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Limites e continuidade

começar por relembrar a definição de linite segundo Cauchy para funções reais de variável real.........
discutir o que é igual e o que se altera........

Definição (Limite segundo Cauchy)


Consideremos uma função f : D ⊆ Rn → R, onde D é um aberto de Rn .
Sejam a um ponto de acumulação de D e b ∈ R.

Dizemos que o limite de f quando x tende para a é b se

∀δ > 0 ∃ε > 0 : ∀x ∈ D\{a} ∧ x ∈ Bε (a) → f (x) ∈ Bδ (b).

note que como f (x) ∈ R em vez de f (x) ∈ Bδ (b) poderiamos ter escrito apenas |f (x) − b| < δ.

Observação1 : para alguns autores este conceito de limite designa-se por limite por valores diferentes.

Observação2 : poderiamos ter também falado de outra definição de limite de uma função (definição de limite segundo Heine),
equivalente à definição de limite segundo Cauchy;

Proposição
O limite de uma função num ponto, se existir, é único.
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Tal como para funções reais de variável real, temos:

Proposição (propriedades operatórias dos limites)


Sejam f : Df ⊆ Rn → R e g : Dg ⊆ Rn → R funções (com Df e Dg conjuntos abertos) e seja a
ponto de acumulação de Df e de Dg .

Se lim f (x) = b e lim g (x) = c, então


x→a x→a


1 lim f + g )(x) = lim f (x) + lim g (x) = b + c .
x→a x→a x→a


2 lim f .g )(x) = lim f (x) · lim g (x) = bc .
x→a x→a x→a

f lim f (x) b
3 lim (x) = x→a = (desde que g (x) 6= 0 e c 6= 0).
x→a g lim g (x) c
x→a

Atenção! falar sobre as indeterminções 2 / 12


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Proposição (limite da composta)


Sejam f : Df ⊆ Rn → Rk e g : Dg ⊆ Rm → Rn funções tais que Df e Dg são conjuntos abertos
e e g (Dg ) ⊆ Df .
0 0
Sejam a ∈ Dg e b ∈ Df tais que:

lim g (x) = b e lim f (y ) = c.


x→a y →b

Então existe lim (f ◦ g )(x) e tem-se


x→a

lim (f ◦ g )(x) = lim f (g (x)) = c.


x→a x→a

Pensar.....
x2
lim (x + y ) = ............ lim (x 2 .y ) = ............ lim = ............
(x,y )→(2,3) (x,y )→(1,2) (x,y )→(2,3) x + y

x2 x2 sin(x 2 + y 2 )

lim = ............ lim sin π) = ............ lim = ............
(x,y )→(0,0) x 2 + y 2 (x,y )→(1,2) y (x,y )→(0,0) x2 + y2

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Definição (Limite relativo a um conjunto (ou limite ao longo de um conjunto) )


Sejam f : Df ⊆ Rn → R e a ∈ Df0 B ⊆ Df tal que a ∈ B 0 . Chamamos limite de f no ponto
a, relativo ao conjunto B , e escrevemos lim f (x), ao limite da restrição de f ao conjunto
x→a, x∈B
B, isto é,

lim f (x) = lim f|B (x).


x→a, x∈B x→a

Observação: Para funções reais de variável real pensar no limite à esquerda de um ponto a e no
limite à direita...

Notar que lim+ f (x) = lim f|]a,+∞[ (x) e que lim− f (x) = lim f|]−∞,a[ (x);
x→a x→a x→a x→a

discutir e exemplificar........... pensar no que pode ser diferente qdo ”passamos”de R para R2 ou outros.....

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Proposição
0
Seja f : Df ⊆ Rn → R uma função e a ∈ Df .
Sejam B1 , B2 , . . . , Bk um nº finito de conjuntos disjuntos dois a dois, tal que
a ∈ Bi0 , ∀{1, 2, . . . , k} e
B1 ∪ B2 ∪ . . . ∪ Bk = Df \{a}.
Então

lim f (x) = b ⇔ ( lim f (x) = lim f (x) = . . . = lim f (x) = b).


x→a x→a, x∈B1 x→a, x∈B2 x→a, x∈Bk

isto é, existe limx→a f (x) = b se e só se existirem, e forem iguais a b, os limites de f (quando x → a) ao longo de
todos os conjuntos B1 , B2 , . . . , Bk .

Observação: Se f for uma função real de variável real, obtemos da proposição anterior um resultado que utilizávamos para estas
funções frequentemente:
”o limite de f em a existe se e só se os limites à esquerda e à direita existirem e forem iguais.

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Observação muito importante:

• Se existe lim f (x) = b então o limite de f em a, ao longo de qualquer subconjunto B de


x→a
Df (tal que a ∈ B 0 ) existe e tem o valor b isto é

lim f (x) = b ⇒ lim f (x) = b, ∀B ⊆ Df , a ∈ B 0 .


x→a x→a, x∈B

• Consequentemente, se existirem conjuntos B1 , B2 tais que a ∈ B10 ∩ B20 segundo os quais


se obtêm diferentes limites, isto é, se lim f (x) 6= lim f (x), podemos concluir que
x→a, x∈B1 x→a, x∈B2
lim f (x)não existe.
x→a

O resultado anterior é particularmente útil nos casos em que se pretende provar que não existe limite como iremos ver adiante

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Suponhamos que queremos calcular


xy
lim .
(x,y )→(0,0) x 2 + y 2

Indeterminação  
0
0
E ........................ o que fazer????? .......................resultado anterior............ e....

Chamam-se limites direcionais de f quando (x, y ) tende para (a, b) aos limites ao longo das
retas que passam em (a, b), ou seja, das retas y = m(x − a) + b e também ao longo da reta
vertical x = a.

Ou seja, aos limites de f no ponto (a, b) relativos aos conjuntos

B : m = {(x, y ) : y = m(x − a) + b} ou B = {(x, y ) : x = a}


xy
( Calcule os limites direcionais no ponto (0, 0) para a função f (x, y ) = x 2 +y 2 ; conclua que o limite de f quando (x, y ) tende para
(0, 0) ao longo de cada reta y = mx depende de m, isto é, varia com a reta em causa, pelo quenão existe limite de f (x, y )
quando (x, y ) → (0, 0).)
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Suponhamos agora que queremos calcular


xy
lim p .
(x,y )→(0,0) x2 + y2

Indeterminação  
0
0

( Calcule os limites direcionais no ponto (0, 0) para a função f (x, y ) = √ xy2 ; conclua que o limite de f quando (x, y ) tende
x +y 2
para (0, 0) ao longo de cada reta y = mx é sempre 0;)

E agora.....................???

Observação: Uma vez que m pode tomar qualquer valor real, quando calculamos os limites
direcionais estamos a considerar um número infinito de retas que passam em (a, b). Assim,
ainda que todos os limites direcionais sejam iguais a um mesmo número real k ∈ R,
não poderemos concluir, apenas por essa razão, que o lim f (x) exista e seja igual a k.
x→a

E então..................? o que fazemos? existe ou não existe limite?????????? 8 / 12


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Teorema (Teorema do enquadramento)


Sejam f , g , h : Rn → R e seja a ∈ (Df )0 ∩ (Dg )0 ∩ (Dh )0 .
Suponhamos que, numa vizinhança de a, temos

f (x) ≤ g (x) ≤ h(x), ∀x ∈ Bε (a).


Se lim f (x) = lim h(x) = b, então existe lim g (x) e temos que
x→a x→a x→a

lim g (x) = b.
x→a

Note que lim f (x) = b se e só se lim |f (x) − b| = 0.


x→a x→a

Observação: O teorema dos enquadramento, juntamente com a afirmação anterior, embora muito simples, ser
nos-ão muito úteis no cálculo de limites para funções reais de variável vetorial;

vejamos como........

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Suponhamos que queremos provar que lim f (x) = b:


x→a

Pela observação anterior bastará então provar que lim |f (x) − b| = 0 e logo,
x→a

0 ≤ |f (x) − b | ≤ .................??????
(∗ ) (∗∗)
(∗) - note que o facto de ter um módulo e ”querer enquadrar”por 2 funções cujo limite seja 0
permite lhe imediatamente encontrar a função para pôr do lado esquerdo;

(∗∗) - Objectivo: encontrar uma função f (x) que tenda para 0, quando x → a;

Porquê? Para quê?................ Como? discutir, exemplificar,........

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Como?????? Algumas desigualdades, óbvias mas muito útieis:

p √
|x| ≤ x 2 + y 2 ; basta notar que |x| = x2

|x ± y | ≤ |x| + |y |;

x2 ≤ x2 + y2 y 2 ≤ x 2 + y 2;

e outras equivalentes com as devidas alterações exemplificar e discutir.....

discutir a ideia e como chegar lá..............

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xy xy 2 x2
lim lim lim
(x,y )→(0,0) x 2 + y 2 (x,y )→(0,0) x 2 + y 2 (x,y )→(0,0) y

R: não existe pq .... R: existe..... R: não existe embora limites direcionais sejam...
limites direcionais diferentes provar por enquadramento todos 0; procurar outra curva.....

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