pontos, parametrizar ela e tal, mas
vamos te dar um truque mais rápido aqui.

É o método “𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 × 𝑡 + 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜”.


1. Ache um vetor paralelo a esse segmento, fazendo 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 =
(3,8) − (2,5) = (1,3);
2. Multiplique esse vetor pelo parâmetro 𝑡 e some um ponto pelo qual o segmento
passe: 𝛾(𝑡) = (1,3)𝑡 + (2,5) = (𝑡 + 2, 3𝑡 + 5);
3. Descubra o intervalo de 𝑡, pode testar os pontos na parametrização. No caso,
temos 0 ≤ 𝑡 ≤ 1. Pronto!

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- RESUMÃO -
INTEGRAIS DE SUPERFÍCIE
(Cálculo)
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Integrais de Superfície – Caso Escalar
Da mesma forma que, nas integrais duplas, nós “somamos” os valores de uma função
𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) em áreas planas 𝑑𝐴 = 𝑑𝑥𝑑𝑦, podemos fazer algo semelhante quando temos
àreas não planas, superfícies no espaço.

A integral de uma função 𝑓 escalar ao longo de uma superfície 𝑆 é calculada pela


seguinte fórmula:

𝜕𝜑 𝜕𝜑
∬ 𝑓𝑑𝑆 = ∬ 𝑓(𝜑(𝑢, 𝑣)) ‖ × ‖ 𝑑𝑢𝑑𝑣
𝑆 𝐷 𝜕𝑢 𝜕𝑣

Onde: 𝜑(𝑢, 𝑣) é a parametrização de 𝑆, 𝐷 é o domínio dos parâmetros 𝑢 e 𝑣, e


𝑓(𝜑(𝑢, 𝑣)) é o campo 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) escrito em função da parametrização de 𝑆.

OBS: Se você não se lembra muito bem de como parametrizar superfícies, dá uma
olhada na revisão que fizemos no final do resumo! =)

Área de uma
Massa de uma superfície
superfície
Sendo 𝛿 a densidade de 𝑆, sua massa é:
A área de uma superfície 𝑆 é:
𝜕𝜑 𝜕𝜑
𝜕𝜑 𝜕𝜑 𝑀 = ∬ 𝛿(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑆 = ∬ 𝛿(𝜑(𝑢, 𝑣)) ‖ × ‖ 𝑑𝑢𝑑𝑣
𝐴(𝑆) = ∬ 𝑑𝑆 = ∬ ‖ × ‖ 𝑑𝑢𝑑𝑣 𝑆 𝐷 𝜕𝑢 𝜕𝑣
𝑆 𝐷 𝜕𝑢 𝜕𝑣

Passo a passo
Integrais de superfície – caso escalar
1. Parametrizar 𝑆 como 𝜑(𝑢, 𝑣), encontrando 𝐷;
𝜕𝜑 𝜕𝜑
2. Calcular as derivadas parciais e ;
𝜕𝑢 𝜕𝑣
⃗ (𝑢, 𝑣) = 𝜕𝜑 × 𝜕𝜑;
3. Calcular a normal à superfície 𝑁 𝜕𝑢 𝜕𝑣
⃗ (𝑢, 𝑣)‖ = ‖𝜕𝜑 × 𝜕𝜑‖;
4. Tirar o módulo desse vetor: ‖𝑁 𝜕𝑢 𝜕𝑣
5. Montar a integral usando a fórmula que demos lá em cima,
trazendo os valores encontrados nos passos anteriores;
6. Integrar!

1
Integrais de Superfície – Caso Vetorial
Para calcular a integral de superfície de um campo vetorial 𝐹 ao longo de uma
superfície 𝑆, usamos a seguinte fórmula:

𝜕𝜑 𝜕𝜑
∬ 𝐹. n
⃗ 𝑑𝑆 = ∬ 𝐹 (𝜑(𝑢, 𝑣)) . ( × ) 𝑑𝑢𝑑𝑣
𝑆 𝐷 𝜕𝑢 𝜕𝑣

Basicamente, a diferença com o que acabamos de ver é que não tiramos o módulo da
normal à superfície.

Por esse motivo, a orientação dada à superfície importa agora. Temos que lembrar que
existem dois campo de vetores normais à 𝑆:

𝜕𝜑 𝜕𝜑 𝜕𝜑 𝜕𝜑
⃗ (𝑢, 𝑣) =
𝑁 × ⃗ (𝑢, 𝑣) =
𝑒 𝑁 ×
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑢

Em geral, o problema vai nos dizer a orientação que devemos tomar.

Fluxo
O fluxo de um campo 𝐹 sobre uma superfície 𝑆 é:

Φ = ∬ 𝐹. n
⃗ 𝑑𝑆
𝑆

Passo a passo
Integrais de superfície – caso vetorial
1. Parametrizar 𝑆 como 𝜑(𝑢, 𝑣), encontrando 𝐷;
𝜕𝜑 𝜕𝜑
2. Calcular as derivadas parciais e ;
𝜕𝑢 𝜕𝑣
⃗ (𝑢, 𝑣) = 𝜕𝜑 × 𝜕𝜑 e verificar
3. Calcular a normal à superfície 𝑁 𝜕𝑢 𝜕𝑣
a orientação pedida pelo problema; caso seja a contrária,
escolher como normal o vetor oposto, trocando o sinal de
⃗ (𝑢, 𝑣);
𝑁
4. Montar a integral usando a fórmula que demos lá em cima,
trazendo os valores encontrados nos passos anteriores;
5. Fazer o produto escalar 𝐹 (𝜑(𝑢, 𝑣)). 𝑁
⃗ (𝑢, 𝑣);
6. Integrar!

2
Teorema de Stokes
O Teorema de Stokes vai nos dar uma relação entre a integral de superfície sobre
uma superfície 𝑆 com a integral de linha sobre a sua fronteira, que é uma curva no
espaço.

Para aplicar Stokes, precisamos de uma curva orientada positivamente. Com base
na orientação de 𝑆, podemos orientar sua fronteira usando a Regra da Mão Direita.
Fica atento a isso porque se você orientar ao errado vai dar treta.

O conceito é o seguinte: quando seu polegar direito apontar no sentido da curva C,


seus outros dedos, que vão “furar” a superfície S devem estar no sentido de n
⃗ . Dessa
forma, a curva estará orientada positivamente. Por exemplo:

Então, sendo 𝑆 uma superfície orientada, se 𝐹 = (𝐹1 , 𝐹2 , 𝐹3 ) é um campo vetorial de


classe 𝐶 1 (sua primeira derivada é contínua) e se a fronteira de 𝑆, 𝜕𝑆 está orientada
positivamente, pelo Teorema de Stokes:

∬ (𝑟𝑜𝑡(𝐹 ). 𝑛⃗)𝑑𝑆 = ∮ 𝐹 . 𝑑𝑟
𝑆 𝜕𝑆

Isso quer dizer que a integral de superfície do rotacional de 𝐹 em 𝑆 é igual à integral


de linha de 𝐹 na sua fronteira.

Onde o rotacional de 𝐹 é dado pelo produto vetorial:

3
𝑖 𝑗 𝑘
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝐹3 𝜕𝐹2 𝜕𝐹1 𝜕𝐹3 𝜕𝐹2 𝜕𝐹1
𝑟𝑜𝑡(𝐹 ) = ∇ × 𝐹 = | |=( − , − , − )
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝐹1 𝐹2 𝐹3

Lendo o teorema da direita para a esquerda: a integral de linha de 𝐹 sobre uma curva
𝜕𝑆 é igual à integral de superfície do rotacional de 𝐹 sobre uma superfície que tenha
𝜕𝑆 como fronteira. Isso quer dizer que podemo escolher 𝑆 dada uma curva! Claro, a
boa é escolher 𝑆 de uma forma que simplifique o problema!

Hora do Bizú
Pensamos em usar Stokes quando:

 A curva da integral de linha é difícil de parametrizar


 O campo 𝐹 tem uma expressão bizarra

Passo a passo
Teorema de Stokes
1. Ver que não conseguimos calcular a integral de linha pela definição
e calcular 𝑟𝑜𝑡(𝐹 ) (rezando para ser uma expressão tranquila);
2. Escolher uma superfície 𝑆 que tenha a curva do problema como
fronteira (o campo 𝐹 deve estar definido ao longo dela);
3. Parametrizar 𝑆 como 𝜑(𝑢, 𝑣), encontrando o domínio dos
parâmetros 𝐷;
⃗ (𝑢, 𝑣) = 𝜕𝜑 × 𝜕𝜑 e usar a Regra da Mão
4. Calcular sua normal 𝑁 𝜕𝑢 𝜕𝑣
Direita para ver se a orientação está de acordo com a da curva; se
não, trocar o sinal de 𝑁
⃗ (𝑢, 𝑣);
5. Montar a integral de superfície pela seguinte forma:
⃗ (𝑢, 𝑣) 𝑑𝑢𝑑𝑣
∬ (𝑟𝑜𝑡(𝐹 ). 𝑛⃗)𝑑𝑠 = ∬ 𝑟𝑜𝑡 (𝐹 (𝜑(𝑢, 𝑣))) . 𝑁
𝑆 𝐷
Trazendo o que encontramos nos passos anteriores e escrevendo
𝑟𝑜𝑡(𝐹 ) em função das variáveis da parametrização;
6. Fazer o produto escalar 𝑟𝑜𝑡 (𝐹 (𝜑(𝑢, 𝑣))) . 𝑁
⃗ (𝑢, 𝑣);
7. Integrar!

4
Teorema de Gauss (Teorema do
Divergente)
O Teorema de Gauss relaciona uma integral tripla sobre um volume 𝑊 com uma
integral de superfície sobre a sua fronteira, que chamamos de 𝜕𝑊.

Novamente, precisamos nos preocupar com a orientação de 𝑆: para uma superfície


que limita um sólido estar orientada positivamente, seu vetor normal deve sempre
apontar para fora do sólido. Por exemplo, temos essa esfera com uma parte oca:

Assim, sendo 𝜕𝑊 uma superfície orientada positivamente, fronteira de uma região


sólida 𝑊, e 𝐹 um campo vetorial que tenha derivadas parciais contínuas em 𝑊:

∬ 𝐹 . 𝑛⃗ 𝑑𝑠 = ∭ 𝑑𝑖𝑣(𝐹 ) 𝑑𝑉
𝜕𝑊 𝑤

Onde o divergente de 𝐹 = (𝐹1 , 𝐹2 , 𝐹3 ) é dado por:

𝜕𝐹1 𝜕𝐹2 𝜕𝐹3


𝑑𝑖𝑣(𝐹 ) = ∇. 𝐹 = + +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

Em outras palavras, trocamos a integral de superfície por uma integral tripla do


divergente do campo no sólido limitado por essa superfície.

Hora do Bizú
Pensamos em usar Gauss quando:

 A superfície da integral é difícil de parametrizar


 O campo tem uma expressão complicada
 𝑆 é formada por várias superfícies

5
Se liga em duas coisas importantes:

E se 𝑺 não for fechada? E se 𝑭 tiver uma singularidade


dentro de 𝑾?
Se você achar que a boa é usar Gauss, feche
a região com uma superfície auxiliar 𝑆2 : Se isso acontecer, precisamos “remover” o ponto
em que 𝐹 não está definido da região, usando, por
∬ 𝐹 . 𝑛⃗ 𝑑𝑠 = ∭ 𝑑𝑖𝑣(𝐹 ) 𝑑𝑉 − ∬ 𝐹 . 𝑛⃗ 𝑑𝑠 exemplo, a esfera menor da imagem que vimos lá
𝑆1 𝑤 𝑆2
em cima. Aí você precisa descontar a integral na
A integral em 𝑆2 você calcula pela definição. superfície nova,como vimos ao lado.

Passo a passo
Teorema de Gauss
1. Ver que não é fácil resolver a integral de superfície pela definição e
calcular 𝑑𝑖𝑣(𝐹 );
2. Fazer um esboço para identificar a região 𝐷 e aplicar Gauss (se 𝑆 não
formar uma região fechada, fechar com uma superfície auxiliar);
3. Escrever matematicamente a região 𝐷 (se for preciso, fazer mudança
para coordenadas cilíndricas ou esféricas) e resolver a integral tripla;
4. Se você tiver usado uma superfície auxiliar, resolver a integral nela
pela definição e encontrar a integral em 𝑆.

Relembrando as Principais Superfícies...


Para resolver questões de integrais de superfícies, é bom a gente saber com que
superfícies estamos trabalhando, até para fazermos esboços. Por isso, fizemos aqui um
resumo das principais que mais aparecem nesse tipo de questão, para você saber
reconhecer quando vir:

 Cones: 𝑧 2 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑦 2 ;
 Cilindros: 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑦1 = 1 (cilindro elíptico); 𝑦 = 𝑎𝑥 2 (cilindro de parábola);
 Paraboloides elípticos: 𝑧 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑦 2 ;
 Hiperboloides de uma folha: 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑦 2 − 𝑐𝑧 2 = 1;

OBS: o eixo de simetria é sempre aquela variável que “falta” na equação ou aquela
com sinal diferente. Aqui, escrevemos essas superfícies com eixo de simetria 𝑧.

6
 Esferas: 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = 𝑟 2 (quando os coeficientes são diferentes de 1, temos
um elipsoide);

OBS: no nosso resumo, as superfícies estão centradas na origem, mas também


podemos encontrar algo do tipo:

(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2 + (𝑧 − 𝑐)2 = 𝑟 2

Isso é uma esfera com centro deslocado para (𝑎, 𝑏, 𝑐). O mesmo raciocínio vale para as
outras superfícies!

 Planos: 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 (todas as variáveis são elevadas a "1").

Relembrando Parametrização de
Superfícies...
Já viu que nessa matéria você vai precisar usar parametrização de superfícies o tempo
todo, né? Fizemos aqui um resumo disso para te ajudar!

Para descrever uma superfície, nós teremos dois parâmetros (pois temos uma “área”).

As superfícies podem ter mais de uma parametrização. Então, cabe a nós escolher a
que for melhor para a questão. Vamos usar essa notação aqui para a superfície
parametrizada:

𝜑(𝑢, 𝑣) = (𝑥(𝑢, 𝑣), 𝑦(𝑢, 𝑣), 𝑧(𝑢, 𝑣))

Dentro de um domínio 𝐷 do plano 𝑢𝑣, utilizamos 𝑢 e 𝑣 como parâmetros, mas você


pode escolher a variável que quiser.

Tá, e na prática? Como parametrizamos? Infelizmente, o segredo para parametrizar é


treinar mesmo, mas vamos listar umas dicas gerais para te dar uma luz nessa missão:

 Isolar uma variável: é a forma mais simples de parametrizar, você escolhe, entre
(𝑥, 𝑦, 𝑧), duas variáveis como parâmetros e a terceira fica em função delas.

Exemplo: queremos parametrizar o paraboloide: 𝑥 2 + 𝑦 2 − 2𝑧 = 0

𝑥 2 +𝑦 2
Podemos fazer o seguinte: 𝑥 = 𝑥; 𝑦 = 𝑦; 𝑧 = 2

𝑥2 + 𝑦2
𝜑(𝑥, 𝑦) = (𝑥, 𝑦, )
2

Os intervalos de 𝑥 e 𝑦 vão depender dos dados da questão.

7
 Esferas, elipsoides: pode ser uma boa parametrizar com coordenadas esféricas.

Ex: para a esfera 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = 1, fazendo 𝜌 = 1 nas coordenadas esféricas, temos a


parametrização:

𝜎(𝜃, 𝜑) = (cos 𝜃 𝑠𝑒𝑛𝜑, 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜑, cos 𝜑)

 Cones, paraboloides, cilindros: tente as coordenadas cilíndricas.

Ex: usando coordenadas cilíndricas no cone 𝑧 2 = 𝑥 2 + 𝑦 2

Temos: 𝑧 2 = (𝑟 cos 𝜃)2 + (𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃)2 = 𝑟 2 e podemos, então, parametrizá-lo como:

𝜑(𝑟, 𝜃) = (𝑟 cos 𝜃 , 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃, 𝑟)

 Quando uma superfície é cortada por outra: importante, isso gera muitas dúvidas!

Ex: parametrizar a superfície 𝑆 formada pela parte do plano 𝑧 = 2𝑥 contida dentro do


paraboloide 𝑧 = 𝑥 2 + 𝑦 2 .

Nesses casos, você faz o seguinte:


1. já que 𝑆 pertence ao plano, parametrize o plano. Temos 𝑥 = 𝑥 e 𝑧 = 2𝑥 (como
a equação do plano não tem 𝑦, independe dele e escrevemos 𝑦 = 𝑦). Ou seja,
𝜑(𝑥, 𝑦) = (𝑥, 𝑦, 2𝑥).
2. Beleza. Agora, vamos limitar essa superfície nos parâmetros 𝑥 e 𝑦, para termos
𝑆. Vamos fazer a interseção entre as duas superfícies:
𝑧 = 2𝑥 = 𝑥 2 + 𝑦 2
(𝑥 − 1)2 + 𝑦 2 = 1
E encontrar a projeção de 𝑆 no plano 𝑥𝑦: no caso, uma circunferência. O seu
interior é o domínio 𝐷 da parametrização.
3. A parametrização que queremos é: 𝜑(𝑥, 𝑦) = (𝑥, 𝑦, 2𝑥), onde
𝐷 = (𝑥 − 1)2 + 𝑦 2 ≤ 1.

Depois, é claro, iríamos usar coordenadas polares para resolver a integral em 𝐷. Você
poderia ter parametrizado 𝑆 direto em coordenadas polares, mas achamos que desse
jeito aqui fica menos confuso! Você quem sabe! : )

 Superfícies de revolução: esse é um caso que tem uma parametrização especial.

Superfícies de revolução são aquelas geradas quando giramos uma curva em relação a
um eixo.

8
Sendo 𝛾 uma curva do plano 𝑥𝑦 parametrizada por 𝛾(𝑡) = (𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡)), 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏, a
parametrização da superfície gerada quando rotacionamos 𝛾 em torno do eixo 𝑦 é:

𝜑(𝜃, 𝑡) = (𝑥(𝑡) cos 𝜃 , 𝑦(𝑡), 𝑥(𝑡) sen 𝜃)

𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏; 0 ≤ 𝜃 ≤ 2𝜋

Em resumo: a variável 𝑦, paralela ao eixo de rotação não se altera: 𝑦 = 𝑦(𝑡).

As outras duas variáveis serão escritas em função de 𝑥(𝑡), a coordenada da


parametrização da curva que nos restou. Como 𝑥 é pertencente ao plano da curva,
apresentará cos 𝜃 ; e 𝑧, não pertencente, apresentará sen 𝜃.

Esse raciocínio pode ser seguido para rotação em torno dos eixos 𝑥 e 𝑧 também.

Muita coisa para estudar em pouco tempo?

No Responde Aí, você pode se aprofundar na matéria com explicações


simples e muito didáticas. Além disso, contamos com milhares de exercícios
resolvidos passo a passo para você praticar bastante e tirar todas as suas
dúvidas.

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Excelentes notas nas provas, galera :)

9
- RESUMÃO -
INTEGRAIS
(Cálculo)
Formulário, Dicas e Macetes para a Prova

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Você me pergunta o que é integral. Eu te respondo: é uma área! =)

Propriedades das Integrais


Estas são coisas que nunca esquecemos: o dia do nosso aniversário, nosso filme
favorito e as propriedades das integrais!

Integral Definida e Indefinida

Hora do Bizu:
A Integral DEFINIDA dá um valor como resultado;
a Integral INDEFINIDA dá uma função.

NÃÃÃÃÃÃÃÃO esquece da constante de integração na INDEFINIDA, hein!!

1
Principais Primitivas
Que bom que alguém resolveu montar essa tabelinha de primitivas pra você, né?
Afinal, elas sempre aparecem!

Teorema Fundamental do Cálculo


O T.F.C. é meio assim...
A parte 1 diz que a derivada da integral da função recupera a própria função.
A parte 2 diz que integral da derivada da função recupera a função também.
Mas cadê os detalhes, então?

2
Integral por Substituição
 Simplifica a visualização: chegamos a uma integral conhecida.
 Use quando você conseguir dividir o que está sendo integrado em duas partes:
uma função (𝑢) vezes a derivada dessa função (𝑑𝑢).
 Mudança de variáveis (para integrais definidas, muda-se os limites de
integração).

A forma como resolver está abaixo. Parece até um poema romântico, não?

∫ 6𝑥 2 √𝑥 3 + 1 𝑑𝑥

Fazemos ∫ 2. √𝑥 3 + 1. 3𝑥 2 𝑑𝑥 e definimos 𝑢 = 𝑥 3 + 1, de modo que 𝑑𝑢 = 3𝑥 2 𝑑𝑢.


3
1
𝑢2 4
Substituindo: ∫ 2. √𝑥 3 2
+ 1. 3𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 2. 𝑢 𝑑𝑢 = 2.
2
3 + 𝐶 = 3 √𝑢3 + 𝐶
2
4 4
Voltando DE 𝑢 para 𝑥: 3 √𝑢3 + 𝐶 = 3 √(𝑥 3 + 1)3 + 𝐶.
1
Ok, e se fosse ∫0 6𝑥 2 √𝑥 3 + 1 𝑑𝑥 ?

Resolve tudo e substitui os limites Resolve em função de 𝑢 e muda


no final: os limites:
𝑥=0→𝑢=1
𝑢 = 𝑥 3 + 1: {
1 𝑥=1→𝑢=2
∫0 6𝑥 2 √𝑥 3 + 1 𝑑𝑥 OU 1 1 1
4 ∫0 6𝑥 2 √𝑥 3 + 1 𝑑𝑥 = ∫0 2𝑢2 𝑑𝑥
= √(𝑥 3 + 1)3 | 10 4
3
4 4 4 = 3 √𝑢3 | 21
= 3
√8 − 3 = 3 (2√2 − 1) 4 4 4
= 3 √8 − 3 = 3 (2√2 − 1)

3
Integral por Partes
∫ 𝑢(𝑥)𝑣′(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑢(𝑥)𝑣(𝑥) − ∫ 𝑣(𝑥)𝑢′(𝑥) 𝑑𝑥

Como escolher o 𝑢(𝑥)? → Seguir a ordem das letras na palavra LIATE.

L→ Logarítmica (ln 𝑥)
I→ Inversa trigonométrica (arcsen 𝑥 , arctg 𝑥 , …)
A→ Algébrica (ou polinomial) (𝑥 𝑛 )
T→ Trigonométrica (sen 𝑥, cos 𝑥, sec 𝑥, ...)
E→ Exponencial (𝑒 𝑥 )

Ou seja, apareceu multiplicação entre uma função logarítmica e uma exponencial,


tente primeiro fazer a logarítmica = 𝑢(𝑥). O termo do 𝑣′(𝑥) é o que sobra.

Ex: ∫ 𝑥. sen(𝑥) 𝑑𝑥

Opa, pintou uma função polinomial (algébrica) e uma trigonométrica! Então


escolhemos a polinomial primeiro: 𝑢(𝑥) = 𝑥. E sobrou o quê? 𝑣 ′ (𝑥) = sen(𝑥), viu?

Lembre-se que 𝑢(𝑥) = 𝑥 → 𝑢′(𝑥) = 1 e 𝑣′(𝑥) = sen(𝑥) → 𝑣(𝑥) = −cos(𝑥).


Então fica: ∫ 𝑥. sen(𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑢(𝑥)𝑣′(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑢(𝑥)𝑣(𝑥) − ∫ 𝑣(𝑥)𝑢′(𝑥) 𝑑𝑥.

Substituindo: ∫ 𝑥. sen(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑥. (− cos(𝑥)) − ∫ (− cos(𝑥)). (1)𝑑𝑥


= −𝑥. cos(𝑥) + ∫ cos(x)𝑑𝑥
= −𝑥. cos(𝑥) + sen(𝑥) + 𝐶

Paaaaaaara tudo! E se fosse Integral Definida? Bom, era só carregar os limites de


integração...

𝜋
Ex: ∫0 𝑥 . sen(𝑥) 𝑑𝑥 = −𝑥. cos(𝑥) + sen(𝑥)|𝜋0
= [−𝜋. cos(𝜋) + sen(𝜋)]— [0. cos(0) + sen(0)]
=𝜋

4
Integrais Trigonométricas
A dica é usar as relações trigonométricas listadas aqui para chegar a uma integral que
a gente consiga executar:

Tipo assim... o cara pediu a integral do sen2 (𝑥). Não sabemos isso, mas sabemos que
cos(2𝑥) = 1 − 2sen2 (𝑥). Viu, ali na tabela?

1−cos(2𝑥)
Então fica fácil: sen2 (𝑥) = . Logo:
2

1−cos(2𝑥) 1 1 𝑥 sen(2𝑥)
∫ sen2 (𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 − ∫ cos(2𝑥)𝑑𝑥 = − + 𝐶.
2 2 2 2 4

Integral por Substituição Trigonométrica


Esse método é ótimo para resolver as integrais com quocientes de polinômios em que
algum termo seja similar a (𝑥 2 ± 𝑎2 ) ou (𝑎2 − 𝑥 2 ) elevado a algum expoente.

Também vale se o termo estiver dentro da raiz (como é em 90% dos casos).

5
Esse método é complicadinho, mas tem um passo a passo. Se liga no passo a passo
com o exemplo:
√4 − 𝑥 2
∫ 𝑑𝑥
𝑥2

1. Identificar o caso da substituição trigonométrica de acordo com o


quadro abaixo e quem é o 𝒂.

Bem, como temos √4 − 𝑥 2 → 𝑎 = 2 e temos que olhar para o 1º caso na tabela.

2. Aplicar a substituição recomendada e calcular 𝒅𝒙


𝜋 𝜋
𝑥 = 2. 𝑠𝑒𝑛𝜃, − ≤ 𝜃 ≤
2 2
𝑑𝑥 = 2 cos 𝜃 𝑑𝜃

3. Substituir na integral dada


√4 − 𝑥 2 𝑑𝑥 √4 − 4𝑠𝑒𝑛2 𝜃. 2 cos 𝜃 𝑑𝜃 √4(1 − 𝑠𝑒𝑛2 𝜃). 2 cos 𝜃 𝑑𝜃
= = =
𝑥2 4𝑠𝑒𝑛2 𝜃 4𝑠𝑒𝑛2 𝜃
√4 cos 2 𝜃 . 2 cos 𝜃 𝑑𝜃 2|cos 𝜃|. 2 cos 𝜃 𝑑𝜃
= =
4𝑠𝑒𝑛2 𝜃 4𝑠𝑒𝑛2 𝜃
𝜋 𝜋
Mas no intervalo [− 2 , 2 ], o cosseno é sempre positivo. Por isso, |cos(𝜃)| = cos(𝜃).
4 cos2 𝜃
𝑑𝜃 = 𝑐𝑜𝑡𝑔2 𝜃𝑑𝜃
4𝑠𝑒𝑛2 𝜃

4. Resolver a integral na variável 𝜽


∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔2 𝜃𝑑𝜃 = ∫(𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 2 𝜃 − 1)𝑑𝜃 = −𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃 − 𝜃 + 𝐶
(Usamos a identidade trigonométrica 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 2 𝜃 = 1 + 𝑐𝑜𝑡𝑔2 𝜃)

6
5. Usar o triângulo retângulo para converter o 𝜽 na variável inicial

Vamos imaginar um pouco agora... se 𝑥 = 2sen(𝜃),


vamos desenhar um triângulo que tem um ângulo 𝜃
cujo seno valha 𝑥/2, conforme a equação.
Percebeu? O outro cateto dá para achar usando
Teorema de Pitágoras: √4 − 𝑥 2 .

Agora, pela figura, cadê a cotg(𝜃)?


1 √4 − 𝑥 2
cotg(𝜃) = =
𝑡𝑔(𝜃) 𝑥
𝑥
E, naturalmente, se 𝑥 = 2sen(𝜃), o que se há de dizer sobre 𝜃? Bem, 𝜃 = arcsen ( ).
2
√4−𝑥 2 𝑥
Substituindo finalmente os valores: −cotg(𝜃) − 𝜃 + 𝐶 = − 𝑥
− arcsen (2) + 𝐶.

Deu trabalho, eu sei. Mas tudo que você precisa está aqui nesse resumão! =)

Frações Parciais
Hora da “mágica”: transformar uma fração de polinômios em duas ou mais frações.

Por quê? Porque não dá ou é difícil de integrar a fração original.


Como? Usando um método de abertura dos termos.
E o que eu preciso? Que o grau do numerador seja menor que o do denominador.

Algum conhecimento prévio? Bem, vale lembrar alguns métodos de divisão


polinomial:

Caso 1: denominador é produto de termos de grau 1 distintos


3𝑥 𝐴 𝐵
= +
(𝑥 + 1)(𝑥 − 1) 𝑥 + 1 𝑥 − 1
5𝑥 5𝑥 𝐴 𝐵
2
= = +
𝑥 + 4𝑥 + 3 (𝑥 + 1)(𝑥 + 3) 𝑥 + 1 𝑥 + 3

Caso 2: denominador é produto de alguns termos de grau 1 repetidos


𝑥2 𝐴 𝐵 𝐶
3
= + 2
+
(𝑥 + 1) (𝑥 + 1) (𝑥 + 1) (𝑥 + 1)3
3𝑥 − 7 𝐴 𝐵 𝐶 𝐷 𝐸 𝐹
= + + + + +
𝑥 3 (𝑥 − 5)2 (𝑥 + 1) 𝑥 𝑥 2 𝑥 3 (𝑥 − 5) (𝑥 − 5)2 (𝑥 + 1)

7
Caso 3: denominador possui termos de grau 2 irredutíveis
4𝑥 + 13 𝐴𝑥 + 𝐵 𝐶𝑥 + 𝐷
2 2
= 2 + 2
(𝑥 + 𝑥 + 1)(𝑥 + 1) (𝑥 + 𝑥 + 1) (𝑥 + 1)
2
121𝑥 − 7𝑥 + 3 𝐴 𝐵 𝐶𝑥 + 𝐷 𝐸𝑥 + 𝐹 𝐺𝑥 + 𝐻 𝐼
2 2 3
= + 2+ 2 + 2 2
+ 2 3
+
𝑥 (𝑥 + 13) (7 − 𝑥) 𝑥 𝑥 (𝑥 + 13) (𝑥 + 13) (𝑥 + 13) 7−𝑥

Agora, amigo, é só juntar todos os termos do lado direito e resolver o sistema pelas
igualdades geradas.
Daí, você achará as variáveis (𝐴, 𝐵, etc). Depois, é só integrar as frações
individualmente! ;)

Integral Imprópria
É hora de pensar no infinito...
E isso pode surgir de duas formas:

8
Teorema de Comparação
Em alguns casos, teremos que analisar a convergência de uma integral. Para isso,
basta usar o Teorema de Comparação:

Se 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥) no intervalo analisado, então:


∞ ∞
 se ∫𝑎 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 é convergente, então ∫𝑎 𝑔(𝑥) 𝑑𝑥 será convergente também;
∞ ∞
 se ∫𝑎 𝑔(𝑥) 𝑑𝑥 é divergente, então ∫𝑎 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 será divergente também.

Área entre Curvas


Áreas: todo o propósito da integral.

Imaginando um intervalo [𝑎, 𝑏] para o qual 𝑓(𝑥) seja maior que 𝑔(𝑥) em todo
intervalo, teríamos a área dessa forma:
𝑏

𝐴 = ∫[𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)] 𝑑𝑥
𝑎

Fique atento: se aparecer algo do tipo 𝐴 = ∫ 𝑓(𝑦)𝑑𝑦, a função é do tipo 𝑥 = 𝑓(𝑦) e a


área calculada é entre a curva e o eixo 𝑦!!!

9
Volumes com Integrais
Calculamos o volume por dois métodos:
Suas fórmulas seriam, pensando que giram em torno ou de um 𝑦 = 𝐿 paralelo a 𝑥 ou
de um eixo 𝑥 = 𝐿 paralelo ao 𝑦.
1. seções transversais: usado quando giramos a 𝑓(𝑥) em torno de 𝒙
𝑏
𝑉 = ∫ 𝜋[𝑓(𝑥) − 𝐿]2 𝑑𝑥
𝑎
2. cascas cilíndricas: quando 𝑓(𝑥) é girada em torno do eixo 𝒚
𝑏
𝑉 = ∫ 2𝜋(𝑥 − 𝐿) 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥
𝑎

Comprimento de Arco
Só fazer a fórmula e correr para o abraço:
𝑏
𝐿 = ∫ √1 + [𝑓 ′ (𝑥)]2 𝑑𝑥
𝑎
A função inversa também pode aparecer né, algo do tipo 𝑥 = 𝑔(𝑦), aí a fórmula fica
assim:
𝑑
𝐿 = ∫ √1 + [𝑔′ (𝑦)]2 𝑑𝑦
𝑐

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10

- RESUMÃO -
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
(Cálculo)
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Integrais Duplas
Da mesma forma que, nas integrais simples, “somamos” os valores de uma função
𝑓(𝑥) em comprimentos 𝑑𝑥, nas integrais duplas, fazemos o mesmo para funções
𝑓(𝑥, 𝑦) em uma área: 𝑑𝐴 = 𝑑𝑥𝑑𝑦.

O intervalo de integração passa a ser uma região (área) de integração. Aqui, usamos o
Teorema de Fubini. Sendo a região de integração um retângulo 𝑅 = [𝑎, 𝑏] × [𝑐, 𝑑]:
𝑏 𝑑 𝑑 𝑏
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥] 𝑑𝑦
𝑅 𝑎 𝑐 𝑐 𝑎

Assim, calculamos separadamente as integrais em 𝑥 e 𝑦. Se liga!! Começamos sempre


resolvendo a integral de dentro!

O teorema não serve só para regiões retangulares, podemos usá-lo para uma região 𝐷
qualquer. Aí os limites de integração de dentro vão ser funções e os de fora, números.

Para facilitar, separamos as regiões em dois tipos: I ou II, vamos ver como elas são.

Regiões do Tipo I Regiões do Tipo II

 Limitadas em 𝑦 por funções (em cima e  Limitadas em 𝑥 por funções (na esquerda e
embaixo temos curvas) na direita temos curvas)
 Limitades em 𝑥 por por números (na  Limitades em 𝑦 por por números (em cima e
esquerda e na direita temos retas verticais) embaixo temos retas horizontais)

Temos 𝑔1 (𝑥) ≤ 𝑦 ≤ 𝑔2 (𝑥) e 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, na integral: Temos ℎ1 (𝑦) ≤ 𝑥 ≤ ℎ2 (𝑦) e ≤ 𝑦 ≤ 𝑑, na integral:


𝑏 𝑔2 (𝑥) 𝑑 ℎ(𝑦)
∫ ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 ∫ ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 𝑑𝑦
𝑎 𝑔1 (𝑥) 𝑐 ℎ1 (𝑦)

1
Percebeu que a primeira tinha 𝑑𝑦𝑑𝑥 e a segunda 𝑑𝑥𝑑𝑦, né? Aqui vai o bizu...

Hora do Bizu
O intervalo que é função sempre fica dentro e os
diferenciais devem estar na ordem dos intervalos!

Ok, mas e se a região não se encaixa em nenhum desses dois tipos? Aí você chora.

Mentira! Nesse caso, você provavelmente vai ter que dividir sua região em duas
partes! Como assim? Dá uma olhada na região abaixo:

Não dá para escrever como tipo I nem II, né? Mas se a gente dividir a região em duas
(em 𝑥 = 𝑎), podemos escrever cada uma das partes como tipo I: para 𝐷1 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 e
0 ≤ 𝑦 ≤ 𝑓1 (𝑥) e para 𝐷2 𝑎 < 𝑥 ≤ 𝑏 e 0 ≤ 𝑦 ≤ 𝑓2 (𝑥). Beleza?

Passo a passo
Mudança na ordem de integração
1. Ver que não dá para integrar em 𝑦, mas em 𝑥 fica mais fácil
(ou vice-versa);
2. Fazer um esboço da região de integração;
3. Trocar o jeito de escrever a região (tipo I vira II e vice-versa);
4. Reescrever a integral com os diferenciais invertidos e com os
novos intervalos;
5. Integrar!

2
Área
Calculamos a área de uma região 𝐷 assim:

𝐴 = ∬ 𝑑𝑥𝑑𝑦
𝐷

Mudança de Variáveis
Muitas vezes, a saída de uma questão de integral dupla é mudar as variáveis das
integrais, procurando deixá-las mais fáceis de calcular.

Hora do Bizú
Fazemos mudança de variáveis quando encontramos:

 Termos repetidos na função a ser integrada


 Termos repetidos nas funções que limitam a região de integração
 Termos complicados dentro de senos, cossenos, raízes, etc.

Para fazer uma mudança de variáveis em integrais duplas, usamos essa fórmula aqui:

∬ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∬ 𝑓(𝑢, 𝑣)| 𝐽|𝑑𝑢𝑑𝑣


𝐷 𝑄

Para isso, temos que calcular o Jacobiano da mudança, que vai ser

𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑣 | = 𝜕𝑥 × 𝜕𝑦 − 𝜕𝑥 × 𝜕𝑦
𝐽= = |𝜕𝑢
𝜕(𝑢, 𝑣) 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑢
𝜕𝑢 𝜕𝑣

Repare que o termo que acrescentamos à integral é o módulo do Jacobiano,


portanto, |𝐽|. Perceba também que, além de reescrevermos a função a ser integrada
nas novas variáveis, também temos que achar a nova região de integração.

3
Passo a passo
Mudança de variáveis
1. Chamar os termos complicados e/ou que se repetem de 𝑢 e 𝑣;
2. Calcular o Jabobiano da mudança;
3. Encontrar a nova região de integração no plano 𝑢𝑣, fazendo a
mudança nas funções do plano 𝑥𝑦;
4. Reescrever a integral com os intervalos da nova região – não
esquecer o Jacobiano;
5. Integrar!

Coordenadas Polares
Para escrever um ponto em coordenadas polares precisamos de duas informações: sua
distância até a origem, que chamamos de 𝑟, e o ângulo 𝜃 que o segmento 𝑟 faz com o
eixo 𝑥. No desenho fica mais fácil entender:

A mudança que fazemos e o seu respectivo Jacobiano são:

𝑥 = 𝑟 𝑐𝑜𝑠 𝜃

𝑦 = 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃

|𝐽| = 𝑟

4
Hora do Bizú
Pense em coordenadas polares quandoa região de
integração tiver circunferências/elipses e quando a
função a ser integrada tiver termos 𝑥 2 e 𝑦 2 .

Passo a passo
Coordenadas polares
1. Ver que a boa é fazer a mudança polar;
2. Fazer um esboço da região e encontrar os intervalos de 𝑟 e 𝜃 (se
preciso, substituir a mudança polar nas equações que limitam a região);
3. Reescrever a integral, fazendo a mudança polar na função a ser
integrada, trazendo os intervalos de 𝑟 e 𝜃 e trocando 𝑑𝑥𝑑𝑦 por 𝑟 𝑑𝑟𝑑𝜃;
4. Integrar!

Temos duas formas especiais de coordenadas polares que usamos de vez em quando:

Coordenadas elípticas Coordenadas polares deslocadas


Usamos quando: Usamos quando:

 A região tem uma elipse do tipo  A região tem uma circunferência com
𝑥2 𝑦2 centro (𝑐, 𝑑) do tipo
+ =1
𝑎2 𝑏 2 (𝑥 − 𝑐)2 + (𝑦 − 𝑑)2 = 𝑟𝑎𝑖𝑜 2
 A função integrada tem um termo
A mudança é a seguinte:
𝑥2 𝑦2
+ 𝑥 = 𝑟 cos 𝜃 + 𝑐
𝑎2 𝑏 2

A mudança é a seguinte: 𝑦 = 𝑏 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑑

𝑥 = 𝑎 𝑟 cos 𝜃 |𝐽| = 𝑟

𝑦 = 𝑏 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃 Cuidado que isso nem sempre facilita a questão,


faz com calma e qualquer coisa usa a coordenada
|𝐽| = 𝑎 𝑏 𝑟
polar normal mesmo!

5
Integrais Triplas
Da mesma forma que temos integrais simples (para funções do tipo 𝑓(𝑥)) e integrais
duplas (para funções 𝑓(𝑥, 𝑦)), temos as integrais triplas, para funções 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧).

Aqui, não temos mais um intervalo de integração ou uma região plana, como vimos
nas integrais simples e duplas, mas sim um volume. Ou seja, integramos a função em
um volumes 𝑑𝑉 = 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧.

O Teorema de Fubini continua valendo! Sendo 𝑃 um paralelepípedo [𝑎, 𝑏] × [𝑐, 𝑑] ×


[𝑒, 𝑓]:
𝑓 𝑑 𝑏
∭ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑉 = ∫ ∫ ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
𝑃 𝑒 𝑐 𝑎

Da mesma forma que fizemos nas integrais duplas, sempre resolvemos as triplas
começando pelas integrais de dentro!

E, novamente, esse teorema vale para regiões quaisquer, em que os intervalos das
integrais de dentro são funções em vez de números.

Podemos dividir as regiões de integração em três tipos.

Regiões do Tipo I Regiões do Tipo II Regiões do Tipo III

Limitadas em 𝑧 por superfícies e Limitadas em 𝑦 por superfícies e Limitadas em 𝑥 por superfícies


no plano 𝑥𝑦 por uma área 𝐷. no plano 𝑥𝑧 por uma área 𝐷. e no plano 𝑦𝑧 por uma área 𝐷.

Temos 𝑓1 (𝑥, 𝑦) ≤ 𝑧 ≤ 𝑓2 (𝑥, 𝑦) e Temos 𝑔1 (𝑥, 𝑧) ≤ 𝑦 ≤ 𝑔2 (𝑥, 𝑧) e Temos ℎ1 (𝑦, 𝑧) ≤ 𝑥 ≤ ℎ2 (𝑦, 𝑧) e


(𝑥, 𝑦) ∈ 𝐷, a integral fica: (𝑥, 𝑧) ∈ 𝐷, a integral fica: (𝑦, 𝑧) ∈ 𝐷, a integral fica:
𝑓2 (𝑥,𝑦) 𝑔2 (𝑥,𝑧)) ℎ2 (𝑦,𝑧)
∬ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑧] 𝑑𝐴 ∬ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑦] 𝑑𝐴 ∬ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑥] 𝑑𝐴
𝐷 𝑓1 (𝑥,𝑦) 𝐷 𝑔1 (𝑥,𝑧) 𝐷 ℎ1 (𝑦,𝑧)

6
Para resolver essas integrais, escrevemos uma integral simples em uma variável e uma
integral dupla no plano das variáveis que sobrarem. Aí, resolvemos essa integral dupla
da forma que já sabemos!

Passo a passo
Integrais triplas
1. Fazer um esboço da região;
2. Ver se a boa é escrever como tipo I, II, ou III e escrever uma das variáveis
entre duas superfícies, chamando a projeção no plano “tal” de 𝐷;
3. Montar a integral tripla como uma dupla em 𝐷, mais uma simples na variável
que sobrou;
4. Resolver a integral simples;
5. Descobrir quem é 𝐷 e achar os intervalos da integral dupla;
6. Resolver a integral dupla.

Nas questões de integrais triplas, você pode precisar usar isso aqui:

Volume
O volume de uma região W é dado por:

V = ∭ dxdydz
W

Massa
Sendo δ sua densidade, a massa de W é dada por:

M = ∭ δ(x, y, z)dxdydz
W

7
Coordenadas Cilíndricas
Para escrever um ponto em coordenadas cilíndricas, escrevemos sua projeção no plano
𝑥𝑦 em coordenadas polares (𝑟 e 𝜃 são os mesmos que você já conhece) e sua
coordenada 𝑧 continua a mesma:

Em resumo, é isso aqui:

𝑥 = 𝑟 cos 𝜃

𝑦 = 𝑟 sen 𝜃

𝑧=𝑧

|𝐽| = 𝑟

Importante: se 𝑧 for uma função de 𝑥 e 𝑦 (por exemplo, 𝑧 = 𝑥 + 𝑦) fazendo a


mudança cilíndrica, temos 𝑧 = 𝑟(cos 𝜃 + 𝑠𝑒𝑛 𝜃).

Hora do Bizu
Usamos essa mudança de variáveis quando a região envolve
cilindros, cones, paraboloides. Em geral, quando temos
simetria em relação ao eixo 𝑧 e a projeção fica bem escrita em
coordenadas polares.

8
Coordenadas Esféricas
Para escrever um ponto em coordenadas esféricas, precisamos de três informações:
sua distância até a origem 𝜌, o ângulo 𝜃 que a projeção de 𝜌 no plano 𝑥𝑦 faz com o
eixo 𝑥 e o ângulo 𝜑 que 𝜌 faz com a parte positiva do eixo 𝑧.

Na figura fica mais fácil de entender:

Para fazer a mudança para coordenadas esféricas, usamos as seguintes equações:

𝑥 = 𝜌 𝑠𝑒𝑛 𝜑 𝑐𝑜𝑠 𝜃

𝑦 = 𝜌 𝑠𝑒𝑛 𝜑 𝑠𝑒𝑛 𝜃

𝑧 = 𝜌 cos 𝜑

|𝐽| = 𝜌2 𝑠𝑒𝑛𝜑

Hora do Bizu
Fazemos essa mudança de variáveis quando a região de
integração envolve esferas, cones, elipsoides. Em geral,
quando temos simetria em relação à origem.

Se você estiver na dúvida entre mudança polar ou cilíndrica, tenta a cilíndrica primeiro!

9
Vamos ver agora um caso especial de coordenadas esféricas:

Coordenadas “elipsóidicas”
Usamos quando

 A região é limitada por um elipsoide do tipo

𝑥2 𝑦2 𝑧2
+ + =1
𝑎2 𝑏 2 𝑐 2

 A função integrada tem um termo do tipo

𝑥2 𝑦2 𝑧2
+ +
𝑎2 𝑏 2 𝑐 2

A mudança é a seguinte:

𝑥 = 𝑎 𝜌 𝑠𝑒𝑛 𝜑 𝑐𝑜𝑠 𝜃

𝑦 = 𝑏 𝜌 𝑠𝑒𝑛 𝜑 𝑠𝑒𝑛 𝜃

𝑧 = 𝑐 𝜌 cos 𝜑

|𝐽| = 𝑎𝑏𝑐 𝜌2 𝑠𝑒𝑛𝜑

Passo a passo
Mudança cilíndrica/esférica
1. Fazer um esboço da região;
2. Ver qual mudança é melhor e achar os intervalos de 𝜌, 𝜃 e 𝜑
ou 𝑟, 𝜃 e 𝑧. Para isso, faça a mudança de variáveis nas
equações das superfícies que limitam a região;
3. Reescrever a integral com os novos intervalos (do passo
anterior), fazendo a mudança na função a ser integrada e
trocando 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 por 𝜌2 𝑠𝑒𝑛𝜑 𝑑𝜌𝑑𝜃𝑑𝜑 ou 𝑟 𝑑𝑟𝑑𝜃𝑑𝑧
(dependendo da mudança);
4. Resolver as três integrais, começando pela de dentro!

10
Relembrando as Principais Superfícies...
Bom, já deu pra perceber que temos que trabalhar com superfícies o tempo todo
resolvendo questões de integrais triplas. Por isso, fizemos aqui um resumo das
principais superfícies que aparecem nesse tipo de questão, para você saber reconhecer
quando vir:

 Cones: 𝑧 2 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑦 2 ;
 Cilindros: 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑦 2 = 1 (cilindro elíptico); 𝑦 = 𝑎𝑥 2 (cilindro de parábola);
 Paraboloides elípticos: 𝑧 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑦 2 ;
 Hiperboloides de uma folha: 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑦 2 − 𝑐𝑧 2 = 1;

OBS: o eixo de simetria é sempre aquela variável que “falta” na equação ou aquela
com sinal diferente. Aqui, escrevemos essas superfícies com eixo de simetria 𝑧.

 Esferas: 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = 𝑟 2 (quando os coeficientes são diferentes de 1, temos


um elipsoide);

OBS: no nosso resumo, as superfícies estão centradas na origem, mas também


podemos encontrar algo do tipo:

(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2 + (𝑧 − 𝑐)2 = 𝑟 2

Isso é uma esfera com centro deslocado (𝑎, 𝑏, 𝑐). O mesmo raciocínio vale para as
outras superfícies!

 Planos: 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 (todas as variáveis são elevadas a "1").

Muita coisa para estudar em pouco tempo?

No Responde Aí, você pode se aprofundar na matéria com explicações


simples e muito didáticas. Além disso, contamos com milhares de exercícios
resolvidos passo a passo para você praticar bastante e tirar todas as suas
dúvidas.

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Excelentes notas nas provas, galera :)

11
ff

- RESUMÃO -
LIMITES
(Cálculo)
Formulário, Dicas e Macetes para a Prova

0
www.respondeai.com.br
PRIMEIRA COISA: Substituir o valor do limite e ver se cai em algum valor. Se sim,
perfeito, é essa a resposta; se não, é uma indeterminação.

Propriedades
Para casos sem indeterminações:

Indeterminações e Dicas de Resolução


Problema: se você chegar em qualquer um desses valores ao substituir o seu
limite.
0 ±∞
( ); ( ) ; (0). (±∞); (∞ − ∞); (00 ); (∞0 ); (1∞ )
0 ±∞
Solução: mexer na função do limite para achar algum tipo de solução algébrica. Para
isso, use nossas dicas de resolução =D

Indeterminação de uma divisão com uma soma ou  Ex: lim


𝑥−2
𝑥→2 √𝑥 2 −1−√2𝑥−1
subtração de raízes quadradas ou cúbicas
 Indeterminação:
 Racionalizar usando 𝑥−2 0 0
lim 2 = =
𝑥→2 √𝑥 −1−√2𝑥−1 √3−√3 0
Temos isso √𝑎(𝑥) ± √𝑏(𝑥)
𝑥−2
Multiplicamos em cima e  Solução: lim
√𝑎(𝑥) ∓ √𝑏(𝑥) 𝑥→2 √𝑥 2 −1−√2𝑥−1
embaixo por
𝑥−2 √𝑥 2 −1 + √2𝑥−1
= lim
Temos isso 3 3
√𝑎(𝑥) ± √𝑏(𝑥) 𝑥→2 √𝑥 2 −1−√2𝑥−1 √𝑥 2 −1 + √2𝑥−1

Multiplicamos em cima e 3
2 3 3
2
(𝑥−2)(√𝑥 2 −1+√2𝑥−1)
(√𝑎(𝑥)) ∓ √𝑎(𝑥)𝑏(𝑥) + (√𝑏(𝑥))
embaixo por = lim
𝑥→2 (𝑥 2 −1)−(2𝑥−1)

Aqui multiplicamos em cima e embaixo pelo termo que usamos na (𝑥−2)(√𝑥 2 −1+√2𝑥−1)
regra. = lim 𝑥(𝑥−2)
𝑥→2

√𝑥 2 −1+√2𝑥−1 √3+√3
= lim 𝑥
= 2
= √3
𝑥→2

1
Divisão entre polinômios com
𝒙 → ±∞ 𝑥 2 −2𝑥+3
 Ex: lim
𝑥→∞ 𝑥 2 +3𝑥+7
 Dividir todos os termos pelo 𝑥 de 2 3
𝑥 2 −2𝑥+3 1− + 2
maior grau  Solução: lim = lim 𝑥 𝑥
3 7
 Todos os termos com 𝑥 no 𝑥→∞ 𝑥 2 +3𝑥+7 𝑥→∞ 1+𝑥+ 2
𝑥
denominador vão para 0
1−0+0
= 1+0+0 = 1

Divisão de polinômios com 𝒙 → 𝑪,


tendo nos dois polinômios 𝑪 como  Ex: lim
𝑥 2 −2𝑥−3

raiz 𝑥→−1 𝑥 2 +3𝑥+2

𝑥 2 −2𝑥−3 (𝑥−3)(𝑥+1)
 Indeterminação do tipo
0  Solução: lim = lim
0 𝑥→−1 𝑥 2 +3𝑥+2 𝑥→−1 (𝑥+2)(𝑥+1)
 Dividir ambos os polinômios por 𝑥 − 𝑐
𝑥−3 −1−3
para eliminar o termo comum = lim = −1+2 = −4
𝑥→−1 𝑥+2
 É uma boa dar uma relembrada em
divisão polinomial, como o método de
Briot-Ruffini

Substituição de termos repetidos


√x2 −1 +cos (𝑥 2 −1)
 Ex: lim
 Quando temos uma expressão 𝑥→−1 2 + (𝑥 2 −1)
aparecendo em várias partes
 Chamamos essa expressão de outra  Solução: 𝑢 = 𝑥 2 − 1; 𝑥 → −1 ⇒ 𝑢 → 0
variável, não esquecer de mudar o
√x2 −1 +cos (𝑥 2 −1)
limite também lim
𝑥→−1 2 + (𝑥 2 −1)

√u +cos (𝑢) 0+1 1


= lim = =
𝑢→0 2+ 𝑢 2+0 2

É sempre bom lembrar: podem cair misturas desses casos citados, mas os processos
são iguais.

Limites Laterais
Se ele pedir para ver se um limite existe, os limites laterais podem entrar em cena.
Saca só como eles são:

Limite lateral esquerdo: lim𝑥→𝐶 − 𝑓(𝑥)


Limite lateral direito: lim𝑥→𝐶 + 𝑓(𝑥)

2
Como definir se um limite em 𝑥 = 𝐶 existe? (Se 𝐶 ≠ ±∞)

lim 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)


𝑥→𝐶 − 𝑥→𝐶

lim 𝑓(𝑥) existe e lim 𝑓(𝑥) = lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)
𝑥→𝐶 𝑥→𝐶 𝑥→𝐶 𝑥→𝐶

Teorema do Confronto
Um pouco de filosofia pra você, amigo...
3 funções: uma acima da outra. Se a de cima e a de baixo convergem em um ponto, a
do meio tem que convergir para esse ponto!

3
Bizu: isso geralmente aparece com funções sen(𝑥) ou cos(𝑥). Então, fique atento!

1
Exemplo: lim 𝑥 2 sin (𝑥)
𝑥→0

1
O seno varia entre −1 e +1: −1 ≤ sin ( ) ≤ 1. Logo, nossa função varia entre:
𝑥
1
−𝑥 2 ≤ x 2 sin (𝑥) ≤ 𝑥 2 .
1
O limite de −𝑥 2 quando 𝑥 → 0 é 0 e o limite de 𝑥 2 também é 0. Como 𝑥 2 sin (𝑥) está
1
no meio, seu limite também é 0: lim 𝑥 2 sin (𝑥) = 0.
𝑥→0

Limite Fundamental
Esse é pra saber...
Deixe claro na prova que você o identificou como o limite fundamental e pode usar
seu resultado direto!
sen(𝑥)
lim =1
𝑥→0 𝑥

Continuidade
O limite da função é igual ao valor da função naquele ponto:

lim 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝐶)


𝑥→𝐶 − 𝑥→𝐶

O esquema é o seguinte: se a questão na tua prova dá uma função contínua, para


calcular o limite, é só substituir o valor na função!

4
Teorema do Valor Intermediário (T.V.I.)
O TVI é um pouco mais complexo do que isso, mas eu vou te contar a parte
importante:

Se uma função contínua troca de sinal num certo intervalo, ela tem
ao menos uma raiz real no mesmo intervalo.

Pra que serve isso? Para mostrar na questão da sua prova que a função tem pelo
menos uma raiz ali naquele intervalo! Visualizou?

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