Manual de Apoio - Continuidade e Derivabilidade - Volume II - IPIL

2024
1
TEMA: Continuidade/Derivabilidade
 Continuidade de Funções
CONTINUIDADE
O que se entende por fenómeno contínuo?
Cada ser humano apresenta uma ideia intuitiva de continuidade.
Se pedíssemos a uma criança para desenhar numa folha o tempo, possivelmente ela iria
desenhar uma linha, sem interrupções.
Haverá alguma relação entre a continuidade e o dia-a-dia?
São diversas as ciências que recorrem à continuidade para progredirem nos seus
estudos. Normalmente este conceito está mais direccionado para o ramo das ciências
exactas tais como a Matemática, a Física, a Biologia, a Química entre outras.
Perante as mais variadas situações, o Homem depara-se constantemente com situações

de continuidade.
O simples facto de “correr sangue nas nossas veias” é sinónimo de continuidade,

pois à partida que tal deixa de ser feito, a continuidade é quebrada. Um exemplo, muito
comum no nosso dia-a-dia é a representação do horizonte, pois este é algo infinito, mas
também contínuo.
Estudo da Continuidade
O sinónimo que caracteriza o termo “Continuidade”, segundo diversos dicionários, é

algo que sofre de ausência de interrupção, ou seja, em linguagem corrente significa que
“não é interrompido” ou “não está dividido em partes”.
Dionísio A. Palma / 921 935 906 / 951 962 371 / dionisiopalma00@gmail.com

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SEGUNDO O MATEMÁTICO DESCARTES (1596 – 1650), uma função

2
diz-se contínua quando se consegue desenhar um gráfico “sem nunca ter levantado o
lápis do papel”.
Graficamente:
Função Contínua

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3 Função Descontínua

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4
Definição: Seja 𝑓(𝑥) uma função de domínio 𝐷 ⊂ ℝ e 𝒂 um valor 𝐷. Dizemos que
𝑓(𝑥) é contínua em 𝒂 se: lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎).
𝑥→𝑎
Em decorrência da definição, dizemos que uma função 𝑓(𝑥) é contínua em 𝒂 nas

seguintes condições:
1. Existe 𝑓(𝑎)
2. Existe 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥)
𝑥→𝑎
3. 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎)

𝑥→𝑎
Observação: Caso uma das três condições impostas para que a função seja contínua
em 𝒂 não venha a ocorrer, dizemos então que ela é descontínua (não é contínua) em 𝒂.
Casos há em que para determinarmos o limite de uma função quando 𝒙 → 𝒂

temos que recorrer aos limites laterais e portanto a definição pode ser dada
da forma seguinte:
1. Existe 𝑓(𝑎)
2. Existe 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) ⇔ 𝑙𝑖𝑚− 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑖𝑚+ 𝑓(𝑥)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
3. 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎)

𝑥→𝑎

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EXEMPLO 1:
1.1 Verifique se a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥, é contínua no ponto 𝑥 = 2.
Resolução: Obs.: Neste caso, não é necessário
recorrer aos limites laterais para

i. 𝑓(2) = 23 − 2 ∙ 2 = 8 − 4 = 4, existe.
mostrar a existência do limite quando 𝑥
ii. lim 𝑓(𝑥) = lim(𝑥 3 − 2𝑥) = 23 − 2 ∙ 2 = 8 − 4 = 4 tende para 2 da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥

𝑥⟶2 𝑥→2
iii. lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(2) = 4

𝑥→2
Portanto, a função é contínua no ponto 𝑥 = 2.
𝑥 + 3 , 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 1
1.2 Verifique se a função 𝑓(𝑥) = { , é contínua no ponto
2 , 𝑠𝑒 𝑥 = 1
𝑥=1
Resolução:
Obs.: Neste caso, não é necessário
i. 𝑓(1) = 2, existe. recorrer aos limites laterais para

mostrar a existência do limite quando
ii. lim 𝑓(𝑥) = lim(𝑥 + 3) = 1 + 3 = 4 𝑥 tende para 1 da função dada.
𝑥→1 𝑥→1
iii.lim 𝑓(𝑥) ≠ 𝑓(1)

𝑥→1
Portanto, a função não é contínua no ponto 𝑥 = 1.

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𝑥+3 , 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 2
6 1.3 Verifique se a função 𝑓(𝑥) = { , é contínua no
3𝑥 − 1 , 𝑠𝑒 𝑥 > 2
ponto 𝑥 = 2.
Resolução:
i. 𝑓(2) = 2 + 3 = 5, existe.
ii. ∃ lim 𝑓(𝑥) ⇔ lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)

𝑥→2 𝑥→2 𝑥→2
lim 𝑓(𝑥) = lim− (𝑥 + 3) = 2 + 3 = 5

𝑥→2− 𝑥→2
} ⇒ ∃ lim 𝑓(𝑥) = 5
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+ (3𝑥 − 1) = 3 ∙ 2 − 1 = 6 − 1 = 5 𝑥→2
𝑥→2 𝑥→2
iii.lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(2) = 5

𝑥→2
𝑥+2 , 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 2
1.4 Verifique se a função 𝑓(𝑥) = { , é contínua no ponto
2−𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 > 2
𝑥 = 2.
Resolução:
i. 𝑓(2) = 2 + 2 = 4, existe.
𝑥→2 𝑥→2 𝑥→2
lim 𝑓(𝑥) = lim− (𝑥 + 2) = 2 + 2 = 4

𝑥→2− 𝑥→2
} ⇒ ∄ lim 𝑓(𝑥)
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+ (2 − 𝑥) = 2 − 2 = 0 𝑥→2
𝑥→2 𝑥→2
Logo, a função não é contínua no ponto 𝑥 = 2, ou seja é descontínua no ponto 𝑥 = 2.
1.5 Determinar 𝑚 (𝑚 ∈ ℝ), de modo que a função
𝑥 2 − 4𝑥 + 3, 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 2
𝑓(𝑥) = { seja contínua em 𝑥 = 2.
2𝑚 + 1 , 𝑠𝑒 𝑥 = 2
Resolução:
i. 𝑓(2) = 2𝑚 + 1
ii. lim 𝑓(𝑥) = lim (𝑥 2 − 4𝑥 + 3) = 22 − 4 ∙ 2 + 3 = 4 − 8 + 3 = −1

𝑥→2 𝑥→2

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7 iii.Para que 𝑓(𝑥) seja contínua em 𝑥 = 2, devemos ter: lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(2) ⇒
𝑥→2
−1 = 2𝑚 + 1 ⇒ 2𝑚 = −2 ⇒ 𝑚 = −1
Logo, 𝑓(𝑥) é contínua em 𝑥 = 2, se 𝑚 = −1.
1.6 Determinar 𝑘 (𝑘 ∈ ℝ), de modo que a função
7𝑥 − 2, 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 1
𝑘𝑥 2 , 𝑠𝑒 𝑥 > 1
Resolução:
i. 𝑓(1) = 7 ∙ 1 − 2 = 7 − 2 = 5, existe.

𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1
lim 𝑓(𝑥) = lim−(7𝑥 − 2) = 7 ∙ 1 − 2 = 7 − 2 = 5

𝑥→1− 𝑥→1
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+𝑘𝑥 2 = 𝑘 ∙ 12 = 𝑘 ∙ 1 = 𝑘
𝑥→1 𝑥→1
Para que exista o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende para 1, é necessário e

suficiente que: lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) ⇒ 5 = 𝑘 ⇔ 𝑘 = 5
𝑥→1 𝑥→1
Portanto, 𝑓(𝑥) é contínua em 𝑥 = 1, se 𝑘 = 5.
1.7 Determinar 𝑘 (𝑘 ∈ ℝ), de modo que a função
𝑘𝑥 2 , 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 2
2𝑥 + 𝑘 , 𝑠𝑒 𝑥 > 2
Resolução:
i. 𝑓(2) = 𝑘 ∙ 22 = 𝑘 ∙ 4 = 4𝑘

𝑥→2 𝑥→2 𝑥→2
lim 𝑓(𝑥) = lim− 𝑘𝑥 2 = 𝑘 ∙ 22 = 𝑘 ∙ 4 = 4𝑘

𝑥→2− 𝑥→2
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+(2𝑥 + 𝑘) = 2 ∙ 2 + 𝑘 = 4 + 𝑘
𝑥→2 𝑥→2
Para que exista o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende para 2, é necessário e

suficiente que: lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) ⇒ 4𝑘 = 4 + 𝑘 ⇒ 4𝑘 − 𝑘 = 4 ⇒
𝑥→2 𝑥→2

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4
8 ⟹ 3𝑘 = 4 ⇒ 𝑘 =
3
4
Portanto, 𝑘 = 3.
1.8 Estude a continuidade da função nos pontos indicados.
𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 > 1
𝑓(𝑥) = {2𝑥 − 1, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 1 , em 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1
−1 + 𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 < 0
Resolução:
Analisando a continuidade nos pontos 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1.
i. 𝑓(0) = 2 ∙ 0 − 1 = 0 − 1 = −1 e 𝑓(1) = 2 ∙ 1 − 1 = 2 − 1 = 1, existe.
ii. ∃ lim 𝑓(𝑥) ⇔ lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) e ∃ lim 𝑓(𝑥) ⇔ lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)
𝑥→0 𝑥⟶0 𝑥⟶0 𝑥→1 𝑥⟶1 𝑥⟶1
lim 𝑓(𝑥) = lim−(−1 + 𝑥) = −1 + 0 = −1

𝑥⟶0− 𝑥⟶0
} ⇒ ∃ 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = −𝟏
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+(2𝑥 − 1) = 2 ∙ 0 − 1 = 0 − 1 = −1 𝒙→𝟎
𝑥⟶0 𝑥⟶0
lim 𝑓(𝑥) = lim−(2𝑥 − 1) = 2 ∙ 1 − 1 = 2 − 1 = 1

𝑥⟶1− 𝑥⟶1
} ⇒ ∃ 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝟏
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑥 = 1 𝒙→𝟏
𝑥⟶1 𝑥⟶1
iii. lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(0) = −1 e lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(1) = 1

𝑥→0 𝑥→1
Portanto, a função é contínua nos pontos 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1.
𝑥 3 +𝑥 2 −𝑥
, 𝑠𝑒 𝑥 < 0
𝑥 2 −6𝑥
1
1.9 Verifique se a função 𝑓(𝑥) = , 𝑠𝑒 𝑥 = 0, é contínua no
6
√𝑥+9 − 3
{ 𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 > 0
ponto 𝑥 = 0.
Resolução:
i.
1
𝑓(0) = 6, existe.

𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0

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𝑥3 + 𝑥2 − 𝑥 𝑥(𝑥 2 + 𝑥 − 1) 𝑥2 + 𝑥 − 1 1
9 lim− 𝑓(𝑥) = lim− = lim = lim =
𝑥→0 𝑥→0 𝑥 2 − 6𝑥 𝑥→0− 𝑥(𝑥 − 6) 𝑥→0− 𝑥−6 6
√𝑥+9 – 3 (√𝑥+9 – 3)(√𝑥+9 + 3) 𝑥+9−9
Lim+ 𝑓(𝑥) = lim+ = lim+ = lim+ 𝑥(√𝑥+9 + 3) =
𝑥→0 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥(√𝑥+9 + 3) 𝑥→0
𝑥 1 1
= lim+ 𝑥(√𝑥+9 + 3) = lim+ =6
𝑥→0 𝑥→0 √𝑥+9 + 3
1
Como, lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) ⟹ ∃ lim 𝑓(𝑥) = 6
𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0
iii.
1
lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(0) = 6.
𝑥→0
 Definição: Dado um ponto 𝒂 do domínio de uma função 𝑓. Dizemos que 𝑓 é

contínua à direita de 𝒂 se:
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝒇(𝒂)

𝒙→𝒂+
E, Dizemos que 𝑓 é contínua à esquerda de 𝒂 se:
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝒇(𝒂)

𝒙→𝒂−
 Definição: Dizemos que uma função 𝑓 é contínua em um intervalo fechado

[𝑎; 𝑏] se 𝑓 é contínua no intervalo aberto (𝑎; 𝑏) ou ]𝑎; 𝑏[ e se é contínua à direita
de 𝒂 e à esquerda de 𝒃.
Teorema 1: Se 𝑓 e 𝑔 forem contínuas em um ponto 𝒂 e se 𝒌 for uma constante,

então as seguintes funções também são contínuas em 𝒂:
𝒇
1) 𝒇 ± 𝒈 2) 𝒇 ∙ 𝒈 3) , sendo 𝑔(𝑎) ≠ 0 4) 𝒌 ∙ 𝒇
𝒈
Teorema 2: Toda função é contínua para todo número de seu domínio.

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TEMA: Derivadas
 Taxa de variação
Toda derivada pode ser interpretada como uma taxa de variação.
 Razão incremental (Taxa média de variação)

Seja 𝑓(𝑥) uma função definida em um intervalo 𝐼 de seu domínio, e sejam 𝑥0 e 𝑥0 + ∆𝑥
dois valores pertencentes a esse intervalo. Quando a variável 𝑥 passa de 𝑥0 para 𝑥0 +
+∆𝑥 sofrendo um incremento ∆𝑥 a função 𝑓(𝑥) passará de 𝑓(𝑥0 ) para 𝑓(𝑥0 + ∆𝑥).
Observe o gráfico a seguir:

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∆𝑥 → é o acréscimo da variável 𝑥, ou seja: ∆𝑥 = 𝑥 − 𝑥0

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∆𝑦 → é o acréscimo da função, ou seja: ∆𝑦 = 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 ) ou ∆𝑦 = 𝑓(𝑥0 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥0 )

Denomina-se razão incremental (taxa média de variação de 𝒚 em relação à
∆𝑦
𝒙) o quociente ∆𝑥 .
Então, temos:
∆𝑦 𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 ) ∆𝑦 𝑓(𝑥0 +∆𝑥)−𝑓(𝑥0 )
= ou =
∆𝑥 𝑥−𝑥0 ∆𝑥 ∆𝑥
Considere a função f definida em ℝ por f(x) = x 2 − x.
EXEMPLO 2: a) Determine a taxa média de variação de f entre −4 e 2.

b) Determine k sabendo que a taxa média de variação de f
entre k e 10 é igual a 5.
∆𝑦 f(x)−f(x0 ) f(2)−f(−4) (22 −2)−((−4)2 −(−4)) 2−20 18

a) = = = = =− = −𝟑
∆𝑥 x−x0 2−(−4) 2+4 6 6
∆𝑦 f(x)−f(x0 ) f(10)−f(k) (102 −10)−(k2 −k) 90−k2 +k

b) = ⟹ =5⟹ =5⟹ =5
∆𝑥 x−x0 10−k 10−k 10−k
⟹ 90 − k 2 + k = 5(10 − k); 𝐂. 𝐄: 𝐤 ≠ 𝟏𝟎
⟹ 90 − k 2 + k = 50 − 5k
⟹ −k 2 + 6k + 40 = 0/∙ (−1)
⟹ k 2 − 6k − 40 = 0
⟹ (k − 10)(k + 4) = 0
⟹ 𝐤 = 𝟏𝟎 ∨ 𝐤 = −𝟒
Logo, 𝐤 = −𝟒.

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12  Derivada de uma função em um ponto

Seja 𝑦 = 𝑓(𝑥) a função que está representada no gráfico, e sejam 𝑥0 e 𝑥0 + ∆𝑥 dois
valores de seu domínio.
Denomina-se derivada da função 𝑓(𝑥) no ponto 𝑥0 o limite finito (se existir) da razão
incremental da função quando ∆𝑥 tende a zero, ou seja:
∆𝑦 𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 ) ∆𝑦 𝑓(𝑥0 +∆𝑥)−𝑓(𝑥0 )

𝑓 / (𝑥0 ) = lim ∆𝑥 = lim ou 𝑓 / (𝑥0 ) = lim ∆𝑥 = lim
𝑥→𝑥0 𝑥→𝑥0 𝑥−𝑥0 ∆𝑥→0 ∆𝑥→0 ∆𝑥
ou ainda
𝑓(𝑥0 +ℎ)−𝑓(𝑥0 )
𝑓 / (𝑥0 ) = lim
ℎ→0 ℎ
Taxa instantânea de variação

de 𝑦 em relação à 𝑥.

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EXEMPLO 3: Determine a derivada por definição da função 𝑓(𝑥) = 4𝑥 2 − 2 no

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ponto 𝑥0 = 2.
Resolução:
𝑓(𝑥0 + ℎ) − 𝑓(𝑥0 ) 𝑓(2 + ℎ) − 𝑓(2)

𝑓 / (𝑥0 ) = lim ⇒ 𝑓 / (2) = lim ⇒
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
/ (2)
4(2 + ℎ)2 − 2 − (4 ∙ 22 − 2)
⇒𝑓 = lim
ℎ→0 ℎ
/ (2)
4(4 + 4ℎ + ℎ2 ) − 2 − (16 − 2)
⇒𝑓 = lim
ℎ→0 ℎ
/ (2)
16 + 16ℎ + 4ℎ2 − 2 − 16 + 2
⇒𝑓 = lim
ℎ→0 ℎ
/ (2)
16ℎ + 4ℎ2
⇒𝑓 = lim
ℎ→0 ℎ
ℎ(16 + 4ℎ)
⇒ 𝑓 / (2) = lim
ℎ→0 ℎ
⇒ 𝑓 / (2) = lim (16 + 4ℎ)

ℎ→0
⇒ 𝒇/ (𝟐) = 𝟏𝟔
Outra maneira de resolver o exercício
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 ) 4𝑥 2 − 2 − (4 ∙ 22 − 2)
𝑓 / (𝑥0 ) = lim ⇒ 𝑓 / (2) = lim ⇒
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0 𝑥→2 𝑥−2
4𝑥 2 − 2 − (16 − 2)
⇒ 𝑓 / (2) = lim
𝑥→2 𝑥−2
4𝑥 2 − 2 − 16 + 2
⇒ 𝑓 / (2) = lim
𝑥→2 𝑥−2
4𝑥 2 − 16
⇒ 𝑓 / (2) = lim
𝑥→2 𝑥 − 2
4(𝑥 − 2)(𝑥 + 2)
⇒ 𝑓 / (2) = lim
𝑥→2 𝑥−2
⇒ 𝑓 / (2) = lim 4(𝑥 + 2)
𝑥→2
⇒ 𝒇/ (𝟐) = 𝟏𝟔

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 Funcão Derivada
A fim de facilitar nosso trabalho, de agora em diante acharemos a derivada num ponto
genérico 𝑥, para, só então, determinar seu valor num ponto considerado.
Sejam 𝑥 e 𝑥 + ∆𝑥 valores de um intervalo em que a função é derivável.
∆𝑦 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥)
A razão incremental é dada por: =
∆𝑥 ∆𝑥
∆𝑦
Denomina-se função derivada o limite de quando ∆𝑥 tende a zero e indica-se por:
∆𝑥
∆𝑦 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥+ℎ)−𝑓(𝑥)
𝑓 / (𝑥) = lim ∆𝑥 ⇒ 𝑓 / (𝑥) = lim ou 𝑓 / (𝑥) = lim
∆𝑥→0 ∆𝑥→0 ∆𝑥 ℎ→0 ℎ
Observação
A função derivada também pode ser indicada por:
 𝑦 / (Lê-se, derivada de 𝑦)
𝑑𝑦
 (Lê-se, derivada de 𝑦 em relação a 𝑥)
𝑑𝑥

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EXEMPLO 4: Dada a função 𝑓(𝑥) = 3𝑥 2 , definida em ℝ, calcule a função derivada

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𝑓 / (𝑥) por definição.
Resolução:
𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥) 3(𝑥 + ℎ)2 − 3𝑥 2

𝑓 / (𝑥) = lim ⇒ 𝑓 / (𝑥) = lim ⇒
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
3(𝑥 2 + 2𝑥ℎ + ℎ2 ) − 3𝑥 2
⇒ 𝑓 / (𝑥) = lim
ℎ→0 ℎ
3𝑥 2 + 6𝑥ℎ + 3ℎ2 − 3𝑥 2
⇒ 𝑓 / (𝑥) = lim
ℎ→0 ℎ
6𝑥ℎ + 3ℎ2
⇒ 𝑓 / (𝑥) = lim
ℎ→0 ℎ
ℎ(6𝑥 + 3ℎ)
⇒ 𝑓 / (𝑥) = lim
ℎ→0 ℎ
⇒ 𝑓 / (𝑥) = lim (6𝑥 + 3ℎ) ⇒ 𝒇/ (𝒙) = 𝟔𝒙

ℎ→0

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16  Interpretação Geométrica da Derivada

Considere 𝑓(𝑥) uma função contínua no intervalo aberto 𝐼. Seja 𝑥0 ∈ 𝐼 tal que exista a
derivada de 𝑓(𝑥) em 𝑥0 . Dado um ponto 𝑥0 ∈ 𝐼 de modo que 𝑥 ≠ 𝑥0 , consideremos a
recta 𝒓 que passa pelos pontos 𝑃(𝑥0 , 𝑓(𝑥0 )) e 𝑄(𝑥, 𝑓(𝑥)). (ver a figura abaixo)
𝒚= Recta secante
𝑓(𝑥)
∆𝒚 Recta tangente
𝑷
𝒚𝟎 =
∆𝒙
t
S
A recta 𝒔 é secante ao gráfico de 𝑓(𝑥) e seu coeficiente angular é:

NOTA: 𝒇(𝒙) = 𝒚
∆𝑦
𝑚=
∆𝑥
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
𝑚= 𝑥−𝑥0
Sendo a função 𝒇(𝒙) contínua em 𝑰, então, quando 𝒙 → 𝒙𝟎 , temos que o ponto

𝑸 desliza sobre o gráfico da função 𝒇(𝒙) aproximando-se do ponto 𝑷. Assim,
a recta 𝑠 desloca-se assumindo as posições nessa ordem, 𝑠1 , 𝑠2 , 𝑠3 ,... e tende
a coincidir com uma recta limite 𝑡, chamada recta tangente ao gráfico de

𝒇(𝒙) no ponto 𝑷. Portanto, temos:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )
𝑚 = lim
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0

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17 𝒇(𝒙) − 𝒇(𝒙𝟎 )
𝒇/ (𝒙𝟎 ) = 𝐥𝐢𝐦
𝒙→𝒙𝟎 𝒙 − 𝒙𝟎
Concluímos que a derivada de uma função 𝒇(𝒙) para 𝑥 = 𝑥0 é o coeficiente

angular da recta tangente à curva no ponto (𝒙𝟎 , 𝒚𝟎 ).
 Aplicações das Derivadas

Veremos a seguir duas aplicações das derivadas.
São dois importantes problemas que se constituíram no ponto de partida para Newton
e Leibniz desenvolverem o cálculo diferencial.
 Equação da Recta Tangente
Recta tangente NOTA:
 Equação geral da recta:
𝒂𝒙 + 𝒃𝒚 + 𝒄 = 𝟎
 Equação reduzida da
recta:
𝒚 = 𝒎𝒙 + 𝒃
A existência de 𝑓 / (𝑥0 ) significa que o gráfico de 𝑓 admite uma recta tangente à curva
no ponto (𝑥0 , 𝑦0 ), de coeficiente angular (declive) 𝑓 / (𝑥0 ).
Nessas condições, a equação dessa recta tangente é dada por:
𝒚 − 𝒚𝟎 = 𝒇/ (𝒙𝟎 )(𝒙 − 𝒙𝟎 ) ⟺ 𝒚 − 𝒇(𝒙𝟎 ) = 𝒇/ (𝒙𝟎 )(𝒙 − 𝒙𝟎 ), sendo 𝒚𝟎 = 𝒇(𝒙𝟎 )
Equação da recta tangente ao gráfico de uma função 𝑓(𝑥) no ponto 𝑃(𝑥0 , 𝑦0 )

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EXEMPLO 5: Determinar a equação da recta tangente à curva 𝑦 = 𝑥 2 − 4𝑥 + 3 no

18
seu ponto de abcissa 4.
Resolução:
Seja 𝑦 − 𝑓(𝑥0 ) = 𝑓 / (𝑥0 )(𝑥 − 𝑥0 ) a equação procurada.
Como, 𝑥0 = 4 ⟹ 𝑦0 = 𝑓(𝑥0 ) = 𝑓(4) = 42 − 4 ∙ 4 + 3 = 16 − 16 + 3 = 3, então o

ponto de tangência é o ponto 𝑃(𝑥0 , 𝑦0 ) = 𝑃(4, 3).
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 ) 𝑓(𝑥) − 𝑓(4)

𝑓 / (𝑥0 ) = lim ⇒ 𝑓 / (4) = lim ⇒
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0 𝑥→4 𝑥−4
/ (4)
𝑥 2 − 4𝑥 + 3 − 3
⇒𝑓 = lim
𝑥→4 𝑥−4
/ (4)
𝑥 2 − 4𝑥
⇒𝑓 = lim
𝑥→4 𝑥 − 4
𝑥(𝑥 − 4)
⇒ 𝑓 / (4) = lim
𝑥→4 𝑥 − 4
⇒ 𝑓 / (4) = lim 𝑥
𝑥→4
⇒ 𝑓 / (4) = 4.
Portanto, a equação procurada é: 𝑦 − 𝑓(4) = 𝑓 / (4)(𝑥 − 4) ⇒ 𝑦 − 3 = 4(𝑥 − 4) ⇒

𝑦 − 3 = 4𝑥 − 16 ⇒ 4𝑥 − 𝑦 − 16 + 3 = 0 ⇒ 𝟒𝒙 − 𝒚 − 𝟏𝟑 = 𝟎

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EXEMPLO 6: Determinar a equação da recta tangente à parábola 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 no

19
ponto 𝑃(1, 1).
Resolução:
Seja 𝑦 − 𝑓(𝑥0 ) = 𝑓 / (𝑥0 )(𝑥 − 𝑥0 ) a equação procurada.
Temos: 𝑥0 = 1 e 𝑦0 = 𝑓(1) = 1.
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 ) 𝑓(𝑥) − 𝑓(1)

𝑓 / (𝑥0 ) = lim ⇒ 𝑓 / (1) = lim ⇒
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0 𝑥→1 𝑥−1
𝑥2 − 1
⇒ 𝑓 / (1) = lim
𝑥→1 𝑥 − 1
(𝑥 − 1)(𝑥 + 1)
⇒ 𝑓 / (1) = lim
𝑥→1 𝑥−1
⇒ 𝑓 / (1) = lim(𝑥 + 1)
𝑥→1
⇒ 𝑓 / (1) = lim 2
𝑥→1
⇒ 𝑓 / (1) = 2.
Portanto, a equação procurada é: 𝑦 − 𝑓(1) = 𝑓 / (1)(𝑥 − 1) ⇒ 𝑦 − 1 = 2(𝑥 − 1) ⇒
⟹ 𝑦 − 1 = 2𝑥 − 2 ⇒ 2𝑥 − 𝑦 − 2 + 1 = 0 ⇒ 𝟐𝒙 − 𝒚 − 𝟏 = 𝟎

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20  A Derivada e a Cinemática
De acordo com a cinemática, temos:
∆𝑠 𝑠 − 𝑠0
𝑣𝑚 = ⟹ 𝑣𝑚 =
∆𝑡 𝑡 − 𝑡0
Então, dizemos que a velocidade instantânea 𝑣𝑖𝑛𝑠𝑡 é o limite da velocidade média,

quando 𝑡 ⟶ 𝑡0 , isto é:
∆𝑠 𝑠 − 𝑠0
𝑣𝑖𝑛𝑠𝑡 = lim 𝑣𝑚 = lim = lim
𝑡⟶𝑡0 𝑡⟶𝑡0 ∆𝑡 𝑡→𝑡0 𝑡 − 𝑡0
Utilizando o conceito de derivada, dizemos que, em cada instante 𝑡0 , a velocidade

instantânea é igual à derivada de 𝑠, isto é:
𝑣 (𝑡0 ) = 𝑠 / (𝑡0 )
Analogamente, para a aceleração instantânea, temos:

∆𝑣
𝑎 = lim , ou seja:
𝑡⟶𝑡0 ∆𝑡
𝑎(𝑡0 ) = 𝑣 / (𝑡0 )
2024
EXEMPLO 7: Seja 𝑆 = 10𝑡 + 2𝑡 2 a função horária de um móvel, em que 𝑆 é o

21
espaço, medido em metros e 𝑡 o tempo, medido em segundos. Determine:
a) A velocidade do móvel, em cada instante 𝑡.

b) A aceleração do móvel, em cada instante 𝑡.
Resolução:
a) 𝒗(𝒕) = 𝒔/ (𝒕)
𝑠(𝑡 + ∆𝑡) − 𝑠(𝑡)
𝑠 / (𝑡) = 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
10(𝑡+∆𝑡)+2(𝑡+∆𝑡)2 −(10𝑡+2𝑡 2 )
= 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
10𝑡+10∆𝑡+2(𝑡 2 +2𝑡∆𝑡+(∆𝑡)2 )−10𝑡−2𝑡 2

= 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
10𝑡+10∆𝑡+2𝑡 2 +4𝑡∆𝑡+2(∆𝑡)2 −10𝑡−2𝑡 2

= 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
10∆𝑡+4𝑡∆𝑡+2(∆𝑡)2
= 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
∆𝑡(10+4𝑡+2∆𝑡)
= 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
= 𝑙𝑖𝑚 (10 + 4𝑡 + 2∆𝑡)

∆𝑡→0
= 10 + 4𝑡
Logo, 𝒗(𝒕) = 𝟏𝟎 + 𝟒𝐭
b) 𝒂(𝒕) = 𝒗/ (𝒕)
𝑣(𝑡 + ∆𝑡) − 𝑣(𝑡)
𝑣 / (𝑡) = 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
10+4(𝑡+∆𝑡)−(10+4𝑡)
= 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
10+4𝑡+4∆𝑡−10−4𝑡
= 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
4∆𝑡
= 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
=4
Logo, 𝒂(𝒕) = 𝟒𝒎/𝒔𝟐

2024
22  Derivadas Laterais
Seja 𝑦 = 𝑓(𝑥) uma função definida em um ponto 𝑥0 , então as derivadas à esquerda e à

direita de 𝑥0 são definidas respectivamente por:
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 ) 𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
𝑓 / (𝑥0 − ) = lim− e 𝑓 / (𝑥0 + ) = lim+
𝑥→𝑥0 𝑥−𝑥0 𝑥→𝑥0 𝑥−𝑥0
Nota: Existe derivada de uma função em um ponto 𝑥0, ou seja, uma

função é dita derivável ou diferenciável em um ponto 𝑥0 se, e somente
se, as derivadas à esquerda e à direita nesse ponto existem e possuem
o mesmo valor finito.
Notações
 Derivada à esquerda de 𝑥0 :
𝑓(𝑥0 −𝜖)−𝑓(𝑥0 ) 𝑓(𝑥0 +ℎ)−𝑓(𝑥0 )

𝑓𝑒 / (𝑥0 ) = lim ou 𝑓− / (𝑥0 ) = lim−
𝜖→0 −𝜖 ℎ→0 ℎ
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
ou ainda 𝑓 / (𝑥0 − ) = lim−
𝑥→𝑥0 𝑥−𝑥0
 Derivada à direita de 𝑥0 :
𝑓(𝑥0 +𝜖)−𝑓(𝑥0 ) 𝑓(𝑥0 +ℎ)−𝑓(𝑥0 )

𝑓𝑑 / (𝑥0 ) = lim ou 𝑓+ / (𝑥0 ) = lim+
𝜖→0 𝜖 ℎ→0 ℎ
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
ou ainda 𝑓 / (𝑥0 + ) = lim+

2024
23
TEMA: Continuidade e Derivabilidade de Funções

Ou
Derivabilidade e Continuidade de Funções
Toda função derivável é contínua, no entanto, mesmo funções contínuas em todo

o seu domínio podem não ser deriváveis em alguns dos pontos de seu domínio. Há casos
de funções contínuas em toda recta real e que não são deriváveis em nenhum ponto do
seu domínio.
Teorema 3: Se a função 𝑓(𝑥) é derivável em 𝑥0 , então 𝑓(𝑥) é contínua em 𝑥0 .
Demonstração:
𝒙 = 𝒙𝟎 + 𝒉
𝑓(𝑥 +ℎ)−𝑓(𝑥 ) 𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
𝑓(𝑥) é derivável em 𝑥0 ⇒ 𝑓 / (𝑥0 ) = lim 0 ℎ 0 lim ⇒
ℎ→0 𝑥→𝑥0 𝑥−𝑥0
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥 ) 𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 ) /
⇒ lim(𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )) = lim ( 0
∙ (𝑥 − 𝑥0 )) = lim ∙ lim (𝑥 − 𝑥0 ) = 𝑓 (𝑥0 ) ∙ 0 = 0 ⇒
𝑥→𝑥0 𝑥→𝑥0 𝑥−𝑥0 𝑥→𝑥0 𝑥−𝑥0 𝑥→𝑥0
⇒ lim 𝑓(𝑥) = lim (𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 ) + 𝑓(𝑥0 )) = lim (𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )) + lim 𝑓(𝑥0 ) = 0 + 𝑓(𝑥0 ) = 𝑓(𝑥0 ) ⇒
𝑥→𝑥0 𝑥→𝑥0 𝑥→𝑥0 𝑥→𝑥0
⇒ 𝑓(𝑥) é contínua em 𝑥0 .
Por hipótese, temos que 𝑓(𝑥) é derivável no ponto 𝑥0 de seu domínio, ou seja, existe
𝑓(𝑥0 + ℎ) − 𝑓(𝑥0 ) 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )

𝑓 / (𝑥0 ) = lim = lim
ℎ→0 ℎ 𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0

2024
A tese a ser demonstrada é que 𝑓(𝑥) é contínua em 𝑥0 , ou seja, existe

24
lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑥0 ).
𝑥→𝑥0
Demonstração: Observemos inicialmente que mostrar a existência do lim 𝑓(𝑥) e que

𝑥→𝑥0
lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑥0 ), é equivalente a mostrar a existência do lim (𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )) e que
𝑥→𝑥0 𝑥→𝑥0
lim (𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )) = 0.

𝑥→𝑥0
Vejamos então:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 ) 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 ) /

lim (𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )) = lim ( ∙ (𝑥 − 𝑥0 )) = lim ∙ lim (𝑥 − 𝑥0 ) = 𝑓 (𝑥0 ) ∙ 0 = 0
𝑥→𝑥0 𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0 𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0 𝑥→𝑥0
Multiplicamos e dividimos por 𝑥 − 𝑥0 Usamos a hipótese
Como queríamos provar (C.q.p)
Nota: A recíproca desse Teorema é falsa.

2024
25
EXEMPLO 8: Estude a continuidade e a derivabilidade das seguintes funções nos
pontos indicados:
𝑥 2 − 𝑥 + 2 , 𝑠𝑒 𝑥 < 1
a) 𝑓(𝑥) = { , no ponto 𝑥 = 1
2 √𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 1
Resolução:
 CONTINUIDADE
1. 𝑓(1) = 2√1 = 2 ∙ 1 = 2, existe.
2. ∃ lim 𝑓(𝑥) ⇔ lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)
𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1
lim 𝑓(𝑥) = lim− (𝑥 2

− 𝑥 + 2) = 12 − 1 + 2 = 2
𝑥→1− 𝑥→1
} ⇒ ∃ lim 𝑓(𝑥) = 2
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+ 2√𝑥 = 2√1 = 2 ∙ 1 = 2 𝑥→1
𝑥→1 𝑥→1
3. lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(1)

𝑥→1
 DERIVABILIDADE
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
𝑓 / (𝑥0 − ) = lim− ⇒
Nota muito importante 1: A função no
𝑓(𝑥)−𝑓(1)
⇒ 𝑓 / (1− ) = lim− ponto já foi calculada no estudo da
𝑥→1 𝑥−1
𝑥 2 −𝑥+2−2
continuidade, basta utilizar este valor para o
⇒ 𝑓 / (1− ) = lim−
𝑥→1 𝑥−1 estudo da derivabilidade, se começarmos
𝑥 2 −𝑥
⇒ 𝑓 / (1− ) = lim− por analisar primeiro a continuidade, caso
𝑥→1 𝑥−1
contrário temos que calcular.
𝑥(𝑥−1)
⇒ 𝑓 / (1− ) = lim−
𝑥→1 𝑥−1
Nota muito importante 2: A função no
⇒ 𝑓 / (1− ) = lim− 𝑥
𝑥→1 ponto é calculada aí onde o intervalo está
⇒ 𝒇/ (𝟏− ) = 𝟏 fechado.
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
𝑓 / (𝑥0 + ) = lim+ ⇒
𝑓(𝑥)−𝑓(1)
⇒ 𝑓 / (1+ ) = lim+
𝑥→1 𝑥−1
2√𝑥 − 2
⇒ 𝑓 / (1+ ) = lim+
𝑥→1 𝑥−1

2024
√𝑥 − 1
26 ⇒ 𝑓 / (1+ ) = 2 ∙ lim+
𝑥→1 𝑥−1
(√𝑥 − 1)(√𝑥 + 1)
⇒ 𝑓 / (1+ ) = 2 ∙ lim+ (𝑥−1)(√𝑥 + 1)
𝑥→1
2
(√𝑥) − 12
⇒ 𝑓 / (1+ ) = 2 ∙ lim+ (𝑥−1)(
𝑥→1 √𝑥 + 1)
𝑥−1
⇒ 𝑓 / (1+ ) = 2 ∙ lim+ (𝑥−1)(
𝑥→1 √𝑥 + 1)
1
⇒ 𝑓 / (1+ ) = 2 ∙ lim+
𝑥→1 √𝑥 + 1
1
⇒ 𝑓 / (1+ ) = 2 ∙ 2
⇒ 𝒇/ (𝟏+ ) = 𝟏
Como, 𝒇/ (𝟏− ) = 𝒇/ (𝟏+ ) = 𝟏 ⇒ ∃𝒇/ (𝟏)
Portanto, a função é derivável no ponto 𝑥 = 1.
𝑥2 , 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 1
b) 𝑔(𝑥) = { 2 , no ponto 𝑥 = 1
𝑥 − 3 , 𝑠𝑒 𝑥 > 1
Resolução:
 CONTINUIDADE
1. 𝑓(1) = 12 = 1, existe.
𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1
lim 𝑓(𝑥) = lim− 𝑥 2 = 12 = 1

𝑥→1− 𝑥→1
} ⇒ ∄ lim 𝑓(𝑥)
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+(𝑥 2 − 3) = 12 − 3 = 1 − 3 = −2 𝑥→1
𝑥→1 𝑥→1
Portanto, a função não é contínua no ponto 𝑥 = 1. Nota: A função no ponto é

𝑓(1) = 1 este será o valor que
 DERIVABILIDADE vamos substituir tanto na
derivada à esquerda como na
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 ) derivada à direita.
𝑓 / (𝑥0 − ) = lim− ⇒
𝑓(𝑥)−𝑓(1)
A função no ponto não varia nas
/ (1− )
⇒𝑓 = lim− duas derivadas laterais.
𝑥→1 𝑥−1
𝑥 2 −1
⇒ 𝑓 / (1− ) = lim−
𝑥→1 𝑥−1

2024
(𝑥−1)(𝑥+1)
27 ⇒ 𝑓 / (1− ) = lim−
𝑥→1 𝑥−1
⇒ 𝑓 / (1− ) = lim−(𝑥 + 1)
𝑥→1
⇒ 𝒇/ (𝟏− ) = 𝟐
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
𝑓 / (𝑥0 + ) = lim+ ⇒
𝑓(𝑥)−𝑓(1)
⇒ 𝑓 / (1+ ) = lim+
𝑥→1 𝑥−1
𝑥 2 −3−1
⇒ 𝑓 / (1+ ) = lim+
𝑥→1 𝑥−1
𝑥 2 −4
⇒ 𝑓 / (1+ ) = lim+
𝑥→1 𝑥−1
𝟑
⇒ 𝒇/ (𝟏+ ) = − = −∞ ⇒ ∄𝒇/ (𝟏+ ) ⇒ ∄𝒇/ (𝟏)
𝟎+
Portanto, a função não é derivável no ponto 𝑥 = 1.

2024
28
TEMA: L imites Notáveis de Funções Exponenciais e Logarítmicas
 Limite Exponencial Fundamental
𝟏 𝒙
𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + 𝒙) = 𝒆, onde 𝒆 é o número irracional cujo valor aproximado é
𝒙→±∞
𝟐, 𝟕𝟏𝟖𝟐𝟖𝟏𝟖𝟐𝟖𝟒𝟓𝟗 ….
1
Teorema 4 : Seja a função 𝑓(𝑥) = (1 + 𝑥)𝑥 definida em {𝑥 ∈ ℝ: −1 < 𝑥 ≠ 0},
então:
1
lim(1 + 𝑥)𝑥 = 𝑒
𝑥→0
Demonstração:
1 1 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 → 0+ , 𝑢 → +∞
Supondo que 𝑥 = 𝑢 ⇒ 𝑥 = 𝑢, { , temos:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 → 0− , 𝑢 → −∞
1 1 𝑢
lim (1 + 𝑥)𝑥
= lim (1 + ) = 𝑒
𝑥→0+ 𝑢→+∞ 𝑢
1 1 𝑢
lim (1 + 𝑥) 𝑥 = lim (1 + ) = 𝑒
{𝑥→0− 𝑢→−∞ 𝑢
1
Portanto, lim(1 + 𝑥)𝑥 = 𝑒.
𝑥→0
𝑎𝑥 −1
Teorema 5 : Se 0 < 𝑎 ≠ 1, então temos que lim 𝑥
= ln 𝑎
𝑥→0
Demonstração:
Supondo que 𝑎 𝑥 − 1 = 𝑡 ⇒ 𝑎 𝑥 = 𝑡 + 1 ⇒ ln 𝑎 𝑥 = ln(𝑡 + 1) ⇒ 𝑥 ∙ ln 𝑎 = ln(𝑡 + 1) ⇒
ln(𝑡+1)
⇒𝑥= , quando 𝑥 → 0, 𝑡 → 0, temos:
ln 𝑎
𝑎𝑥 − 1 𝑡 𝑡 ∙ ln 𝑎 𝑡
lim = lim = lim = ln 𝑎 ∙ lim =
𝑥→0 𝑥 𝑡→0 ln(𝑡 + 1) 𝑡→0 ln(𝑡 + 1) 𝑡→0 ln(𝑡 + 1)
ln 𝑎
1 1 ln 𝑎
= ln 𝑎 ∙ lim = ln 𝑎 ∙ lim = =
𝑡→0 1 𝑡→0 1 1
𝑡 ∙ ln(𝑡 + 1) ln(𝑡 + 1) 𝑡 lim [ln(𝑡 +
𝑡→0
1) 𝑡 ]
ln 𝑎 ln 𝑎 ln 𝑎
= 1 = = = ln 𝑎
ln 𝑒 1
ln [lim(𝑡 + 1) 𝑡 ]
𝑡→0

2024
𝑎𝑥 −1
29 Portanto, lim = ln 𝑎.
𝑥→0 𝑥
Observação: Quando 𝑎 = 𝑒 teremos que lim 𝑥→0

𝑒 𝑥 −1
𝑥
= ln 𝑒 = 1
𝑎 1
Nota 1: 𝑏 = 𝑏 ∙ 𝑎 Nota 4: 𝑛 ∙ ln 𝑥 = ln 𝑥 𝑛
𝑎 1 1
Nota 2: 𝑏 = 𝑏 =1 Nota 5: 𝑒 → 𝐸𝑢𝑙𝑒𝑟
∙𝑏
𝑎 𝑎
Nota 3: 𝑎 + 𝑏 = 𝑏 + 𝑎 Nota 6: ln 𝑒 = 1
Em resumo temos:
Limites Notáveis de Funções Exponenciais e
Logarítmicas
𝟏 𝒙
 𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + ) = 𝒆, (sendo 𝑒 (𝐸𝑢𝑙𝑒𝑟) a base do logaritmo neperiano
𝒙→±∞ 𝒙
(natural) 𝑒 = 𝟐, 𝟕𝟏𝟖 …)
𝟏
 𝐥𝐢𝐦(𝟏 + 𝒙)𝒙 = 𝒆
𝒙→𝟎
𝒂𝒙 −𝟏
 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐧 𝒂
𝒙→𝟎 𝒙
𝒆𝒙 −𝟏
 𝐥𝐢𝐦 =𝟏
𝒙→𝟎 𝒙
𝐥𝐧(𝒙+𝟏)
 𝐥𝐢𝐦 =𝟏
𝒙→𝟎 𝒙
𝑒𝑥
 lim = +∞, (𝑝 ∈ ℝ)
𝑥→+∞ 𝑥 𝑝
ln 𝑥
 lim =0
𝑥→+∞ 𝑥

2024
EXEMPLO 9: Calcule os seguintes limites:

30
8 𝑥
a) lim (1 + 𝑥) = 1∞ (𝑖𝑛𝑑. )
𝑥→∞
Resolução:
8 8
Fazendo 𝑥 = 𝑦 ⇒ 𝑥 = 𝑦 , quando 𝑥 → ∞, 𝑦 → 0. Então: 1
Nota: lim (1 + 𝑦)𝑦 = 𝑒
8
𝑦→0
8 1
8 𝑥
lim (1 + 𝑥) = lim (1 + 𝑦) = lim [(1 + 𝑦) ] = 𝑒 8
𝑦 𝑦
𝑥→∞ 𝑦→0 𝑦→0
Outra maneira de resolver o exercício
8 1
Fazendo 𝑥 = 𝑦 ⇒ 𝑥 = 8𝑦, quando 𝑥 → ∞, 𝑦 → ∞. Então:
1 𝑦
8
Nota: lim (1 + ) = 𝑒
8 𝑥 1 8𝑦 1 𝑦 𝑦→∞ 𝑦
lim (1 + 𝑥) = lim (1 + 𝑦) = lim [(1 + 𝑦) ] = 𝑒 8
𝑥→∞ 𝑦→∞ 𝑦→∞
√3𝑥 − 1 0
b) lim = 0 (𝑖𝑛𝑑. )
𝑥→0 𝑥
Resolução:
𝑥
√3𝑥 − 1 (√3) − 1
lim = lim = ln √3
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥
𝑒 2𝑥 −𝑒 8𝑥 0
c) lim = 0 (𝑖𝑛𝑑. )
𝑥→0 3𝑥
Resolução:
𝑒 2𝑥 − 𝑒 8𝑥 𝑒 2𝑥 − 𝑒 8𝑥 − 1 + 1 (𝑒 2𝑥 − 1) + (−𝑒 8𝑥 + 1)
lim = lim = lim =
𝑥→0 3𝑥 𝑥→0 3𝑥 𝑥→0 3𝑥
(𝑒 2𝑥 − 1) − (𝑒 8𝑥 − 1)
= lim
𝑥→0 3𝑥
𝑒 2𝑥 − 1 𝑒 8𝑥 − 1
= lim − lim
𝑥→0 3𝑥 𝑥→0 3𝑥 𝑦
2𝑥 = 𝑦 ⇒ 𝑥 = 2 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 → 0, 𝑦 → 0
1 𝑒 2𝑥 −1 1 𝑒 8𝑥 −1 supondo que: { 𝑧
= 3 ∙ lim − 3 ∙ lim , 8𝑥 = 𝑧 ⇒ 𝑥 = 8 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 → 0, 𝑧 → 0
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥
1 𝑒𝑦 − 1 1 𝑒𝑧 − 1
= ∙ lim 𝑦 − ∙ lim 𝑧
3 𝑦→0 3 𝑧→0
2 8

2024
1 2(𝑒 𝑦 − 1) 1 8(𝑒 𝑧 − 1)
31 = ∙ lim − ∙ lim
3 𝑦→0 𝑦 3 𝑧→0 𝑧
=
2
∙ lim
𝑒𝑦 − 1 8
− ∙ lim
𝑒𝑧 − 1 Nota:
3 𝑦→0 𝑦 3 𝑧→0 𝑧
2 8
 𝑎 − 𝑏 = 𝑎 + (−𝑏)
= ∙1− ∙1
3 3  −𝑏 + 𝑎 = +(−𝑏 + 𝑎) = −(𝑏 − 𝑎)
2 8 𝑎−𝑏 1 𝑎−𝑏
= −  = ∙
3 3 𝑘𝑥 𝑘 𝑥
2−8 𝑎−𝑏 𝑘(𝑎−𝑏)
=  =
3 𝑥
𝑥
𝑘
6
= − = −𝟐
3
ln(𝑥+3)−ln 3 0
d) lim = 0 (𝑖𝑛𝑑. )
𝑥→0 𝑥
Resolução:
𝑥+3
ln(𝑥 + 3) − ln 3 ln ( 3 ) 1 𝑥+3
lim = lim = lim ∙ ln ( )=
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 3
1
𝑥+3 𝑥
= lim ln ( )
𝑥→0 3
1
𝑥+3 𝑥
= ln [lim ( ) ]
𝑥→0 3
1
𝑥 𝑥
= ln [lim ( + 1) ]
𝑥→0 3
1
𝑥 𝑥 𝑥
= ln [lim (1 + ) ], supondo que 3 = 𝑡 ⇒ 𝑥 = 3𝑡, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 → 0, 𝑡 → 0
𝑥→0 3
1
= ln [lim(1 + 𝑡)3𝑡 ]
𝑡→0
1 Nota:
1 3
= ln [lim(1 + 𝑡) 𝑡 ] 𝑎+𝑏 𝑎 𝑏
𝑡→0  = +
1 𝑘 𝑘 𝑘
= ln 𝑒 3 1
1
= ∙ ln 𝑒
 lim(1 + 𝑡) = 𝑒 𝑡
3 𝑡→0
1 𝑥
= ∙1  ln 𝑥 − ln 𝑦 = ln ( )
3 𝑦
𝟏  𝑎+𝑏 =𝑏+𝑎
=
𝟑

2024
32
EXEMPLO 10: Estude a continuidade e a derivabilidade da função no ponto
indicado:
3 − √1 − 𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 0
𝑓(𝑥) = { 𝑥 , no ponto 𝑥 = 0
𝑒2 + 1 , 𝑠𝑒 𝑥 > 0
Resolução:
 CONTINUIDADE
1. 𝑓(0) = 3 − √1 − 0 = 3 − 1 = 2, existe.
𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0
lim 𝑓(𝑥) = lim− (3 − √1 − 𝑥) = 3 − √1 − 0 = 2

𝑥→0− 𝑥→0
𝑥 0 } ⇒ ∃ lim 𝑓(𝑥) = 2
𝑥→0
lim+ 𝑓(𝑥) = lim+ (𝑒 2 + 1) = 𝑒 2 + 1 = 𝑒 0 + 1 = 2
𝑥→0 𝑥→0
3. lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(0)

𝑥→0
 DERIVABILIDADE
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
𝑓 / (𝑥0 − ) = lim− ⇒
𝑓(𝑥)−𝑓(0)
⇒ 𝑓 / (0− ) = lim−
𝑥→0 𝑥−0
3−√1−𝑥 −2
⇒ 𝑓 / (0− ) = lim−
𝑥→0 𝑥
1−√1−𝑥
⇒ 𝑓 / (0− ) = lim−
𝑥→0 𝑥
(1−√1−𝑥)(1+√1−𝑥)
⇒ 𝑓 / (0− ) = lim−
𝑥→0 𝑥(1+√1−𝑥)
2
12 −(√1−𝑥)
⇒ 𝑓 / (0− ) = lim−
𝑥→0 𝑥(1+√1−𝑥)
1−1+𝑥
⇒ 𝑓 / (0− ) = lim− 𝑥(1+√1−𝑥)
𝑥→0
𝑥
⇒ 𝑓 / (0− ) = lim− 𝑥(1+√1−𝑥)
𝑥→0
1
⇒ 𝑓 / (0− ) = lim− 1+√1−𝑥
𝑥→0
𝟏 𝟏
⇒ 𝒇/ (𝟎− ) = ⇒ 𝒇/ (𝟎− ) =
𝟏+𝟏 𝟐

2024
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
33 𝑓 / (𝑥0 + ) = lim+ ⇒
𝑓(𝑥)−𝑓(0)
⇒ 𝑓 / (0+ ) = lim+
𝑥→0 𝑥−0
𝑓(𝑥)−𝑓(0) Limite fundamental (Notável)

⇒ 𝑓 / (0+ ) = lim+
𝑥→0 𝑥
𝑒𝑥 − 1
𝑥 lim =1
𝑒 2 +1−2 𝑥→0 𝑥
/ (0+ )
⇒𝑓 = lim+
𝑥→0 𝑥
𝑥
𝑒2 − 1
𝑥
⇒𝑓 / (0+ )
= lim+ 𝑆𝑢𝑝𝑜𝑛𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 = 𝑡 ⇒ 𝑥 = 2𝑡, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 → 0+ , 𝑡 → 0+
𝑥→0 𝑥 2
𝑒𝑡 − 1
⇒ 𝑓 / (0+ ) = lim+  lim [𝑘 ∙ 𝑓(𝑥)] = 𝑘 ∙ lim 𝑓(𝑥)
𝑡→0 2𝑡
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
1 𝑒𝑡 − 1 𝑓(𝑥) 1 𝑓(𝑥)
⇒ 𝑓 / (0+ ) = 2 ∙ lim+  lim [ ] = 𝑘 ∙ lim [𝑔(𝑥)]
𝑡→0 𝑡 𝑥→𝑎 𝑘 ∙𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎
𝟏 𝟏 Onde 𝑘 é uma constante
⇒ 𝒇/ (𝟎+ ) = ∙ 𝟏 ⇒ 𝒇/ (𝟎+ ) =
𝟐 𝟐
𝟏
Como, 𝒇/ (𝟎− ) = 𝒇/ (𝟎+ ) = ⇒ ∃𝒇/ (𝟎)
𝟐
Portanto, a função é derivável no ponto 𝑥 = 0.

2024
34
TEMA: Derivada das Funções Exponencial e L ogarítmica

 Derivada da Função Exponencial
A derivada da função 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 (𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1) é a função 𝑓 / (𝑥) = 𝑎 𝑥 ∙ ln 𝑎.
Demonstração:
𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥) 𝑎 𝑥+ℎ − 𝑎 𝑥 𝑎 𝑥 ∙ 𝑎ℎ − 𝑎 𝑥
𝑓 / (𝑥) = lim = lim = lim =
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
𝑎 𝑥 (𝑎ℎ − 1) 𝑎ℎ − 1
= lim = lim 𝑎 𝑥 ∙ lim = 𝒂𝒙 ∙ 𝐥𝐧 𝒂
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ→0 ℎ
Nota:
𝑎∙(𝑏−𝑐) 𝑏−𝑐
 =𝑎∙
𝑑 𝑑
𝑎ℎ −1
 lim = ln 𝑎
ℎ→0 ℎ
 𝑎 𝑥+𝑦 = 𝑎 𝑥 ∙ 𝑎 𝑦
EXEMPLO 11:
𝑓(𝑥) = 5𝑥 ⇒ 𝑓 / (𝑥) = 5𝑥 ∙ ln 5
 Derivada da Função Exponencial

A derivada da função 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 é a função 𝑓 / (𝑥) = 𝑒 𝑥 .
Demonstração: Actividade individual.
 Derivada da função logarítmica neperiana

1
A derivada da função 𝑓(𝑥) = ln 𝑥 (𝑥 > 0) é a função 𝑓 / (𝑥) = 𝑥.
Demonstração:
𝑥+ℎ
𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥) ln(𝑥 + ℎ) − ln 𝑥 ln ( 𝑥 )
𝑓 / (𝑥) = lim = lim = lim =
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

2024
1 𝑥+ℎ
35 = lim ∙ ln ( )
ℎ→0 ℎ 𝑥
1
𝑥+ℎ ℎ
= lim ln ( )
ℎ→0 𝑥
1
𝑥+ℎ ℎ
= ln [lim ( ) ]
ℎ→0 𝑥
1
ℎ ℎ ℎ
= ln [lim (1 + ) ], supondo que 𝑥 = 𝑡 ⇒ ℎ = 𝑥𝑡, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 ℎ → 0, 𝑡 → 0
ℎ→0 𝑥
1
= ln [lim(1 + 𝑡)𝑥𝑡 ]
𝑡→0
1
1 𝑥
= ln [lim(1 + 𝑡) 𝑡 ]
𝑡→0
1
= ln 𝑒 𝑥
1
= ∙ ln 𝑒
𝑥
1 𝟏
= ∙1=
𝑥 𝒙
 Derivada da função logarítmica

A derivada da função 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 (𝑥 > 0 e 0 < 𝑎 ≠ 1) é a função
1 log𝑎 𝑒
𝑓 / (𝑥) = 𝑥 ln 𝑎 = .
𝑥
Demonstração: Actividade individual.

2024
Derivação por Tabelas

36
TEMA:
 Regras operatórias de derivação

Se 𝑐 é uma constante e 𝑢 = 𝑓(𝑥) e 𝑣 = 𝑔(𝑥) são funções que possuem
derivadas, então:
EXEMPLO 12: Determine uma expressão da derivada de 𝑓, sendo:

a) 𝑓(𝑥) = (𝑥 − 1)𝑒 𝑥
Obs.:
Resolução:
 (𝑥 − 1)/ = 𝑥 / − 1/ = 1 − 0 = 1
𝑓 / (𝑥) = (𝑥 − 1)/ ∙ 𝑒 𝑥 + (𝑥 − 1) ∙ (𝑒 𝑥 )/
 (𝑒 𝑥 )/ = 𝑥 / ∙ 𝑒 𝑥 = 1 ∙ 𝑒 𝑥 = 𝑒 𝑥
𝑓 / (𝑥) = 𝑒 𝑥 + (𝑥 − 1) ∙ 𝑒 𝑥
 𝑒 𝑥 + (𝑥 − 1) ∙ 𝑒 𝑥 = (1 + 𝑥 − 1) ∙ 𝑒 𝑥 =
𝑓 / (𝑥) = 𝑒 𝑥 + 𝑥𝑒 𝑥 − 𝑒 𝑥
= 𝑥𝑒 𝑥
𝒇/ (𝒙) = 𝒙𝒆𝒙

2024
𝑥3
37 b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 ln 𝑥 −
3
Resolução:
(𝑥 3 )/ Obs.:
/ (𝑥) (𝑥 3 )/ 3 /
𝑓 = ∙ ln 𝑥 + 𝑥 ∙ (ln 𝑥) −
3  (𝑥 3 )/ = 3𝑥 3−1 ∙ 𝑥 / = 3𝑥 2 ∙ 1 = 3𝑥 2
1 3𝑥 2 𝑥/ 1
𝑓 / (𝑥) = 3𝑥 2 ln 𝑥 + 𝑥 3 ∙ −  (ln 𝑥)/ = =𝑥
𝑥 3 𝑥
𝑓 / (𝑥) = 3𝑥 2 ln 𝑥 + 𝑥 2 − 𝑥 2 𝑢 / 𝑢/
 (𝑐 ) = , onde 𝑐 é constante.
𝑐
/ (𝒙) 𝟐
𝒇 = 𝟑𝒙 𝐥𝐧 𝒙

2024
ANEXOS
38
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1) Calcule os seguintes limites:

𝑒 𝑎𝑥 − 𝑒 𝑏𝑥
a) lim
𝑥→0 𝑥
23𝑥 − 1
b) lim
𝑥→0 𝑥
7
√𝑒 𝑥 + 𝑥 − 1
c) lim
𝑥→0 2𝑥
𝑒 5𝑥 − 1
d) lim
𝑥→0 𝑥
𝑒 8𝑥 − 1
e) lim
𝑥→0 𝑥
5
1− √𝑒 𝑥
f) lim
𝑥→0 𝑥
𝑒 5𝑥 − 𝑒 4𝑥
g) lim
𝑥→0 𝑥
𝑒 7𝑥 − 𝑒 𝑥
h) lim
𝑥→0 3𝑥
𝑎𝑥 − 𝑏𝑥
i) lim , (𝑎, 𝑏 > 0)
𝑥→0 𝑥
22𝑥 −4∙2𝑥 + 3
j) lim
𝑥→0 2𝑥 −1
log(1+10𝑥)
k) lim
𝑥→0 𝑥
l) lim 𝑥[ln(𝑥 + 1) − ln 𝑥]
𝑥→+∞
m) lim [ln(2𝑥 + 1) − ln(𝑥 + 2)]

𝑥→+∞
1 2𝑥
n) lim (1 + 𝑥)
𝑥→∞
1 −𝑥
o) lim (1 + 𝑥)
𝑥→∞
1 3𝑥
p) lim (1 + 𝑥)
𝑥→∞
𝑥
1 −2
q) lim (1 + )
𝑥→∞ 𝑥
1 𝑥
r) lim (1 + 2𝑥)
𝑥→∞
1 2𝑥
s) lim (1 + 𝑥)
𝑥→∞

2024
39
𝑥 3 +𝑥 2 −𝑥
, 𝑠𝑒 𝑥 < 0
𝑥 2 −6𝑥
1
1. Verifique se a função 𝑓(𝑥) = 6
, 𝑠𝑒 𝑥 = 0 , é contínua no
√𝑥+9 − 3
{ 𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 > 0
ponto 𝑥 = 0.
2. Considere a função g definida por

2x 2 + 2x − 4
2−4
, se x < −2
g(x) = x
2β − 12
, se x ≥ −2
{ β+1
para β ∈ ℝ ∖ {−1}. Determine o valor de β para o qual a função g é contínua
em x = −2.
3. Considere a função g definida em ℝ, por

x
se x < 0
3 − √9 − x
g(x) = 6 se x = 0
5x + ln(x + 1)
{ se x > 0
x
Estude a continuidade de g em x = 0.
4. Considere a função w, de domínio ℝ, definida por

x 2 + 2x
se x < 0
x3 + x
w(x) = 2 se x = 0
3x 2 − xln(x + 1)
{ se x > 0
x2
Averigue se w é contínua em x = 0. Justifique a sua resposta.

2024
40 5. Seja f a função, de domínio ℝ, definida por

3x 2 + 6x
se x < 0
3x 3 + 3x
f(x) = 2 se x = 0
4x 2 − xln(2x + 1)
{ se x > 0
x2
Averigue se f é contínua em x = 0. Justifique a sua resposta.
6. Para um certo valor de α e para um certo valor β, é contínua em x = 0 a

função h, definida por
e2x − 1
se x < 0
x
h(x) = α se x = 0
ln(x + 1)
{β − se x > 0
x
Determine os valores de α e de β.
2 − 2e2+x , se x < −2
7. Considere a função g(x) = { 2
(x + 1) − 1 , se x ≥ −2
a) Prove que g é contínua em x = −2.
b) Verifique se existe g ∕ (−2).
1−x
8. Considere a função f(x) = { e , se x < 1
1 + 4 ln x , se x ≥ 1
a) Prove que f é contínua em x = 1.
b) Averigue se existe f ∕ (1).
9. Seja 𝑓 uma função de domínio ℝ definida por

𝑒𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 0
𝑓(𝑥) = {
𝑥 + 1, 𝑠𝑒 𝑥 > 0
a) Justifique que 𝑓 é contínua no ponto 𝑥 = 0.
b) Prove que 𝑓 é derivável no ponto 𝑥 = 0.

2024
41 x2 + 1 , se x ≤ 0
10. Considere a função f(x) = { 1 , se 0 < x < e
ln x , se x ≥ e
a) Estude a continuidade de f em x = 0 e x = e.
b) Averigue se existe f ∕ (0) e f ∕ (e).
11. Estude a continuidade e a derivabilidade da função no ponto 𝑥 = 0.
3 − √1 − 𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 0
ℎ(𝑥) = { 𝑥
𝑒 2 + 1, 𝑠𝑒 𝑥 > 0
12. Estude a continuidade e a derivabilidade das seguintes funções nos

pontos indicados:
2 − 𝑥 2 , 𝑠𝑒 𝑥 ≤ −1
a) 𝑓(𝑥) = { , no ponto 𝑥 = −1
𝑥2 , 𝑠𝑒 𝑥 > −1
𝑥2 , 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 1
b) 𝑔(𝑥) = { , no ponto 𝑥 = 1
𝑥 2 − 3 , 𝑠𝑒 𝑥 > 1
5 − 2𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 < 3
c) ℎ(𝑥) = { , no ponto 𝑥 = 3
4𝑥 − 13 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 3
𝑥2 , 𝑠𝑒 𝑥 < 1
d) 𝑡(𝑥) = { , no ponto 𝑥 = 1
2𝑥 − 1 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 1

2024
42
1. Determine a equação reduzida da recta tangente ao gráfico
das funções definidas por 𝑓(𝑥), nos pontos de abcissa dada:
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 7 ; 𝑥=0
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 4 ln 𝑥 ; 𝑥=1
c) 𝑓(𝑥) = ln 𝑥 2 ; 𝑥=1
1
d) 𝑓(𝑥) = ; 𝑥 = −2
𝑥2
e) 𝑓(𝑥) = √𝑥 2 + 2𝑥 ; 𝑥=1
𝑥 2 +1
f) 𝑓(𝑥) = ; 𝑥=0
𝑥 2 −1
g) y = 2x 2 + x ; 𝑥=1
2. Seja 𝑆 = 𝑓(𝑡) a função horária de um ponto material em

movimento, em que 𝑆 é medido em metros e 𝑡 em segundos.
Determine a velocidade desse ponto, no instante 𝑡0 , em cada

caso:
a) 𝑆 = 8𝑡 2 − 4𝑡 e 𝑡0 = 3𝑠
b) 𝑆 = 20 + 40𝑡 − 5𝑡 2 e 𝑡0 = 2𝑠
c) 𝑆 = 7 − 3𝑡 + 3𝑡 2 e 𝑡0 = 0,5𝑠
3. Calcule a aceleração de um ponto material em cada caso.

Considere unidades no Sistema Internacional (SI).
a) 𝑆 = 15 − 5𝑡 + 2𝑡 2
b) 𝑣 = 2 − 6𝑡

2024
43 4. Dada a função horária de um móvel 𝑆 = 5 + 4𝑡 − 𝑡 2

(unidades no SI), determine o instante em que a velocidade
se anula.
5. Se a função horária de um móvel é 𝑆 = 5𝑡 − 5𝑡 2 (unidades

no SI), então a aceleração, no instante 𝑡 = 1 𝑠, vale:
a) 5
b) −10
c) −5
d) 0
e) nda
6. Sendo 𝑣 = −10 + 3𝑡 2 a função velocidade de um móvel

(unidades no SI), então a aceleração, no instante 𝑡 = 1 𝑠,
vale:
a) −10
b) 3
c) −7
d) 6
e) nda

2024
44 7. A função horária de um móvel é 𝑆 = 100 − 50𝑡 + 𝑡 2 (𝑆 em

metros, 𝑡 em segundos). Então, a velocidade desse móvel,
no instante 𝑡 = 2 𝑠, vale:
a) 59
b) −141
c) −46
d) −50
e) nda
2) Determine uma expressão da derivada de 𝑓, sendo:

a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 7 ∙ 𝑒 𝑥
𝑥2
b) 𝑓(𝑥) = ln 𝑥
1 ln 𝑥
c) 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 2 ln 𝑥 − 𝑥
𝑥5
d) 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥
e) 𝑓(𝑥) = (𝑥 2 − 2𝑥 + 2)𝑒 𝑥
𝑒𝑥
f) 𝑓(𝑥) = 𝑥2
g) 𝑓(𝑡) = 𝑡 2 ∙ 2−𝑡
h) 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 3𝑥 ln 3√𝑥
i) 𝑓(𝑥) = ln 𝑥 log 𝑥 − ln 𝑎 log 𝑎 𝑥
j) y = x ∙ e−x
2x+1
k) y = ln ( )
1−x
l) y = ex (1 + x 2 )
ex − 1
m) f(x) =
ex
n) f(x) = (1 + log 2 3x)3

2024
1
45 o) f(x) = 1 − ex
2 −3x
p) f(x) = ex
2 +5x
q) f(x) = 5x
x
r) f(x) = log
x2 +1
s) f(x) = ln(ex + e−x )

t) f(x) = log a √1 + x
1+x
u) f(x) = ln ට
1−x
1
v) f(x) = + ln x
x
w)f(x) = x n ln x
x) f(x) = (ax + b) ln x
y) f(x) = ln(ax 2 + bx + c)
2 −2x
z) f(x) = e7x
aa) f(x) = 2xe4x−3
ex
bb) f(x) =
x2
cc) f(x) = x 4 ∙ a2x

2 +x+1
dd) (x) = ex
ee) f(x) = e3x
ff) f(x) = x 3 ∙ ex
gg) f(x) = log a log b x

Manual de Apoio - Continuidade e Derivabilidade - Volume II - IPIL

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2024

O que se entende por fenómeno contínuo?

Cada ser humano apresenta uma ideia intuitiva de continuidade.

Haverá alguma relação entre a continuidade e o dia-a-dia?

Perante as mais variadas situações, o Homem depara-se constantemente com situações

O simples facto de “correr sangue nas nossas veias” é sinónimo de continuidade,

O sinónimo que caracteriza o termo “Continuidade”, segundo diversos dicionários, é

Dionísio A. Palma / 921 935 906 / 951 962 371 / dionisiopalma00@gmail.com

SEGUNDO O MATEMÁTICO DESCARTES (1596 – 1650), uma função

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Em decorrência da definição, dizemos que uma função 𝑓(𝑥) é contínua em 𝒂 nas

3. 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎)

Casos há em que para determinarmos o limite de uma função quando 𝒙 → 𝒂

3. 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎)

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1.1 Verifique se a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥, é contínua no ponto 𝑥 = 2.

Resolução: Obs.: Neste caso, não é necessário

recorrer aos limites laterais para

ii. lim 𝑓(𝑥) = lim(𝑥 3 − 2𝑥) = 23 − 2 ∙ 2 = 8 − 4 = 4 tende para 2 da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥

iii. lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(2) = 4

i. 𝑓(1) = 2, existe. recorrer aos limites laterais para

iii.lim 𝑓(𝑥) ≠ 𝑓(1)

Portanto, a função não é contínua no ponto 𝑥 = 1.

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ii. ∃ lim 𝑓(𝑥) ⇔ lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)

lim 𝑓(𝑥) = lim− (𝑥 + 3) = 2 + 3 = 5

iii.lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(2) = 5

Portanto, a função é contínua no ponto 𝑥 = 2.

lim 𝑓(𝑥) = lim− (𝑥 + 2) = 2 + 2 = 4

Logo, a função não é contínua no ponto 𝑥 = 2, ou seja é descontínua no ponto 𝑥 = 2.

1.5 Determinar 𝑚 (𝑚 ∈ ℝ), de modo que a função

ii. lim 𝑓(𝑥) = lim (𝑥 2 − 4𝑥 + 3) = 22 − 4 ∙ 2 + 3 = 4 − 8 + 3 = −1

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1.6 Determinar 𝑘 (𝑘 ∈ ℝ), de modo que a função

ii. ∃ lim 𝑓(𝑥) ⇔ lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)

lim 𝑓(𝑥) = lim−(7𝑥 − 2) = 7 ∙ 1 − 2 = 7 − 2 = 5

Para que exista o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende para 1, é necessário e

Portanto, 𝑓(𝑥) é contínua em 𝑥 = 1, se 𝑘 = 5.

1.7 Determinar 𝑘 (𝑘 ∈ ℝ), de modo que a função

ii. ∃ lim 𝑓(𝑥) ⇔ lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)

lim 𝑓(𝑥) = lim− 𝑘𝑥 2 = 𝑘 ∙ 22 = 𝑘 ∙ 4 = 4𝑘

Para que exista o limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende para 2, é necessário e

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1.8 Estude a continuidade da função nos pontos indicados.

Analisando a continuidade nos pontos 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1.

i. 𝑓(0) = 2 ∙ 0 − 1 = 0 − 1 = −1 e 𝑓(1) = 2 ∙ 1 − 1 = 2 − 1 = 1, existe.

lim 𝑓(𝑥) = lim−(−1 + 𝑥) = −1 + 0 = −1

lim 𝑓(𝑥) = lim−(2𝑥 − 1) = 2 ∙ 1 − 1 = 2 − 1 = 1

iii. lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(0) = −1 e lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(1) = 1

Portanto, a função é contínua nos pontos 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1.

ii. ∃ lim 𝑓(𝑥) ⇔ lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥)

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Portanto, a função é contínua no ponto 𝑥 = 0.

 Definição: Dado um ponto 𝒂 do domínio de uma função 𝑓. Dizemos que 𝑓 é

𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝒇(𝒂)

E, Dizemos que 𝑓 é contínua à esquerda de 𝒂 se:

𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝒇(𝒂)

 Definição: Dizemos que uma função 𝑓 é contínua em um intervalo fechado

Teorema 1: Se 𝑓 e 𝑔 forem contínuas em um ponto 𝒂 e se 𝒌 for uma constante,

Teorema 2: Toda função é contínua para todo número de seu domínio.

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