Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA

Disciplina - Análise no Rn
Professor - Paulo Alexandre
Lista de exercı́cios 2 - Diferenciabilidade

1. Seja k k a norma euclidiana em Rn . Se f : Rn \{0} → R é definida por f (x) = kxka ,


com a ∈ R, calcule f 0 (x) · v para todo v ∈ Rn .

2. Sejam A ∈ M (n) e f : Rn → R definida por f (x) = hA(x), xi. Calcule a diferencial


f 0 : Rn → L(Rn , R).

3. Sejam GL(n) = {X ∈ M (n) : det(X) 6= 0}. Dada A ∈ GL(n), mostre que a


diferencial det0 (A) : M (n) → R é dada por

det0 (A) · H = det(A)tr(A−1 H).

4. Considere o espaço vetorial C([a, b]; R) munido da norma

kf k∞ := max{|f (x)| : x ∈ [a, b]}.

Afirmamos que (C([a, b]; R), kf k∞ ) é um espaço de Banach. Sejam ψ : R → R


contı́nua e g : [a, b] → R de classe C 1 . Defina J : C([a, b]; R) → R por
Z b
J(f ) = ψ(x)g(f (x))dx.
a
Rb
Mostre que J é diferenciável e J 0 (f ) · h = a ψ(x)g 0 (f (x))h(x)dx.

5. Seja f : Rn → R uma função contı́nua que possui todas as derivadas direcionais


df
em qualquer ponto de Rn . Se du (u) > 0 para todo u ∈ Sn−1 , prove que existe um
df
ponto a ∈ R tal que dv (a) = 0, qualquer v ∈ Rn .
n

6. Seja A ⊂ Rn aberto e conexo, e f : A → Rn \ {0} diferenciável. Mostre que kf (x)k


é constante se, somente se, para todo x ∈ A e todo v ∈ Rn , os vetores f 0 (x) · v e
f (x) são ortogonais.

7. Sejam A ⊂ Rn aberto e f : A → R de classe C 2 . Se a ∈ A é um ponto de mı́nimo


(resp. máximo) local de f , mostre que f 00 (a) é semipostiva (resp. seminegativa)
definida.

1
8. Seja A ⊂ Rn aberto e f : A → R de classe C 2 . Se x ∈ A é tal que Br [x] ⊂ A e
∆f (x) ≥ 0, para todo x ∈ Br (x), mostre que o máximo de f restrita a Br (x) é
atingido na fronteira.

9. Seja A ⊂ Rn aberto e f : A → Rn de classe C 1 . Se, para algum a ∈ A, a derivada


f 0 (a) : Rn → Rn é injetiva, então existem δ > 0 e c > 0 tais que Bδ (a) ⊂ A e
kf (x) − f (y)k ≥ ckx − yk quaisquer x, y ∈ A.

10. Seja A ⊂ Rn aberto, ψ : A → Rn de classe C 1 e c ∈ [0, 1) tais que kψ(x) − ψ(y)k ≤


ckx − yk, ∀ x, y ∈ A. Prove que a função f : A → Rn dada por f (x) = x + ψ(x) é
um difeomorfismo de A sobre o aberto f (A). Se A = Rn , mostre que f (A) = Rn .

11. Seja ψ : R → R de classe C 1 tal que |ψ 0 (t)| ≤ c < 1, para todo t ∈ R. Defina
f : R2 → R2 pondo f (x, y) = (x+ψ(y), y+ψ(x)). Mostre que f é um difeomorfismo
de R2 sobre si mesmo.

12. Seja A ⊂ Rn aberto e f : A → Rn de classe C 1 . Se f é injetiva e, para todo x ∈ A,


f 0 (x) : Rn → Rn é injetiva, mostre que f é um homeormorfismo de classe C 1 de A
em f (A).

13. Sabendo que o polinômio p(x) = x3 − 6x2 + 11x − 6 possui as raı́zes 1, 2 e 3, mostre
que existe δ > 0 tal que se |a + 6| < δ, |b − 11| < δ e |c + 6| < δ, então o polinômio
q(x) = x3 + ax2 + bx + c possui três raı́zes reais e distintas.

14. Seja f : R2 → R de classe C 1 . Mostre que f não é injetiva.

15. O ponto P = (1, −1, 2) pertence às superfı́cies x2 (y 2 + z 2 ) = 5 e (x − z)2 + y 2 = 2.


Mostre que a curva interseção dessas superfı́cies pode ser parametrizada na forma
z = f (x) e y = g(x) numa vizinhança de P .

16. Seja f : R2 → R tal que f (0, 0) = 0. Encontre uma condição sobre f (envol-
vendo a diferenciabilidade ou derivadas parciais) que permita resolver a equação
f (f (x, y), y) = 0 com y função de x numa vizinhança de (0.0).

17. Seja f : R → R contı́nua tal que f (x) > 0, se x > 0, satisfazendo


Z 1
f (t)dt = 2.
0

(a) Aplique o Teorema do Valor Intermediário para concluir que existe δ > 0 e
uma função ψ : [0, δ] → R tal que
Z ψ(x)
f (t)dt = 1.
x

(b) Aplique o Teorema da Função Implı́cita para concluir que a função ψ é de


classe C 1 em (0, δ).

2
(c) Obtenha uma expressão para ψ 0 (x).

18. Seja f : Rn → R definida por f (x1 , ..., xn ) = (x1 · ... · xn )2 . Calcule o valor máximo
de f sob a restrição x21 +· · ·+x2n = 1. Utilize o resultado para provar a desigualdade
das médias, isto é, se a1 , ..., an são números reais positivos então
√ a1 + · · · + an
n
a1 · ... · an ≤ .
n

19. Sejam A ∈ M (n) simétrica e f : Rn → R definida por f (x) = hA(x), xi.

(a) Mostre que se um ponto x ∈ Sn−1 é máximo ou mı́nimo de f|Sn−1 , então


A(u) = λ · u com λ = f (u).
(b) Denotando por E = [u]⊥ o complemento ortogonal do subespaço gerado por
u (ponto de máximo ou de mı́nimo de f ), mostre que A(E) ⊂ E.
(c) Conclua que existe uma base ortonormal de Rn formada por autovetores de
A.

20. Seja A ∈ M (n) e S = {x ∈ Rn : hA(x), xi} = 1. Prove que a maior distância de


um ponto de S à origem é λ1 , onde λ é o menor autovalor de A. Além disso, a
maior distância é atingida num ponto x ∈ S que é autovetor de A, correspondente
ao autovalor λ.

21. Sejam A ∈ M (m × n) e f : Rn × Rm → R definida por f (x, y) = hA(x), yi.


Agora considere a função ψ : Rn × Rm → R2 dada por ψ(x, y) = (kxk2 , kyk2 ). Se
(x, y) ∈ ψ −1 (1, 1) é ponto de máximo ou de mı́nimo de f|ψ−1 (1,1) , mostre que existe
λ ∈ R tal que A(x) = λy e At (y) = λx, onde At denota a transposta de A. Mostre
também que, se A 6= 0 então min{f|ψ−1 (1,1) } < 0 < min{f|ψ−1 (1,1) }.

Você também pode gostar