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Cálculo Diferencial e Integral I – Profª Caroline N.

Parajara Libotte

Limite de uma função


Na matemática, o estudo de Limite tem o objetivo de determinar o comportamento de uma função à medida
que ela se aproxima de alguns valores, sempre relacionando os pontos x e y.
Vamos analisar o comportamento da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 quando 𝑥 se aproxima de 3.
𝑥 𝑓(𝑥) 𝑥 𝑓(𝑥)
3,1 9,61 2,9 8,41
3,01 9,0601 2,99 8,9401
3,001 9,006001 2,999 8,994001
3,0001 9,00060001 2,9999 8,99940001
3,00001 9,0000600001 2,99999 8,9999400001
3,000001 9,000006000001 2,999999 8,999994000001

Observe que à medida que os valores se aproximam de 3, tanto pela direita quanto pela esquerda, a imagem
da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 se aproxima de 9.

Matematicamente, diz-se que “o limite da função f tende a 9 quando x tende a 3”. A anotação é lim 𝑥 2 = 9.
𝑥→3

Definição: Seja 𝑓 uma função definida em um intervalo aberto que contenha 𝑎, exceto em 𝑎. A afirmação

lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
𝑥→𝑎
É lida como “o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende a 𝑎, é igual à L”, se os valores de 𝑓(𝑥) podem se tornar
arbitrariamente próximos de 𝐿, ao tornar 𝑥 suficientemente próximo de 𝑎 (por ambos os lados), mas não igual
à 𝑎. //

Como está sendo dito acima, f(x) não precisa estar definida em 𝑥 = 𝑎, mas sim, próximo de 𝑎.

𝑥−1
Vamos analisar o comportamento da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2−1 quando 𝑥 se aproxima de 1.
𝑥 𝑓(𝑥) 𝑥 𝑓(𝑥)
1,1 0,476190 0,9 0,526316
1,01 0,497512 0,99 0,502513
1,001 0,499750 0,999 0,500250
1,0001 0,499975 0,9999 0,500025

Percebemos que quando 𝑥 se aproxima de 1, a função tende a 0,5, mesmo a função não sendo definida em
𝑥 = 1 (1 não faz parte do domínio da função. Veja o gráfico a seguir)

𝑥 2 −1
Exemplo: 𝑓(𝑥) = { 𝑥−1 , 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 1
2, 𝑠𝑒 𝑥 = 1
Quando 𝑥 = 1 a função vale 2 (𝑓(1) = 2), ou seja, agora a função está definida para 𝑥 = 1. Mas quando 𝑥 se
aproxima de 2, tanto por valores maiores quanto menores, a função se aproxima de 0,5. Então, lim 𝑓(𝑥) ≠
𝑥→1
𝑓(1).

O limite descreve o comportamento da função à medida em que x se aproxima de um determinado número, e


não no próprio número.

Nota-se que nos gráficos abaixo quando 𝑥 se aproxima de 𝑎, 𝑓(𝑥) se aproxima de L, independente do valor
de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 = 𝑎. Assim, pode-se dizer que o limite da função 𝑓 quando 𝑥 tende a 𝑎 é L (lim 𝑓(𝑥) = 𝐿).
𝑥→𝑎

Propriedades básicas de Limite:

Suponha que lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 e lim 𝑔(𝑥) = 𝑀 e que 𝑐 seja uma constante.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
1. lim [𝑓(𝑥) ± 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) ± lim 𝑔(𝑥) = 𝐿 ± 𝑀
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

2. lim [𝑐. 𝑓(𝑥)] = 𝑐 lim 𝑓(𝑥) = 𝑐. 𝐿


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

3. lim [𝑓(𝑥). 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) . lim 𝑔(𝑥) = 𝐿. 𝑀


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

𝑓(𝑥) lim 𝑓(𝑥)=𝐿 𝐿


4. Se lim 𝑔(𝑥) = 𝑀 ≠ 0, então lim 𝑔(𝑥) = 𝑥→𝑎 =𝑀
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 lim 𝑔(𝑥)=𝐿
𝑥→𝑎

5. lim [𝑓(𝑥)]𝑛 = 𝐿𝑛
𝑥→𝑎

𝑛
6. lim 𝑛√𝑓(𝑥) = 𝑛√ lim 𝑓(𝑥) = √𝐿
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
7. lim |𝑓(𝑥)| = | lim 𝑓(𝑥) | = |𝐿|
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

8. lim 𝑐 = 𝑐
𝑥→𝑎

CONTINUIDADE

Função contínua: Dizemos que a função é contínua em um número 𝑎 se, e somente se, as seguintes condições
forem válidas:
I. 𝑓(𝑎) é definido;

II. lim 𝑓(𝑥) existe;


𝑥→𝑎

III. lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎).


𝑥→𝑎

Exemplos: 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 2 é contínua em 𝑥 = 0? VER CADERNO. FAZER NO QUADRO.

𝑥 + 2, 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 1
Exemplos: 𝑓(𝑥) = {
−𝑥 + 4, 𝑠𝑒 𝑥 > 1

−𝑥 + 2, se 𝑥 ≠ 1
𝐸𝑥𝑒𝑚𝑝𝑙𝑜: 𝑓(𝑥) = { é contínua em 1?
2, se 𝑥 = 1

I - 𝑓(1) = 2
II - lim 𝑓(𝑥) = −1 + 2 = 1
𝑥→1
III- 𝑓(1) ≠ lim 𝑓(𝑥).
𝑥→1
Portanto, a função não é contínua em 1.

𝑥 + 1, se 𝑥 < 2
Exemplo: 𝑓(𝑥) = { é contínua em 𝑥 = 2?
−𝑥 + 3, se 𝑥 ≥ 2
I - 𝑓(2) =1
II - lim 𝑓(𝑥) = ? ? ?
𝑥→2

Limites Laterais:
• Pela esquerda: estamos interessados em valores menores que a. (𝑥 → 𝑎− )
• Pela direita: estamos interessados em valores maiores que a. (𝑥 → 𝑎+ )

Voltando ao último exemplo:


Para valores menores que 3, temos:
lim 𝑓(𝑥) = lim− 𝑥 + 1 = 2 + 1 = 3
𝑥→2− 𝑥→2
Para valores maiores que 3, temos:

lim 𝑓(𝑥) = lim+ −𝑥 + 3 = −2 + 3 = 1


𝑥→2+ 𝑥→2

Como lim− 𝑓(𝑥) ≠ lim+ 𝑓( 𝑥), o limite não existe.


𝑥→2 𝑥→2

O limite 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙)existe e é igual a L se, e somente se, ambos os limites laterais 𝐥𝐢𝐦− 𝒇(𝒙) e 𝐥𝐢𝐦+ 𝒇( 𝒙)
𝒙→𝒂 𝒙→𝒂 𝒙→𝒂
existem e têm o mesmo valor L.

2𝑥 − 1, se 𝑥 < 3
Exemplo: 𝑓(𝑥) = { é contínua em 𝑥 = 3?
10 − 𝑥, se 𝑥 ≥ 3
SIM

4 − 𝑥 2 , se 𝑥 ≤ 1
Exemplo: 𝑓(𝑥) = {
2 + 𝑥 2 , 𝑠𝑒 𝑥 > 1
SIM
𝑥 + 5, se 𝑥 < 3
Exemplo: 𝑓(𝑥) = { √9 − 𝑥 2 , −3 ≤ 𝑥 ≤ 3
3 − 𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 > 3
NÃO
|𝑥−3|
Exemplo: 𝑓(𝑥 ) = 𝑥−3
𝑥−3
para 𝑥 < 3, lim− − 𝑥−3 = −1
𝑥→3
𝑥−3
Para 𝑥 > 3, lim+ 𝑥−3 = 1
𝑥→3
LIMITES INFINITOS

1
Vamos analisar o que acontece com a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 quando 𝑥 se aproxima de 0.

Seja 𝑓 uma função definida em todo número de um intervalo aberto I contendo 𝑎, exceto possivelmente no
próprio 𝑎. Quando 𝑥 tende a 𝑎, 𝑓(𝑥) cresce indefinidamente e escrevemos:
lim 𝑓(𝑥) = +∞
𝑥→𝑎

Quando 𝑥 tende a 𝑎, 𝑓(𝑥) decresce indefinidamente e escrevemos:


lim 𝑓(𝑥) = −∞
𝑥→𝑎

3
Exemplo: lim (𝑥−2)2
𝑥→2

x f(x) x F(x)
1 3 3 3
1,5 12 2,5 12
1,9 300 2,1 300
1,99 30.000 2,01 30.000
1,999 3.000.000 2,001 3.000.000
TEOREMA: Se 𝑎 for um real qualquer e se lim 𝑓(𝑥) = 0 e lim 𝑔(𝑥) = 𝑐, onde 𝑐 é uma constante não-nula,
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
então:
i. Se 𝑐 > 0 e se 𝑓(𝑥) → 0 por valores positivos de 𝑓(𝑥), então

𝑔(𝑥)
lim = +∞
𝑥→𝑎 𝑓(𝑥)

ii. Se 𝑐 > 0 e se 𝑓(𝑥) → 0 por valores negativos de 𝑓(𝑥), então

𝑔(𝑥)
lim = −∞
𝑥→𝑎 𝑓(𝑥)

iii. Se 𝑐 < 0 e se 𝑓(𝑥) → 0 por valores positivos de 𝑓(𝑥), então

𝑔(𝑥)
lim = −∞
𝑥→𝑎 𝑓(𝑥)

iv. Se 𝑐 < 0 e se 𝑓(𝑥) → 0 por valores negativos de 𝑓(𝑥), então

𝑔(𝑥)
lim = +∞
𝑥→𝑎 𝑓(𝑥)

OBS: o teorema também é válido se usarmos limites laterais.

1 1
Exemplo: lim− 𝑥 = −∞ e lim+ 𝑥 = +∞
𝑥→0 𝑥→0

3−𝑥 3−𝑥
Exemplo: lim− 2−𝑥 = +∞ e lim+ 2−𝑥 = −∞
𝑥→2 𝑥→2
ASSÍNTOTA VERTICAL
A reta 𝑥 = 𝑎 será uma assíntota vertical do gráfico de 𝑓, se pelo menos uma das afirmativas for verdadeira:
i. lim+ 𝑓(𝑥) = +∞
𝑥→𝑎

ii. lim 𝑓(𝑥) = −∞


𝑥→𝑎 +

iii. lim 𝑓(𝑥) = +∞


𝑥→𝑎 −

iv. lim 𝑓(𝑥) = −∞


𝑥→𝑎 −

OBS: Uma maneira de determinar as assíntotas verticais em um


gráfico consiste em investigar os pontos onde a função não está
definida, pois caso a assíntota vertical seja a reta 𝑥 = 𝑎, então
obrigatoriamente 𝑎 ∉ 𝐷(𝑓).

1
Exemplo: Encontre a(s) assíntota(s) da função 𝑓(𝑥) = 𝑥−3.
1 1
lim− 𝑥−3 = −∞ e lim+ 𝑥−3 = +∞
𝑥→3 𝑥→3
Logo, a reta 𝑥 = 3 é a assíntota vertical de 𝑓(𝑥).
√𝑥 2 +3
Exemplo: 𝑓(𝑥) = 𝑥

Essa função está definida em ℝ∗ . Nesse caso, só o 0 não faz parte do


domínio da função, então a reta 𝑥 = 0 deve ser uma assíntota. Veja:

√𝑥 2 +3 √𝑥 2 +3
lim− = −∞ e lim+ = +∞
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥

𝑥 = 0 é uma assíntota vertical.

𝑥
Exemplo: 𝑓(𝑥) = 𝑥 2−4

Só não faz parte do domínio da função o 2 e o -2, então as reta 𝑥 = −2 e


𝑥 = 2 devem ser assíntotas. Veja:

𝑥 𝑥
lim − 𝑥 2−4 = −∞ e lim + 𝑥 2−4 = +∞
𝑥→−2 𝑥→−2

𝑥 𝑥
lim = −∞ e lim+ 𝑥 2−4 = +∞
𝑥→2− 𝑥 2 −4 𝑥→2

𝑥 = 2 é uma assíntota vertical.


𝑥 = −2 é uma assíntota vertical.

LIMITES NO INFINITO

Estamos interessados em analisar o comportamento da função quando 𝑥 tende ao infinito (𝑥 → ∞), ou ao


menos infinito (𝑥 → −∞)

1
Exemplo: 𝑓(𝑥) = 𝑥
𝑥 𝑓(𝑥) 𝑥 𝑓(𝑥)
10 0,1 -10 -0,1
100 0,01 -100 -0,01
1000 0,001 -1000 -0,001
10000 0,0001 -10000 -0,0001
100000 0,00001 -100000 -0,00001

DEFINIÇÃO: Seja 𝑓 uma função definida em um intervalo (𝑎, +∞) o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 cresce
indefinidamente, é 𝐿, escrito
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
𝑥→+∞
Analogamente, seja 𝑓 uma função definida em um intervalo (−∞, 𝑎) o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 decresce
indefinidamente, é 𝐿, escrito
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
𝑥→−∞
OBS: Para resolver esse tipo de limite, devemos dividir o numerador e o denominador pela maior potência de
𝑥 que ocorrer neles. Veja:
2−3𝑥+5𝑥 2
• Exemplo: lim
𝑥→∞ 2𝑥 3 −5
A maior potência é o 𝑥 3 , logo, devemos dividir tanto o numerador quanto o denominador por 𝑥 3 .
2 − 3𝑥 + 5𝑥 2 2 3𝑥 5𝑥 2
lim 3 − lim + lim 0−0+0 0
𝑥3 𝑥→∞ 𝑥 3 𝑥→∞ 𝑥 3
lim 3 = 𝑥→∞ 𝑥 3 = = =0
𝑥→∞ 2𝑥 − 5 2𝑥 5 2−0 2
lim − lim 3
𝑥3 𝑥→∞ 𝑥 3 𝑥→∞ 𝑥

𝑥2
𝑥2 𝑥2 1
• Exemplo: lim = lim 5 𝑥 = lim =∞
𝑥→∞ 5+𝑥 𝑥→∞ 𝑥2 +𝑥2 𝑥→∞ 0

4 5𝑥 4 5𝑥 4 5𝑥
− − −
4−5𝑥 √𝑥2 √𝑥2 0+5 5
• |𝑥| |𝑥| −𝑥 −𝑥
Exemplo: lim = lim = lim = lim = lim =
𝑥→−∞ √3𝑥 2 +2 𝑥→−∞ √3𝑥2 +2 𝑥→−∞ √3𝑥2+2 𝑥→−∞ √3𝑥2 + 2 𝑥→−∞ √3+0 √3
√𝑥2 𝑥2 𝑥2 𝑥2

ASSÍNTOTA HORIZONTAL

Uma assíntota horizontal é uma reta paralela ao eixo 𝑥.


DEFINIÇÃO: A reta 𝑦 = 𝑏 é denominada uma assíntota horizontal do gráfico de 𝑓 se pelo menos uma das
seguintes afirmações for válida:
i. lim 𝑓(𝑥) = 𝑏
𝑥→+∞
ii. lim 𝑓(𝑥) = 𝑏
𝑥→−∞

Exemplo: Ache as assíntotas horizontais de


3𝑥
𝑓(𝑥) =
√5𝑥 2 + 2

3𝑥 3𝑥
3𝑥 √𝑥 2 |𝑥| 3 3
lim = lim = lim = lim =
𝑥→∞ √5𝑥 2 + 2 𝑥→∞ √5𝑥 2 + 2 𝑥→∞ 2 𝑥→∞ √5 + 0 √5
√5𝑥2 + 22
√𝑥 2 𝑥 𝑥
3 3𝑥
Logo, a reta 𝑦 = é uma assíntota horizontal de 𝑓(𝑥) = √5𝑥 2
√5 +2

Exemplo:
3𝑥 3𝑥
3𝑥 √𝑥 2 |𝑥| −3 −3
lim = lim = lim = lim =
𝑥→−∞ √5𝑥 2 + 2 𝑥→−∞ √5𝑥 2 + 2 𝑥→−∞ 2 𝑥→∞ √5 + 0 √5
√5𝑥2 + 22
√𝑥 2 𝑥 𝑥
3 3𝑥
Logo, a reta 𝑦 = − é uma assíntota horizontal de 𝑓(𝑥) = √5𝑥 2 .
√5 +2

TEOREMA DO CONFRONTO (OU DO SANDUÍCHE)

Sejam 𝑓, 𝑔 e ℎ três funções tais que 𝑓(𝑥) ≤ 𝑔(𝑥) ≤ ℎ(𝑥), para todo 𝑥 ≠ 𝑎. Se lim 𝑓(𝑥) = lim ℎ(𝑥) = 𝐿,
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
então existe lim 𝑔(𝑥) e também é igual a 𝐿.
𝑥→𝑎
Esse teorema funciona somente quando a função desejada esteja sempre
no meio das duas exceto dentro do limite que estamos buscando, como no
valor 𝑎 do gráfico.
Quando tendemos as funções f(x) e h(x) a 𝑎 seus resultados precisam ser
iguais, então descobrimos que este valor será o limite de g(x) tendendo a
𝑎.

1
Exemplo: lim 𝑥 𝑠𝑒𝑛 (𝑥)
𝑥→0
1
Sabe-se que −1 ≤ 𝑠𝑒𝑛 (𝑥) ≤ 1
Multiplicando tudo por 𝑥:
1
−𝑥 ≤ 𝑥𝑠𝑒𝑛 ( ) ≤ 𝑥
𝑥
1
lim − 𝑥 ≤ lim 𝑥𝑠𝑒𝑛 ( ) ≤ lim 𝑥
𝑥→0 𝑥→0 𝑥 𝑥→0
1
0 ≤ lim 𝑥𝑠𝑒𝑛 ( ) ≤ 0
𝑥→0 𝑥
1
Logo, lim 𝑥𝑠𝑒𝑛 (𝑥) = 0
𝑥→0

𝑠𝑒𝑛 𝑥
Exemplo: lim
𝑥→∞ 𝑥
−1 ≤ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ≤ 1
1 𝑠𝑒𝑛 𝑥 1
− ≤ ≤
𝑥 𝑥 𝑥

1 𝑠𝑒𝑛 𝑥 1
lim − ≤ lim ≤ lim
𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥 𝑥→∞ 𝑥

𝑠𝑒𝑛 𝑥
0 ≤ lim ≤0
𝑥→∞ 𝑥

𝑠𝑒𝑛 𝑥
Portanto, lim =0
𝑥→∞ 𝑥

2
Exemplo: lim 𝑥 4 cos (𝑥)
𝑥→0
2
−1 ≤ cos ( ) ≤ 1
𝑥
2
−𝑥 4 ≤ 𝑥 4 cos ( ) ≤ 𝑥 4
𝑥

2
lim − 𝑥 4 ≤ lim 𝑥 4 cos ( ) ≤ lim 𝑥 4
𝑥→0 𝑥→0 𝑥 𝑥→0

2
0 ≤ lim 𝑥 4 cos ( ) ≤ 0
𝑥→0 𝑥
2
Portanto, lim 𝑥 4 cos (𝑥) = 0
𝑥→0
LIMITE TRIGONOMÉTRICO FUNDAMENTAL

𝑠𝑒𝑛 𝑥
lim =1
𝑥→0 𝑥
Prova:
𝜋
Suponha que 0 < 𝑥 < 2 . A figura mostra o ciclo trigonométrico
(unitário) 𝑥 2 + 𝑦 2 = 1 e o setor circular AB’C, onde B’ é o ponto
(1,0) e C é o ponto (cos 𝑥, 𝑠𝑒𝑛 𝑥).
Veja que temos 3 regiões: triângulo ABC, setor circular AB’C e o triângulo AB’C’. Pela figura, percebe-se
que:
Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵𝐶) < Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵 ′ 𝐶) < Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵 ′ 𝐶 ′ )
𝑏𝑎𝑠𝑒 × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
Área de um triângulo retângulo é dada por: .
2
Logo,

cos(𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝑥)
Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵𝐶) = 2
′ ′) 1 𝑡𝑔(𝑥) 𝑡𝑔(𝑥)
Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵 𝐶 = =
2 2
A área de um setor circular é uma parte da área do ciclo trigonométrico, portanto, só fazer uma regra de 3:
𝜋𝑟 2 − − − 2𝜋
Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵 ′ 𝐶) − − − 𝑥
𝜋𝑟 2 𝑥
Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵 ′ 𝐶) =
2𝜋
𝑟2𝑥
Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵 ′ 𝐶) =
2
Mas como o raio é igual a 1, tem-se que
𝑥
Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵 ′ 𝐶) =
2
Então, se
Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵𝐶) < Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵 ′ 𝐶) < Á𝑟𝑒𝑎(𝐴𝐵 ′ 𝐶 ′ )
Logo,
cos(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑥 𝑡𝑔(𝑥)
≤ ≤
2 2 2
Que equivale a
𝑥 1
cos(𝑥) < <
sen(𝑥 ) cos(𝑥 )
Ou
1 𝑠𝑒𝑛 (𝑥)
> > cos(𝑥)
cos(𝑥) 𝑥
Ou
𝑠𝑒𝑛 (𝑥) 1
cos(𝑥) < <
𝑥 cos(𝑥)

Utilizando o teorema do confronto,


𝑠𝑒𝑛(𝑥) 1
lim cos(𝑥) < lim < lim
𝑥→0 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 cos(𝑥)
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
1 < lim <1
𝑥→0 𝑥

Portanto,
𝒔𝒆𝒏(𝒙)
𝐥𝐢𝐦 =𝟏
𝒙→𝟎 𝒙

𝑠𝑒𝑛 (5𝑥)
Exemplo: lim
𝑥→0 𝑥
5. 𝑠𝑒𝑛(5𝑥)
lim
𝑥→0 5𝑥
Fazendo a mudança de variável 𝑢 = 5𝑥, tem-se:
5. 𝑠𝑒𝑛(𝑢) 𝑠𝑒𝑛(𝑢)
lim = 5 lim = 5.1 = 5
𝑢→0 𝑢 𝑢→0 𝑢

1−cos(𝑥)
Exemplo: lim
𝑥→0 𝑥2

1 − cos(𝑥) 1 − cos(𝑥) (1 + cos(𝑥)) 1 − cos 2(𝑥) 1


lim = lim . = lim .
𝑥→0 𝑥2 𝑥→0 𝑥2 (1 + cos(𝑥)) 𝑥→0 𝑥2 1 + cos (𝑥)
2
𝑠𝑒𝑛 2 (𝑥) 1 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 1 2
1 1
= lim . = lim ( ) . lim = 1 . =
𝑥→0 𝑥2 1 + cos (𝑥) 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 1 + cos (𝑥) 2 2

𝑠𝑒𝑛 (3𝑥)
Exemplo: lim
𝑥→0 4𝑥
𝑠𝑒𝑛 (3𝑥) 3. 𝑠𝑒𝑛 (3𝑥) 3 𝑠𝑒𝑛 (3𝑥) 3 3
lim = lim = lim = .1 =
𝑥→0 4𝑥 𝑥→0 4.3𝑥 4 𝑥→0 3𝑥 4 4

𝑡𝑔(𝑥)
Exemplo: lim
𝑥→0 𝑥
𝑡𝑔(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 1 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
lim = lim = lim . = 1.1 = 1
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 cos(𝑥) 𝑥→0 cos(𝑥) 𝑥

𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
Exemplo: lim 𝑠𝑒𝑛(3𝑥)
𝑥→0

𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 2. 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 𝑥 2𝑥 2.1 2
lim = lim = lim = =
𝑥→0 𝑠𝑒𝑛(3𝑥) 𝑥→0 𝑠𝑒𝑛(3𝑥) 𝑥→0 3. 𝑠𝑒𝑛(3𝑥) 3.1 3
𝑥 3𝑥

Um outro limite trigonométrico fundamental é:


𝟏 − 𝐜𝐨𝐬 (𝒙)
𝐥𝐢𝐦 =𝟎
𝒙→𝟎 𝒙

Prova:
1 − cos(𝑥) 1 − cos(𝑥) (1 + cos(𝑥)) 1 − cos 2(𝑥) 1
lim = lim . = lim .
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 (1 + cos(𝑥)) 𝑥→0 𝑥 1 + cos (𝑥)
2 (𝑥)
𝑠𝑒𝑛 1 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 0
= lim . = lim . lim = 1. = 0
𝑥→0 𝑥 1 + cos (𝑥) 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 1 + cos (𝑥) 2

1−cos(𝑥)
Exemplo: lim
𝑥→0 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
1 − cos(𝑥)
1 − cos(𝑥) 𝑥 0
lim = lim = =0
𝑥→0 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑥→0 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 1
𝑥

2𝑡𝑔2 (𝑥)
Exemplo: lim
𝑥→0 𝑥2
2𝑡𝑔2 (𝑥) 𝑠𝑒𝑛 2 (𝑥)
lim = 2. lim
𝑥→0 𝑥2 𝑥→0 𝑥 2 cos 2 (𝑥)

𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 1
2. lim . lim . lim =
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 cos 2 (𝑥)

2.1.1.1 = 2

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