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Análise na Reta - Verão UFPA

4a Lista- Limites de Funções e Funções Contı́nuas

Você deve encará-la como uma lista mı́nima, uma vez que quanto mais exercı́cios fizer,
melhor vai ser o seu entendimento acerca dos conteúdos do curso.

1. Seja f : A → R; a ∈ A0 , B = f (A \ {a}): Se lim f (x) = L então L ∈ B. Tal


x→a
propriedade significa que o limite L pertence ao fecho da imagem f (A \ {a}), isto é,
existem pontos de f (A \ {a}) arbitrariamente próximos de L.

2. Se ∀ {xn } em A \ {a} com lim xn = a implicar (f (xn )) convergente então lim f (x)
n→∞ x→a
existe.

3. Sejam A, B ⊂ R, f de A em R e g de B em R com f (A) ⊂ B. Se lim f (x) = b e


x→a
lim g(y) = c com c = g(b), então lim g(f (x)) = c.
y→b x→a

4. Sejam f, g : R → R definidas por f (x) = 0 se x é irracional e f (x) = x se x ∈ Q;


g(0) = 1 e g(x) = 0 se x 6= 0. Mostre que lim f (x) = 0 e lim g(y) = 0, contudo não
x→0 x→0
existe lim g(f (x)).
x→0
   
1 1 1
5. Mostre que lim sen não existe. Dica: considere xn = e xn = .
x→0 x 2nπ 2nπ + π/2
6. Prove que a ∈ A0+ (respectivamente, a ∈ A0− ) se, e somente se, lim xn = a é limite
n→∞
de uma sequência decrescente (respectivamente, crescente) de pontos pertencentes ao
conjunto A.

7. Prove que lim+ f (x) = L (respectivamente, lim− f (x) = L) se, e somente se, para toda
x→a x→a
sequência decrescente (respectivamente, crescente) de pontos xn ∈ A com lim xn = a
n→∞
tem-se lim f (xn ) = L.
n→∞

1
8. Seja f : R\{0} → R definida por f (x) = , onde a > 1. Prove que lim+ f (x) = 0
1 + a1/x x→0
e lim− f (x) = 1.
x→0

sen(1/x)
9. Seja f : R \ {0} → R, definida por f (x) = , determine o conjunto dos
(1 + 21/x )
números L tais que lim f (xn ) = L, com lim xn = 0, xn 6= 0.
n→∞ n→∞

10. Seja f : R → R definida por f (x) = xsen(x), então para todo c ∈ R existe {xn } em R
com lim xn = ∞ e lim f (xn ) = c.
n→∞ n→∞

1
11. Seja f : [a, ∞) → R limitada. Para todo t ≥ a definimos

Mt = sup{f (x) | x ∈ [t, ∞)}

e
mt = inf{f (x) | x ∈ [t, ∞)},
wt = Mt − mt , chamada de oscilação de f em I = [t, ∞). Nessas condições, existem
lim Mt e lim mt . Prove que existe lim f (x) se, e somente se, lim wt = 0.
t→∞ t→∞ x→∞ t→∞

12. Se f : A → R é contı́nua em a então |f | : A → B também é contı́nua em a.

13. Dizemos que f : A → R é semi-contı́nua superiormente (scs) em a ∈ A quando

∀c > f (a) ∃ δ > 0 | ∀ x ∈ A, |x − a| < δ ⇒ f (x) < c.

Por outro lado, dizemos que f : A → R é semi-contı́nua inferiormente (sci) em a ∈ A


quando
∀c < f (a) ∃ δ > 0 | ∀ x ∈ A, |x − a| < δ ⇒ c < f (x).
Mostre que f : A → R é contı́nua em a ∈ A se, e somente se, f é sci e scs em a.

14. Seja f : A → R contı́nua e f (x) = c uma constante para todo x ∈ A um conjunto


denso em B, então f (x) = c para todo x ∈ B.

15. Prove que f : R → R é contı́nua se, e somente se, para todo A ⊂ R, tem-se f (A) ⊂
f (A).

16. Seja f : A → R contı́nua em a ∈ A. Se para toda vizinhança de a existem x e y em A,


tais que f (x) e f (y) tem sinais contrários então f (a) = 0.

17. Seja f : A → R descontı́nua em a ∈ A. Então existe ε > 0 tal que:


(1) Existe {xn } em A com lim xn = a e f (xn ) > f (a) + ε para todo n ∈ N, ou
n→∞

(2) existe {yn } em A com lim yn = a e f (yn ) < f (a) − ε para todo n ∈ N.
n→∞

18. Seja f : I → R com a propriedade do valor intermediário. Se para todo c ∈ R existe


apenas um número finito de pontos x ∈ I tais que f (x) = c, então f é contı́nua.

19. Seja f : R → R contı́nua com lim f (x) = lim f (x) = ∞. Prove que existe x0 ∈ R
x→∞ x→−∞
tal que f (x0 ) ≤ f (x) para todo x ∈ R, isto é, f possui mı́nimo global.

20. Seja f : R → R contı́nua com lim f (x) = ∞ e lim f (x) = −∞. Então para todo
x→∞ x→−∞
c ∈ R, existe entre as raı́zes x da equação f (x) = c uma cujo o módulo |x| é mı́nimo.

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21. Mostre que a função f : R → R dada por f (x) = sen(x2 ) não é uniformemente
contı́nua.

22. Dada f : A → R uniformemente contı́nua, definimos g : A → R como g(x) = f (x)


se x ∈ A é um ponto isolado e g(a) = lim f (x) se a ∈ A0 . Nessas condições g é
x→a
uniformemente contı́nua e vale g(x) = f (x) para todo x ∈ A.

23. Seja f : R → R contı́nua. Se existem lim f (x) = L e lim f (x) = M então f é


x→∞ x→−∞
uniformemente contı́nua.

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