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LICENCIATURA EM GESTÃO
MATEMÁTICA I
CADERNO DE APOIO DE CÁLCULO DIFERENCIAL
Versão 2020.12.07
Carla Martinho
Manuel Martins
Derivada num Ponto
Dada a função 𝑓 definida num intervalo 𝑏, 𝑐 e contínua no seu interior, ou seja, em 𝑏, 𝑐 , e
seja 𝑎 ∈ 𝑏, 𝑐 . Designa-se por razão incremental o quociente
𝑓 𝑥 −𝑓 𝑎
𝑥−𝑎
𝑑𝑓 𝑓 𝑥 −𝑓 𝑎 𝑓 𝑎+ℎ −𝑓 𝑎
𝑓′ 𝑎 = 𝑎 = lim = lim
𝑑𝑥 𝑥→𝑎 𝑥−𝑎 ℎ→0 ℎ
𝑓 0+ℎ −𝑓 0 𝑒 ℎ −𝑒 0 𝑒 ℎ −1
𝑓 ′ 0 = lim = lim = lim = 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑡á𝑣𝑒𝑙 = 1
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
CD/2
Derivada num Ponto
Define-se derivada lateral esquerda da função 𝒇 no ponto 𝒂, a
𝑓 𝑥 −𝑓 𝑎
𝑓𝑒 ′ 𝑎 = lim−
𝑥→𝑎 𝑥−𝑎
𝑓 𝑥 −𝑓 𝑎
𝑓𝑑 ′ 𝑎 = lim+
𝑥→𝑎 𝑥−𝑎
Define-se função derivada da função 𝒇, e representa-se por 𝒇′, como sendo a função que
tem como domínio o conjunto dos pontos onde a função tem derivada finita e, em cada ponto
𝑎 desse domínio, toma o valor de 𝑓 ′ 𝑎 .
A derivada de uma função indica o declive da recta tangente ao gráfico dessa função em
cada ponto. A derivada de uma recta indica o declive dessa recta.
CD/3
Derivada num Ponto
Ex 3) Dada a função 𝑓 𝑥 = 1 − 𝑥 , verifique que existe um máximo da função no
ponto 𝑥 = 0 embora não exista derivada nesse ponto.
𝑓 0 = 1; lim 𝑓 𝑥 = lim 1 − 𝑥 = 1
𝑥→0 𝑥→0
𝑓 𝑥 −𝑓 0 1− 𝑥 −1 −𝑥
𝑓𝑒 ′ 0 = lim− = lim− = lim− =1
𝑥→0 𝑥−0 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥
𝑓 𝑥 −𝑓 0 1− 𝑥 −1 −𝑥
𝑓𝑑 ′ 0 = lim+ = lim+ = lim+ = −1
𝑥→0 𝑥−0 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥
Visto que os limites (derivadas laterais) são diferentes, pode-se concluir que a
função não tem derivada no ponto.
CD/4
Derivada num Ponto
Assim, pode-se concluir que uma função continua e diferenciável num determinado intervalo
é crescente ou decrescente nesse mesmo intervalo, consoante a sua derivada é maior ou
menor que zero nele.
Chamam-se pontos ordinários a todos os pontos 𝑎 tal que 𝑓 ′ 𝑎 é finita ou infinita com sinal
determinado. Caso seja infinita de sinal indeterminado, designam-se pontos singulares.
Teorema: Se uma função 𝑓 𝑥 tem derivada finita no ponto 𝑎, então ela é contínua nesse
ponto.
𝑓 𝑥 −𝑓 𝑎
Dem.) Seja lim = 𝑓 ′ 𝑎 finito
𝑥→𝑎 𝑥−𝑎
⇔ lim 𝑓 𝑥 = 𝑓 𝑎
𝑥→𝑎
c.q.d.
CD/5
Tabela de Derivadas
1 ′
𝑛 ′ 1 1 −1 ′ 1 1−𝑛 ′ U′ U′
Nota: U = U 𝑛 = U𝑛 U = U 𝑛 U = 𝑛−1 = 𝑛
𝑛 𝑛
𝑛U 𝑛 𝑛 U𝑛−1
CD/6
Regras de Derivação
Regras de derivação:
I– A derivada da soma (diferença) é igual à soma (diferença) das derivadas
′
𝑓±𝑔 𝑥 = 𝑓 ′ 𝑥 ± 𝑔′ 𝑥
′
Usando a nomenclatura da tabela anterior, 𝑈 ± 𝑉 = 𝑈′ ± 𝑉′
II – A derivada do produto de uma constante por uma função é igual ao produto entre a
constante e a derivada da função
′
𝑘⋅𝑓 𝑥 = 𝑘 ⋅ 𝑓′ 𝑥 ⇔ 𝑘 ⋅ 𝑈 ′
= 𝑘 ⋅ 𝑈′
𝑓 ′ 𝑥 = 3𝑥 + 𝑒 2𝑥 − 2 ′
= 3𝑥 ′ + 𝑒 2𝑥 ′
− 2 ′ = 3(𝑥)′ + 𝑒 2𝑥 ′
−2 1 ′ =
𝑃𝑟𝑜𝑝. 𝐼 𝑃𝑟𝑜𝑝. 𝐼𝐼
′ ′
𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 → 𝑥 = 1; 1 = 0;
𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 → 𝑒 2𝑥 ′
= 2𝑥 ′ 𝑒 2𝑥 = 2 𝑥 ′ 𝑒 2𝑥 = 2𝑒 2𝑥 ;
𝑓 ′ 𝑥 = 3 × 1 + 2𝑒 2𝑥 − 0 = 3 + 2𝑒 2𝑥
CD/7
Regras de Derivação
III – A derivada do produto é igual à soma que se obtém multiplicando a derivada de cada
um dos factores pelos restantes
′
𝑈⋅𝑉 = 𝑈′ ⋅ 𝑉 + 𝑈 ⋅ 𝑉′
′
𝑈⋅𝑉⋅𝑊 = 𝑈′ ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑊 + 𝑈 ⋅ 𝑉′ ⋅ 𝑊 + 𝑈 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑊 ′
IV – Derivada do quociente
′
𝑈 𝑈′ ⋅ 𝑉 − 𝑈 ⋅ 𝑉′
=
𝑉 𝑉2
V– Derivada da potência:
′
a) Base – função; Expoente – constante → 𝑈 𝑘 = 𝑘 ⋅ 𝑈 𝑘−1 ⋅ 𝑈 ′
CD/8
Regras de Derivação
Ex 5) Calcule as derivadas de:
i) 𝑓 𝑥 = 3𝑥 ln 2𝑥
𝑓 ′ 𝑥 = 3𝑥 ln 2𝑥 ′
= 3𝑥 ′ ln 2𝑥 + 3𝑥 ln 2𝑥 ′
=
2𝑥 ′ 2 𝑥 ′
= 3 𝑥 ′ ln 2𝑥 + 3𝑥 = 3 ln 2𝑥 + 3 = 3 ln 2𝑥 + 3
2𝑥 2
𝑥3
ii) 𝑔 𝑥 =
𝑒 2𝑥
′ ′ ′
′ 𝑥3 𝑥 3 𝑒 2𝑥 −𝑥 3 𝑒 2𝑥 3𝑥 3−1 𝑥 ′ 𝑒 2𝑥 −𝑥 3 2𝑥 ′ 𝑒 2𝑥
𝑔 𝑥 = = = =
𝑒 2𝑥 𝑒 2𝑥 2 𝑒 4𝑥
CD/9
Regras de Derivação
VI – Regra de derivação logarítmica
Dada a função 𝑓 𝑥 contínua e diferenciável num determinado intervalo, seja
𝑔 𝑥 = 𝑙𝑛 𝑓 𝑥
𝑓′ 𝑥
Então 𝑔′ 𝑥 = ⇒ 𝑓 ′ 𝑥 = 𝑔′ 𝑥 ⋅ 𝑓 𝑥
𝑓 𝑥
3𝑥 2 𝑒 2𝑥
Ex 6) Calcule a derivada de 𝑓 𝑥 =
2𝑥 3
3𝑥 2 𝑒 2𝑥 2
𝑔 𝑥 = 𝑙𝑛 = 𝑙𝑛 3𝑥 + 𝑙𝑛 𝑒 2𝑥 − 𝑙𝑛 2 − 𝑙𝑛 𝑥 3 =
2𝑥 3
= 2𝑙𝑛 3 + 2𝑥 − 𝑙𝑛 2 − 𝑙𝑛 𝑥
′ 1 1
𝑔′ 𝑥 = 2𝑙𝑛 3 + 2𝑥 − 𝑙𝑛 2 − 𝑙𝑛 𝑥 =0+2−0− =2−
𝑥 𝑥
1 3𝑥 2 𝑒 2𝑥
𝑓 ′ 𝑥 = 𝑔′ 𝑥 × 𝑓 𝑥 = 2 −
𝑥 2𝑥 3
CD/10
Regras de Derivação
A derivada pedida também poderia ser calculada de modo directo, mas com
maior grau de complexidade
′ ′
′
3𝑥 2 𝑒 2𝑥 3𝑥 2 𝑒 2𝑥 2𝑥 3 − 3𝑥 2 𝑒 2𝑥 2𝑥 3 ′
𝑓 𝑥 = = =
2𝑥 3 2𝑥 3 2
2 ′ 2𝑥
3𝑥 𝑒 2𝑥 3 + 3𝑥 2
𝑒 2𝑥 ′ 2𝑥 3 − 3𝑥 2 𝑒 2𝑥 2 𝑥 3 ′
= =
2𝑥 3 2
2 3𝑥 3 ⋅ 𝑒 2𝑥 2𝑥 3 + 3𝑥 2 2𝑒 2𝑥 2𝑥 3 − 3𝑥 2 𝑒 2𝑥 6𝑥 2
= =
2𝑥 3 2
CD/11
Regras de Derivação
Ex 7) Sendo 𝑈 e 𝑉 funções de 𝑥, utilizando a regra de derivação logarítmica, mostre
que
𝑈 𝑉 ′ = 𝑉 ′ ⋅ 𝑈 𝑉 ⋅ ln 𝑈 + 𝑉 ⋅ 𝑈 𝑉−1 ⋅ 𝑈 ′
𝑓 𝑥 = 𝑈𝑉 ;
𝑔 𝑥 = 𝑙𝑛 𝑈 𝑉 = 𝑉 × 𝑙𝑛(𝑈);
𝑈′
𝑔′ 𝑥 = 𝑉 × ln 𝑈 ′
= 𝑉 ′ ln 𝑈 + 𝑉 ;
𝑈
𝑈′ 𝑈′
𝑓 ′ 𝑥 = 𝑔′ 𝑥 × 𝑓 𝑥 = 𝑉 ′ ln 𝑈 + 𝑉 𝑈 𝑉 = 𝑉 ′ 𝑈 𝑉 ln 𝑈 + 𝑉𝑈 𝑉 =
𝑈 𝑈
= 𝑉 ′ 𝑈 𝑉 ln 𝑈 + 𝑉𝑈 𝑉−1 𝑈′
CD/12
Regras de Derivação
VII – Regra da derivada da função composta
Dadas as funções 𝑓 𝑥 e 𝑔 𝑥 contínuas e diferenciáveis num determinado intervalo,
dada a função composta 𝑓 ∘ 𝑔 𝑥 , então 𝑓 ∘ 𝑔 ′ 𝑥 = 𝑓 ′ 𝑔 𝑥 𝑔′ 𝑥
Ex 8) Sejam 𝑓 𝑥 = 3𝑥 2 − 1 e 𝑔 𝑥 = 𝑒 2𝑥
𝑓 ′ 𝑥 = 3𝑥 2 − 1 ′ = 6𝑥 ; 𝑔′ 𝑥 = 𝑒 2𝑥 ′
= 2𝑒 2𝑥 ;
′
𝑓∘𝑔 𝑥 = 𝑓′ 𝑔 𝑥 ⋅ 𝑔′ 𝑥 = 6 𝑒 2𝑥 ⋅ 2𝑒 2𝑥 = 12𝑒 4𝑥 ;
Ex 9) 𝑓 ∘ 𝑔 𝑥 = 3 𝑒 2𝑥 2
− 1 = 3𝑒 4𝑥 − 1
′
𝑓∘𝑔 𝑥 = 3𝑒 4𝑥 − 1 ′ = 3 𝑒 4𝑥 ′
= 3 4𝑒 4𝑥 = 12𝑒 4𝑥
CD/13
Regras de Derivação
VIII – Regra da derivada da função inversa
Dada a função injetiva 𝑦 = 𝑓(𝑥) contínua e diferenciável num determinado intervalo,
existe função inversa 𝑥 = 𝑓 −1 (𝑦) e é possível obter a sua derivada através da
1
expressão 𝑓 −1 ′ 𝑦 =
𝑓′ 𝑥
𝑦−3 𝑦−3
𝑦 = 𝑓 𝑥 = 3 + 2𝑒 𝑥+2 ⇔ 2𝑒 𝑥+2 = 𝑦 − 3 ⇔ 𝑒 𝑥+2 = ⇔ 𝑥 + 2 = 𝑙𝑛 ⇔
2 2
𝑦−3
⇔ 𝑥 = 𝑓 −1 𝑦 = 𝑙𝑛 −2
2
𝑓 ′ 𝑥 = 3 + 2𝑒 𝑥+2 ′
= 2 𝑒 𝑥+2 ′
= 2 𝑒 𝑥+2
1 1 1 1 1
𝑓 −1 ′
𝑦 = = = 𝑦−3 = =
𝑓′ 𝑥 2𝑒 𝑥+2 ln −2+2 𝑦−3 𝑦−3
2𝑒 2 2
2
Nota: Obtida a função inversa, o cálculo da derivada desta também poderia ser
feito de forma directa.
CD/14
Regras de Derivação
3−𝑥
Ex 11) Dadas as funções 𝑓 𝑥 = 𝑥 2 e 𝑔 𝑥 =
2
𝑓′ 𝑥 = 𝑥2 ′
= 2𝑥 ⇒ 𝑚 = 𝑓 ′ 3 = 2 × 3 = 6
𝑓 3 = 32 = 9 → 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏 ⇔ 9 = 6 × 3 + 𝑏 ⇔ 𝑏 = 9 − 18 = −9
CD/15
Regras de Derivação
IX – Regra da derivada da função implícita
Dada a equação do tipo Φ 𝑥, 𝑦 = Ψ 𝑥, 𝑦 onde a cada valor de 𝑥 do domínio da
equação corresponde um e um só valor de 𝑦, diz-se que a equação define de forma
implícita a função 𝑦 = 𝑓 𝑥 .
A derivada da função 𝑦 = 𝑓 𝑥 , representada por 𝑦′, pode ser obtida derivando ambos
os membros da equação em ordem a 𝑥 e explicitando 𝑦′.
𝑥 2 𝑦 = 2𝑥 + ln 𝑦 ⟹ 𝑥 2 𝑦 ′
= 2𝑥 + ln 𝑦 ′
𝑦′
𝑥2𝑦 ′
= 𝑥 2 ′𝑦 + 𝑥 2 𝑦 ′ = 2𝑥𝑦 + 𝑥 2 𝑦 ′ ∧ 2𝑥 + ln 𝑦 ′
=2+
𝑦
CD/16
Regras de Derivação
Então:
2 ′ 𝑦′
2𝑥𝑦 + 𝑥 𝑦 = 2 + ⇔ 2𝑥𝑦 2 + 𝑥 2 𝑦𝑦 ′ = 2𝑦 + 𝑦 ′ ∧ 𝑦 ≠ 0 ⇔
𝑦
⇔ 𝑥 2 𝑦𝑦 ′ − 𝑦 ′ = 2𝑦 − 2𝑥𝑦 2 ⇔ 𝑦 ′ 𝑥 2 𝑦 − 1 = 2𝑦 − 2𝑥𝑦 2 ⇔
2𝑦−2𝑥𝑦2
⇔ 𝑦′ =
𝑥 2 𝑦−1
𝑥 2 𝑦 = 2𝑥 + ln 𝑦 2,1 → 22 ⋅ 1 = 2 ⋅ 2 + ln 1 ⇔ 4 = 4
2−4 2
2º passo – determinar a equação da tangente: 𝑚 = 𝑦 ′ 2,1 = =−
4−1 3
2 4 7
𝑏 → 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏 ⇔ 1 = − ⋅2+𝑏 ⇔ 1+ =𝑏 ⇔𝑏 =
3 3 3
2 7
A equação da tangente é 𝑦 = − 𝑥 +
3 3
CD/17
Derivadas de Ordem Superior
Dada a função 𝑓 𝑥 contínua e diferenciável num intervalo [𝑎, 𝑏], se 𝑓′ 𝑥 é também
derivável, a sua derivada 𝒇′′ 𝒙 designa-se por derivada de 2ª ordem de 𝒇 𝒙 . Da mesma
forma é possível determinar derivadas de 3ª ordem ou de qualquer outra ordem superior.
𝑓 𝑥 = 𝑒 2𝑥
𝑓 ′ 𝑥 = 𝑒 2𝑥 ′
= 2𝑥 ′ 𝑒 2𝑥 = 2𝑒 2𝑥
𝑓′′ 𝑥 = 2𝑒 2𝑥 ′
= 22 𝑒 2𝑥 = 4𝑒 2𝑥
𝑓′′′ 𝑥 = 22 𝑒 2𝑥 ′
= 23 𝑒 2𝑥 = 8𝑒 2𝑥
𝑓 𝑖𝑣 𝑥 = 23 𝑒 2𝑥 ′
= 24 𝑒 2𝑥 = 16𝑒 2𝑥
CD/18
Limites Indeterminados
Considere duas funções 𝑓 𝑥 e 𝑔 𝑥 contínuas e diferenciáveis num determinado intervalo
𝐼 ⊑ 𝐼𝑅, e 𝑎 um ponto qualquer desse intervalo.
𝑓 𝑥 0 ∞
Supondo que 𝐿𝑖𝑚 conduz a uma indeterminação do tipo ou ;
𝑥→𝑎 𝑔 𝑥 0 ∞
𝑒 𝑥 −1
Ex 15) Calcule 𝐿𝑖𝑚
𝑥→0 𝑥
𝑒 𝑥 −1 0
𝐿𝑖𝑚 = ?
𝑥→0 𝑥 0
𝑒 𝑥 −1 ′ 𝑒𝑥 𝑒 𝑥 −1
𝐿𝑖𝑚 = 𝐿𝑖𝑚 =1⇒ 𝐿𝑖𝑚 =1
𝑥→0 𝑥 ′ 𝑥→0 1 𝑥→0 𝑥
CD/19
Limites Indeterminados
Ex 16) Calcule 𝐿𝑖𝑚 𝑥𝑒 −𝑥
𝑥→+∞
𝐿𝑖𝑚 𝑥𝑒 −𝑥 = ∞ ⋅ 0?
𝑥→+∞
𝑥 ∞
𝐿𝑖𝑚 𝑥𝑒 −𝑥 = 𝐿𝑖𝑚 = ?
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑒 𝑥 ∞
𝑥 ′ 1 𝑥
𝐿𝑖𝑚 = 𝐿𝑖𝑚 = 0 ⇒ 𝐿𝑖𝑚 = 0 ⇒ 𝐿𝑖𝑚 𝑥𝑒 −𝑥 = 0
𝑥→+∞ 𝑒 𝑥 ′ 𝑥→+∞ 𝑒 𝑥 𝑥→+∞ 𝑒 𝑥 𝑥→+∞
1
Ex 17) Calcule 𝐿𝑖𝑚 𝑥 + 1 𝑥
𝑥→0
1
𝐿𝑖𝑚 𝑥 + 1 𝑥 = 1∞ ?
𝑥→0
1 1 𝑙𝑛 𝑥+1 0
𝐿𝑖𝑚
𝐿𝑖𝑚 𝑥 + 1 𝑥 = 𝐿𝑖𝑚 𝑒 𝑥𝑙𝑛 𝑥+1 = 𝑒 𝑥→0 𝑥 = 𝑒0 ?
𝑥→0 𝑥→0
1
𝑙𝑛 𝑥 + 1 ′ 𝑥 + 1 1 1
𝐿𝑖𝑚 = 𝐿𝑖𝑚 = 1 ⟹ 𝐿𝑖𝑚 𝑒 𝑥𝑙𝑛 𝑥+1 1
= 𝑒 ⟹ 𝐿𝑖𝑚 𝑥 + 1 𝑥 =𝑒
𝑥→0 𝑥 ′ 𝑥→0 1 𝑥→0 𝑥→0
CD/20
Limites Indeterminados
Ex 18) Calcule 𝐿𝑖𝑚 2𝑥 − 𝑥 + 1
𝑥→+∞
𝐿𝑖𝑚 2𝑥 − 𝑥 + 1 = ∞ − ∞?
𝑥→+∞
2𝑥+ 𝑥+1
𝐿𝑖𝑚 2𝑥 − 𝑥 + 1 = 𝐿𝑖𝑚 2𝑥 − 𝑥 + 1 =
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 2𝑥+ 𝑥+1
𝑥−1 ′ 1 1
𝐿𝑖𝑚 ′ = 𝐿𝑖𝑚 1 1 = =∞⇒
𝑥→+∞ 2𝑥+ 𝑥+1 𝑥→+∞ + 0
2𝑥 2 𝑥+1
𝑥−1
⇒ 𝐿𝑖𝑚 = ∞ ⇒ 𝐿𝑖𝑚 2𝑥 − 𝑥 + 1 = ∞
𝑥→+∞ 2𝑥+ 𝑥+1 𝑥→+∞
CD/21
Extremos Relativos
Seja 𝑓 função definida em 𝑋 ⊆ 𝐼𝑅, e 𝑎 um ponto qualquer desse conjunto.
CD/22
Extremos Relativos
Ex 21) Seja 𝑓 𝑥 = 𝑥; 𝐷𝑓 = 𝐼𝑅; Representação gráfica:
Verifica-se que a função é sempre crescente
pelo que não tem mínimo nem máximo.
CD/23
Extremos Relativos
A derivada de uma função permite determinar os seus intervalos de monotonia. Assim,
CD/24
Extremos Relativos
Ex 22) Seja 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 4𝑥 + 1;
b) Identifique-o e classifique-o
𝑓 ′ 𝑥 = 𝑥 3 − 4𝑥 + 1 ′ = 3𝑥 2 − 4;
4 4
𝑓′ 𝑥 = 0 ⇔ 3𝑥 2 − 4 = 0 ⇔ 𝑥 = ∨𝑥 =−
3 3
Como o segundo é negativo, o primeiro é o que interessa;
Utilização de uma tabela para classificar o extremo:
𝟒
x
𝟑
f(x) Mínimo
f’(x) – 0 +
3
4 4 4
𝑓 = −4 + 1 é um mínimo da função f(x).
3 3 3
CD/25
Extremos Relativos
𝑥+1 2 ,𝑥 ≤ 0
Ex 23) Considere a função f real de variável real 𝑓 𝑥 = ቊ
𝑒𝑥 − 2 ,𝑥 > 0
Determine e classifique os seus extremos.
2
𝐿𝑖𝑚− 𝑓 𝑥 = 𝐿𝑖𝑚− 𝑥 + 1 =1=𝑓 0 𝐿𝑖𝑚+ 𝑓 𝑥 = 𝐿𝑖𝑚+ 𝑒 𝑥 − 2 = −1
𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0
A função não é contínua no ponto 0 (não tem derivada nesse ponto); Cálculo da
derivada (e respetivos zeros):
2 𝑥 + 1 ,𝑥 < 0
𝑓′ 𝑥 = ቊ 𝑥 𝑓 ′ 𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 = −1
𝑒 ,𝑥 > 0
Tabela:
x –∞ –1 0 +∞
f’(x) – 0 + Imp. +
i) Se 𝑓 ′′ 𝑎 > 0 diz-se que 𝑓 𝑥 é uma função convexa em 𝒂 ou que o seu gráfico tem a
concavidade voltada para cima em 𝒂;
ii) Se 𝑓 ′′ 𝑎 < 0 diz-se que 𝑓 𝑥 é uma função côncava em 𝒂 ou que o seu gráfico tem a
concavidade voltada para baixo em 𝒂;
𝑓 ′′ 𝑥 = 0 ⇔ 12𝑥 2 − 12 = 0 ⇔ 𝑥 = −1 ∨ 𝑥 = 1
A função tem dois pontos de inflexão, (–1 e 1) sendo côncava no intervalo −1,1
e convexa em −∞, −1 ∪ 1, +∞
CD/27
Assíntotas
Seja 𝑓 função contínua definida em IR
Assíntotas verticais 𝑥 = 𝑎 :
i) Diz-se que a reta 𝑥 = 𝑎 é assíntota vertical ou quando 𝒙 → 𝒂 (ponto de
descontinuidade da função) do gráfico de 𝑓 𝑥 se e só se 𝑓 𝑥 tende para ±∞ quando
𝑥 → 𝑎− ou 𝑥 → 𝑎+ ;
𝑓 𝑥
𝑚 = 𝐿𝑖𝑚 ∧ 𝑏 = 𝐿𝑖𝑚 𝑓 𝑥 − 𝑚𝑥
𝑥→±∞ 𝑥 𝑥→±∞
O cálculo de b só faz sentido caso exista e seja finito o valor de m. A assíntota existe se m
e b existirem e forem finitos.
CD/28
Assíntotas
𝑥2
,𝑥 < 1
Ex 25) Seja 𝑓 𝑥 = ቐ 𝑥−1
−𝑥
𝑒 ,𝑥 ≥ 1
Assíntota vertical:
𝑥2 1
𝐿𝑖𝑚− 𝑓 𝑥 = 𝐿𝑖𝑚− = = −∞
𝑥→1 𝑥→1 𝑥−1 0−
1
𝐿𝑖𝑚+ 𝑓 𝑥 = 𝐿𝑖𝑚+ 𝑒 −𝑥 = 𝑒 −1 =
𝑥→1 𝑥→1 𝑒
Como o limite lateral esquerdo é infinito, pode-se concluir que existe assíntota
vertical 𝑥 = 1 (independe do limite lateral direito);
CD/29
Assíntotas
Assíntotas não verticais:
Quando 𝑥 → −∞, 𝑦 = 𝑚0 𝑥 + 𝑏0
𝑓 𝑥 𝑥2 𝑥2 1
𝑚0 = 𝐿𝑖𝑚 = 𝐿𝑖𝑚 = 𝐿𝑖𝑚 = 𝐿𝑖𝑚 1 =1
𝑥→−∞ 𝑥 𝑥→−∞ 𝑥 𝑥−1 𝑥→−∞ 𝑥 2 −𝑥 𝑥→−∞ 1−𝑥
𝑥2 𝑥2 − 𝑥2 + 𝑥 𝑥
𝑏0 = 𝐿𝑖𝑚 𝑓 𝑥 − 𝑚0 𝑥 = 𝐿𝑖𝑚 − 𝑥 = 𝐿𝑖𝑚 = 𝐿𝑖𝑚 =1
𝑥→−∞ 𝑥→−∞ 𝑥 − 1 𝑥→−∞ 𝑥−1 𝑥→−∞ 𝑥 − 1
Quando 𝑥 → +∞, 𝑦 = 𝑚1 𝑥 + 𝑏1
𝑓 𝑥 𝑒 −𝑥 0
𝑚1 = 𝐿𝑖𝑚 = 𝐿𝑖𝑚 = =0
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 +∞
𝑏1 = 𝐿𝑖𝑚 𝑓 𝑥 − 𝑚1 𝑥 = 𝐿𝑖𝑚 𝑒 −𝑥 = 𝑒 −∞ = 0
𝑥→+∞ 𝑥→+∞
CD/30
Assíntotas
O estudo completo de uma função até à sua representação gráfica passa pelas seguintes
etapas (não necessariamente pela ordem indicada):
o Determinar o domínio;
o Achar os zeros;
o Determinar as assíntotas
o Determinar o contradomínio.
CD/31
Representação Gráfica
𝑥2
,𝑥 < 1
Ex 26) Seja 𝑓 𝑥 = ቐ 𝑥−1 ; Represente graficamente a função
−𝑥
𝑒 ,𝑥 ≥ 1
1
𝐿𝑖𝑚− 𝑓 𝑥 = −∞ (garante a existência de assíntota vertical); 𝐿𝑖𝑚+ 𝑓 𝑥 = ;
𝑥→1 𝑥→1 𝑒
Continuação…
𝑥2
Zeros: A função exponencial nunca é nula; = 0 ∧ 𝑥 < 1 ⇔ 𝑥 2 = 0 ⇔ 𝑥 = 0;
𝑥−1
0 é um zero da função;
Derivadas:
𝑥 2 − 2𝑥 2
,𝑥 < 1 ,𝑥 < 1
𝑓′ 𝑥
=൞ 𝑥−1 2 ; 𝑓′′ 𝑥 = ቐ 𝑥 − 1 3
−𝑒 −𝑥 ,𝑥 > 1 𝑒 −𝑥 ,𝑥 > 1
CD/32
Representação Gráfica
Extremos: A função exponencial nunca se anula;
𝑥 2 −2𝑥
𝑓′ 𝑥 = 0 ⇒ = 0 ⇔ 𝑥 2 − 2𝑥 = 0 ⇔ 𝑥 = 0 ∨ 𝑥 = 2
𝑥−1 2
Pontos de inflexão: Como 𝑓′′ 𝑥 nunca se anula, não existem pontos de inflexão;
Tabela: x –∞ 0 1 +∞
f(x) 0 → 1/e
−
f’(x) + 0 – Imp. –
f’’(x) – 0 – Imp. +
0 = 𝑓 0 é um máximo da função;
1
= 𝑓 1 também é um máximo da função (embora não seja um zero da
e
derivada);
CD/33
Representação Gráfica
Gráfico:
CD/34
Aplicações Práticas
Uma empresa de refrigerantes pretende lançar no mercado embalagens
de sumos de frutas com capacidade de 2 litros (2 dm3). Por questões de
marketing, as embalagens deverão ter a forma de um prisma quadrangular
regular.
Área total é a soma das áreas das duas bases (quadrados de áreas 𝑥 × 𝑥) com as
áreas das quatro faces laterais (retângulos com área 𝑥 × ℎ) :
2 2 2 8 2𝑥 3 +8
𝐴 𝑥 = 2𝑥 + 4𝑥 2 = 2𝑥 + = ;
𝑥 𝑥 𝑥
CD/35
Aplicações Práticas
b) Mostre que existe um valor x para o qual a área total é mínima;
′ ′
′ 2𝑥 3 +8 2𝑥 3 +8 𝑥− 𝑥 ′ 2𝑥 3 +8 6𝑥 3 − 2𝑥 3 +8 4𝑥 3 −8
𝐴 𝑥 = = = = ;
𝑥 𝑥2 𝑥2 𝑥2
Extremos:
′ 4𝑥 3 −8 3
𝐴 𝑥 =0⟺ = 0 ⟺ 4𝑥 3 − 8 = 0 ⟺ 𝑥 3 = 2 ⟺ 𝑥 = 2;
𝑥2
3 3
3 2 2 +8 12
𝐴 2 = 3 = 3
2 2
Tabela:
x –∞ 3
2 +∞
A(x) 12
3 = Mín
2
A’(x) – 0 +
3
A área total é mínima para 𝑥 = 2.
CD/36
Aplicações Práticas
A figura ao lado
representa a ponte
construída no século
XVIII sobre a Ribeira das
Alcáçovas no lugar de
Santa Susana.
𝑓 𝑥 = 36 − 9 𝑒 0,06𝑥 + 𝑒 −0,06𝑥
⇔ −0,06𝑥 = 0,06𝑥 ⇔ −𝑥 = 𝑥 ⇔ 𝑥 = 0;
CD/37
Aplicações Práticas
b) A construção da Barragem de Pego do Altar, em 1949, provocou uma subida do nível
das águas na zona da ponte de 27 metros. Mostre que nessas condições, a ponte
ficou totalmente submersa;
𝑓 0 = 36 − 9 𝑒 0 + 𝑒 −0 = 36 − 9 2 = 18 metros;
CD/38