Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Paula Reis
9ε > 0, Bε (a) A.
A = ] 3, 1[ [ ]1, 6] ; B= n 1
,n 2 N .
x2 1
f (x ) =
x 1
com Df = Rn f1g e 1 ponto de acumulação de Df . Factorizando o
numerador da expressão analítica de f , temos
x2 1 (x + 1) (x 1)
f (x ) = = = x + 1, para todo x 6= 1
x 1 x 1
Obs.: A função f não está de…nida em 1, mas está de…nida para qualquer
x "próximo"de 1 .
e representa-se por
lim f (x ) = b,
x !a
p
n f
Existem e são …nitos os limites de f n , de f e de g tendo-se
h in
lim f n (x ) = lim [f (x )]n = lim f (x )
x !a x !a x !a
p q
n
lim f (x ) = n lim f (x ), (se n for par, f (x ) 0) .
x !a x !a
h i lim f (x )
f (x ) x !a
lim g (x )
= lim g (x )
, se lim g (x ) 6= 0.
x !a x !a x !a
lim 3 = 3. lim x = 1.
x !1 x! 1
lim (3x 1 )
3x 1 x! 1 3 ( 1) 1
lim = = = 4.
x ! 1 x +2 lim (x +2 )
x! 1
1 +2
2
lim (3x )2 = lim (3x ) = [3 ( 1)]2 = ( 3)2 = 9.
x! 1 x! 1
q q r q q p
lim 1
1 2
lim x 2 +1
= lim 21 = x !1
lim (x 2 +1 )
= 1
1 2 +1
= 1
2 = 2 .
x !1 x !1 x +1 x !1
lim [f (x ) g (x )] = 0,
x !a
1
lim x 2 sen( ) = 0.
x !0 x
1 1
1 sen( ) 1 , x2 x 2 sen( ) x 2,
x (x 2 >0 ) x
e
lim x 2 = lim x 2 = 0,
x !0 x !0
1
lim x 2 sen( ) = 0.
x !0 x
p
Exercício: Mostre que lim 3
x cos( x1 ) = 0.
x !0
lim f (x ) = lim c x = +∞
x !+∞ x !+∞
lim f (x ) = lim c x = 0
x! ∞ x! ∞
para c > 1
lim f (x ) = lim c x = 0
x !+∞ x !+∞
lim f (x ) = lim c x = +∞
x! ∞ x! ∞
para c < 1
para c > 1
para c < 1
Paula Reis (ESTSetúbal) Limites e Continuidade Matemática I 22 / 81
Limites In…nitos e no In…nito
Propriedade: Sejam f e g funções reais de variável real, a …nito ou
in…nito, tais que, para todo o x numa vizinhança de a (excepto,
eventualmente, em a), se tem
g (x ) f (x ) .
x2 9
Exemplo: Calcular lim .
x ! 3 x +3
x 2 9 ( 00 )
lim =
x! 3 x + 3
(x + 3) (x 3)
= lim =
x! 3 x +3
= lim (x 3) = 6.
x! 3
x 2 +3x 2
Exemplo: Calcular lim 2 .
x !+∞ 3x 5
x 2 + 3x 2 ( ∞∞ ) x 2 1 + 3x
x2
2
x2
1+ 3
x
2
x2
lim = lim 5
= lim
x !+∞ 3x 2 5 x !+ ∞ 2
x 3 x2
x !+∞3 x52
1+0+0 1
= = .
3 0 3
lim f (x ) = ∞ e lim g (x ) = 0 ,
x !a x !a
então
f (x )
lim [f (x ) g (x )] = lim 1
,
x !a x !a
g (x )
∞
que se traduz pela indeterminação ∞ apresentada anteriormente.
1
Exemplo: Calcular lim x3 + 1 .
x! ∞ x
1 (0 ∞ ) x 3 +1 3
lim x3 + 1 = lim = lim xx + 1
x! ∞x x! ∞ x x! ∞ x
= lim x2 + 1
x = + ∞ + 0 = +∞.
x! ∞
(∞ ∞)
lim x2 5x + 3 =
x !+∞
5x x2 3
= lim x2 + 2 =
x !+∞ x 2 x2x
5 3
= lim x 2 1 + 2 =
x !+∞ x x
= +∞ (1 0 + 0) = +∞.
Paula Reis (ESTSetúbal) Limites e Continuidade Matemática I 31 / 81
Indeterminações - Exemplos
Indeterminação do tipo ∞ ∞:
Caso em que a expressão analítica da função é uma função irracional:
p p
Exemplo: Calcular lim x x 1 .
x !+∞
p p (∞ ∞)
lim =
x x 1
x !+∞
p p p
p
x x 1 x+ x 1
= lim p p =
x !+∞ x+ x 1
p 2 p 2
x x 1 x (x 1)
= lim p p = lim p p =
x !+∞ x+ x 1 x !+∞ x + x 1
1 1
= lim p p = = 0.
x !+∞ x + x 1 +∞
1 4
Exemplo: Calcular lim+ x 2 x2 4
.
x !2
1 4 (∞ ∞)
lim+ =
x !2 x 2 x2 4
14
= lim+ =
x !2 x 2 (x + 2) (x 2)
(x + 2) 4 x 2
= lim+ = lim+ =
x !2 (x + 2 ) (x 2) x !2 (x + 2 ) (x 2)
1 1 1
= lim+ = = .
x !2 x + 2 2+2 4
lim senx x
=1
x !0
ex 1
lim =1
x !0 x
ln (1 +x )
lim x =1
x !0
ax
lim = +∞
x !+∞ x
lim ln x = 0
x !+∞ x
x
lim 1 + kx = e k
x !+∞
para a > 1, p 2 N e k 2 R.
sen(3x )
Exemplo: Calcular lim x .
x !0
ex e 2 ( 00 ) e2 ex 2 1 ex 2 1
lim = lim = e 2 lim = e2,
x !2 x 2 x !2 x 2 x !2 x 2
| {z }
=1
ln (1 + 5x ) ( 00 ) 1 ln (1 + 5x ) 5 ln (1 + 5x ) 5
lim = lim = lim = ,
x !0 2x 2 x ! 0 x 2|x ! 0
{z5x } 2
=1
limite notável
z}|{
1 ln x
1 + ln x ( ∞∞ ) x x1 + lnxx +
x
lim = lim = lim x
x !+∞ x + 2 x !+∞ x 1 + 2 x !+∞ 1 + x2
x
0+0 0
= = = 0.
1+0 1
Paula Reis (ESTSetúbal) Limites e Continuidade Matemática I 36 / 81
Limites Notáveis
ex x3
Exemplo: lim 3 = +∞; lim x = 0.
x !+∞ x x !+∞ e
e x +x 2
Exemplo: Calcular lim x .
x !+∞ e +1
e x + x 2 ( ∞∞ ) e x 1 + exx 2
ex
lim = lim 1
x !+∞ e x + 1 x !+∞ ex 1 + ex
0 0
z}|{ z}|{
x 2
1+ x x
= lim e e = 1.
x !+∞ 1
1+ x
e
|{z}
,!0
2 3x
(1 ∞ ) 2 x 3 6 2 x7
6 7
lim 1+ = lim 1+ = 6 lim 1 + 7
x !+∞ x x !+∞ x 4x !+∞ x 5
| {z }
=e 2
2 3 6
= e =e .
lim [f (x )]g (x ) = c b .
x !a
p
x
Exemplo: lim+ 1 + x 2 = (1 + 0)0 = 10 = 1.
x !0
4 3x +7
Exemplo: lim 2+ x = ( 2)4 = 16.
x! 1
1
4
Exemplo: lim 2+ x
x2 = 20 = 1.
x! ∞
= e +∞ = +∞,
1
Exemplo: Calcular lim (1 + x ) x .
x !0
usando a transformação anterior tem-se
1 1∞
h i x1 1
lim (1 + x ) x = lim e ln (1 +x ) = lim e x ln (1 +x )
x !0 x !0 x !0
ln (1 +x )
lim
= e x !0 x
= e 1 = e,
ln (1 +x )
pois lim x = 1 (limite notável).
x !0
1
1 x
Exemplo: Calcular lim x .
x !+∞
1
1
h i x1
x
00 1 lim [ x1 ln ( x1 )]
lim = lim e ln x = e x !+∞ = e 0 = 1,
x !+∞ x x !+∞
1 1 0 ( ∞) 1 1
lim ln = lim ln x
x !+∞ x x x !+∞ x
1 ln x
= lim ln x = lim = 0,
x !+∞ x x !+∞ x
ln x
e lim = 0 (limite notável).
x !+∞ x
e 0 = 1,
ln y
e lim+ senx x = 1, lim = 0, para y = 1
! +∞ se x ! 0+ (limites
x !0 y !+∞ y x
notáveis).
Paula Reis (ESTSetúbal) Limites e Continuidade Matemática I 44 / 81
Continuidade num ponto
De…nição: Dada uma função f : Df R ! R e um ponto a 2 Df ,
diz-se que f é contínua em a se
lim f (x ) = f (a) ,
x !a
Como
sen x
= 1 = f (0)
lim f (x ) = lim
x !0 x x !0
conclui-se que f é contínua no ponto x = 0, como podemos observar no
grá…co de f :
x2 1 , x 6= 0
g (x ) = .
1 ,x = 0
Como
lim g (x ) = lim x 2 1 = 1 6 = g (0) = 1
x !0 x !0
Por outro lado f é contínua em todos os pontos do intervalo ]2, 4], por ser
contínua em todos os pontos do intervalo aberto ]2, 4[ e contínua à
esquerda de 4, pois
Obs.: Visto que a função não está de…nida no intervalo [0, 2], a
interrupção no grá…co da função não se traduz por uma descontinuidade
em Df . Como [0, 2] 2
/ Df o estudo da continuidade de f no intervalo ]0, 2[
não faz sentido.
Exemplo: A função
ln (1 + x )
f (x ) =
x
é contínua no seu domínio,
ln (1 + x )
lim =1
x !0 x
a função
( (
f (x ) , x 2 Df ln (1 +x )
,x > 1 ^ x 6= 0
g (x ) = lim f (x ) , x = 0 = x
x !0 1 ,x = 0
3x 5 + 15x + 8 = 0
Como se tem
f ( 1) f (0) < 0
pelo 2o corolário do Teorema de Bolzano podemos garantir a existência de
um ponto pertencente ao intervalo ] 1, 0[ onde f se anula, isto é,
9c 2] 1, 0[: f (c ) = 0, o que garante que a equação dada tem uma
solução real.
Paula Reis (ESTSetúbal) Limites e Continuidade Matemática I 60 / 81
Teoremas Fundamentais das Funções Contínuas
Exemplo: Seja f uma função de domínio R contínua no intervalo [ 2, 2]
tal que f ( 2) = 1 e f (2) = 3. Mostre que a equação
x= f (x )
tem pelo menos uma solução em ] 2, 2[.
Como
x = f (x ) , x + f (x ) = 0
e considerando g uma soma de funções contínuas em [ 2, 2]
g (x ) = x + f (x )
também contínua em [ 2, 2], veri…camos que
g ( 2) = 2 + f ( 2) = 2+1 = 1<0
e
g (2) = 2 + f (2) = 2 + 3 = 5 > 0
então pelo 2o
corolário do T. de Bolzano 9c 2] 2, 2[: g (c ) = 0, pelo
que a equação dada tem uma solução real.
Paula Reis (ESTSetúbal) Limites e Continuidade Matemática I 61 / 81
Teoremas Fundamentais das Funções Contínuas
Teorema de Weierstrass
Qualquer função contínua num conjunto fechado e limitado tem máximo e
mínimo nesse conjunto.
Exemplo: A função f (x ) = ln x é contínua no intervalo fechado e
limitado [1, e ], pelo que tem máximo e mínimo nesse intervalo.
min f = ln 1 = 0 e max f = ln e = 1
Obs.: Se não é satisfeita alguma das condições do teorema:
função contínua,
conjunto fechado,
conjunto limitado,
não se pode garantir a existência de máximo e de mínimo da função.
Paula Reis (ESTSetúbal) Limites e Continuidade Matemática I 62 / 81
Teoremas Fundamentais das Funções Contínuas
Exemplos:
1 A função f (x ) = 1 de…nida no intervalo ]0, 1[, não tem máximo nem
x
mínimo neste intervalo. Embora f seja contínua neste intervalo, o
teorema de Weirstrass não se pode aplicar, uma vez que o intervalo
não é fechado.
f é invertível em I ;
f 1 é estritamente monótona no seu domínio;
f 1 é uma função contínua.
f : R ! [ 1, 1]
x 7! y = sen x
Note-se que
π π
arcsen ( 1) = 2 arcsen 0p = 0 arcsen 1p = 2
2 3
arcsen 12 = π
6 arcsen 2 = π
4 arcsen 2 = π
3
Paula Reis (ESTSetúbal) Limites e Continuidade Matemática I 67 / 81
Funções Trigonométricas senx e arcsenx
x +π
f (x ) = 2 sen
4
x +π x +π
1 sen 1,1 sen 1,
4 4
x +π
, 1 sen 1,
4
x +π
, 2 1 2 sen 2+1 ,
4
, 1 f (x ) 3
x +π
f (x ) = y ,2 sen =y
4
x +π x +π
, sen =2 y , = arcsen (2 y )
4 4
, x + π = 4 arcsen (2 y ) , x = π + 4 arcsen (2 y) ,
logo
1
f (x ) = π + 4 arcsen (2 x) ,
ou seja
f 1 : [1, 3] ! [ 3π, π ]
x 7! y = π + 4 arcsen (2 x) .
x +π
f (x ) = 2,2 sen =2
4
x +π x +π
, sen =0, = arcsen 0
4 4
, x +π = 0 , x = π
x = f 1 (2) = π + 4 arcsen (2 2) =
= π + 4 arcsen 0 = π.
f : R ! [ 1, 1]
x 7! y = cos x
cos jI : [0, π ] ! [ 1, 1]
Notar que
π
arccos (p 1) = π arccos 0p = 2 arccos 1 = 0
3 2
arccos 2 = π
6 arccos 2 = π
4 arccos 12 = π
3
Paula Reis (ESTSetúbal) Limites e Continuidade Matemática I 74 / 81
Funções Trigonométricas cosx e arccosx
Exemplo: Considerando a restrição principal do coseno, determinar o
domínio, contradomínio e a expressão da inversa da função
π
f (x ) = + 3 arccos (x 1)
6
Domínio: Por estar de…nida na restrição principal do coseno, tem-se:
1 x 1 1,0 x 2
logo Df = CDf 1 = [0, 2].
Contradomínio: Para x 2 Df tem-se
0 arccos (x 1) π , 0 3 arccos (x 1) 3π ,
π π π
, + 3 arccos (x 1) 3π + ,
6 6 6
π 19π π 19π
, f (x ) , logo CDf = Df 1 = ,
6 6 6 6
.
Notar que:
π π
arctg ( 1) = 4 arctg 0 = 0 arctg 1 = 4
f 1 : R ! ]0, π [
x 7! y = arccotg x
tal que,
y = arccotg x , x = cotg y , para y 2 ]0, π [ .
Notar que
π π
arccotg 0 = 2 arccotg 1 = 4