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CAMPUS FLORIANÓPOLIS
DEPARTAMENTO ACADÊMICO LINGUAGEM, TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS
CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
PROF: JEREMIAS STEIN RODRIGUES
DISCIPLINA: EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
VARIÁVEIS SEPARÁVEIS
𝑑𝑦
𝑝(𝑦) = 𝑔(𝑥)
𝑑𝑥
e portanto
∫ 𝑝(𝑦) 𝑑𝑦 = ∫ 𝑔(𝑥) 𝑑𝑥
𝑃(𝑦) = 𝐺(𝑥) + 𝐶
𝑑𝑦
𝑟(𝑥) + ℎ(𝑥)𝑦 = 𝑔(𝑥)
𝑑𝑥
é chamada de equação linear.
𝑑𝑦
+ 𝑃(𝑥)𝑦 = 𝑓(𝑥)
𝑑𝑥
Um exemplo de uma equação linear é 𝑥𝑦 ′ + 𝑦 = 2𝑥 porque, para 𝑥 ≠ 0, esta pode ser escrita
na forma
1
𝑦′ + 𝑦 = 2
𝑥
2
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Observe que essa equação diferencial não é separável, porque é impossível fatorar a expressão
para 𝑦′ como uma função de 𝑥 vezes uma função de 𝑦. Mas ainda podemos resolver a equação
observando que, pela Regra do Produto,
𝑥𝑦 ′ + 𝑦 = (𝑥𝑦)′
e assim podemos escrever a equação como
(𝑥𝑦)′ = 2𝑥
Se integrarmos ambos os lados dessa equação, obtemos
𝐶
𝑥𝑦 = 𝑥 2 + 𝐶 𝑜𝑢 𝑦=𝑥+
𝑥
1
Se nos tivesse sido dada a equação diferencial na forma 𝑦 ′ + 𝑥 𝑦 = 2, teríamos de fazer uma
𝜇(𝑥)𝑦 = ∫ 𝜇(𝑥)𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐶
ln|𝜇| = ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐶
𝜇 = 𝐴𝑒 ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥
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em que 𝐴 = ±𝑒 𝐶 . Estamos procurando um fator integrante particular, não o mais geral; assim,
tomamos 𝐴 = 1 e usamos
𝜇(𝑥) = 𝑒 ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥
EQUAÇÕES HOMOGÊNEAS
para algum número real 𝑛, então dizemos que 𝑓 é uma função homogênea de grau 𝑛.
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INSINSTITUTO FEDERAL DE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS
DEPARTAMENTO ACADÊMICO LINGUAGEM, TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS
CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
PROF: JEREMIAS STEIN RODRIGUES
DISCIPLINA: EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
MÉTODO DE SOLUÇÃO
pode ser resolvida por meio de uma substituição algébrica. Especificamente, a substituição
𝑦 = 𝑢𝑥 𝑜𝑢 𝑥 = 𝑣𝑦
𝑑𝑦 𝑀(𝑥, 𝑦)
=−
𝑑𝑥 𝑁(𝑥, 𝑦)
𝑑𝑦 𝑑𝑢
Agora, seja 𝑦 = 𝑢𝑥, então, sua diferencial 𝑑𝑥 = 𝑢 + 𝑥 𝑑𝑥 , substituindo na equação
acima temos
𝑑𝑢 𝑀(𝑥, 𝑢𝑥)
𝑢+𝑥 =−
𝑑𝑥 𝑁(𝑥, 𝑢𝑥)
𝑑𝑢 𝑀(𝑥, 𝑢𝑥)
𝑥 =− −𝑢
𝑑𝑥 𝑁(𝑥, 𝑢𝑥)
Se 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) é uma função da duas variáveis com derivadas parciais primeiras contínuas em
uma região 𝑅 do plano 𝑥𝑦, sua diferencial (também chamada de diferencial total) é;
𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝑑𝑧 = 𝑑𝑥 + 𝑑𝑦
𝜕𝑥 𝜕𝑥
Agora, se 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑐, segue que
𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝑑𝑥 + 𝑑𝑦 = 0
𝜕𝑥 𝜕𝑥
Em outras palavras, dada uma família de curvas a um parâmetro 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑐, podemos gerar
uma equação diferencial de primeira ordem computando a diferencial. Por exemplo, se 𝑥 2 − 5𝑥𝑦 +
𝑦 3 = 𝑐 temos
(2𝑥 − 5𝑦)𝑑𝑥 + (−5𝑥 + 3𝑦 2 )𝑑𝑦 = 0
Para nossos propósitos, é importante considerar o problema inverso, isto é, dada uma EDO de
primeira ordem como podemos reconhecer que ela é equivalente à equação diferencial
𝑑(𝑥 2 − 5𝑥𝑦 + 𝑦 3 ) = 0.
Uma expressão diferencial 𝑀(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝑁(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 é uma diferencial exata em uma
região 𝑅 do plano 𝑥𝑦 se correspem que à diferencial de alguma função 𝑓(𝑥, 𝑦). Uma equação
diferencial de primeira ordem da forma
𝜕𝑀 𝜕𝑁
=
𝜕𝑦 𝜕𝑥
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Exemplos: Verifique se as EDO's são exatas.
𝑎) 2𝑥𝑦 𝑑𝑥 + (𝑥 2 − 1)𝑑𝑦 = 0 𝑏) (𝑒 2𝑦 − 𝑦 cos(𝑥𝑦))𝑑𝑥 + (2𝑥𝑒 2𝑦 − 𝑥 cos(𝑥𝑦) + 2𝑦)𝑑𝑦 = 0
𝑑𝑦 𝑥𝑦 2 − cos 𝑥 sin 𝑥
𝑐) =
𝑑𝑥 𝑦(1 − 𝑥 2 )
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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS QUASE EXATAS
Lembre-se das EDO's lineares que o lado esquerdo da equação linear 𝑦 ′ + 𝑃(𝑥)𝑦 = 𝑓(𝑥) pode
ser transformado em uma derivada quando multiplicamos a equação por um fator integrante. A mesma
ideia básica funciona algumas vezes para uma equação diferencial não exata 𝑀(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 +
𝑁(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0. Ou seja, é possível, algumas vezes, encontrar um fator integrante 𝜇(𝑥, 𝑦) de tal forma
que, quando multiplicado por ele, o lado esquerdo de
𝜇(𝑥, 𝑦)𝑀(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝜇(𝑥, 𝑦)𝑁(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0
é uma diferencial exata. Na tentativa de encontrar 𝜇, consideremos o critério para uma diferencial ser
exata. A equação 𝜇(𝑥, 𝑦)𝑀(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝜇(𝑥, 𝑦)𝑁(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0 se e somente se (𝜇𝑀)𝑦 = (𝜇𝑁)𝑥 , em
que os subscritos representam derivadas parciais. Pela regra da diferenciação do produto, a última
equação é igual a 𝜇𝑀𝑦 + 𝜇𝑦 𝑀 = 𝜇𝑁𝑥 + 𝜇𝑥 𝑁 ou ainda
𝜇𝑥 𝑁 − 𝜇𝑦 𝑀 = 𝜇(𝑀𝑦 − 𝑁𝑥 )
Embora 𝑀, 𝑁, 𝑀𝑦 𝑒 𝑁𝑥 sejam funções conhecidas de 𝑥 e 𝑦, a dificuldade aqui para determinar
𝜇(𝑥, 𝑦) com base na equação 𝜇𝑥 𝑁 − 𝜇𝑦 𝑀 = 𝜇(𝑀𝑦 − 𝑁𝑥 ), é que precisamos resolver uma equação
diferencial parcial. Como não estamos preparados para isso, vamos fazer uma hipótese simplificadora.
𝑑𝑢
Suponha que 𝜇 dependa somente de 𝑥. Nesse caso, 𝜇𝑥 = 𝑑𝑥 e a equação anterior fica
𝑑𝑢 𝑀𝑦 − 𝑁𝑥
= 𝜇
𝑑𝑥 𝑁
𝑀𝑦 −𝑁𝑥
Continuamos em um impasse, se o quociente depende tanto de 𝑥 quanto de 𝑦. Contudo,
𝑁
𝑀𝑦 −𝑁𝑥
se depois de terem sido feitas todas as simplificações algébricas óbvias, o quociente resultar em
𝑁
𝑑𝑢
uma função dependente somente da variável 𝑥, então 𝑑𝑥 será uma EDO de primeira ordem. Podemos
𝑑𝑢
determinar 𝜇, pois 𝑑𝑥 é separável bem como linear.. Analogamente, segue de
𝜇𝑥 𝑁 − 𝜇𝑦 𝑀 = 𝜇(𝑀𝑦 − 𝑁𝑥 )
que se 𝜇 depender somente da variável 𝑦, então
𝑑𝑢 𝑁𝑥 − 𝑀𝑦
= 𝜇
𝑑𝑦 𝑀
𝑁𝑥 −𝑀𝑦
Nesse caso, se for uma função somente de 𝑦, então poderemos resolver a equação acima
𝑀
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Dada a equação não exata
𝑀(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝑁(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0
𝑀𝑦 −𝑁𝑥
se for uma função somente de 𝑥, então um fator integrante para a equação
𝑁
diferencial será
𝑀𝑦 −𝑁𝑥
𝑑𝑥
𝜇(𝑥) = 𝑒 ∫ 𝑁
𝑁𝑥 −𝑀𝑦
se for uma função somente de y, então um fator integrante para a equação
𝑀
diferencial será
𝑁𝑥 −𝑀𝑦
𝑑𝑦
𝜇(𝑦) = 𝑒 ∫ 𝑀
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