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Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.

br)

DERIVADA

➢ RETA TANGENTE E DERIVADA DE UMA FUNÇÃO

A derivada representa a taxa de variação de uma função, ou seja, a inclinação da


reta tangente.

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑎 𝜃 𝑦1 − 𝑦0
𝑡𝑔 𝜃 = 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝜃 = =𝑚
𝑥1 − 𝑥0

m = coeficiente de inclinação da reta tangente.

Assim,

𝑦1 − 𝑦0
=𝑚 → Inclinação da reta tangente.
𝑥1 − 𝑥0

𝑦1 − 𝑦0 = 𝑚. (𝑥1 − 𝑥0 ) → Equação da reta tangente.

Mas e se o gráfico não for uma reta?


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Assim,

𝑓 (𝑥 + ∆𝑥 ) − 𝑓(𝑥)
𝑚 𝑠𝑒𝑐 =
∆𝑥

Mas a derivada da função de uma variável é definida como um processo de limite.


Considera-se a inclinação da secante, quando os dois pontos de intersecção com o gráfico
de f convergem para um mesmo ponto. No limite, a inclinação da secante é igual à
da tangente. Portanto,

lim 𝑚𝑠𝑒𝑐 = lim 𝑚𝑡𝑔

Com isso,

𝑓 (𝑥 + ∆𝑥 ) − 𝑓(𝑥)
𝑓´(𝑥 ) = lim 𝑚𝑡𝑔 = lim 𝑚𝑠𝑒𝑐 = lim
∆𝑥 →0 ∆𝑥

Ou seja,

𝑓 (𝑥+ ∆𝑥)−𝑓(𝑥)
𝑓´(𝑥 ) = lim → Derivada da função f
∆𝑥 →0 ∆𝑥

Exemplos:

1) Encontre a inclinação da reta tangente a curva 𝑦 = 2𝑥² + 3 no ponto cuja abscissa


é 2.
𝑓 (𝑥 + ∆𝑥 ) − 𝑓(𝑥 )
𝑚(𝑥 ) = lim
∆𝑥 →0 ∆𝑥
[2(𝑥 + ∆𝑥 )2 + 3] − [2𝑥 2 + 3]
= lim
∆𝑥 →0 ∆𝑥
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2𝑥² + 4𝑥∆𝑥 + 2(∆𝑥 )2 + 3 − 2𝑥 2 − 3


= lim
∆𝑥 →0 ∆𝑥
∆𝑥(4𝑥 + 2∆𝑥)
= lim
∆𝑥 →0 ∆𝑥
= lim 4𝑥 + 2∆𝑥
∆𝑥 →0

= 4𝑥

Como 𝑚(𝑥 ) = 4𝑥, então 𝑚(2) = 4.2 = 8

Usando a abscissa 2, chegamos a ordenada é 11. Assim, substituindo na equação,


temos:

𝑦 − 𝑓 (𝑥0 ) = 𝑚(𝑥 − 𝑥0 )

𝑦 − 11 = 8(𝑥 − 2)

𝑦 = 8𝑥 − 5

2) Usando a definição, calcule a derivada de f(x) = 𝑥 2 .

➢ REGRAS DE DERIVAÇÃO

• Regra da Constante:

Se f é a função constante definida por 𝑓(𝑥 ) = 𝑐 , 𝑐 ∈ ℝ, então

𝑑
𝑓´(𝑥 ) = 0 𝑜𝑢 (𝑐 ) = 0
𝑑𝑥

Exemplo: Seja 𝑓 (𝑥 ) = 5 então 𝑓´(𝑥 ) = 0.


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• Regra da Potência:

Se 𝑓´(𝑥 ) = 𝑥 𝑛 , onde 𝑛 ∈ ℝ , então

𝑑
𝑓´(𝑥 ) = 𝑛. 𝑥 𝑛−1 𝑜𝑢 (𝑥 𝑛 ) = 𝑛. 𝑥 𝑛−1
𝑑𝑥

Exemplo: Seja 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 5 então 𝑓´(𝑥 ) = 5. 𝑥 5−1 = 5𝑥 4 .

• Regra da multiplicação por uma constante:

Seja c uma constante e 𝑓 (𝑥 ) uma função derivável no ponto x. Então 𝑔(𝑥 ) =


𝑐. 𝑓 (𝑥 ) também é uma função derivável, ou seja,

𝑑
𝑔´(𝑥 ) = 𝑐. 𝑓´(𝑥 ) = 𝑐. 𝑛. 𝑥 𝑛−1 𝑜𝑢 (𝑔(𝑥 )) = 𝑐. 𝑛𝑥 𝑛−1
𝑑𝑥

Exemplo: Seja 𝑓(𝑥 ) = 3𝑥 2 , então 𝑓´(𝑥 ) = 3.2. 𝑥 2−1 = 3.2. 𝑥 1 = 6𝑥.

• Regra da Soma:

Se 𝑓 (𝑥 ) e 𝑔(𝑥) são duas funções deriváveis no ponto x, a soma 𝑓(𝑥 ) + 𝑔(𝑥)


também é derivável, ou seja,

𝑑
(𝑓(𝑥 ) + 𝑔(𝑥 ))´ = 𝑓´(𝑥 ) + 𝑔´(𝑥 ) 𝑜𝑢 [𝑓 (𝑥 ) + 𝑔(𝑥 )]
𝑑𝑥
𝑑 𝑑
= [𝑓 (𝑥 )] + [𝑔(𝑥 )]
𝑑𝑥 𝑑𝑥

Exemplo: Seja 𝑓 (𝑥 ) = 3𝑥 2 e 𝑔(𝑥 ) = 7𝑥 4 , então (𝑓 (𝑥 ) + 𝑔(𝑥 ))´ é:

ℎ´(𝑥 ) = (𝑓(𝑥 ) + 𝑔(𝑥 ))´ = 3.2. 𝑥 2−1 + 7.4. 𝑥 4−1

ℎ´(𝑥 ) = 6𝑥 + 28𝑥 3

• Regra da Subtração:

Idem a soma, isto é:

𝑑
(𝑓 (𝑥 ) − 𝑔(𝑥 ))´ = 𝑓´(𝑥 ) − 𝑔´(𝑥 ) 𝑜𝑢 [𝑓(𝑥 ) − 𝑔(𝑥 )]
𝑑𝑥
𝑑 𝑑
= [𝑓 (𝑥 )] − [𝑔(𝑥 )]
𝑑𝑥 𝑑𝑥
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• Regra do Produto:
Se 𝑓 (𝑥 ) e 𝑔(𝑥) são duas funções deriváveis no ponto x, o produto 𝑓(𝑥 ). 𝑔(𝑥)
também é derivável, ou seja,

(𝑓 (𝑥 ). 𝑔(𝑥 ))´ = [𝑓´(𝑥 ). 𝑔(𝑥 )] + [𝑓(𝑥 ). 𝑔´(𝑥 )]

ou

𝑑 𝑑 𝑑
[𝑓 (𝑥 ) − 𝑔(𝑥 )] = [ [𝑓 (𝑥 )]. 𝑔(𝑥 )] − [𝑓 (𝑥 ). [𝑔(𝑥 )]]
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥

Exemplo: Sejam 𝑓(𝑥 ) = 𝑥 + 1 e 𝑔(𝑥 ) = 5𝑥 4 − 𝑥 2 . Então

(𝑓 (𝑥 ). 𝑔(𝑥 ))´ = [𝑓´(𝑥 ). 𝑔(𝑥 )] + [𝑓 (𝑥 ). 𝑔´(𝑥 )]

(𝑓(𝑥 ). 𝑔(𝑥 ))´ = [1. (5𝑥 4 − 𝑥 2 )] + [(𝑥 + 1). (20𝑥 3 − 𝑥)]

(𝑓 (𝑥 ). 𝑔(𝑥 ))´ = [5𝑥 4 − 𝑥 2 ] + [20𝑥 4 − 𝑥 2 + 20𝑥 3 − 𝑥 ]

(𝑓 (𝑥 ). 𝑔(𝑥 ))´ = 5𝑥 4 − 𝑥 2 + 20𝑥 4 + 20𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥

(𝑓 (𝑥 ). 𝑔(𝑥 ))´ = 25𝑥 4 + 20𝑥 3 − 2𝑥 2 − 𝑥

• Regra do Quociente:

Se 𝑓 (𝑥 ) e 𝑔(𝑥) são duas funções deriváveis no ponto x, com 𝑔(𝑥) ≠ 0 , o


𝑓(𝑥)
quociente 𝑔(𝑥) também é derivável, ou seja

𝑓 (𝑥 ) [𝑓´(𝑥 ). 𝑔(𝑥 )] − [𝑓 (𝑥 ). 𝑔´(𝑥 )]


( )´ =
𝑔 (𝑥 ) [𝑔(𝑥 )]2

ou

𝑑 𝑑
[ [ ( )] ( )] ( ) [ ( )]
𝑑 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑓 𝑥 . 𝑔 𝑥 − [𝑓 𝑥 . 𝑑𝑥 𝑔 𝑥 ]
[ ]=
𝑑𝑥 𝑔(𝑥) [𝑔(𝑥 )]2

Exemplo: Sejam 𝑓(𝑥 ) = 𝑥 + 1 e 𝑔(𝑥 ) = 5𝑥 4 − 𝑥 2 . Então

𝑓 (𝑥 ) [𝑓´(𝑥 ). 𝑔(𝑥 )] − [𝑓 (𝑥 ). 𝑔´(𝑥 )]


( )´ =
𝑔 (𝑥 ) [𝑔(𝑥 )]2
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𝑓 (𝑥 ) [1. (5𝑥 4 − 𝑥 2 )] − [(𝑥 + 1). (20𝑥 3 − 2𝑥)]


( )´ =
𝑔 (𝑥 ) [5𝑥 4 − 𝑥 2 ]2

𝑓 (𝑥 ) [5𝑥 4 − 𝑥 2 ] − [20𝑥 4 − 𝑥 2 + 20𝑥 3 − 2𝑥 ]


( )´ =
𝑔 (𝑥 ) [5𝑥 4 − 𝑥 2 ]2

𝑓 (𝑥 ) 5𝑥 4 − 𝑥 2 − 20𝑥 4 + 𝑥 2 − 20𝑥 3 + 2𝑥
( )´ =
𝑔 (𝑥 ) [5𝑥 4 − 𝑥 2 ]2

𝑓 (𝑥 ) −15𝑥 4 − 20𝑥 3 + 2𝑥
( )´ =
𝑔 (𝑥 ) [5𝑥 4 − 𝑥 2 ]2

• Regra da cadeia

Usamos quando queremos derivar uma função composta. Sejam duas funções
deriváveis f e g, onde F = g(f(x)). Então

𝐹´(𝑥 ) = 𝑔´(𝑓(𝑥 )). 𝑓´(𝑥 )

Exemplos:

1) Seja 𝐹 (𝑥 ) = √𝑥 2 + 1 , calcule 𝐹´(𝑥 ).


u = f(x) = 𝑥 2 + 1 → f´(x) = 2x
1 1
1 1
g (f (x)) = g (u) = √𝑢 = 𝑢2 → g´(u) = 2 . 𝑢 − 2 = 2
√𝑢

Assim, pela regra da cadeia temos que:

𝐹´(𝑥 ) = 𝑔´(𝑢). 𝑓´(𝑥 )


1
𝐹´(𝑥 ) = . 2𝑥
2√𝑢
2𝑥
𝐹´(𝑥 ) =
2√𝑥 2 + 1
𝑥
𝐹´(𝑥 ) =
√𝑥 2 + 1
2) Seja 𝐹 (𝑥 ) = (2𝑥 5 − 1)3 , calcule 𝐹´(𝑥 ).

u = f (x) = 2𝑥 5 − 1 → f´(x) = 10𝑥 4

g ( f(x)) = 𝑔(𝑢) = (𝑢)3 → g´(u) = 3𝑢2


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Assim, pela regra da cadeia temos que:

𝐹´(𝑥 ) = 𝑔´(𝑢). 𝑓´(𝑥 )


𝐹´(𝑥 ) = 3𝑢2 . (10𝑥 4 )
𝐹´(𝑥 ) = 3( 2𝑥 5 − 1)2 . (10𝑥 4 )

➢ DERIVADA DE FUNÇÕES ELEMENTARES

Proposição (Derivada de função exponencial): Se 𝑦 = 𝑎𝑥 , (𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1), então

𝑦 ′ = 𝑎 𝑥 . ln 𝑎 (𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1)

Proposição (Derivada de função logarítmica): Se 𝑦 = log 𝑎 𝑥 (𝑎 > 0, 𝑎 ≠ 1), então

1
𝑦′ = . log 𝑎 𝑒 (𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1)
𝑥

Além destas, existem outras derivadas importantes:

• 𝑓 (𝑒 𝑥 )´ = 𝑒 𝑥
1
• 𝑓 (ln 𝑥 )´ = 𝑥

• 𝑓 (𝑎𝑥 )´ = 𝑎𝑥 . ln 𝑎
• 𝑓 (𝑠𝑒𝑛𝑥 )´ = 𝑐𝑜𝑠𝑥
• 𝑓 (𝑐𝑜𝑠𝑥 )´ = −𝑠𝑒𝑛𝑥
• 𝑓 (𝑡𝑔𝑥 )´ = 𝑠𝑒𝑐 2 𝑥
• 𝑓 (𝑠𝑒𝑐𝑥 )´ = 𝑠𝑒𝑐𝑥. 𝑡𝑔𝑥
• 𝑓 (𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥 )´ = −𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥. 𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥
• 𝑓 (𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥 )´ = −𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 2𝑥

Exemplos:

1) 𝑦 = 𝑒 𝑥.ln 𝑥
Neste caso fazemos uma substituição, ou seja,
𝑢 = 𝑥. ln 𝑥 , e assim, 𝑦 = 𝑒 𝑢

Assim,

𝑦 ′ = 𝑒 𝑢 . 𝑢′
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𝑦 ′ = 𝑒 𝑥.ln 𝑥 . (𝑥. ln 𝑥) ′

1
𝑦 ′ = 𝑒 𝑥.ln 𝑥 . [𝑥. + ln 𝑥 .1]
𝑥

𝑦 ′ = 𝑒 𝑥.ln 𝑥 . (1 + ln 𝑥)

𝑒𝑥
2) 𝑦 = ln(𝑥+1)

Neste caso fazemos uma substituição, ou seja,

𝑒𝑥
𝑢 = 𝑥+1 , e assim, 𝑦 = ln 𝑢

Assim,
𝑢′
𝑦′ =
𝑢
(𝑥 + 1). 𝑒 𝑥 − 𝑒 𝑥 . 1
(𝑥 + 1)²
𝑦′ =
𝑒𝑥
𝑥+1
𝑥
𝑦′ =
𝑥+1

➢ DERIVADA DE ORDEM SUPERIOR

Definição: Seja f uma função derivável. Se f’ também for derivável, então a sua derivada
𝜕²𝑓
é chamada derivada segunda de f e é representada por f” ( ).
𝜕𝑥²

Exemplos: Dada à função 𝑓(𝑥 ) = 3𝑥³ + 8𝑥 + 1, calcule:

1) 𝑓 ′(𝑥 )
𝑓 ′(𝑥 ) = 9𝑥² + 8
2) 𝑓′′(𝑥)
𝑓 ′′ (𝑥 ) = 18𝑥
3) 𝑓′′′(𝑥)
𝑓 ′′′(𝑥 ) = 18
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➢ REGRA DE L’HÔSPITAL

𝑓(𝑥)
Definição: Se lim (𝑔(𝑥)) tem uma forma indeterminada 0/0 ou ∞/∞, então
𝑥→𝑎

𝑓 (𝑥 ) 𝑓′(𝑥 )
lim = lim
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔′(𝑥)

𝑓′(𝑥)
Caso lim exista (sendo finito ou infinito). O mesmo vale se a é substituído por 𝑎+
𝑥→𝑎 𝑔′(𝑥)

ou 𝑎−, ou se a for +∞ ou −∞.

𝑥²+3𝑥−10 0
1) lim 3𝑥²−5𝑥−2 = 0
𝑥→2

Pelo método tradicional, temos:

𝑥² + 3𝑥 − 10 (𝑥 − 2)(𝑥 + 5) 𝑥+5 2+5 7


lim = lim = lim = = =1
𝑥→2 3𝑥² − 5𝑥 − 2 𝑥→2 1 𝑥→2 1 1 7
3(𝑥 − 2)(𝑥 + 3 ) 3 (𝑥 + 3 ) 3 (2 + 3 )

Pela regra de L’Hôspital, temos:


𝑥² + 3𝑥 − 10 (𝑥² + 3𝑥 − 10)′ 2𝑥 + 3 2.2 + 3 7
lim = lim ′
= lim = = =1
𝑥→2 3𝑥² − 5𝑥 − 2 𝑥→2 (3𝑥² − 5𝑥 − 2) 𝑥→2 6𝑥 − 5 6.2 − 5 7

𝑒 2𝑥 ∞
2) lim =∞
𝑥→+∞ 𝑥³

Aplicando a regra de L’Hôspital, temos:


𝑒 2𝑥 ( 𝑒 2𝑥 )′ 2 𝑒 2𝑥 ∞
lim = lim = lim =
𝑥→+∞ 𝑥³ 𝑥→+∞ (𝑥³)′ 𝑥→+∞ 3𝑥² ∞
Como a indeterminação continua, aplicamos a regra mais uma vez:
2 𝑒 2𝑥 (2 𝑒 2𝑥 )′ 4 𝑒 2𝑥 ∞
lim = lim = lim =
𝑥→+∞ 3𝑥² 𝑥→+∞ (3𝑥²)′ 𝑥→+∞ 6𝑥 ∞
Aplicando novamente:
4 𝑒 2𝑥 (4 𝑒 2𝑥 )′ 8 𝑒 2𝑥 +∞
lim = lim = lim = = +∞
𝑥→+∞ 6𝑥 𝑥→+∞ (6𝑥 )′ 𝑥→+∞ 6 6
______________________________________________________________________

Exercícios:

1) Para cada função f(x), determine a derivada f’(x) no ponto x0 indicado:


a) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥² para 𝑥0 = 4
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b) 𝑓 (𝑥 ) = 2𝑥 + 3 para 𝑥0 = 3
c) 𝑓 (𝑥 ) = −3𝑥 para 𝑥0 = −1
d) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥² − 3𝑥 para 𝑥0 = 2
e) 𝑓 (𝑥 ) = 5𝑥 4 + 𝑥 3 − 6𝑥 2 + 9𝑥 − 4 para 𝑥0 = 0
1
f) 𝑓 (𝑥 ) = para 𝑥0 = −2
𝑥
5𝑥²+3𝑥−9
g) 𝑓 (𝑥 ) = para 𝑥0 = 1
𝑥²+5

2) Calcular as derivadas das expressões abaixo, usando as fórmulas de derivação:


𝑥²+4𝑥+3
a) 𝑓 (𝑥 ) = 3 x) 𝑓 (𝑥 ) =
√𝑥

√𝑥
b) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 2 + 𝑥 y) 𝑓 (𝑥 ) = 1−𝑥

c) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 100 z) 𝑓(𝑥 ) = √3𝑥 + 4


d) 𝑓 (𝑥 ) = 5𝑥 − 3 aa) 𝑓 (𝑥 ) = √𝑥 2 + 2
e) 𝑓 (𝑥 ) = −𝑥 3 bb) 𝑓 (𝑥 ) = (2𝑥 − 1)3
f) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 3 − 7𝑥 + 5 cc) 𝑓 (𝑥 ) = (𝑥 4 + 3𝑥 2 − 2)5
g) 𝑓 (𝑡) = 𝑡 6 − 5𝑡 5 − 𝑡 dd) 𝑓 (𝑥 ) = (4𝑥 − 𝑥²)100
2𝑥
h) 𝑓 (𝑥 ) = ee) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑙𝑛𝑥
3
1
i) 𝑓 (𝑟) = 𝜋𝑟 2 ff) 𝑓 (𝑥 ) = 1+𝑒𝑥
𝑡−2 2
j) 𝑓 (𝑥 ) = √3 𝑥 gg) 𝑓 (𝑡) = (2𝑡+1)
1 1
k) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥7 hh) 𝑓 (𝑥 ) = 3
√3𝑥−4
1 𝑒𝑥
l) 𝑓 (𝑥 ) = ii) 𝑓 (𝑥 ) =
𝑥 𝑥²
4
m) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥6 jj) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑒 √𝑥
2 +5𝑥)
n) 𝑓 (𝑥 ) = √𝑥 kk) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑒 (𝑥
o) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥² + 𝑏𝑥 + 𝑐 ll) 𝑓 (𝑥 ) = ln (𝑥 3 + 2𝑥 + 1)
p) 𝑓 (𝑥 ) = √𝑥 . 𝑥 3 mm) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑠𝑒𝑛 𝑥
2
q) 𝑓 (𝑥 ) = 3 nn) 𝑓 (𝑡) = 𝑡 2 ln(2𝑡)
√𝑥 2

r) 𝑓 (𝑠) = (𝑠 2 + 𝑠 + 1) . (𝑠 2 + 2) oo) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥


s) 𝑓 (𝑥 ) = (3𝑥 5 − 1). (2 − 𝑥 4 ) pp) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑠𝑒𝑛( 𝑥 3 − 5𝑥 )
1
t) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥+1 qq) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥. cos 5 𝑥
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2𝑥+3 𝑠𝑒𝑛 𝑥
u) 𝑓 (𝑥 ) = rr) 𝑓 (𝑥 ) = √ cos 𝑥
3𝑥

𝑥²+𝑥−2
v) 𝑓(𝑥) = ss) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑠𝑒𝑛[𝑐𝑜𝑠(3𝑥 )]
𝑥³+6
1
w) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 4 +𝑥²+1

______________________________________________________________________

Gabarito:

1 20
1) a) 8 b) 2 c) -3 d) 1 e) 9 f) − 4 g) 9

2) a) 0 b) 2𝑥 + 1 c) 100𝑥 99 d) 5 e) −3𝑥 2 f)
3𝑥 2 − 7
2 7 1
g) 6𝑡 5 − 25𝑡 4 − 1 h) 3 i) 2𝜋𝑟 j) √3 k) − 𝑥 8 l) −
𝑥²

2
24 1 7 √𝑥 5 4
m) − 𝑥7 n) 2 o) 2𝑎𝑥 + 𝑏 p) q) − 3
√𝑥 2 3 √𝑥 5
1 1
r) 4𝑠³ + 3𝑠² + 6𝑠 + 2 s) −27𝑥 8 + 30𝑥 4 + 4𝑥 3 t) − 𝑥²+2𝑥+1 u) − 𝑥2
3√𝑥³ 3 1 3 √𝑥
−𝑥 4 −2𝑥 3 +6𝑥 2 +12𝑥+6 −4𝑥 3 −2𝑥 + 2√𝑥 − −
2 2 √𝑥 2 √𝑥 2
v) w) (𝑥4 +𝑥²+1)² x) y)
(𝑥 3 +6)² 𝑥 (1−𝑥)²
3 𝑥
z) 2 aa) bb) 6(2𝑥 − 1)² cc) (20𝑥 3 + 30𝑥). (𝑥 4 +
√3𝑥+4 √𝑥 2 +2

3𝑥 2 − 2)4
1 𝑒𝑥
dd) 100. (4𝑥 − 𝑥 2 )99 . (4 − 2𝑥) ee) 𝑥 ff) − (1+𝑒𝑥)² gg)
10𝑡−20
(2𝑡+1)³

1 𝑒 𝑥 (𝑥 2 −2𝑥) 1
hh) − 3 ii)
𝑥4
jj) 𝑒 √𝑥 . 2 kk)
√(3𝑥−4)4 √𝑥
2 +5𝑥 )
𝑒 (𝑥 . (2𝑥 + 5)
3𝑥²+2
ll) 𝑥³+2𝑥+1 mm) cos 𝑥 nn) 𝑡(2 ln(2𝑡) + 1) oo) 2𝑠𝑒𝑛𝑥. 𝑐𝑜𝑠𝑥

pp) (3𝑥 2 − 5). cos(𝑥 3 − 5𝑥 ) qq) 2𝑠𝑒𝑛𝑥. 𝑐𝑜𝑠 6 𝑥 − 5𝑠𝑒𝑛3 𝑥. 𝑐𝑜𝑠 4 𝑥


sec2 𝑥
rr) 2 ss) −3 cos[cos(3𝑥 )] . 𝑠𝑒𝑛(3𝑥)
√𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥
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➢ APLICAÇÕES DE DERIVADAS

• Taxa de variação:

Toda derivada pode ser interpretada como uma taxa de variação. Dada uma função
𝑦 = 𝑓(𝑥), quando a variável independente varia de 𝑥 para 𝑥 + ∆𝑥, a correspondente
variação de y será ∆𝑦 = 𝑓(𝑥 + ∆𝑥 ) − 𝑓(𝑥). O quociente

∆𝑦 𝑓(𝑥 + ∆𝑥 ) − 𝑓(𝑥)
=
∆𝑥 ∆𝑥

representa a taxa média de variação de y em relação a x.

A derivada

𝑓 (𝑥 + ∆𝑥 ) − 𝑓(𝑥)
𝑓 ′(𝑥 ) = lim
∆𝑥→0 ∆𝑥

é a taxa instantânea de variação ou simplesmente taxa de variação de y em relação a x.

A interpretação da derivada como uma razão de variação tem aplicações práticas


nas mais diversas ciências. Veja alguns exemplos:

1) Sejam A a área do quadrado e l seu lado.


a) Encontre a taxa média de variação de A em relação a l quando l varia de 2,5
m a 3 m.
∆𝐴 𝐴(3) − 𝐴(2,5) 9 − 6,25 2,75
= = = = 5,5.
∆𝑙 3 − 2,5 0,5 0,5
b) Encontre a taxa de variação da área em relação ao lado, quando o lado for de
4 m.
𝑑𝐴 𝑑𝐴
= 2𝑙 → = 2.4 = 8.
𝑑𝑙 𝑑𝑙

Portanto, quando 𝑙 = 4𝑚, a taxa de variação da área do quadrado será de 8m² por variação
de 1 metro no comprimento do lado.

2) A posição de uma partícula é dada pela equação


𝑠 = 𝑓 (𝑡) = 𝑡³ − 6𝑡 2 + 9𝑡
onde t é medido em segundos e s, em metros.
a) Encontre a velocidade no tempo t.
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𝑣(𝑡) = 𝑠 ′(𝑡) = 3𝑡² − 12𝑡 + 9

b) Qual é a velocidade depois de 2s ? E depois de 4s ?


𝑣 (2) = 3.22 − 12.2 + 9 = −3𝑚/𝑠
𝑣(4) = 3.4² − 12.4 + 9 = 9𝑚/𝑠

c) Quando a partícula está em repouso?


A partícula está em repouso quando 𝑣(𝑡) = 0. Assim,
3𝑡² − 12𝑡 + 9 = 0 ↔ 𝑡 ′ = 1 𝑡 ′′ = 3
A partícula está em repouso após 1s e depois de 3s.

d) Quando a partícula está se movendo para frente?


A partícula está se movendo para frente, isto é, no sentido positivo quando 𝑣(𝑡) >
0. Assim, 3𝑡² − 12𝑡 + 9 > 0 ↔ 𝑡 < 1 e 𝑡 > 3.

e) Encontre a distância total percorrida pela partícula durante os primeiros 5


segundos.
É preciso calcular nos instantes [0,1], [1,3] e [3,5] separadamente, devido sua variação.
Assim, a distância percorrida no primeiro segundo é
|𝑓 (1) − 𝑓 (0)| = |4 − 0| = 4𝑚
De 1 a 3, a distância percorrida é
|𝑓 (3) − 𝑓 (1)| = |0 − 4| = 4𝑚
De 3 a 5, a distância percorrida é
|𝑓 (5) − 𝑓 (3)| = |20 − 0| = 20𝑚
A distância total é 4 + 4 + 20 = 28𝑚.

f) Encontre a aceleração da partícula no tempo t e depois de 4s.


𝑎(𝑡) = 𝑣 ′(𝑡) = 6𝑡 − 12
𝑎(4) = 6.4 − 12 = 12𝑚/𝑠²

3) Neste exemplo abordaremos o conceito de Custo Marginal. Por definição, o custo


marginal
de um bem é o aumento (acréscimo) do custo total para produzir uma unidade adicional
do bem. Se a função de custo de um certo bem é derivável, então o custo marginal é a
taxa instantânea com a qual aumenta ou diminui o custo para produzir uma unidade
adicional do bem.
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Vamos supor que o custo total para produzir e comercializar x unidades de um


produto é dado
por:
𝐶 = 𝐶(𝑥)

Se aumentarmos a produção de x para 𝑥 + ∆𝑥, o acréscimo correspondente no


custo total é dado por:
∆𝐶 = 𝐶 (𝑥 + ∆𝑥 ) − 𝐶(𝑥)
A taxa média de acréscimo no custo, por unidade acrescida na produção, no
intervalo [𝑥, 𝑥 + ∆𝑥] é dada por:
∆𝐶 𝐶 (𝑥 + ∆𝑥 ) − 𝐶(𝑥)
=
∆𝑥 ∆𝑥
O custo marginal é definido como o limite

∆𝐶
lim
∆𝑥→0 ∆𝑥

e representa a taxa de variação instantânea de custo total (derivada do custo total),


por unidade de variação da quantidade produzida, quando esta se encontra a um nível x.
Se denotarmos por 𝐶𝑀(𝑥) o custo marginal , temos que

𝐶𝑀(𝑥 ) = 𝐶′(𝑥)

Dado tudo isso, a empresa Brastemp produz muitas máquinas de lavar e como o
fluxo é muito grande a empresa chegou a seguinte suposição. Suponha que o custo para
produzir x máquinas de lavar seja 𝐶 (𝑥 ) = 2000 + 100𝑥 − 0,1𝑥².
a) Determine o custo médio por máquina produzida durante a produção das
100 primeiras
máquinas.
O custo de produção das 100 primeiras máquinas é C(100), e o custo médio por
unidade é
C(100) 2000 + 100.100 − 0,1. (100)² 2000 + 10000 − 1000 11000
= = = = 110
100 100 100 100

b) Calcule o custo marginal para a produção de 100 máquinas.


O custo marginal para a produção de 100 máquinas é igual a 𝐶′(100). Assim,
𝐶 ′(𝑥 ) = 100 − 0,2𝑥
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

𝐶 ′(100) = 100 − 0,2.100 = 100 − 20 = 80.

c) Mostre que, para a produção de 100 máquinas, o custo marginal é


aproximadamente o custo para a produção de uma máquina a mais (depois que as
100 primeiras foram feitas), calculando diretamente o último custo citado.
O custo para a produção de uma máquina a mais (depois que as 100 primeiras
foram feitas) é igual à diferença
C(101) − C(100) = [2000 + 100.101 − 0,1.1012 ] − [2000 + 100.100 − 0,1.1002 ]
= [2000 + 10100 − 1020,1] − 11000
= 11079,9 − 11000
= 79,9
Assim, como o custo marginal para a produção de 100 máquinas era 80, temos
que os valores para a produção é praticamente o mesmo.

• Máximos e mínimos:

A figura abaixo mostra o gráfico de uma função y = f(x), onde estão assinalados
pontos de abscissas c1 , c2 , c3 e c4 .

Esses pontos são chamados pontos extremos da função. Os valores f(c1 ) e f(c3 )
são chamados máximos locais (ou relativo) e f(c2 ) e f(c4 ) são chamados mínimos
locais (relativos).

Definição: Seja c um número do domínio D da função f. Então, f(c) é o valor de

• máximo local de f se f(c) ≥ f(x), quando x está próximo de c.


• mínimo local de f se f(c) ≤ f(x), quando x está próximo de c.

Definição: Seja c um número do domínio D da função f. Então, f(c) é o valor de


Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

• máximo absoluto de f se f(c) ≥ f(x), para todo x em D.


• mínimo absoluto de f se f(c) ≤ f(x), para todo x em D.

Mas, como determinamos esses pontos?

Teorema do Valor Extremo: Se f for contínua em um intervalo fechado [a,b], então f


assume um valor máximo absoluto e um valor mínimo absoluto.

Contudo, se uma função não cumprir as hipóteses do teorema, isto é, não estiver
em um intervalo fechado e não for contínua, pode ser que não exista máximo e mínimo,
como nos exemplos abaixo:

a) Esta função tem valor de mínimo b) Esta função contína não tem valor
𝑓 (2) = 0, mas nenhum valor de máximo mínimo nem máximo

Observe agora a figura que se segue:

O que acontece nos pontos marcados? O que significam essas retas? Exato,
estamos falando das derivadas nos pontos. Assim, temos teorema muito importante.

Teorema de Fermat: Se f tiver um máximo ou mínimo local em c e se f′(c) existir, então


f ′ (c) = 0.
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

Definição: um ponto crítico de uma função f é um número c, no domínio de f, tal que


f ′ (c) = 0 ou f ′ (c) não existe.

Contudo, esta definição não garante que num ponto crítico de uma função vai
existir máximo ou mínimo.

Agora, para encontrar os pontos de máximo e mínimo absolutos, vamos utilizar o


Método do Intervalo Fechado. Neste método, para encontrar os pontos de máximo e
mínimos absolutos de uma função contínua f em um intervalo fechado [a,b], temos que:

1) Encontrar os valores de f nos pontos críticos;


2) Encontrar os valores de f nos extremos do intervalo;
3) O maior valor encontrado nas etapas 1 e 2 é o máximo absoluto, enquanto o menor
valor é o mínimo absoluto.

Observação: Esse método só é valido para funções que possua um número finito de
pontos críticos no intervalo fechado [a,b].

Exemplos:

1) Encontre os pontos críticos das funções:


a) f(x) = 5x² + 4x
2
f ′ ( x) = 0 ↔ 10x + 4 = 0 ↔ 10x = −4 ↔ x=−
5
y−1
b) f(y) = y²−y+1

1. (y2 − y + 1) − (y − 1). (2y − 1)


f ′ (y) = 0 ↔ =0 ↔ −y2 + 2y
(y2 − y + 1)²
=0 ↔ y ′ = 0 ou y′′ = 2.
2
c) f(x) = (x² − 9)3
2 2 1 4x 4x
f ′ ( x) = 0 ↔ (x − 9)−3 . 2x = 0 ↔ 1 =0 ↔ 3
3 3√x 2 − 9
3(x 2 − 9)3
=0
4x
=0
3
x=0
2) Encontre os valores máximo e mínimo absolutos das funções nos intervalos
dados:
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

1
a) f(x) = x³ − 3x 2 + 1, − ≤ x ≤ 4
2

• Valores nos pontos críticos:


f ′ ( x) = 0 ↔ 3x² − 6x = 0 ↔ 3x(x − 2) = 0 ↔ x′
= 0 ou x ′′ = 2

f(0) = 0³ − 3.02 + 1 = 1

f(2) = 2³ − 3.22 + 1 = −3

• Valores dos extremos:


1 1 3 1 2 1
f (− ) = (− ) − 3. (− ) + 1 =
2 2 2 8

f(4) = 4³ − 3.42 + 1 = 17

• Determinação do máximo e mínimo:

Assim, comparando os números temos que o máximo absoluto é f(4) = 17 e o


mínimo absoluto é f(2) = −3.

b) f(x) = ln(x 2 + x + 1) , − 1 ≤ x ≤ 1
• Valores nos pontos críticos:
1 2x + 1
f ′ ( x) = 0 ↔ . (2x + 1) = 0 ↔ =0 ↔ x
(x 2 + x + 1) (x 2 + x + 1)
1
=−
2

1 1 2 1 3
f (− ) = ln ((− ) + (− ) + 1) = ln ( ) = −0,3
2 2 2 4

• Valores dos extremos:


f(−1) = ln((−1)2 + (−1) + 1) = ln1 = 0

f(1) = ln(12 + 1 + 1) = ln3 = 1,1


• Determinação do máximo e mínimo:

Assim, comparando os números temos que o máximo absoluto é f(1) = ln3 = 1,1
1 3
e o mínimo absoluto é f (− 2) = ln (4) = −0,3 .
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

Tudo isso só é possível devido um resultado importante, o Teorema do Valor


Médio.

Teorema do Valor Médio: Seja f uma função que satisfaça as seguintes hipóteses:

1) f é contínua no intervalo fechado [a,b];


2) f é derivável no intervalo aberto (a,b);

𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎)
Então, existe um número c em (a,b), tal que 𝑓 ′(𝑐 ) = .
𝑏−𝑎

Agora vamos ver alguns critérios para determinar esses extremos.

Teste Crescente/Decrescente:

1) Se 𝑓 ′(𝑥 ) > 0 em um intervalo, então f é crescente nele.


2) Se 𝑓 ′(𝑥 ) < 0 em um intervalo, então f é decrescente nele.

Teorema (Critério da derivada primeira para determinação de extremos): Suponha


que c seja um número crítico de uma função contínua f.

1) Se o sinal de f′ mudar de positivo para negativo em c, então f tem um máximo


local em c.
2) Se o sinal de f′ mudar de negativo para positivo em c, então f tem um máximo
local em c.
3) Se f′ não mudar de sinal em c (isto é, se em ambos os lados de c f′ for positivo ou
negativo),
então f não tem máximo ou mínimo locais em c.

Exemplo: Encontre os intervalos de crescimento, decrescimento, máximos e mínimos


locais da

função 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥³ − 7𝑥 + 6.

7 7
f ′ ( x) = 0 ↔ 3x² − 7 = 0 ↔ x′ = √ ou x ′′ = −√
3 3

7 7
Assim, os pontos críticos são √ e −√ . Agora, para analisarmos basta
3 3

pegarmos pontos próximos dos críticos para vermos o sinal da derivada.


Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

7
• Para x < −√3 : pegamos −2 e temos que f ′ (−2) = 5 > 0.

Pegamos −2 e temos que f ′ (−2) = 5 > 0.


Pegamos − e temos que f ′ (−1) = −4 < 0.

7
• Para x > √3 , pegamos 2 e temos que f ′ (2) = 5 > 0.

Pegamos 2 e temos que f ′ (2) = 5 > 0.


Pegamos 2 e temos que f ′ (1) = −4 < 0.

• Para estudar o crescimento e decrescimento, basta olhar e juntar esses dois


desenhos.
7
Logo, a função é crescente nos intervalos (−∞, −√3) e

7 7 7
(√ , +∞), e é decrescente no intervalo (−√ , √ ). Pelo critério
3 3 3

da derivada primeira, temos que a função tem máximo locam em


7 7
x = −√3 e mínimo local em x = √3

Observação: Poderíamos encontrar os intervalos de crescimento e


decrescimento de maneira mais rápida se estudarmos o sinal da
derivada primeira, mas para isso precisaríamos conhecer o gráfico da derivada primeira.

Agora, esse teste não fala nada sobre a concavidade da função. Para isso, usamos
outro critério.
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

Proposição (Critério da derivada segunda para determinação de extremos):

1) Se 𝑓 ′′(𝑥 ) > 0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então f é côncava para cima em (𝑎, 𝑏).
2) Se 𝑓 ′′(𝑥 ) < 0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então f é côncava para baixo em (𝑎, 𝑏).

Definição: Um ponto 𝑃(𝑐, 𝑓 (𝑐 )) do gráfico de uma função contínua f é chamado um


ponto de inflexão se existe um intervalo (a,b) contendo c, tal que uma das situações
ocorra:

1) f é côncava para cima em (a,c) e côncava para baixo em (c,b)


2) f é côncava para baixo em (a,c) e côncava para cima em (c,b)

Ou seja, um ponto de inflexão é aquele em que a concavidade muda de sentido. Para


determiná-lo, basta tomarmos 𝑓 ′′(𝑥 ) = 0.

Exemplo: Voltando ao exemplo anterior, vamos estudar a concavidade.

𝑓 (𝑥 ) = 𝑥³ − 7𝑥 + 6

Sua derivada segunda é dada por 𝑓 ′′ (𝑥 ) = 6𝑥. Primeiramente, vamos encontrar o


candidato a ponto de inflexão, ou seja, o valor onde 𝑓 ′′(𝑥 ) = 0.

𝑓 ′′(𝑥 ) = 0 → 6𝑥 = 0 → 𝑥=0

Assim, 𝑥 = 0 é candidato a ponto de inflexão. Agora, aplicando os pontos críticos


7 7
encontrados anteriormente, √3 e −√3 , na derivada segunda temos:

7 7 7
𝑓 ′′ (√3) = 6. √3 > 0 → f é côncava para cima em 𝑥 = √3 .

7 7 7
𝑓 ′′ (−√ ) = 6. (−√ ) < 0 → f é côncava para baixo em 𝑥 = −√ .
3 3 3

Portanto, a função tem concavidade para cima para todo valor de 𝑥 > 0, concavidade para
baixo para todo valor de 𝑥 < 0 e o ponto de inflexão é em 𝑥 = 0, como pode ser
observado no gráfico anterior.

Observação: Poderíamos encontrar as concavidades de maneira mais rápida se


estudarmos o sinal da derivada segunda, mas para isso precisaríamos conhecer o gráfico
da derivada segunda.
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

______________________________________________________________________
Exercícios:

1) Uma cidade X é atingida por uma moléstia epidêmica. Os setores de saúde


calculam que o número de pessoas atingidas pela moléstia depois de um tempo t
(medidos em dias a partir do primeiro dia da epidemia) é, aproximadamente, dado
por:
𝑡³
𝑓 (𝑡) = 64𝑡 −
3
a) Qual é a razão da expansão da epidemia no tempo 𝑡 = 4?
b) Qual é a razão da expansão da epidemia no tempo 𝑡 = 8?
c) Quantas pessoas serão atingidas pela epidemia no 5º dia?

2) Um reservatório de água está sendo esvaziado para limpeza. A quantidade de água


no reservatório, em litros, t horas após o escoamento ter começado é dada por:
𝑉 = 50(80 − 𝑡)²
Determinar:
a) A taxa de variação média do volume de água no reservatório durante as 10
primeiras horas de escoamento.
b) A taxa de variação do volume de água no reservatório após 8 horas de
escoamento.
c) A quantidade de água que sai do reservatório nas 5 primeiras horas de
escoamento.

3) Se daqui a t anos o número N de pessoas que utilizarão a internet em determinada


comunidade for dada por 𝑁 (𝑡) = 10𝑡² + 30𝑡 + 15000, determine:
a) O número de pessoas que utilizarão a internet daqui a 2 anos nessa
comunidade.
b) A taxa de variação do número de pessoas que utilizarão a internet daqui a 2
anos nessa comunidade.

4) Encontre os números críticos das funções:


a) 𝑦 = 3𝑥 − 4 d) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
b) 𝑦 = 𝑥 2 − 3𝑥 + 8 e) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠𝑥
c) 𝑦 = 3 − 𝑥 3 f) 𝑦 = 𝑒 𝑥 − 𝑥
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

5) Encontre os valores de máximo e mínimo das seguintes funções nos intervalos


indicados:
a) 𝑓 (𝑥 ) = 1 − 3𝑥, [−2,2]
b) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥² − 4, [−1,3]
c) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥³ − 6𝑥 2 + 9𝑥 + 2, [0,4]
d) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥². 𝑒 𝑥 , [−5,1]
e) 𝑓 (𝑥 ) = 3𝑥 2 (𝑥 − 2)2 , [−1,2]
3
f) 𝑓 (𝑥 ) = √(𝑥 + 1)², [−3,4]

6) Determine os intervalos de crescimento e decrescimento, os máximos e mínimos


locais, os pontos de inflexão, os intervalos onde as funções tem concavidade
voltada para cima ou para baixo e esboce os gráficos das seguintes funções em ℝ:
(Sugestão: use o programa Wolfram para ver os gráficos, disponível online, ou o
Geogebra Graphing)
a) 𝑓 (𝑥 ) = 2𝑥³ − 3𝑥 2 − 36𝑥
b) 𝑓 (𝑥 ) = 2 + 2𝑥² − 𝑥 4
c) 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥√6 − 𝑥

7) Dado o gráfico da função f definida em ℝ:

Determine:
a) A 𝐼𝑚(𝑓 );
b) 𝑓(−2), 𝑓(−3), 𝑓(−4), 𝑓 (4), 𝑓 (0), 𝑓(8) e 𝑓 (5) ;
c) Os extremos locais e absolutos, se existirem;
d) Intervalos onde f é crescente e decrescente;
e) Os pontos x tais que 𝑓 ′(𝑥 ) = 0;
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

f) Os pontos x tais que 𝑓 ′(𝑥 ) não existe;


g) Os pontos de inflexão do gráfico.

______________________________________________________________________

Gabarito:

1) a) 𝑓 ′ (4) = 48, ou seja, no tempo 4 a moléstia está se alastrando a uma razão de


48 pessoas por dia.
b) 𝑓 ′(8) = 0, ou seja, no tempo 8 a moléstia está totalmente controlada.
c) Como o tempo foi contado em dias a partir do primeiro dia da epidemia, o 5º dia
corresponde à variação de t de 4 para 5. Assim,
𝑓 (5) − 𝑓 (4) ≅ 43
𝑉(10)−𝑉(0)
2) a) = −7500 𝑙/ℎ b) 𝑉 ′(8) = −7200 𝑙/ℎ c) 𝑉(0) − 𝑉(5) =
10−0

38750 𝑙
3) a) 15100 b) 70 pessoas/ano
4) a) não existe c) 0 e) 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℝ
3 𝜋
b) 2 d) 2 + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℝ f) 0

5) a) 𝑓 (−2) = 7 e 𝑓 (2) = −5 d) 𝑓 (1) ≅ 2,72 e 𝑓(0) = 0


b) 𝑓(3) = 5 e 𝑓(0) = −4 e) 𝑓(−1) = 27 e 𝑓 (0) = 0 = 𝑓(2)
c) 𝑓 (4) = 6 = 𝑓(1) e 𝑓 (0) = 2 = 𝑓(3) f) 𝑓 (4) ≅ 2,92 e 𝑓 (−1) = 0
6) a) Crescimento: (−∞, −2) e (3, +∞)
Decrescimento: (−2,3)
Máximo: 𝑓 (−2) = 44 Mínimo: 𝑓 (3) = −81
1 1 1 37
C.C.: ( , +∞) C.B.: (−∞, ) P.I.: ( , − )
2 2 2 2

b) Crescimento: (−∞, −1) e (0,1)


Decrescimento: (−1,0) e (1, +∞)
Máximo: 𝑓 (−1) = 3 = 𝑓(1) Mínimo: 𝑓 (0) = 2
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

1 1 1 1
C.C.: (− , ) C.B.: (−∞, − )e( , +∞) P.I.:
√3 √3 √3 √3
1 23
(± , )
3 9

c) Crescimento: (−∞, 4)
Decrescimento: (4,6)
Máximo: 𝑓 (4) = 4√2 Mínimo: não tem
C.C.: não tem C.B.: (−∞, 6) P.I.: não tem

7) a) 𝐼𝑚(𝑓 ) = [0, +∞)


b) 𝑓(−2) = 1, 𝑓 (−3) = 1, 𝑓 (−4) = 3, 𝑓(4) = 3, 𝑓 (0) = 3, 𝑓 (8) = 0, 𝑓 (5) = 1
c) Em 𝑥 = −3 assume mínimo local.
Em 𝑥 = 0 assume máximo local.
A função não assume máximo nem mínimo absolutos.
d) Crescente: (−3,2), (−2,0), (2,4), (4,5) e (8, +∞).
Decrescente: (−∞, −3), (0,2) e (5,8).
e) −3, 0 e 4
f) −4, −2, 2, 5 e 8
g) (−4,3) e (4,3)
______________________________________________________________________

• Problemas de otimização

Um problema de otimização é aquele onde se procura determinar os valores


extremos de uma função, isto é, o maior ou o menor valor que uma função pode assumir
em um dado intervalo. Problemas de otimização são comuns em nossa vida diária e
aparecem quando procuramos determinar o nível de produção mais econômico de uma
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

fábrica, o ponto da órbita de um cometa mais próximo da terra, a velocidade mínima


necessária para que um foguete escape da atração gravitacional da terra, etc.
Para resolver um problema de otimização é importante seguir alguns passos:

• Compreender o problema, o que é desconhecido? Quais são as quantidades dadas?


Quais as condições dadas?;
• Deduza a(s) função(ções) a qual o problema refere-se;
• Calcule a restrição e deixe um termo em função do outro;
• Substitua na função e a organize;
• Calcule o(s) ponto(s) crítico(s) usando os métodos estudados anteriormente;
• Verifique se o que foi encontrado é de máximo ou mínimo (dependendo do que o
problema pede) usando os métodos estudados anteriormente;
• Conclua o problema.

Observação: às vezes, dependendo do problema, não é necessário fazer todos os passos.

Para entender melhor, vamos olhar alguns exemplos:

Exemplos:
1) Um fazendeiro dispõe de 200 m de cerca para cercar dois currais adjacentes. Quais
devem ser as dimensões para que a área cercada seja máxima?

• Compreender o problema:

𝑃𝑐𝑒𝑟𝑐𝑎 = 200𝑚

O objetivo é encontrar as dimensões desses currais para que se tenha a maior área possível

• Funções:
𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 4𝑥 + 3𝑦 (usado para a restrição)
Á𝑟𝑒𝑎 = 2𝑥𝑦 (o que queremos maximizar)
• Restrição: Como ele dispõe de 200 m, esse será nosso perímetro limite. Assim,
200 − 4𝑥
200 = 4𝑥 + 3𝑦 ↔ 𝑦=
3
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

• Substituição:
200 − 4𝑥 400𝑥 − 8𝑥²
𝐴 = 2𝑥𝑦 ↔ 𝐴 = 2𝑥 ( ) ↔ 𝐴=
3 3
• Pontos críticos:
𝐴′ ( 𝑥 ) = 0
(400 − 16𝑥 ). 3 − (400𝑥 − 8𝑥 2 ). 0 1200 − 48𝑥
𝐴′ ( 𝑥 ) = =
32 9
Assim,
1200 − 48𝑥 1200
=0 ↔ 1200 − 48𝑥 = 0 ↔ 𝑥= ↔ 𝑥 = 25𝑚
9 48
• Máximo e mínimo: Nesse caso, vamos verificar se esse ponto é de máximo usando o
Critério da derivada primeira.

Pegando um número antes e um depois, temos:

1200 − 48.20
𝐴′(20) = ≅ 27
9

1200 − 48.30
𝐴′(30) = ≅ −27
9

Portanto, 25 é de máximo.
• Substituição: Substituindo na condição para encontrar y temos:
200 − 4.25 200 − 100 100
𝑦= = = ≅ 33𝑚
3 3 3
• Conclusão:
Portanto, para que a área seja máxima é preciso que cada curral tenha 25m de
comprimento e 33m de largura.

2) Dado um cone de geratriz igual a 5cm, determinar suas dimensões de modo que
se tenha o maior volume possível.

• Compreender o problema:
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

O objetivo é encontrar as dimensões desse cone para que se tenha o maior volume possível

• Funções:
1 1
𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ, onde 𝐴𝑏 = 𝜋. 𝑟². Assim, 𝑉 = 3 . 𝜋. 𝑟². ℎ

• Restrição: Como foi dado o valor da geratriz, usamos o triângulo que aparece na
figura e temos,
5² = 𝑟² + ℎ² ↔ 𝑟² + ℎ² = 25 ↔ 𝑟² = 25 − ℎ²

• Substituição:
1 1 25𝜋ℎ − 𝜋ℎ³
𝑉= . 𝜋. 𝑟². ℎ ↔ 𝑉 = . 𝜋. (25 − ℎ2 ). ℎ ↔ 𝑉=
3 3 3
• Pontos críticos:
𝑉 ′ (ℎ ) = 0
(25𝜋 − 3𝜋ℎ²).3 − (25𝜋ℎ − 𝜋ℎ³). 0 75𝜋 − 9𝜋ℎ²
𝑉 ′ (ℎ ) = =
32 9
Assim,
75𝜋 − 9𝜋ℎ² 75𝜋 25
=0 ↔ 75𝜋 − 9𝜋ℎ2 = 0 ↔ ℎ2 = ↔ ℎ2 = ↔ ℎ
9 9𝜋 3
5√3
= ≅ 2,9𝑐𝑚
3

• Máximo e mínimo: Nesse caso, vamos verificar se esse ponto é de máximo usando o
Critério da derivada segunda.

−18𝜋ℎ. 9 − (75𝜋 − 9𝜋ℎ2 ). 0 162𝜋ℎ


𝑉 ′′ (ℎ) = =− = −2𝜋ℎ
9² 81

Agora, estudando no ponto crítico temos:

𝑉 ′′(2,9) = −2. 𝜋. 2,9 = −18,2 < 0


Assim, a função tem concavidade para baixo (pois a derivada segunda deu negativa),
então h é de máximo.
• Substituição: Substituindo na condição para encontrar r temos:
𝑟² = 25 − (2,9)2 = 25 − 8,41 = 16,59 ↔ 𝑟 = ±√16,59 ≅ 4𝑐𝑚
(lembrando que usamos o valor apenas positivo, pois estamos tratando de distância).
• Conclusão:
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

Portanto, para que o volume seja máximo é preciso que esse cilindro tenha 4cm de raio e
aproximadamente 2,9cm de altura.

3) Pretende-se estender um cabo de uma usina de força à margem de um rio de 900m


de largura até uma fábrica situada do outro lado do rio, 3000m rio abaixo. O custo
para estender um cabo pelo rio é de R$ 5,00 o metro, enquanto que para estendê-
lo por terra custa R$ 4,00 o metro. Qual é o percurso mais econômico para o cabo?

• Compreender o problema:

O objetivo é minimizar o custo para a instalação do cabo.

• Funções:

𝐶(𝑥) = 5√900² + 𝑥² + 4(3000 − 𝑥)

• Restrição: Como neste caso não foi dado uma restrição, aparentemente, temos que
pensar um pouco. Sabemos que o cabo precisa descer o rio 3000 metros, e que o valor
de x e de 3000 − 𝑥 não podem ser negativos, acabamos criando nossa restrição, isso
é, a função custo tem como intervalo [0,3000].

• Substituição: Neste caso, não teremos esse procedimento.


• Pontos críticos:
𝐶 ′ (𝑥 ) = 0
5𝑥
𝐶 ′(𝑥) = −4
√9002 + 𝑥 2
Assim,
5𝑥 5𝑥 5𝑥
−4= 0 ↔ =4 ↔ √9002 + 𝑥 2 = ↔
√9002 + 𝑥 2 √9002 + 𝑥 2 4

2 5𝑥 2 25𝑥² 900². 16
↔ (√9002 + 𝑥 2 ) = ( ) ↔ 900² + 𝑥² = ↔ 𝑥² =
4 16 9
↔ 𝑥 = ±1200
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

Como nosso intervalo é [0,3000], temos que o nosso ponto crítico em questão é 𝑥 =
1200.

• Máximo e mínimo: Neste caso como estamos em um intervalo fechado, usaremos o


Método do Intervalo Fechado.
No ponto crítico encontrado:

𝐶 (1200) = 5√9002 + 12002 + 4(3000 − 1200) = 14.700,00


Nos extremos:

𝐶 (0) = 5√9002 + 02 + 4(3000 − 0) = 16.500,00

𝐶 (3000) = 5√9002 + 30002 + 4(3000 − 3000) = 15.660,00

• Substituição: Neste caso, não teremos esse procedimento.

• Conclusão:

Concluímos, portanto, que o custo mínimo para a instalação do cabo será de R$ 14.700,00
e, para obtê-lo, o cabo deverá percorrer 1.800 metros por terra, a partir da fábrica, e 1.500
metros depois por água até a usina.

𝑥³
4) O custo para produzir certo produto é dado por 𝐶 (𝑥 ) = − 6𝑥 2 + 30𝑥 + 25.
3

Determine o lucro máximo se o preço do produtor é de R$10,00.

• Compreender o problema:

O objetivo é maximizar o lucro para a venda quando os produtos custam R$10,00.

• Funções:
O lucro é dado por 𝐿(𝑥 ) = 𝑅 (𝑥 ) − 𝐶(𝑥), onde R é a receita (o quanto se ganha com a
venda dos produtos) e C o custo para produzir esses produtos. A receita, sendo assim, é
dada por 𝑅(𝑥 ) = 10. 𝑥. Portanto,

𝑥3 𝑥3
𝐿(𝑥 ) = 𝑅(𝑥 ) − 𝐶 (𝑥 ) = 10𝑥 − + 6𝑥 2 − 30𝑥 − 25 = − + 6𝑥 2 − 20𝑥 − 25
3 3

• Restrição: Neste caso não temos restrição.


• Substituição: Neste caso, não teremos esse procedimento.
• Pontos críticos:
𝐿′ (𝑥 ) = 0
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

𝐿′ (𝑥 ) = −𝑥 2 + 12𝑥 − 20
Assim,
−𝑥 2 + 12𝑥 − 20 = 0 ↔ 𝑥′ = 2 ou 𝑥" = 10

• Máximo e mínimo: Nesse caso, vamos verificar se esse ponto é de máximo usando o
Critério da derivada segunda.

𝐿′′ (𝑥 ) = −2𝑥 + 12

Agora, estudando nos pontos críticos temos:

𝐿′′ (2) = −2.2 + 12 = 8 > 0


𝐿′′ (10) = −2.10 + 12 = −8 < 0
Assim, em 𝑥 = 2 a função tem concavidade para cima, ou seja, é ponto de mínimo. Já
em 𝑥 = 10 a função tem concavidade para baixo, ou seja, é ponto de máximo.

• Substituição: Neste caso, não teremos esse procedimento.

• Conclusão:

Portanto, o lucro máximo é de 𝐿(10) = 41,66. Note que o ganho da empresa deu-se,
pois o custo 𝐶 (10) = 58,33 e a receita 𝑅(10) = 100.
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Exercícios:

1) Um fazendeiro tem 1200m de cerca e quer cercar um campo retangular que está
na margem de um rio reto. Ele não precisa de cerca ao longo do rio. Quais são as
dimensões do campo que tem maior área?
2) Um fabricante de caixas de papelão pretende fazer caixas sem tampas a partir de
folhas quadradas de cartão com área igual a 576cm2, cortando quadrados iguais
nos quatro cantos e dobrando os lados para cima. Determinar o lado do quadrado
que deve ser cortado para se obter uma caixa com o maior volume possível.
3) Uma lata cilíndrica é feita para receber 1 litro de óleo. Encontre as dimensões que
minimizarão o custo do metal para produzir a lata.
4) Uma caixa com base quadrada deve ter um volume de 80 centímetros cúbicos.
Cada centímetro quadrado da tampa e do fundo custa R$ 0,20 e cada centímetro
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

quadrado das laterais custa R$ 0,10. Determine as dimensões que minimizariam


o custo.
5) O lucro P (em milhares de dólares) de uma empresa que gasta uma quantia s (em
milhares de dólares) com publicidade é
1 3
𝑃=− 𝑠 + 6𝑠 2 + 400
10
Determine a quantia que a empresa deveria gastar com publicidade a fim de
produzir lucro máximo.
6−𝑥
6) Um retângulo é limitado pelos eixos x e y e pelo gráfico de 𝑦 = (Veja a figura).
2

Quais devem ser o comprimento e a largura do retângulo para que sua área seja
máxima.

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Gabarito:

1) O campo retangular deve ter 300m de profundidade e 600m de extensão.


2) Calculando o lado primeiro do quadrado, temos que é igual a 24. Assim, a ideia
seria:

Assim, o lado do quadrado da base deve ser 16cm e a altura da caixa 4cm.
3) Para minimizar o custo da lata o raio deve ser de aproximadamente 5,42cm e a altura
deve ser igual a duas vezes o valor do raio, ou seja, deve ser igual ao diâmetro.
4) A caixa deve ter lado da base de aproximadamente 3,42cm e altura de
aproximadamente 6,84cm.
5) R$40000 (𝑠 = 40).
6) Comprimento de 3 unidades e largura de 1,5 unidades.
Cálculo 1 – Profa. Elizabete L. da Silva (elizabete.silva@fmu.br)

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