Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Funções Contı́nuas
a0 1 a1 1 an−1 1
r(x) = · n+ · n−1 + · · · + · + 1.
an x an x an x
Seção 2 Funções contı́nuas num intervalo 79
Figura 3
1
Figura 4: Gráfico da função g(x) = .
1 + x2
4 Continuidade uniforme
√
Exemplo 13. A função f : [0, +∞) → R dada por f (x) = x, não é
lipschitziana. Com efeito, multiplicando o numerador e o denominador
√ √ √ √ √ √
por y + x, vemos que ( y − x)/(y − x) = 1/( y + x). To-
√ √
mando x 6= y suficientemente pequenos, podemos tornar y + x tão
√ √
pequeno quanto se deseje, logo o quociente ( y− x)/(y−x) é ilimitado.
Entretanto, f é lipschitziana (portanto uniformemente contı́nua) no in-
√ √ √ √
tervalo [1, +∞), pois x, y ∈ [1, +∞) ⇒ x + y ≥ 2 ⇒ | y − x| =
√ √
|y − x|/( y + x) ≤ 21 |y − x|. Também no intervalo [0, 1], embora não
seja lipschitziana, f é uniformemente contı́nua porque [0, 1] é compacto.
Daı́ resulta que f : [0, +∞) → R é uniformemente contı́nua. Com efeito,
dado ε > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0 tais que x, y ∈ [0, 1], |y − x| < δ1 ⇒
|f (y) − f (x)| < ε/2 e x, y ∈ [1, +∞), |y − x| < δ2 ⇒ |f (y) − f (x)| < ε/2.
Seja δ = min{δ1 , δ2 }. Dados x, y ∈ [0, +∞) com |y − x| < δ, se
x, y ∈ [0, 1] ou x, y ∈ [1, +∞) temos obviamente |f (y) − f (x)| < ε.
Se, digamos, x ∈ [0, 1] e y ∈ [1, +∞) então |y − 1| < δ e |1 − x| < δ logo
|f (y) − f (x)| ≤ |f (y) − f (1)| + |f (1) − f (x)| < ε/2 + ε/2 = ε.
Teorema 11. Toda função f : X → R, uniformemente contı́nua num
conjunto limitado X, é uma função limitada.
Demonstração: Se f não fosse limitada (digamos superiormente) então
existiria uma seqüência de pontos xn ∈ X tais que f (xn+1 ) > f (xn ) +
1 para todo n ∈ N. Como X é limitado, podemos (passando a uma
subseqüência, se necessário) supor que a seqüência (xn ) é convergente.
Então, pondo yn = xn+1 , terı́amos lim(yn − xn ) = 0 mas, como f (yn ) −
f (xn ) > 1, não vale lim[f (yn ) − f (xn )] = 0, logo f não é uniformemente
contı́nua.
O Teorema 11 dá outra maneira de ver que f (x) = 1/x não é unifor-
memente contı́nua no intervalo (0, 1], pois f ((0, 1]) = [1, +∞).
Teorema 12. Se f : X → R é uniformemente contı́nua então, para
cada a ∈ X ′ (mesmo que a não pertença a X), existe limx→a f (x).
Demonstração: Fixemos uma seqüência de pontos an ∈ X − {a} com
lim an = a. Segue-se do Teorema 11 que a seqüência (f (an )) é limi-
tada. Passando a uma subseqüência, se necessário, podemos supor que
lim f (an ) = b. Afirmamos agora que se tem lim f (xn ) = b seja qual
for a seqı̈ência de pontos xn ∈ X − {a} com lim xn = a. Com efeito,
temos lim(xn − an ) = 0. Como f é uniformemente contı́nua, segue-
se que lim[f (xn ) − f (an )]=0, logo lim f (xn )= lim f (an ) + lim[f (xn ) −
f (an )]=b.
Seção 5 Exercı́cios 87
5 Exercı́cios