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Capítulo 2

2. Expressões Algébricas, Equações e


Inequações
Como exposto no tópico 1.3, uma expressão algébrica é
uma a expressão matemática na qual se faz uso de letras, números
e operações aritméticas. As letras constituem a parte variável da
expressão, pois elas podem assumir qualquer valor numérico.
Este capítulo detém-se a estudar particularidades de tais
estruturas matemáticas: os polinômios e as frações
algébricas.
Além disso, devido a importâncias para os próximos
capítulos, também serão abordadas equações e inequações

2.1. Polinômios
2.1.1 Monômio
Um monômio é uma expressão algébrica composta
apenas pela multiplicação de um número por potências inteiras
não negativas de variáveis.

Exemplos:
1) As expressões abaixo são monômios:
a) −4𝑥 3 𝑦
b) 𝑎𝑏 8 𝑐 5
c) 10

2) As expressões abaixo não são monômios:


𝑤
a) – → Há divisão entre as variáveis
𝑧
b) 2𝑎3 √𝑐 → A potência √𝑐 tem expoente não inteiro
c) 𝑥 2 − 𝑦 3 → Há uma diferença entre as potências.
O fator numérico presente no monômio é denominado
coeficiente. Enquanto que o restante é a parte literal.
A soma dos expoentes das potências das variáveis
envolvidas é dita grau.
Exemplos:
Identifique o grau, parte literal e o coeficiente dos
monômios abaixo.

coeficiente: − 1
1) −𝑚2 𝑛7 = (−1)𝑚2 𝑛7 ⇒ { parte literal: 𝑚2 𝑛7
grau: 𝑛 = 2 + 7 = 9

1
coeficiente: 5
𝑎𝑏8 𝑐 5 1
2) 5
= 5
𝑎𝑏 8 𝑐 5 ⇒ { parte literal: 𝑎𝑏 8 𝑐 5
grau: 𝑛 = 1 + 8 + 5 = 14

coeficiente: 20
3) 20 ⇒ {parte literal: 𝒂𝒖𝒔𝒆𝒏𝒕𝒆
grau: 𝑛 = 0

2.1.3 Polinômios de uma variável


Define-se um polinômio como a soma algébrica (soma
ou diferença) de monômios.
É de interesse os polinômios de apenas uma variável
denotado por 𝑝(𝑥) de grau 𝑛, cuja forma é:
𝑝(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + 𝑎𝑛−2 𝑥 𝑛−2 + ⋯ +𝑎1 𝑥 + 𝑎0 𝑥 0 Em
que os coeficientes 𝑎𝑛 , 𝑎𝑛−1 , … , 𝑎1 e 𝑎0 são números reais e 𝑛 é um
número inteiro. O grau do polinômio é grau de seu termo
(monômio) de maior potência.
Exemplos:
O polinômio 𝑏(𝑥) = 3 − 5𝑥 2 + 𝑥 é um polinômio de 2º grau
completo.
O polinômio 𝑐(𝑥) = 𝑥 3 − 𝑥 é de 3º grau, com coeficientes 𝑎2 =
𝑎0 = 0.
Um caso especial de polinômio ocorre quando 𝑎𝑛 =
𝑎𝑛−1 = ⋯ = 𝑎1 = 𝑎0 , sendo assim denominado polinômio nulo.
Tal polinômio assume o valor numérico zero para todo os valores
de 𝑥 real.

2.1.4 Igualdade de Polinômios


Dizemos que dois polinômios 𝑝(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 +
𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 e 𝑞(𝑥) = 𝑏𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑏𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ +
𝑏1 𝑥 + 𝑏0 são iguais ou idênticos quando assumem valores
numéricos iguais para todo 𝑥 real. Para que isso ocorra,
devemos ter:
𝑚 = 𝑛 ; 𝑎𝑛 = 𝑏𝑛 ; 𝑎𝑛−1 = 𝑏𝑛−1 ; … ; 𝑎0 = 𝑏0
Exemplo:
Dados os polinômios 𝑓(𝑥) = (𝑎 − 1)𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 e
𝑔(𝑥) = 2𝑎𝑥 2 + 2𝑏𝑥 − 𝑐 , qual é condição para que 𝑓(𝑥) =
𝑔(𝑥)?
Solução:
Devemos ter
𝑎 − 1 = 2𝑎 ⇒ 𝑎 = −1
{ 𝑏 = 2𝑏 ⇒𝑏=0
𝑐 = −𝑐 ⇒ 𝑐 = 0
Assim, a condição necessária para que 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) é 𝑎 = −1
e 𝑏 = 𝑐 = 0.

2.1.5 Adição e Subtração de Polinômios


Para adicionar ou subtrair dois polinômios devemos somar
ou subtrair os termos de mesmo grau.
Exemplos:
1) Sejam os polinômios:
𝑝(𝑥) = 5 − 3𝑥 2 − 𝑥 + 2𝑥 3
𝑞(𝑥) = 4𝑥 − 2 + 𝑥 4 − 6𝑥 2

a) Calcule 𝑟(𝑥) = 𝑝(𝑥) + 𝑞(𝑥)


Solução:
𝑟(𝑥) = [ 5 − 3𝑥 2 − 𝑥 + 2𝑥 3 ] + [4𝑥 − 2 + 𝑥 4 − 6𝑥 2 ]
(organize por ordem decrescente do grau)
𝑟(𝑥) = [ 2 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 𝑥 + 5] + [𝑥 4 − 6𝑥 2 + 4𝑥 − 2]
(agrupe os termos de mesmo grau)
𝑟(𝑥) = 𝑥 4 + 2 𝑥 3 − 3 𝑥 2 − 6 𝑥 2 − 𝑥 + 4𝑥 + 5 − 2
𝑟(𝑥) = 𝑥 4 + 2𝑥 3 + (−3 − 6)𝑥 2 + (−1 + 4)𝑥 +
+ (5 − 2)
𝑟(𝑥) = 𝑥 4 + 2𝑥 3 − 9𝑥 2 + 3𝑥 + 3

b) Calcule 𝑠(𝑥) = 𝑝(𝑥) − 𝑞(𝑥)


Solução:
𝑠(𝑥) = [ 5 − 3𝑥 2 − 𝑥 + 2𝑥 3 ] − [4𝑥 − 2 + 𝑥 4 − 6𝑥 2 ]
𝑠(𝑥) = [ 2 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 𝑥 + 5] − [𝑥 4 − 6𝑥 2 + 4𝑥 − 2]
𝑠(𝑥) = 2 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 𝑥 + 5 − 𝑥 4 + 6𝑥 2 − 4𝑥 + 2
𝑠(𝑥) = −𝑥 4 + 2 𝑥 3 − 3 𝑥 2 + 6 𝑥 2 − 𝑥 − 4𝑥 + 5 + 2
𝑠(𝑥) = −𝑥 4 + 2𝑥 3 + (−3 + 6)𝑥 2 + (−1 − 4)𝑥 + (5 + 2)
𝑠(𝑥) = −𝑥 4 + 2𝑥 3 + 3𝑥 2 − 5𝑥 + 7

2) Calcule 𝑟(𝑥) = 2 𝑝(𝑥) − 3 𝑞(𝑥), onde


𝑝(𝑥) = −2𝑥 2 + 5𝑥 − 2
𝑞(𝑥) = −3𝑥 3 + 2𝑥 − 1
Solução:
𝑟(𝑥) = 2 (−2𝑥 2 + 5𝑥 − 2) − 3(−3𝑥 3 + 2𝑥 − 1)
𝑟(𝑥) = −4𝑥 2 + 10𝑥 − 4 + 9𝑥 3 − 6𝑥 + 3
𝑟(𝑥) = 9𝑥 3 − 4𝑥 2 + (10 − 6)𝑥 + (−4 + 3)
𝑟(𝑥) = 9𝑥 3 − 4𝑥 2 + 4𝑥 − 1

No caso de adição e subtração de dois polinômios podemos


organizar o polinômio por ordem decrescente do grau de seus
monômios, e efetuar estas operações como usualmente fazemos na
forma:
Exemplos:
1) Sejam os polinômios:
𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 + 5 − 3𝑥 2 e
𝑞(𝑥) = −6𝑥 2 − 𝑥 4 + 4𝑥 − 2
a) Calcule a Soma: 𝑝(𝑥) + 𝑞(𝑥)
Solução:
+2𝑥 3 −3𝑥 2 −𝑥 +5
4
+ −𝑥4 −6𝑥 2 +4𝑥 −2
−𝑥 +2𝑥 3 −9𝑥 2 +3𝑥 +3

b) Calcule a Subtração: 𝑝(𝑥) − 𝑞(𝑥)


+2𝑥 3 −3𝑥 2 −𝑥 +5
4
− −𝑥4 −6𝑥 2 +4𝑥 −2
𝑥 +2𝑥 3 +3𝑥 2 −5𝑥 +7

2.1.6. Multiplicação de Polinômios


Para multiplicar dois polinômios, utiliza-se a propriedade
distributiva da multiplicação:

(𝑎 + 𝑏)(𝑐 + 𝑑 + 𝑓) =
= (𝑎𝑐) + (𝑎𝑑) + (𝑎𝑓) + (𝑏𝑐) + (𝑏𝑑) + (𝑏𝑓)

Exemplos:
1) Sejam os polinômios 𝑝(𝑥) = −𝑥 + 𝑥 3 e 𝑞(𝑥) = 𝑥 5 − 𝑥 3 .Calcule
𝑠(𝑥) = 𝑝(𝑥). 𝑞(𝑥)
Solução:
𝑠(𝑥) = (−𝑥 + 𝑥 3 )(𝑥 5 − 𝑥 3 )
𝑠(𝑥) = (−𝑥). (𝑥 5 ) + (−𝑥). (−𝑥 3 ) + (𝑥 3 )(𝑥 5 ) + (𝑥 3 )(−𝑥 3 )
𝑠(𝑥) = −𝑥. 𝑥 5 + 𝑥. 𝑥 3 + 𝑥 3 . 𝑥 5 − 𝑥 3 . 𝑥 3
𝑠(𝑥) = −𝑥 6 + 𝑥 4 + 𝑥 8 − 𝑥 6
𝑠(𝑥) = 𝑥 8 + (−1 − 1) 𝑥 6 + 𝑥 4
𝑠(𝑥) = 𝑥 8 − 2 𝑥 6 + 𝑥 4
2) Sejam os polinômios:
𝑝(𝑥) = 2𝑥 − 1
𝑞(𝑥) = −𝑥 2 + 3𝑥
Calcule 𝑟(𝑥) = 𝑝(𝑥). 𝑞(𝑥)
Solução:
𝑟(𝑥) = (2𝑥 − 1). (−𝑥 2 + 3𝑥)
𝑟(𝑥) = (2𝑥). (−𝑥 2 ) + (2𝑥). (3𝑥) + (−1). (−𝑥 2 ) +
+(−1). (3𝑥)
𝑟(𝑥) = −2. 𝑥 . 𝑥 2 + 6. 𝑥. 𝑥 + 1. 𝑥 2 − 3. 𝑥
𝑟(𝑥) = −2𝑥 3 + 6𝑥 2 + 𝑥 2 − 3𝑥
𝑟(𝑥) = 2𝑥 3 + 7𝑥 2 − 3𝑥

3) Dado a figura abaixo, expressar o polinômio que representa a


área formada nas regiões I e II.
A x E 5x + 1 B

3x I II

Solução: D F C
Sabemos que a área do retângulo é dada pelo produto de seus
lados. O retângulo ABCD é formado pela soma das áreas I e II. Sua
área é calculada pelo produto de AD por AB.
Assim temos:

3𝑥. (𝑥 + 5𝑥 + 1) =
3𝑥(6𝑥 + 1) =
18𝑥 2 + 3𝑥

Podemos efetuar a multiplicação de dois polinômios como


usualmente fazemos esta operação com números reais na forma:
2𝑥 −1
× −𝑥 2 +3𝑥
6𝑥 2 − 3𝑥
−2𝑥 + 𝑥 2
3
−2𝑥 3 + 7𝑥 2 − 3 𝑥

2.1.7. Produtos Notáveis


Alguns produtos são utilizados frequentemente e são
chamados de produtos notáveis. Eis alguns deles:
a) Produto da soma pela diferença de dois termos:
(𝑥 + 𝑎). (𝑥 − 𝑎) = 𝑥 2 − 𝑎2
b) Quadrado da soma de dois termos:
(𝑥 + 𝑎)2 = (𝑥 + 𝑎). (𝑥 + 𝑎) = 𝑥 2 + 2𝑎𝑥 + 𝑎2
c) Quadrado da diferença de dois termos:
(𝑥 − 𝑎)2 = (𝑥 − 𝑎). (𝑥 − 𝑎) = 𝑥 2 − 2𝑎𝑥 + 𝑎2
d) Cubo da soma de dois termos:
(𝑥 + 𝑎)3 = 𝑥 3 + 3𝑥 2 𝑎 + 3𝑥𝑎2 + 𝑎3
e) Cubo da diferença de dois termos:
(𝑥 − 𝑎)3 = 𝑥 3 − 3𝑥 2 𝑎 + 3𝑥𝑎2 − 𝑎3
Exemplos:
1) (𝑘 − 5)2 = 𝑘 2 − 2. 𝑘. 5 + 52 = 𝑘 2 − 10𝑘 + 25
2) (2 𝑡 + 3)2 = (2 𝑡)2 + 2. (2 𝑡). (3) + 32 = 4 𝑡 2 + 12 𝑡 + 9
3) (3 − 2𝑥)(3 + 2𝑥) = (3)2 − (2𝑥)2 = 9 − 4𝑥 2
4) 9𝑦 2 + 𝑥 2 − 6𝑦𝑥 = (3 𝑦)2 − 2. (3𝑦). (𝑥) + (𝑥)2 = (3𝑦 − 𝑥)2

2.1.8. Divisão de Polinômios


Para dividir dois polinômios 𝑎(𝑥) e 𝑏(𝑥) , o processo é
semelhante ao da divisão de dois números reais. Os termos do
quociente 𝑞(𝑥) são escolhidos de modo que os termos de maior
grau dos dividendos ao longo da operação sejam eliminados. O
resto 𝑟(𝑥) é o dividendo que tem grau menor que o divisor.

𝑎(𝑥) = 𝑏(𝑥). 𝑞(𝑥) + 𝑟(𝑥)


𝑎(𝑥) 𝑟(𝑥)
= 𝑞(𝑥) +
𝑏(𝑥) 𝑏(𝑥)

Exemplos:
Calcule
1) 𝑓(𝑥)/(𝑔(𝑥), sendo:
𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 + 1
Solução:
𝑥 3 − 2𝑥 |𝑥+1
−𝑥 3 − 𝑥 2 𝑥2 − 𝑥 + 1
−𝑥 2 − 2𝑥
+𝑥 2 + 𝑥
−𝑥
+𝑥 + 1
1
Sabendo que:
(𝑥 3 − 2𝑥) = ( 𝑥 2 − 𝑥 + 1). (𝑥 + 1) + 1
Tem-se:
𝑓(𝑥) (𝑥 3 − 2𝑥) 1
= = (𝑥 2 − 𝑥 − 1) + ( )
𝑔(𝑥) (𝑥 + 1) 𝑥+1

2) 𝑝(𝑥) = 𝑓(𝑥)/(𝑔(𝑥), sendo:


𝑓(𝑥) = 𝑥 3 + 5𝑥 2 + 8𝑥 + 4 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 + 2
Solução:
𝑥 3 + 5𝑥 2 + 8𝑥 + 4 |𝑥+2
−𝑥 3 − 2𝑥 2 𝑥 2 + 3𝑥 + 2
2
3𝑥 + 8𝑥 + 4
−3𝑥 2 − 6𝑥
2𝑥 + 4
−2𝑥 − 4
0
𝑓(𝑥)
𝑝(𝑥) = = 𝑥 2 + 3𝑥 + 2
𝑔(𝑥)

2.1.9. Raiz de um Polinômio


Raízes ou zeros de um polinômio 𝑝(𝑥) são os valores de 𝑥
que tornam 𝑝(𝑥) = 0, ou seja, os valores que “zeram” a equação.
Teorema Fundamental da Algebra (T.F.A.): Todo
polinômio não nulo admite ao menos uma raiz complexa.
Uma consequência do T.F.A. juntamente com outros
teoremas é que um polinômio de grau 𝑛 tem exatamente 𝑛 raízes
que podem ser reais ou complexas, distintas ou repetidas.
Se 𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 são raízes de polinômio 𝑝(𝑥) de grau 𝑛,
então 𝑝(𝑥1 ) = 0, 𝑝(𝑥2 ) = 0, … 𝑝(𝑥𝑛 ) = 0.

 Um polinômio de 10 grau na forma


𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏
tem uma raiz 𝑥1 que pode ser calculada como
−𝑏
𝑎𝑥1 + 𝑏 = 0 → 𝑥1 =
𝑎
 Um polinômio de 20 grau na forma
𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
tem duas raízes 𝑥1 e 𝑥2 que podem ser calculadas pela fórmula de
Bhaskara.
−𝑏 ± √∆
𝑥= 𝑜𝑛𝑑𝑒 ∆= 𝑏 2 − 4 𝑎 𝑐
2𝑎
Se ∆> 0 então 𝑥1 e 𝑥2 são raízes reais e distintas
Se ∆= 0 então 𝑥1 e 𝑥2 são raízes reais e iguais
Se ∆< 0 então 𝑥1 e 𝑥2 são raízes complexas
Graficamente, os zeros reais do polinômio 𝑝(𝑥) são as
interseções do gráfico da função 𝑝(𝑥) com o eixo 𝑥.

Caso 1: Raízes reais distintas


Caso 2: Raízes reais iguais

Caso 3: Raízes complexas


Exemplos:
Verifique se 𝑥 = −3 é raiz dos polinômios abaixo:
1) 𝑝(𝑥) = 3 𝑥 + 9
Solução:
𝑝(−3) = 3. (−3) + 9 = −9 + 9
𝑝(−3) = 0
Portanto 𝑥 = −3 é raiz de 𝑝(𝑥).

2) 𝑟(𝑥) = 𝑥 2 + 6 𝑥 + 9
Solução:
𝑟(−3) = (−3)2 + 6. (−3) + 9
𝑟(−3) = 9 − 18 + 9
𝑟(−3) = 0
Portanto 𝑥 = −3 é raiz de 𝑟(𝑥).

3) 𝑠(𝑥) = 𝑥 3 + 9𝑥
Solução:
𝑠(−3) = (−3)3 + 9(−3)
𝑠(−3) = −27 − 27 = −54 ∴ 𝑠(−3) ≠ 0
Portanto 𝑥 = −3 não é raiz de 𝑠(𝑥).

Encontre as raízes dos polinômios abaixo:


4) 𝑝(𝑥) = 3𝑥 − 6
𝑝(𝑥) = 3𝑥 − 6 = 0
Solução:
6
3𝑥 − 6 = 0 ∴ 3𝑥 = 6 ∴ 𝑥= ∴ 𝑥=2
3

5) 𝑠(𝑡) = 6 𝑡 + 18
Solução:
𝑠(𝑡) = 6𝑡 + 18 = 0
6𝑡 + 18 = 0
−18
6𝑡 = −18 ∴ 𝑡= ∴ 𝑡 = −3
6

6) 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 3 𝑥 + 2
Solução:
𝑥 2 − 3𝑥 + 2 = 0
Usando Bhaskara: 𝑎 = 1, 𝑏 = −3 e 𝑐 = 2,
∆= (−3)2 − 4.1.2 = 9 − 8 = 1
∆> 0 ; raízes reais distintas
−(−3) ± √1 3 ± 1
𝑥= = ∴
2.1 2
3+1 4
𝑥1 = = =2
2 2
3−1 2
𝑥2 = = =1
2 2
7) 𝑔(𝑥) = 4𝑥 2 + 16𝑥 + 16
Solução:
4𝑥 2 + 16𝑥 + 16 = 0
Usando Bhaskara: 𝑎 = 4, 𝑏 = 16 e 𝑐 = 16,
∆= (16)2 − 4.4.16 = 0
∆= 0 ; raízes reais iguais
−(16) ± √0 −16 ± 0
𝑥= = ∴
2.4 8
−16 + 0
𝑥1 = = −2
8
−16 − 0
𝑥2 = = −2
8

8) 𝑝(𝑡) = 𝑡 2 − 2 𝑡
Solução:
𝑡2 − 2 𝑡 = 0
 Usando Bhaskara: 𝑎 = 1, 𝑏 = −2 e 𝑐 = 0,
∆= (−2)2 − 4.1.0 = 4
−(−2) ± √4 2 ± 2
𝑡= =
2.1 2

2+2
𝑡1 = = −2
2
2−2
𝑡2 = =0
2
Como o polinômio é incompleto (𝑐 = 0) podemos resolvê-
lo diretamente na forma:
𝑡2 − 2 𝑡 = 0
𝑡 . (𝑡 − 2) = 0
Para um produto ser zero um dos dois fatores deve ser
zero, assim:
𝑡=0
{ 𝑜𝑢
𝑡−2=0
𝑡1 = 0
𝑡2 − 2 = 0 → 𝑡2 = 2

9) 𝑝(𝑥) = 4𝑥 2 − 16
Solução:
4𝑥 2 − 16 = 0
 Usando Bhaskara: 𝑎 = 4, 𝑏 = 0 e 𝑐 = −16,
∆= (0)2 − 4.4. (−16) = 256
−(0) ± √256 0 ± 16 ± 16
𝑡= = = ∴
2.4 8 8
+16
𝑥1 = =2
8
−16
𝑥2 = = −2
8
 Como o polinômio é incompleto (𝑏 = 0) podemos resolvê-lo
diretamente na forma:
4𝑥 2 − 16 = 0
16
𝑥2 = → 𝑥2 = 4
4
√𝑥 2 = √4
|𝑥| = 2 ∴ 𝑥1 = 2 𝑜𝑢 𝑥2 = −2

10) 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥 2 − 6𝑥
Solução:
𝑥 3 + 𝑥 2 − 6𝑥 = 0
𝑥 ( 𝑥 2 − 𝑥 − 6) = 0
𝑥=0 → 𝑥1 = 0
{
𝑥2 − 𝑥 − 6 = 0
Usando Bhaskara para resolver a equação: 𝑥 2 − 𝑥 − 6 = 0:
∆= (−1)2 − 4 .1. (−6) = 25
−(−1) ± √25 1 ± 5
𝑥= = ∴
2.1 2
1+5
𝑥2 = =3
2
1−5
𝑥3 = = −2
2
Assim:
𝑥1 = 0 ; 𝑥2 = 3 ; 𝑥3 = −2

2.2 Fatoração
Assim como os números inteiros, as expressões algébricas
podem ser fatoradas, ou seja, pode-se transforma-las em produtos
de outras expressões.
Em geral, qualquer expressão algébrica pode ser fatorada,
mas tal prática é mais utilizada e útil em polinômios. Neste caso, a
finalidade é obter fatores que também sejam polinômios, mas com
grau menor.
Antes de estudar os métodos e os casos de fatoração é
necessário entender e saber como se calcula o m.m.c. e,
principalmente, o m.d.c. de monômios.

2.2.1 M.D.C. de Monômios


O máximo divisor comun entre dois ou mais
monômios com coeficiente inteiros pode ser calculado de acordo
com a seguinte regra prática:
• Calcula-se o m.d.c. entre os coeficientes dos monômio.
Este será o coeficiente do monômio mdc. Geralmente tal
valor é positivo.
• Escolhe-se a menor potência de cada variável presente
em todos os monômios. Esta será a potência de tal variável
no monômio m.d.c.

Exemplos:
Calcule o m.d.c. dos monômios:

1) 3𝑎 e 6𝑎𝑏
Solução:
Temos que
 𝑚. 𝑑. 𝑐. (3,6) = 3;
 A menor potência para a variável 𝑎 é 𝑎1 = 𝑎;
 A menor potência para a variável 𝑏 é 𝑏 0 = 1.
Logo
𝑚. 𝑑. 𝑐. (3𝑎, 6𝑎𝑏) = 3 ⋅ 𝑎1 ⋅ 𝑏 0 = 3𝑎

2) 10𝑚3 𝑝2 e 4𝑚𝑝4
Solução:
Temos que
 𝑚. 𝑑. 𝑐. (10,4) = 2;
 A menor potência para a variável 𝑚 é 𝑚1 = 𝑚;
 A menor potência para a variável 𝑝 é 𝑝2 .
Logo
𝑚. 𝑑. 𝑐. (10𝑚3 𝑝2 , 4𝑚𝑝4 ) = 2 ⋅ 𝑚1 ⋅ 𝑝2 = 2𝑚𝑝2

3) 8𝑥 2 𝑦 3 𝑧, 12𝑥 3 𝑧 3 e 18𝑥 4 𝑦 5
Solução:
Temos que
 𝑚. 𝑑. 𝑐. (8,12,18) = 2;
 A menor potência para a variável 𝑥 é 𝑥 2 ;
 A menor potência para a variável 𝑦 é 𝑦 0 = 1;
 A menor potência para a variável 𝑧 é 𝑧 0 = 1;
Logo
𝑚. 𝑑. 𝑐. (8𝑥2 𝑦3 𝑧 12𝑥3 𝑧3 , 18𝑥4 𝑦5 ) = 2 ⋅ 𝑥 2 ⋅ 𝑦 0 ⋅ 𝑧 0 = 2𝑥 2

2.2.2 M.M.C. de Monômios


Para o mínimo múltiplo comum entre dois ou mais
monômios com coeficiente inteiros tem-se a seguinte regra
prática:

• Calcula-se o m.m.c. entre os coeficientes dos monômio.


Este será o coeficiente do monômio m.m.c. Geralmente tal
valor é positivo.
• Escolhe-se a maior potência de cada variável presente em
pelo menos um dos monômios. Esta será a potência de
tal variável no monômio m.m.c.

Exemplos:
Calcule o m.m.c. dos monômios:

1) 3𝑎 e 6𝑎𝑏
Solução:
Temos que
 𝑚. 𝑚. 𝑐. (3,6) = 6;
 A maior potência para a variável 𝑎 é 𝑎1 = 𝑎;
 A maior potência para a variável 𝑏 é 𝑏1 = 𝑏.
Logo
𝑚. 𝑚. 𝑐. (3𝑎, 6𝑎𝑏) = 6 ⋅ 𝑎1 ⋅ 𝑏1 = 6𝑎𝑏

2) 10𝑚3 𝑝2 e 4𝑚𝑝4
Solução:
Temos que
 𝑚. 𝑚. 𝑐. (10,4) = 20;
 A maior potência para a variável 𝑚 é 𝑚3 ;
 A maior potência para a variável 𝑝 é 𝑝4 .
Logo
𝑚. 𝑚. 𝑐. (10𝑚3 𝑝2 , 4𝑚𝑝4 ) = 20 ⋅ 𝑚3 ⋅ 𝑝4 = 20𝑚3 𝑝4

3) 8𝑥 2 𝑦 3 𝑧, 12𝑥 3 𝑧 3 e 18𝑥 4 𝑦 5
Solução:
Temos que
 𝑚. 𝑚. 𝑐. (8,12,18) = 36;
 A maior potência para a variável 𝑥 é 𝑥 4 ;
 A maior potência para a variável 𝑦 é 𝑦 5 ;
 A maior potência para a variável 𝑧 é 𝑧 3 ;
Logo
𝑚. 𝑚. 𝑐. (8𝑥2 𝑦3 𝑧 12𝑥3 𝑧3 , 18𝑥4 𝑦5 ) = 36 ⋅ 𝑥 4 ⋅ 𝑦 5 ⋅ 𝑧 3 = 36𝑥 4 𝑦 5 𝑧 3

2.2.3 Fatoração de Expressões Algébricas


Existe diversos métodos e casos para se fatorar um
expressões algébricas, nesta seção serão abordados os principais.

Caso 1: Fator comum


Neste caso usa-se o m.d.c. dos monômios como um fator
comum e calcula-se os cofatores por meio da divisão de cada
monômio pelo m.d.c.

Exemplos:
1) 2𝑥 4 𝑦 + 4𝑥 2 𝑦 3 =? ?
Solução:
Temos que 𝑚. 𝑑. 𝑐. (2𝑥 4 𝑦, 4𝑥 2 𝑦 3 ) = 2𝑥 2 𝑦. Assim, os cofatores serão
2𝑥 4 𝑦 4𝑥 2 𝑦 3
2𝑥 2 𝑦
= 𝑥2 e 2𝑥𝑦
= 2𝑦 2 .
Assim:
2𝑥 4 𝑦 + 4𝑥 2 𝑦 3 = 2𝑥𝑦(𝑥 2 + 2𝑦 2 )

2) 𝑎 + 5𝑎𝑏
Solução:
𝑎
Neste caso temos 𝑚. 𝑑. 𝑐. (𝑎, 5𝑎𝑏) = 𝑎 e os cofatores são =1e
𝑎
5𝑎𝑏
𝑎
= 5𝑏. Logo
𝑎 + 5𝑎𝑏 = 𝑎(1 + 5𝑏)

3) 20 − 15𝑥
Solução:
O m.d.c é 𝑚. 𝑑. 𝑐. (20, 15𝑥) = 5 e os seus repectivos cofatores são
20 15𝑥
5
= 4 e 5 = 3𝑥. Então:
20 − 15𝑥 = 5(4 − 3𝑥)

Caso 2: Agrupamento
É a aplicação do 1º caso à partes da expressão, as quais,
após fatorado pela primeira vez, apresentam um novo fator
comum entre si.

Exemplos:
1) ac 2 + bc 2 + 𝑎2 + 𝑎𝑏 =? ?
Solução:
ac 2 + bc 2 + 𝑎2 + 𝑎𝑏 = 𝑐 2 (𝑎 + 𝑏) + 𝑎(𝑎 + 𝑏) = (𝑎 + 𝑐 2 )(𝑎 + 𝑏)

2) ab + 3b + 7a + 21 =? ?
Solução:
ab + 3b + 7a + 21 = 𝑏(𝑎 + 3) + 7(𝑎 + 3) = (𝑏 + 7)(𝑎 + 3)

3) 𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1 =? ?
Solução:
𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1 = 𝑥 2 (𝑥 + 1) + 1(𝑥 + 1) = (𝑥 2 + 1)(𝑥 + 1)

Caso 3: Trinômio quadrado perfeito


Ocorre quando a expressão é resultado de um quadrado da
soma ou da diferença. Neste caso, deve-se verificar se de fato tal
trinômio é um quadrado.

Exemplos:
1) 𝑥 2 𝑦 2 − 14𝑥𝑦 + 49 =? ?
Solução:
𝑥 2 𝑦 2 − 14𝑥𝑦 + 49 = (𝑥𝑦)2 − 2 ⋅ 𝑥𝑦 ⋅ 7 + 72 = (𝑥𝑦 − 7)2

2) u6 + 10u3 v + 25v 2 =? ?
Solução:
u6 + 10u3 v + 25v 2 = (𝑢3 )2 + 2 ⋅ 𝑢3 ⋅ (5𝑣) + (5𝑣)2 = (𝑢3 + 5𝑣)2

3) 𝑎4 − 12𝑎𝑏 2 + 6𝑏 4 =? ?
Solução:
Não se trata de trinômio quadrado perfeito, pois 𝑎4 = (𝑎2 )2 e
2
6𝑏 4 = (√6𝑏 2 ) , mas 12𝑎𝑏 2 ≠ 2 ⋅ 𝑎2 ⋅ √6𝑏 2
Exemplos:

Caso 4: Diferença de Quadrados


Ocorre quando a expressão é resultado do produto da soma
pela diferença. Há necessidade de verificação.

Exemplos:
1) 9𝑧 2 − 4𝑢2 =? ?
Solução:
9𝑧 2 − 4𝑢2 = (3𝑧)2 − (2𝑢)2 = (3𝑧 − 2𝑢)(3𝑧 + 2𝑢)

2) 1 − 100𝑎2 𝑏 2 =? ?
Solução:
1 − 100𝑎2 𝑏2 = (1)2 − (10𝑎𝑏)2 = (1 + 10𝑎𝑏)(1 − 10𝑎𝑏)
3) 4𝑎2 + 36𝑏 2 =? ?
Solução:
Não se trata de uma diferença de quadrados, mas sim de uma
soma, logo não se aplica o método.

Caso 5: Soma de cubos


Ocorre quando a expressão é tipo 𝑎3 + 𝑏 3 . Neste caso, a
fatoração obedece a fórmula:
𝑎3 + 𝑏 3 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏 2 )

Exemplos:
1) 𝑥 3 𝑦 3 + 8 =? ?
Solução:
𝑥 3 𝑦 3 + 8 = (𝑥𝑦)3 + 23 = (𝑥𝑦 + 2)((𝑥𝑦)2 − 𝑥𝑦 ⋅ 2 + 22 )
= (𝑥𝑦 + 2)(𝑥 2 𝑦 2 − 2𝑥𝑦 + 4)

2) 𝑢12 + 6 =? ?
Solução:
3 3
Por mais que 6 = (√6) , não é de interesse prática usar tal método, pois
a expressão resultante será um pouco mais complexa. Entretanto, em
algumas ocasiões, tal prática torna-se útil.

3) 𝑎6 + 𝑏 9 =? ?
Solução:
𝑎6 + 𝑏 9 = (𝑎2 )3 + (𝑏 3 )3 = (𝑎2 + 𝑏 3 )((𝑎2 )2 − 𝑎2 ⋅ 𝑏 3 + (𝑏 3 )2 )
= (𝑎2 + 𝑏 3 )(𝑎4 − 𝑎2 𝑏 3 + 𝑏 6 )

Caso 6: Diferença de cubos


Ocorre quando a expressão é tipo 𝑎3 − 𝑏 3 . Neste caso, a
fatoração obedece a fórmula:
𝑎3 − 𝑏 3 = (𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏 2 )

Exemplos:
1) 𝑤 3 − 1 =? ?
Solução:
𝑤 3 − 1 = (𝑤)3 − 13 = (𝑤 − 1)(𝑤 2 + 𝑤 ⋅ 1 + 12 )
= (𝑤 − 1)(𝑤 2 + 𝑤 + 1)

2) 𝑥 6 − 𝑦 6 =? ?
Solução:
𝑥 6 − 𝑦15 = (𝑥 2 )3 − (𝑦 5 )3 = (𝑥 2 − 𝑦 5 )((𝑥 2 )2 − 𝑥 2 ⋅ 𝑦 5 + (𝑦 5 )2 )
= (𝑥 2 − 𝑦 5 )(𝑥 4 − 𝑥 2 𝑦 5 + 𝑦10 )

3) 𝑎6 − 8𝑏 3 =? ?
Solução:
𝑎6 − 8𝑏 3 = (𝑎2 )3 − (2𝑏)3 = (𝑎2 − 2𝑏)((𝑎2 )2 − 𝑎2 ⋅ 2𝑏 + (2𝑏)2 )
= (𝑎2 − 2𝑏)(𝑎4 − 2𝑎2 𝑏 + 4𝑏 2 )

Fatoração sucessivas
Em alguns casos pode-se aplicar os casos estudados
anteriormente sucessivamente afim de se obter uma fatoração
completa.

Exemplos:
1) 𝑥 4 − 𝑦 4 =? ?
Solução:
𝑥 4 − 𝑦 4 = (𝑥 2 )2 − (𝑦 2 )2 = (𝑥 2 − 𝑦 2 )(𝑥 2 + 𝑦 2 )
= (𝑥 − 𝑦)(𝑥 + 𝑦)(𝑥 2 + 𝑦 2 )

2) 𝑎3 𝑏 6 − 𝑎6 𝑏 3 =? ?
Solução:
𝑎3 𝑏 6 − 𝑎6 𝑏 3 = 𝑎3 𝑏3 (𝑏3 − 𝑎3 ) = 𝑎3 𝑏3 (𝑏 − 𝑎)(𝑏2 + 𝑎𝑏 + 𝑎2 )

3) 𝑥 2 𝑦 2 − 8𝑦𝑥 2 + 16𝑥 2 =? ?
Solução:
𝑥 2 𝑦 2 − 8𝑦𝑥 2 + 16𝑥 2 = 𝑥2 (𝑦2 − 8𝑦 + 16) = 𝑥2 (𝑦 − 4)2

2.2.4 Fatoração de polinômios de uma variável


Considere o polinômio 𝑝(𝑥) de grau 𝑛
𝑝(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ +𝑎1 𝑥 + 𝑎0
Se 𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 são raízes de 𝑝(𝑥) então, 𝑝(𝑥) pode ser fatorado
como:
𝑝(𝑥) = 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑥1 )(𝑥 − 𝑥2 ) … (𝑥 − 𝑥𝑛−1 )(𝑥 − 𝑥𝑛 )
onde 𝑎𝑛 é o coeficiente do termo de maior grau do polinômio.
Se 𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 são raízes de 𝑝(𝑥) então, 𝑝(𝑥) é divisível
(resto igual a zero) por (𝑥 − 𝑥𝑖 ) com 𝑖 = 1, … , 𝑛 , onde 𝑥𝑖 é cada
uma de suas raízes.

Exemplos:
Fatores os polinômios abaixo:
1) 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 3𝑥 + 2
Solução:
Devemos primeiro encontrar as raízes do polinômio.

−(−3) ± √(−3)2 − 4.1.2 3±1


𝑥= ∴ 𝑥=
2.1 2
𝑥1 = 2 ; 𝑥2 = 1
Para 𝑔(𝑥) tem-se que 𝑎𝑛 = 1, 𝑥1 = 2 e 𝑥2 = 1, então:
𝑔(𝑥) = 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑥1 )(𝑥 − 𝑥2 )
𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 3𝑥 + 2 = (𝑥 − 2)(𝑥 − 1)

2) 𝑘(𝑥) = −8𝑥 + 2𝑥 2 + 6
Solução:
Raízes:
−(−8) ± √(−8)2 − 4.2.6 8±4
𝑥= ∴ 𝑥=
2.2 4
𝑥1 = 3 ; 𝑥2 = 1
para 𝑘(𝑥) tem-se que 𝑎𝑛 = 2, 𝑥1 = 3 e 𝑥2 = 1:
𝑘(𝑥) = 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑥1 )(𝑥 − 𝑥2 )
𝑘(𝑥) = 2𝑥 2 − 8𝑥 + 6 = 2 (𝑥 − 3)(𝑥 − 1)

3) Fatore e simplifique a expressão


2𝑥 2 + 4𝑥 + 2
𝑥+1
Solução:
Para faturar o numerador 2𝑥 2 + 4𝑥 + 2, calculamos as raízes.
−(4) ± √(4)2 − 4.2.2 −4 ± 0
𝑥= ∴ 𝑥=
2.2 4
𝑥1 = −1 ; 𝑥2 = −1
Tem-se que 𝑎𝑛 = 2, 𝑥1 = −1e 𝑥2 = −1
2𝑥 2 + 4𝑥 + 2 = 2(𝑥 − (−1))(𝑥 − (−1))
2𝑥 2 + 4𝑥 + 2 = 2 (𝑥 + 1)(𝑥 + 1)
Calculando a expressão:
2𝑥 2 + 4𝑥 + 2 2𝑥 2 + 4𝑥 + 2 2 (𝑥 + 1)(𝑥 + 1)
= = = 2(𝑥 + 1)
𝑥+1 𝑥+1 𝑥+1

2.3 Frações Algébricas


Uma Fração Algébrica é uma divisão de expressões
algébricas (geralmente polinômios) e que possui pelo menos uma
variável no denominador

Exemplos:
2𝑦𝑧
1) 3
𝑥
1
2)
𝑥 2 −𝑦 2
2𝑎𝑏2 𝑐
3) 3
𝑎 −3𝑎𝑏+5𝑑𝑓

2.3.1 Simplificação de Frações Algébricas


Para simplificar frações algébricas devemos seguir a
seguinte regra: fatorar o numerador e o denominador e assim,
dividir o numerador e denominador em seus fatores comuns.
Fique atento: Só podemos simplificar os fatores (termos)
que estejam multiplicando tanto o numerador quanto o
denominador.
Exemplos:
2𝑥 − 4𝑦 2 ∙ (𝑥 − 2𝑦) 2 𝑥 − 2𝑦
1) = = ∙ =
2𝑥 2∙ 𝑥 2 𝑥
𝑥 − 2𝑦 𝑥 − 2𝑦
=1∙ =
𝑥 𝑥
𝑎𝑥+𝑏𝑥 𝑥 (𝑎 + 𝑏) 𝑎+𝑏
2) = =𝑥∙ =𝑥∙1=𝑥
𝑎+𝑏 𝑎+𝑏 𝑎+𝑏

2𝑥𝑦 3 𝑧 6 (2𝑥𝑦) ⋅ (𝑦 2 𝑧 6 ) 𝑦 2 𝑧 6
3) = =
4𝑥 4 𝑦 (2𝑥𝑦) ⋅ (2𝑥 3 ) 2𝑥 3

2𝑥 + 2𝑦 2 ⋅ (𝑥 + 𝑦) 2
4) 2 2
= =
𝑥 −𝑦 (𝑥 − 𝑦) ⋅ (𝑥 + 𝑦) 𝑥 − 𝑦

𝑎3 + 𝑏 3 (𝑎 + 𝑏)(𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏 2 ) 𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏 2
5) = =
𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏 2 (𝑎 + 𝑏)(𝑎 + 𝑏) 𝑎+𝑏

2.3.2 Soma de Frações Algébricas


A soma de frações algébricas é semelhante à de frações
numéricas: verifica-se se os denominadores são iguais e, caso
negativo, calcula-se o m.m.c. entre eles

Exemplos
𝑥2 1 𝑥 2 − 1 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)
1) − = = =𝑥−1
𝑥+1 𝑥+1 𝑥+1 𝑥+1
𝑎 𝑏
2) +
𝑏 𝑎
Solução:
Como 𝑚. 𝑑. 𝑐. (𝑏, 𝑎) = 𝑎𝑏, temos:
𝑎 𝑏 (𝑎 ⋅ 𝑎 + 𝑏 ⋅ 𝑏) 𝑎2 + 𝑏 2
+ = =
𝑏 𝑎 𝑎⋅𝑏 𝑎𝑏
𝑥 1
3) +
2𝑥 2 − 2𝑦 2 𝑥 + 𝑦
Solução:
Temos 𝑚. 𝑑. 𝑐. (2𝑥 2 − 2𝑦 2 , 𝑥 + 𝑦) = 2𝑥 2 − 2𝑦 2 . Logo
𝑥 1 𝑥 1 𝑥 ⋅ 1 + 1 ⋅ 2(𝑥 − 𝑦)
2 2
+ = + =
2𝑥 − 2𝑦 𝑥 + 𝑦 2(𝑥 − 𝑦)(𝑥 + 𝑦) 𝑥 + 𝑦 2𝑥 2 − 2𝑦 2
3𝑥 − 𝑦
= 2
2𝑥 − 2𝑦 2

2.4 Equações
Uma equação é igualdade envolvendo valores
desconhecidos denominados incógnitas.
Qualquer valor numérico que quando substituído no lugar
da incógnita resultar em uma sentença verdadeira é denominado
solução. O conjunto de os valores que satisfazem a equação é
denominado conjunto solução da equação, representado por 𝑆.

Exemplos:
𝑥
1) = 𝑥 − 8 ; 𝑆 = {10}
5

2) 𝑥 2 − 5𝑥 + 4 = 0 ; 𝑆 = {1, 4}

3) log x (5𝑥 − 6) = 2; 𝑆 = {2, 3 }

2.4.1 Equações Impossíveis e Identidades


Matemática
Nem sempre uma equação possui solução, neste caso
podemos dizer que 𝑆 = ∅ . Tais equações são denominadas
Equações Impossíveis. Isso pode ocorre naturalmente ou por
meio de restrições quanto à solução da equação.

Exemplos:
Como exemplos de equações impossíveis:
1) 2𝑥 + 4 = 2𝑥 − 10

2) |𝑥 − 5| = −10

2𝑥 + 4
3) =2
𝑥−2

Em outros casos, pode ser que equação possuam infinitas


solução e, até mesmo, qualquer valor numérico é solução. Neste
último caso, por conceitos matemáticos, não se atribui o nome
equação e sim a denominação de identidade matemática.

Exemplos:
Como exemplos de identidades matemáticas tem-se:

1) 𝑥(𝑥 − 5) = 𝑥 2 − 5𝑥

2) 3 ⋅ 2𝑥+2 = 8 ⋅ 2𝑥+1 − 4 ⋅ 2𝑥

3) cos 2(𝑥) + sen2 (𝑥) = 1

2.4.2 Domínio de Validade da Equação


O conjunto solução de uma dada equação depende do
conjunto numéricos e que se estuda a equação (naturais, inteiros,
racionais, reais, complexos, ímpares, etc...). Assim, para uma
mesma equação, em alguns caso o conjunto 𝑆 pode ser vazio para
um determinado conjunto numérico, mas não para um outro.
Além disso, devido às operações aritméticas não
permitidas ou definidas, em alguns casos também se faz necessário
determinar quais valores numéricos são aceitáveis de modo que,
quando substituído na equação inicial, não resultam em
indeterminação ou impossibilidade aritmética dentro do conjunto
numérico em que se estuda a equação. Em questões práticas,
quando não é dado tal conjunto, subtende-se que o mesmo seja o
conjuntos dos números reais - ℝ.
Desta forma, o conjunto dos valores “aceitáveis” na
resolução da equação é denominado domínio de validade. É
recomendado que ele seja encontrado antes de resolver a equação
por meio da análise da condição de existência da equação.

Exemplos:
Determine o domínio de validade das equações abaixo no conjunto
numérico especificado:
1) 𝑥 6 − 13𝑥 5 + 2𝑥 = 0 , em ℤ
Solução:
Como não há operação não permitidas pela aritmética, tem-se
𝐷=ℤ

2
2) = 𝑥 − 1, em ℚ
𝑥−2
Solução:
A única restrição aritmética quando o denominador da fração
algébrica do lado esquerdo, ele não pode ser nulo, pois não é
permitida a divisão por 0. Logo:
𝑥−2≠0⇒𝑥 ≠2
Assim:
𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≠ 2} = ℝ − {2}

3) |𝑥 2 − 4𝑥 + 4| = 3𝑥 − 2, em ℕ
Solução:
Neste caso, a restrição aritmética diz respeito à definição de
módulo, a qual é sempre um valor não negativo. Assim:
2
3𝑥 − 2 ≥⇒ 𝑥 ≥
3
Assim:
2
𝐷 = {𝑥 ∈ ℕ; 𝑥 ≥ } = {𝑥 ∈ ℕ; 𝑥 ≥ 1} = ℕ∗
3
4) log x−1 ( −𝑥 + 3) = −𝑥, em 𝕀
Solução:
Pela definição de logaritmos devemos ter.
𝑥−1 > 0⇒ 𝑥 > 1
{ 𝑥−1≠1⇒𝑥 ≠2 ⇒
−𝑥 + 3 > 0 ⇒ 𝑥 < 3

Assim:
𝐷 = {𝑥 ∈ 𝕀; 1 < 𝑥 < 3 𝑒 𝑥 ≠ 2 } = {𝑥 ∈ 𝕀; 1 < 𝑥 < 3 }

2.4.3 Equações equivalentes


Duas equações são equivalentes se possuírem o mesmo
conjunto solução.
Pode-se obter uma equação equivalente à outra dado por
meio de operações como
 somar/subtrair uma constante de ambos os lados da
igualdade;
 multiplicar ambos os lados por uma constante;
 dividi ambos os lados por um valor não nulo;
 aplicar a ideia de operação inversa (conceito abordado no
capítulo 3) com devidos cuidados na geração de falsas
raízes.
 Aplicar propriedades aritméticas de potenciação,
radiciação, logaritmos, módulo, etc..

As raízes falsas surgem quando é obtida uma equação a


parti de outra sem reciprocidade de implicação, ou seja, a primeira
equação implica na segunda, mas o inverso não verdadeiro.
Em geral, na resolução de equações busca-se encontrar
equações equivalentes que ajudem a isolar a incógnita.

Exemplos:
1) 2𝑥 + 5 = 4 e 2𝑥 = −1 são equações equivalentes pois possuem
1
o mesmo conjunto solução: 𝑆 = {− 2}
2) 𝑥 2 − 4 = 0 e 𝑥 3 − 4𝑥 = 0 não são equações equivalentes pois
possuem conjuntos soluções diferentes: 𝑆1 = {−2, 2} e 𝑆2 =
{0, −2, 2}

2.4.4 Tipos equações e resolução


A equações podem algébricas (ou polinomial) ou
transcendentais.
São equações algébricas aquelas que podem ser reduzida
ao formato 𝑝(𝑥) = 0,onde 𝑝(𝑥) é um polinômio. Elas podem ser
polinomiais, que evolvem apenas polinômios em ambos os lados
da equação, ou algébricas racionais ou fracionárias, que
envolve frações algébricas.
Já as equações transcendentais envolve outras operações
como frações algébricas, raízes de valores não constante,
logaritmos, potências com expoente não constante, função
trigonométricas, módulo, etc...
Entre as equações transcendentais destacam-se as
equações logarítmica, a exponencial, a modular e a irracional.
A segui, será explorada cada tipo de equação, juntamente
com seu processo de resolução

-Equação Polinomial
As equações polinomiais tem o formato 𝑝(𝑥) = 𝑞(𝑥), onde
𝑝(𝑥) e 𝑞(𝑥) são polinômios. O grau do polinômio reduzido é
também o grau da equação:

Exemplos:
1
1) 2𝑥 + 5 = 3 (𝑥 3 + 4𝑥 5 − 12𝑥 2 )

2) 𝑥 4 + 3𝑥 2 = (4𝑥 + 5)(𝑥 − 3)

Entre as polinomiais, as mais simples, e mais estudadas,


são a equação do 1º e do 2ºe seu processor de resolução é análogo
ao utilizado na determinação de zeros de um polinômio. Em geral,
quando possível, usa-se a fatoração na resolução de tais equações:

Exemplos:
𝑥−4
1) 2𝑥 + 5 = 4
Solução:
𝑥−4
2𝑥 + 5 =
4
4 ⋅ (2𝑥 + 5) = 𝑥 − 4
8𝑥 + 20 = 𝑥 − 4
8𝑥 − 𝑥 = −20 − 4
7𝑥 = −24
24
𝑥=−
7
Logo
24
𝑆 = {− }
7

2) 4𝑥 2 − 3𝑥 + 3 = −2𝑥(2𝑥 + 7)
Solução:
4𝑥 2 − 3𝑥 + 3 = −2𝑥(2𝑥 + 7)
4𝑥 2 − 3𝑥 + 3 = −4𝑥 2 − 14𝑥
8𝑥 2 + 11𝑥 + 3 = 0
−11 ± √112 − 4 ⋅ 8 ⋅ 3 −11 ± √25
𝑥= = ⇒
2⋅8 16
−11 + 5 6 3
𝑥1 = =− =−
16 16 8
e
−11 − 5 16
𝑥2 = =− = −1
16 16
Logo
3
𝑆 = {− , −1}
8

3) 𝑥 5 + 18𝑥 3 + 81𝑥 = 0
Solução:
𝑥 5 + 18𝑥 3 + 81𝑥 = 0
𝑥(𝑥 4 + 18𝑥 2 + 81) = 0
𝑥(𝑥 2 + 9)2 = 0 ⇒
𝑥=0
{ 𝑜𝑢
𝑥 2 + 9 = 0 → 𝑥 2 = −9 (sem solução)
Logo:
𝑆 = {0}

-Equação Fracionária
As equações algébricas racionais pode ser redutível a uma
polinomial com devidos cuidados quanto à condição de existência.

Exemplos:
𝑥 2 + 2𝑥 + 1 3
1) =
𝑥+2 2
Solução:
A condição de existência é:
𝑥+2≠0 ⇒ 𝑥 ≠2
Com isto, pode-se prossegui na resolução da equação.
6𝑥 2 + 2𝑥 + 1 3
=
4𝑥 2 + 2 2
2(6𝑥 + 2𝑥 + 1) = 3 ⋅ (4𝑥 2 + 2)
2

12𝑥 2 + 4𝑥 + 2 = 12𝑥 2 + 6
4𝑥 = 6 − 2 = 4
𝑥=1
Como a solução encontrada satisfaz a condição de existência,
temo:
𝑆 = {1}

2 1 2 1
2) + + = 2
𝑥 𝑥−2 𝑥+2 𝑥 −4
Solução:
Condição de existência:
𝑥≠0
𝑥−2 ≠ 0⇒ 𝑥 ≠ 2
{ ⇒ 𝑥 ∉ {−2, 0, 2}
𝑥 + 2 ≠ 0 ⇒ 𝑥 ≠ −2
𝑥 2 − 4 ≠ 0 ⇒ 𝑥 ≠ −2 𝑒 𝑥 ≠ 2
Por lado, temos que 𝑚. 𝑚. 𝑐. (𝑥, 𝑥 − 2, 𝑥 + 2, 𝑥 2 − 4) = 𝑥(𝑥 −
2)(𝑥 + 2), então:
2(𝑥 − 2)(𝑥 + 2) + 𝑥(𝑥 + 2) + 2𝑥(𝑥 − 2) 𝑥
=
𝑥(𝑥 − 2)(𝑥 + 2) 𝑥(𝑥 − 2)(𝑥 + 2)
2𝑥 2 − 8 + 𝑥 2 + 2𝑥 + 2𝑥 2 − 4𝑥 = 𝑥
5𝑥 2 − 3𝑥 − 8 = 0
−(−3) ± √(−3)2 − 4 ⋅ 5 ⋅ (−8) 3 ± √169
𝑥= =
2⋅5 10
3 + 13 16 8
𝑥1 = = =
10 10 5
e
3 − 13 10
𝑥2 = =− = −1
10 10
As duas soluções encontradas satisfazem a condição de existência.
Então:
8
𝑆 = { , −1}
5

-Equação Irracional
Equação irracional é uma equação em que há incógnita sob
um ou mais radicais.

Exemplos:
1) √𝑥 − 2 = 3
3
2) √2𝑥 + 1 = 2

3) √3𝑥 + 2 = 𝑥 + 2

4) √2𝑥 + 1 + √2𝑥 − 4 = 5
Aqui serão estudos dois casos particulares. O primeiro
refere-se à equações do tipo:
√𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥)
Tal tipo de equação pode gerar falsas soluções se 𝑔(𝑥) não
for uma constante não negativa. Neste caso, estuda-se a condição
𝑔(𝑥) ≥ 0. O método de resolução se restringe a elevar ambos os
lados da equação ao quadrado.
3
Já o segundo tipo é da forma √𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥), a qual pode ser
reescrita de forma equivalente em 𝑓(𝑥) = [𝑔(𝑥)]3 .

Exemplos:
1)√2𝑥 − 3 = 5
Solução:
Como 𝑔(𝑥) = 5 > 0,não surgirá falsas ráizes. Assim:
√2𝑥 − 3 = 5
2𝑥 − 3 = 52
𝑥 = 14
Então
𝑆 = {14}

2) √𝑥 2 + 5𝑥 + 1 + 1 = 2𝑥
Solução:
Temos:
√𝑥 2 + 5𝑥 + 1 = 2𝑥 − 1
Como 𝑔(𝑥) não é uma constante não negativa, devemos fazer a
restrição:
1
𝑔(𝑥) = 2𝑥 − 1 ≥ 0 ⇒ 𝑥 ≥
2
Assim:
𝑥 2 + 5𝑥 + 1 = (2𝑥 − 1)2 = 4𝑥 2 − 4𝑥 + 1
3𝑥 2 − 9𝑥 = 0
3𝑥(𝑥 − 3) = 0 ⇒
𝑥=0
{ 𝑜𝑢
𝑥−3=0→𝑥 =3
Das duas soluções encontradas, apenas 𝑥 = 3 satisfaz a condição
de existência. Então:
𝑆 = {3}
3
3) √𝑥 + 1 = 2𝑥 + 1
Solução:
Temos:
𝑥 + 1 = (2𝑥 + 1)3 = 8𝑥 3 + 12𝑥 2 + 6𝑥 + 1
8𝑥 3 + 12𝑥 2 + 5𝑥 = 0
𝑥(8𝑥 2 + 12𝑥 + 5) = 0 ⇒
𝑥=0
{ 𝑜𝑢
8𝑥 2 + 12𝑥 + 5 → Δ = 122 − 4 ⋅ 5 ⋅ 8 = −36 < 0 (sem raizes reais)
Assim:
𝑆 = {0}

-Equação Exponencial
Equação Exponencial possue ao menos uma incógnita no
expoente de uma base positiva e diferente de 1.
Na resolução adota-se a propriedade de igualdade de
potências de mesma base:
𝑎 𝑥 = 𝑎 𝑦 ⇔ 𝑥 = 𝑦 ( se a > 0 e a ≠ 1)
Exemplos:
Nos exemplos abaixo, determine o valor de 𝑥:
1) 3𝑥 = 9
Solução
3 𝑥 = 9 → 3 𝑥 = 32 ∴ 𝑥=2

2) 2𝑥 + 2𝑥+1 = 24
Solução:
2𝑥 + 2𝑥+1 = 24 → 2𝑥 + 2𝑥 ∙ 21 = 24 →
2𝑥 ( 1 + 21 ) = 24 → 3 ∙ 2𝑥 = 24 →
24
2𝑥 = → 2 𝑥 = 8 → 2 𝑥 = 23 ∴ 𝑥 = 3
3

3) 6𝑥−2 + 5 ∙ 6𝑥−1 = 6𝑥 − 5
Solução:
Temos
6𝑥 6𝑥
+ 5 ∙ − 6𝑥 = −5
62 6 𝑥
6
6𝑥 + 5. 62 ∙ − 62 . 6𝑥 = −62 ∙ 5
6
6𝑥 ∙ (1 + 30 − 36) = −36 ∙ 5
6𝑥 ∙ (−5) = −36 ∙ 5 → 6𝑥 = 36 →
6 𝑥 = 62 ∴ 𝑥 = 2

-Equação Logarítmica
Em uma equação Logarítmica a incógnita está presente na
base e/ou logaritmando.
Uma propriedade que pode ser utilizada na resolução de
tais equação é a própria definição de logaritmo:
log 𝑏 𝑎 = 𝑐 ⇔ 𝑏 𝑐 = 𝑎 ( a, b > 0 e b ≠ 1)
Na resolução também pode ser adotada a propriedade de
igualdade de logaritmos de mesma base:
log b 𝑥 = log 𝑏 𝑦 ⇔ 𝑥 = 𝑦 ( se b > 0 e b ≠ 1)
Em ambos os casos é necessário avaliar a condição de
existência.

Exemplos:
Nos exemplos abaixo, determine o valor de 𝑥:
1) log x−1 4 = 2
Solução
Condição de Existência:
𝑥−1>0 →𝑥 >1
{
𝑥−1≠1→𝑥 ≠2
Assim:
log x−1 6 = 1 ⇒
(𝑥 − 1)2 = 4 ⇒
𝑥 − 1 = ±√4 = ±2 ⇒
𝑥=3
ou
𝑥 = −1
Apenas a solução 𝑥 = 3 satisfaz as condições de restrição, logo:
𝑆 = {3}

2) log 5 (−2𝑥 + 6) = 3
Solução:
Condição de Existência:
−2𝑥 + 6 ≥ 0 ⇒ 𝑥 ≤ 3
Deste modo:
log 5 (−2𝑥 + 6) = 3 →
−2𝑥 + 6 = 53 = 125 →
119
𝑥=−
2
Tal solução satisfaz as condições de restrição, logo:
119
𝑆 = {− }
2

3) 2 log(2𝑥) = log(2𝑥 + 3) + log(𝑥 + 1)


Solução
Condição de Existência:
2𝑥 > 0 → 𝑥 > 0
3
{2𝑥 + 3 > 0 → 𝑥 > − ⇒ 𝑥 > 0
2
𝑥 + 1 > 0 → 𝑥 > −1
Assim:
2 log(2𝑥) = log(2𝑥 + 3) + log(𝑥 + 1)
log(2𝑥)2 = log[(2𝑥 + 3)(𝑥 + 1)]
log(4𝑥 2 ) = log(2𝑥 2 + 5𝑥 + 3)
4𝑥 2 = 2𝑥 2 + 5𝑥 + 3 ⇒
2𝑥 2 − 5𝑥 − 3 = 0
−(−5) ± √(−5)2 − 4 ⋅ 2 ⋅ (−3) 5 ± √49
𝑥= =
2⋅2 4
5+7
𝑥1 = =3
4
e
5−7 2 1
𝑥2 = =− =−
4 4 2
Apenas a solução 𝑥 = 3 satisfaz as condições de restrição, logo:
𝑆 = {3}

-Equação Modular
Equações com módulo podem ser solucionadas usando a
propriedade:
|𝑥| = 𝑎 ⇔ 𝑥 = 𝑎 ou 𝑥 = −𝑎 (𝑎 ≥ 0)
Além dessa, outra propriedade útil é:
|𝑥| = |𝑦| ⇔ 𝑥 = ±𝑦

Exemplos:
1) |2𝑥 + 1| = 3
2𝑥 + 1 = 3 ⇒ 𝑥 = 1
|2𝑥 + 1| = 3 ⇒ { 𝑜𝑢
2𝑥 + 1 = −3 ⇒ 𝑥 = −2
Portanto:
𝑆 = {−2, 1}

2) |𝑥 − 2| = 2𝑥 + 1.
Solução:
Condição de existência:
𝑥−2≥0⇒𝑥 ≥0
Então:
𝑥 − 2 = 2𝑥 + 1 ⇒ 𝑥 = −3
𝑜𝑢
|𝑥 − 2| = 2𝑥 + 1 ⇒ { 1
𝑥 − 2 = −(2𝑥 + 1) ⇒ 𝑥 =
3
1
Apenas a solução 𝑥 = − satisfaz a condição de existência.
3

Portanto:
1
𝑆={ }
3

3) |4𝑥 + 1| = |5 − 2𝑥|
Solução:
Pela propriedade 5 temos:
4𝑥 + 1 = ±(5 − 2𝑥)
2
 4𝑥 + 1 = 5 − 2𝑥 → 6𝑥 = 4 → 𝑥 = 3

 4𝑥 + 1 = −5 + 2𝑥 → 2𝑥 = −6 → 𝑥 = −3
Portanto:
2
𝑆 = {= 3, }
3

2.4.5 Mudança de Incógnita


Em muitas situações, a equação não se encaixa nos
métodos de resolução já estudados, mas uma simples mudança de
incógnita do tipo 𝑧 = 𝑔(𝑥) transforma a equação em uma caso
mais simples.
Para isto é necessário substituir todas as incógnitas 𝑥 por 𝑧
por meio da relação estabelecida entre elas. Assim, encontra-se o
valor de 𝑧 e, por meio da equação 𝑧 = 𝑔(𝑥), acha-se o valor de 𝑥.
Exemplos:
1) 𝑥 4 − 3𝑥 2 − 4 = 0
Solução:
Fazendo a mudança 𝑧 = 𝑥 2 , obtemos:
(𝑥 2 )2 − 3 ⋅ (𝑥 2 ) − 4 = 0
𝑧 2 − 3𝑧 − 4 = 0
−(−3) ± √(−3)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ (−4) 3 ± √25
𝑧= =
2⋅1 2
3+5
𝑧1 = =4
2
e
3−5
𝑧2 = = −1
2
Assim:
𝑧1 = 𝑥 2 ⇒ 𝑥 2 = 4 ⇒ 𝑥 = ±√4 = ±2
𝑧2 = 𝑥 2 ⇒ 𝑥 2 = −1 ⇒ 𝑥 = ±√−1 → 𝑆𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑛ã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙
Logo
𝑆 = {−2, 2}

2) 22𝑥+1 − 3. 2𝑥+2 = 32
Solução:
Temos:
22𝑥+1 − 3. 2𝑥+2 = 32 → 22𝑥 ⋅ 2 − 3 ⋅ 2𝑥 ⋅ 22 = 32 ⇒
2 ⋅ (2𝑥 )2 − 12 ⋅ (2𝑥 ) − 32 = 0
Fazendo a mudança 𝑧 = 2𝑥 , obtemos:
2𝑧 2 − 12𝑧 − 32 = 0 ÷2
𝑧 2 − 6𝑧 − 16 = 0
−(−6) ± √(−6)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ (−16) 6 ± √100
𝑧= =
2⋅1 2
6 + 10
𝑧1 = =8
2
e
6 − 10
𝑧2 = = −2
2
Assim:
𝑧1 = 2𝑥 ⇒ 2𝑥 = 8 = 23 ⇒ 𝑥 = 3
𝑧2 = 2𝑥 − ⇒ 2𝑥 = −2 → 𝑆𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑛ã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙
Logo
𝑆 = {3}

2.5 Inequações
Inequação é uma expressão algébrica que contém sinal de
desigualdade (< ; > ; ≤ ; ≥ ).
Os soluções de equações reais são, e, sua maioria, intervslos
ou união de intervalos.

2.5.1 Intervalos
Intervalos são trechos contínuos da reta numérica.

2.5.1.1 Intervalos Limitados


Sejam a e b números reais com a <b
a) Intervalo aberto de a até b:
Observe que, este intervalo é limitado por a e b, porém eles
não pertencem ao intervalo. Assim, representamos na reta
numérica com “bolinha aberta” e utilizamos o colchetes com
abertura “para fora” para indicar que o intervalo é aberto. Caso, a
e b pertencessem ao intervalo, veríamos o símbolo ≥ ou ≤, para
indicar que a ou b pertencem ao intervalos, além disso, na reta
numérica a representação seria com “bolinha fechada” como
veremos adiante.
(𝑎, 𝑏) = ]𝑎, 𝑏[ = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑎 < 𝑥 < 𝑏}
a b
b) Intervalo fechado de a até b
Neste caso, a e b fazem parte do intervalo, tendo assim os
símbolos ≤ e ≥, indicando que x é maior que a e menor que b.
[𝑎, 𝑏] = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏}
Leia-se: x pertence aos reias, tais que, x maior que a e menor que
b.
a b

c) Intervalo fechado em a e aberto em b:


[𝑎, 𝑏) = [𝑎, 𝑏[ = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑎 ≤ 𝑥 < 𝑏}
a b

d) Intervalo aberto em a e fechado em b


(𝑎, 𝑏] = ]𝑎, 𝑏] = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑎 < 𝑥 ≤ 𝑏}

a b

2.5.1.2 Intervalos Não Limitados


Os intervalos não limitados são aqueles em que não há um
limite definido previamente, por exemplo, o conjunto dos números
reais maiores que 1. Temos apenas um dos limites definidos.
Quando pensamos em números maiores que 1, podemos imaginar
qualquer número até o infinito.
A noção de infinito é abstrata, mostra que existem tantos
números maiores que 1 que não possível mensurar. Ao se deparar
com +∞ ou -∞, lembre-se que não são números, e sim notações
para intervalos não limitados.
a) Intervalo aberto de a até +∞
(𝑎, +∞) = ]𝑎, +∞[ = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 > 𝑎}

a
b) Intervalo fechado de a até +∞
[𝑎, +∞) = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≥ 𝑎}
a

c) Intervalo aberto de −∞ até a


(−∞, 𝑎) = ]−∞, 𝑎[ = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 < 𝑎}
a

d) Intervalo fechado de −∞ até a


(−∞, 𝑎] = ]−∞, 𝑎] = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≤ 𝑎}
a

Exemplo 1: Dado o intervalo represente-o na reta numérica


𝒂) ]−2 , 5 ]
Solução:

𝒃) [−1 , 2 ]
Solução:

𝒄) ]−∞ , 4 [
Solução:

Exemplo 2: Descreva o intervalo indicado na reta numérica:


𝑎) 𝐼 = [−2, +∞) = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≥ −2}
Solução:

𝑏) 𝐼 = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≤ 1 𝑂𝑈 3 ≤ 𝑥 < 6}
Solução:

2.5.2 Propriedades da desigualdade


Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 números reais:
1) Somar ou subtrair um número qualquer em ambos os lados da
inequação não altera o sinal da mesma.
Exemplo 1: Se 𝑎 < 𝑏 então 𝑎 + 𝑐 < 𝑏 + 𝑐 . Como em: 𝑎 =
−2; 𝑏 = 4; 𝑐 = −3.
Solução:
𝑎 < 𝑏 → −2 < 4
𝑎 + 𝑐 < 𝑏 + 𝑐 → −2 − 3 < 4 − 3 → −5 < 1

Exemplo 2: Se 𝑎 > 𝑏 então 𝑎 + 𝑐 > 𝑏 + 𝑐 . Como em: 𝑎 =


5 ; 𝑏 = −4 ; 𝑐 = 2.
Solução:
𝑎 > 𝑏 → 5 > −4
𝑎 + 𝑐 > 𝑏 + 𝑐 → 5 + 2 > −4 + 2 → 7 > −2
2) Multiplicar ou dividir ambos os lados da inequação por um
número POSITIVO não altera o sinal da mesma.
𝑎 𝑏
Exemplo 1: Se 𝑎 < 𝑏 e 𝑐 > 0 então 𝑎. 𝑐 < 𝑏. 𝑐 e < .
𝑐 𝑐
Como em: 𝑎 = −4; 𝑏 = 4; 𝑐 = 2.
Solução:
𝑎 < 𝑏 → −4 < 4
𝑎 ∙ 𝑐 < 𝑏 ∙ 𝑐 → −4 ∙ 2 < 4 ∙ 2 → −8 < 8
𝑎 𝑏 4 4
< → − < → −2 < 2
𝑐 𝑐 2 2
𝑎 𝑏
Exemplo 2: Se 𝑎 > 𝑏 e 𝑐 > 0 então 𝑎. 𝑐 > 𝑏. 𝑐 e > .
𝑐 𝑐
Como em: 𝑎 = 4 ; 𝑏 = 2; 𝑐 = 2.
Solução:
𝑎>𝑏→ 4>2
𝑎∙𝑐 >𝑏∙𝑐 → 4∙2> 2∙2→ 8>4
𝑎 𝑏 4 2
> → > → 2>1
𝑐 𝑐 2 2

3) Multiplicar ou dividir ambos os lados do inequação por um


número NEGATIVO inverte o sinal da desigualdade.
𝑎 𝑏
Exemplo 1: Se 𝑎 < 𝑏 e 𝑐 < 0 então 𝑎. 𝑐 > 𝑏. 𝑐 e 𝑐
> 𝑐.
Como em: 𝑎 = −2; 𝑏 = 4; 𝑐 = −3.
Solução:
𝑎 < 𝑏 → −2 < 4
𝑎. 𝑐 > 𝑏. 𝑐 → −2 ∙ (−3) > 4 ∙ (−3) → 6 > −12
𝑎 𝑏 −2 4 2 4
> → > → > −
𝑐 𝑐 −3 −3 3 3
𝑎 𝑏
Exemplo 2: Se 𝑎 > 𝑏 e 𝑐 < 0 então 𝑎. 𝑐 < 𝑏. 𝑐 e 𝑐
< 𝑐.
Como em: 𝑎 = 4; 𝑏 = 2; 𝑐 = −2.
Solução:
𝑎>𝑏→ 4>2
𝑎. 𝑐 < 𝑏. 𝑐 → 4 ∙ (−2) < 2 ∙ (−2) → −8 < −4
𝑎 𝑏 4 2
< → < → −2 < −1
𝑐 𝑐 −2 −2

Obs.: As propriedades acima continuam válidas para as


desigualdades não estritas ≤ e ≥.

4) Desigualdade Triangular: |𝑥 + 𝑦| ≤ |𝑥| + |𝑦|


Exemplo 1: 𝑥 = 4; 𝑦 = −2.
|4 + (−2)| ≤ |4| + |−2| → |2| ≤ 4 + 2 → 2 ≤ 6
Obs.: |𝑥 + 𝑦| = |𝑥| + |𝑦| somente se 𝑥 e 𝑦 forem
simultaneamente positivos ou negativos.

5) |𝑥| ≤ 𝑎 ⇔ −𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎
Demonstração:
Se 𝑥 for positivo:
|𝑥| = 𝑥 → 𝑥 ≤ 𝑎
Se 𝑥 for negativo:
|𝑥| = −𝑥 → − 𝑥 ≤ 𝑎 → 𝑥 ≥ −𝑎
Então: 𝑥 ≤ 𝑎 E 𝑥 ≥ −𝑎, ou seja, −𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎

6) |𝑥| ≥ 𝑎 ⇔ 𝑥 ≥ 𝑎 𝑜𝑢 𝑥 ≤ −𝑎
Demonstração:
Se 𝑥 for positivo:
|𝑥| = 𝑥 → 𝑥 ≥ 𝑎
Se 𝑥 for negativo:
|𝑥| = −𝑥 → − 𝑥 ≥ 𝑎 → 𝑥 ≤ −𝑎
Então 𝑥 ≥ 𝑎 OU 𝑥 ≤ −𝑎
𝑛 |𝑥| 𝑠𝑒 𝑛 𝑓𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟
7) √𝑥 𝑛 = {
𝑥 𝑠𝑒 𝑛 𝑓𝑜𝑟 𝑖𝑚𝑝𝑎𝑟
2
Exemplo 1: Se 𝑥 = √22
Solução:
2
√4 = |𝑥| = |2| = 2
2
Exemplo 2: Se 𝑥 = √(−2)2
Solução:
2
√4 = |𝑥| = |−2| = 2
Resolver uma inequação é determinar todos os valores da
variável que torna verdadeira a mesma. Este conjunto de valores é
chamado conjunto solução da inequação. O conjunto solução da
inequação representa um trecho contínuo da reta numérica, ou
seja, é um intervalo.
Exemplo 1: Determine se os valores de 𝑥 = −3; 𝑥 = 0 e 𝑥 = 2 são
soluções da inequação 𝑥 + 3 < 5𝑥 − 1.
Solução:
Substituindo 𝑥 = −3 na inequação:
−3 + 3 < 5 ∙ (−3) → 0 < −15 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑜
Substituindo 𝑥 = 0 na inequação
0 + 3 < 5 ∙ (0) → 3 < 0 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑜
Substituindo 𝑥 = 2 na inequação:
2 + 3 < 5 ∙ (2) → 5 < 10 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜
Portanto 𝑥 = 2 é uma das soluções da inequação

Exemplo 2: Resolva as inequações abaixo e represente o conjunto


solução na reta numérica:

𝒂) 𝑥 + 3 < 5𝑥 − 1
Solução:
𝑥 − 5𝑥 < −1 − 3
−4𝑥 < −4
4𝑥 >4
𝑥>1

(1, +∞)
1
𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 > 1}

𝒃) 13 ≥ 2𝑥 − 3 ≥ 5
Solução:
Nesse caso, devemos separar em duas inequações, e realizar a
interseção das soluções para que a solução seja válida para ambas
as inequações. Interseção de dois intervalos é agrupar em um
terceiro intervalo o que os dois intervalos tem de comum.
Separando em duas inequações temos:
𝐴) 13 ≥ 2𝑥 − 3
13 + 3 ≥ 2𝑥
2𝑥 ≤ 16 → 𝑥 ≤ 8
𝑆𝐴 = {𝑥 ≤ 8}
E (significa a interseção)
𝐵) 2𝑥 − 3 ≥ 5
2𝑥 ≥ 8 − 𝑥 ≥ 4
𝑆𝐵 = {𝑥 ≥ 4}

𝑥≤8

𝑥≥4

𝑆𝐴 ∩ 𝑆𝐵 [4 , 8]

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ | 4 ≤ 𝑥 ≤ 8}

𝒄) |3𝑥 + 2| ≥ 5
Solução:
Da propriedade 6 temos:
3𝑥 + 2 ≥ 5 OU 3𝑥 + 2 ≤ −5
Lembre que OU em matemática significa união. União, é agrupar
em um mesmo intervalo as soluções das duas inequações.
Resolvendo as inequações separadamente:
𝐴) 3𝑥 + 2 ≥ 5
3𝑥 ≥ 3 → 𝑥≥1
B) 3𝑥 + 2 ≤ −5
7
3𝑥 ≤ −7 → 𝑥 ≤ − 3

1
𝑥≥1
-7/3 7
𝑥≤−
3
-7/3 1
𝑆𝐴 ∪ 𝑆𝐵

(−∞, − 7⁄3] ∪ [1, +∞)


7
𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≤ − 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 1}
3

𝒅)(𝑥 − 3)4 ≤ 16
Solução:
4 4
(𝑥 − 3)4 ≤ 16 → √(𝑥 − 3)4 ≤ √16 → |𝑥 − 3| ≤ 2
Da propriedade 7
−2 ≤ 𝑥 − 3 ≤ 2 ∴ 𝑥 − 3 ≤ 2 E 𝑥 − 3 ≥ −2
Lembre que E em matemática significa interseção. Resolvendo as
inequações:
𝐴) 𝑥 − 3 ≤ 2 → 𝑥≤5
𝐵) − 2 ≤ 𝑥 − 3 − 1≤𝑥 → 𝑥≥1

5
𝑥≤5
1
𝑥≥1

1 5
𝑆𝐴 ∩ 𝑆𝐵

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ |1 ≤ 𝑥 ≤ 5}𝑆 = [1 , 5]

𝒆) |2𝑥 − 5| < 3.
Solução:
Da propriedade 5 temos:
−3 < 2𝑥 − 5 < 3
Resolvendo sem separar as inequações:
−3 + 5 < 2𝑥 < 3 + 5
2 < 2𝑥 < 8
2 8
<𝑥<
2 2
1<𝑥<4

1 4

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ| 1 < 𝑥 < 4}
|6
𝑓) − 2𝑥| ≥ 7.
Solução:
Da propriedade 6 temos:
𝐴) 6 − 2𝑥 ≤ −7
−2𝑥 ≤ −7 − 6
13
−2𝑥 ≤ −13 → 𝑥 ≥
2
OU
𝐵) 6 − 2𝑥 ≥ 7
−2𝑥 ≥ 7 − 6
−1
−2𝑥 ≥ 1 → 𝑥≤
2

13/2

-1/2

-1/2 13/2

−1 13
𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ| 𝑥 ≤ 𝑜𝑢 𝑥 ≥ }
2 2

2.5.3 Inequações Produtos


Sendo 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) duas funções na variável 𝑥 , as
inequações dos tipo 𝑓(𝑥) ⋅ 𝑔(𝑥) > 0, 𝑓(𝑥) ⋅ 𝑔(𝑥) < 0, 𝑓(𝑥) ⋅ 𝑔(𝑥) ≥
0 e 𝑓(𝑥) ⋅ 𝑔(𝑥) ≤ 0 são denominadas inequações produto.
Devido ao formato desses tipos de inequações, é necessário
apenas o estudos dos sinais de 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥), ou seja, conhecer os
valores de 𝑥 em que elas possuem positivos e/ou negativos. Para
isto, pode-se utilizar um processo prático denominado quadro de
sinais.
Neste capítulo as expressões 𝑔(𝑥) e 𝑓(𝑥) serão do tipo
𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, ou seja, polinômios de 1º grau. O zero do polinômio
𝑏
ocorre em 𝑥0 = − 𝑎 .
O sinal do polinômio 𝑝(𝑥) varia dependendo do sinal de 𝑎.
Em geral tem-se o seguinte comportamento:
 Se 𝑎 > 0 , então 𝑝(𝑥) < 0 para 𝑥 < 𝑥0 e 𝑝(𝑥) > 0 para
𝑥 > 𝑥0 .
 Se 𝑎 < 0 , então 𝑝(𝑥) > 0 para 𝑥 < 𝑥0 e 𝑝(𝑥) < 0 para
𝑥 > 𝑥0 .

Exemplos:
Estude o comportamento do sinal dos seguintes
polinômios.

1) 𝑝(𝑥) = 𝑥 + 2
Solução:
2
Como 𝑎 = 1 > 0 e 𝑥0 = − = −2, temos que:
1
 𝑝(𝑥) > 0 para 𝑥 > 𝑥0 = −2
 𝑝(𝑥) < 0 para 𝑥 < 𝑥0 = −2:

Utilizando-se um diagramas, teríamos a seguinte situação.


−2
−.. +

O sinal negativo (-) indica que 𝑝(𝑥) = 𝑥 + 2 < 0 para os números


à esquerda de =−2, ou seja, para 𝑥 < −2. A interpretação para o
sinal de (+) é análoga.

2) 𝑝(𝑥) = −3𝑥 + 9
Solução:
9
Como 𝑎 = −3 < 0 e 𝑥0 = − −3 = 3, temos que 𝑝(𝑥) > 0 para 𝑥 <
𝑥0 = 3 e 𝑝(𝑥) < 0 para 𝑥 > 𝑥0 = 3:
O diagrama que representa tal situação de sinal é:
3
+.. −

Por meio dos diagramas montado nos exemplos 1) e 2) é


torna-se fácil saber o comportamento do sinal de (𝑥 + 2)(−3𝑥 +
9), sendo necessário apenas realizar o “jogo de sinais” entre os
intervalos em que a mudança do sinal.
Neste casso, teríamos a seguinte configuração:
−2 3
𝑥−2 − + +
−3𝑥 + 9 + + −
(𝑥 − 2)(−3𝑥 + 9) − + −

Observando o quadro é possível soluçar qualquer um dos


tipos de formato de inequação produto. Por exemplo, a solução de
(𝑥 − 2)(−3𝑥 + 9) ≥ 0 será o intervalo 𝑆 = [−2,3]. Já e inequação
(𝑥 − 2)(−3𝑥 + 9) < 0 teria s solução 𝑆 = (−∞, −2) ∪ (3, +∞).
O que foi comentado é o processo prático na resolução de
equações produtos. Ou seja:
 Primeiro encontra-se os zeros de cada polinômio;
 Coloca-se o sinal de cada polinômio no diagrama de
acordo com o zero e o valor do coeficiente do termo de
primeiro grau (para segundo grau será visto no próximo
capítulo);
 Realiza-se o jogo de sinal;
 Por fim, escolha-se o intervalo de interesse de acordo
com formato da inequação.

Exemplos:
Resolva das inequações produtos em ℝ

1) (3𝑥 + 1)(2𝑥 − 5) ≥ 0
Solução:
Os zeros de cada fator são:
1
3𝑥 + 1 = 0 ⇒ 𝑥 = −
3
e
5
2𝑥 − 5 = 0 ⇒ 𝑥 =
{ 2
O coeficiente do monômio 𝑥 de cada fator é positivo. Logo temos o
seguinte quadro de produtos:
1 5

3 2
3𝑥 + 1 − + +
2𝑥 − 5 − − +
(3𝑥 + 1)(2𝑥 − 5) + − +

Como queremos que (3𝑥 + 1)(2𝑥 − 5) ≥ 0. Então:


1 5
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ ; 𝑥 ≤ − ou 𝑥 ≥ }
3 2

2) (3𝑥 − 2)(𝑥 + 1)(3 − 𝑥) < 0


Solução:
Cálculo dos zeros:
2
3𝑥 − 2 = 0 ⇒ 𝑥 =
3
e
𝑥 + 1 = 0 ⇒ 𝑥 = −1
e
{3 − 𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 = 3
Os coeficientes do monômio 𝑥 em 3𝑥 − 2 e 𝑥 + 1 são positivos,
mas em 3 − 𝑥 ele é negativo. Logo temos o seguinte quadro de
produtos:

−1 2 3
3
3𝑥 − 2 − − + +
𝑥+1 − + + +
3−𝑥 + + + −
(3𝑥 − 2)(𝑥 + 1)(3 − 𝑥) + − + −

Como queremos que (3𝑥 − 2)(𝑥 + 1)(3 − 𝑥) < 0. Então:


2
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ ; −1 < 𝑥 < ou 𝑥 > 3}
3
2.5.4 Inequações-quociente
Sendo 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) duas funções na variável 𝑥 , as
𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥)
inequações dos tipo 𝑔(𝑥) > 0, 𝑔(𝑥) < 0, 𝑔(𝑥) ≥ 0 e 𝑔(𝑥) ≤ 0 são
denominadas inequações-quociente.
A resolução de tais tipos de inequações é análoga à de uma
inequação produto, exceto pelo fator do denominador 𝑔(𝑥) não
poder ser nulo. Logo, será necessário encontrar seu domínio de
validade.

Exemplos:
Resolva das inequações-quociente em ℝ

3 − 4𝑥
1) ≥0
5𝑥 + 1
Solução:
A restrição é:
1
5𝑥 + 1 ≠ 0 ∴ 𝑥 ≠ −
5
Os zeros de cada fator são:
3
3 − 4𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 =
4
e
1
5𝑥 + 1 = 0 ⇒ 𝑥 = −
{ 5
O coeficiente do monômio 𝑥 de cada fator é positivo. Logo temos o
seguinte quadro de quociente:

1 3

5 4
3 − 4𝑥 + + −
5𝑥 + 1 − + +
3 − 4𝑥
− + −
5𝑥 + 1
3−4𝑥 1 3
Como queremos que5𝑥+1 ≥ 0, o intervalo interesse é [− 5 , 4], mas
devido à condição de existência temos:
1 3
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ ; − < 𝑥 < }
5 4

(1 − 2𝑥)(3 + 4𝑥)
2) >0
4−𝑥
Solução:
A condição de restrição é:
4−𝑥 ≠0 ∴𝑥 ≠4
Cálculo dos zeros:
1
1 − 2𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 =
2
e
3
3 + 4𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 = −
4
e
{ 4−𝑥=0⇒𝑥=4
Os coeficientes do monômio 𝑥 em 4 − 𝑥 e 1 − 2𝑥 são negativos,
mas em 3 + 4𝑥 ele é positivo. Logo temos o seguinte quadro de
produtos:

−3/4 1/2 4
1 − 2𝑥 + + − −
3 + 4𝑥 − + + +
4−𝑥 + + + −
(1 − 2𝑥)(3 + 4𝑥) − + − +
4−𝑥
(1−2𝑥)(3+4𝑥)
Como queremos que 4−𝑥
> 0 e que satisfaça a condição 𝑥 ≠
4, Então:
3 1
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ ; − < 𝑥 < ou 𝑥 > 4}
4 2
3 + 4𝑥
3) ≤2
1−𝑥
Solução:
A inequação não está no formato de uma inequação produto, mas
pode ser reduzida a tal:
3 + 4𝑥
≤2 ⇒
1−𝑥
3 + 4𝑥
−2≤0
1−𝑥
3 + 4𝑥 − 2(1 − 𝑥)
≤0
1−𝑥
6𝑥 + 1
≤0
1−𝑥
Agora temos uma inequação quociente, cuja restrição é:
1−𝑥 ≠0 ∴𝑥 ≠1
Os zeros de cada fator são:
1
6𝑥 + 1 = 0 ⇒ 𝑥 = −
{ 6
e
1−𝑥=0 ⇒𝑥=1
De acordo com o coeficiente do monômio 𝑥 de cada fator, temos o
seguinte quadro -quociente:

1 1

6
6𝑥 + 1 − + +
1−𝑥 + + −
6𝑥 + 1
− + −
1−𝑥
6𝑥+1
Como queremos que 1−𝑥 ≤ 0, com 𝑥 ≠ 1, temos:
1
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ 𝑥 ≤ − ou 𝑥 > 1}
6
Lista de Exercícios

Aqui estão questões relacionadas ao capítulo estudado. É


importante o esforço para resolver todas as questões. Em caso de
dúvidas os monitores do programa estão pronto para lhe ajudar.
Bons estudos!
1) (F.Carlos Chagas) Dado o polinômio p(x)  x3 – 2x2 + mx – 1,
onde m  R, se 𝑝(2) = 3 ⋅ 𝑝(0) , então 𝑝(𝑚) é igual a:
a) –5 b) –3 c) –1 d) 1 e) 14

2) (Cescem-SP) Se os polinômios f  2x3 – (p – 1)x + 2 e g  qx3 +


2x +2 são idênticos, então o valor da expressão p2 + q2 é:
a) 13 b) 5 c) 3 d) 2 e) 1

3) (UFMG) Os polinômios P(x) = px2 + q(x) – 4 e Q(x) = x2 + px


+ q são tais que P(x + 1) = Q(2x) para todo x real.
Os valores de p e q são
a) p = 1 e q = -4 b) p = 2 e q = 4 c) p = 4 e q = -4
d) p = 4 e q = 0 e) p = -4 e q = 0

4) Calcule os valores de a, b, c e d para que o polinômio 𝑝(𝑥) =


𝑎(𝑥 + 𝑐)3 + 𝑏(𝑥 + 𝑑) seja idêntico a 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 6𝑥 2 + 15𝑥 +
14.

5) Sendo 𝑓 = 𝑥; 𝑔 = 𝑥 + 𝑥 3 𝑒 ℎ = 2𝑥 3 + 5𝑥, obtenha os números


reais a e b tais que ℎ = 𝑎𝑓 + 𝑏𝑔

6) Determine ℎ(𝑥), tal que:


ℎ(𝑥) = (𝑥 + 1). (𝑥 − 2) + (𝑥 − 2). (𝑥 − 1) + 4(𝑥 + 1)

7) Demonstre que 𝑓 = (𝑥 − 1)2 + (𝑥 − 3)2 − 2(𝑥 − 2)2 − 2 é um


polinômio nulo.

8) Se A = 5x2 - 2, determine o valor de A2 - 3A + 1.


9) Quanto devemos adicionar ao quadrado de x + 2 para
encontrarmos o cubo de x - 3?

10) Determine a quarta parte da diferença entre os quadrados dos


polinômios x2 + 2x - 1 e x2 - 2x + 1.

11) Determine o quociente e o resto da seguinte divisão


2𝑥 3 − 9𝑥 2 + 10𝑥 − 2
𝑥 2 − 3𝑥 + 1
12) Seja 𝑓: 𝑥 3 + 𝑎𝑥 + 𝑏 e 𝑔: 2𝑥 2 + 2𝑥 − 6. Qual a condição para
que a divisão de 𝑓 por 𝑔 seja exata?

13) Simplifique a expressão:


2(𝑥 2 𝑦). 3(𝑥 2 𝑦 3 )
𝑥²𝑦²

14) Determine 𝑚 de modo que −2 seja a raiz do polinômio :


𝑘(𝑥) = 𝑥 3 + (𝑚 + 2)𝑥 2 + (1 + 𝑚)𝑥 − 2

15) Dado os monômios 12𝑎4 𝑏 4 𝑐 2, 18 𝑎3 𝑏 5 𝑐 2 e 30𝑎2 𝑐 6, escolhe-se


dois de forma a obter um monômio mdc de maior grau,
possível. Qual é m.m.c. dos dois monômios escolhidos?.

16) Fatore o quanto possível a expressão:


(𝑥 2 + 5𝑥 + 5)2 − 1
17) O que e é maior: 123456788 ⋅ 123456790 ou 1234567892? De
quanto é tal diferença?

18)Simplifique
2𝑎√1 + 𝑥 2
𝑥 + √1 + 𝑥 2
1 𝑎 𝑏
Sabendo que: 𝑥 = 2 (√𝑏 − √𝑎)
19) Calcule a expressão
2𝑎 𝑎 2𝑎𝑥 𝑥
( + − 2 ).
𝑥 − 3 𝑥 𝑥 − 3𝑥 2𝑎

20) Efetue a soma e dê seu resultado simplifcado:


𝑥3 + 𝑥2 − 𝑥 − 1 𝑥3 + 8
+
𝑥2 − 1 (𝑥 + 1)(𝑥 + 2)

21) Resolva a expressão


𝑥+1 𝑥−3
(𝑥 − 2 + 𝑥 + 2)
2𝑥 2 − 2𝑥 + 8
𝑥−2

22) Encontre o domínio de validade das equações abaixo em


relação ao conjunto ℝ:
a) 2𝑥 = 𝑥 + 4
1
b) √𝑥 − 2 = 𝑥−2
1
c) |𝑥|+2
= 7𝑥
1
d) = 𝑥2 + 1
log2 (𝑥−2)
𝑥
e) 𝑥 = 𝑥

23) Resolva as equações algébricas fracionárias:


1 1
a) + =0
(𝑥 − 1)2 (𝑥 − 2)3 (𝑥 − 1)3 (𝑥 − 2)2
2𝑥 − 1 3
b) =
𝑥+2 2𝑥 − 5
𝑥+1 1 1
c) + =
𝑥 𝑥−5 2
4𝑥 − 2 5 3
d) − =
𝑥2 − 1 𝑥 − 1 𝑥 + 1
𝑥2 𝑥+6
e) − =1
𝑥−3 𝑥−3

24) Resolva as equações irracionais:


a) √3𝑥 − 2 = 4
b) √16 + √𝑥 + 4 = 5
c) 𝑥 + √25 − 𝑥 2 = 7
d) √2𝑥 + √6𝑥 2 + 1 = 𝑥 + 1
e) √𝑥 + 1 + √𝑥 − 1 = 1

25) Resolva as equações exponenciais:


a) 2𝑥−5 = 16
b) 8𝑥 = 32
2
c) 32𝑥 −7𝑥+5 = 1
d) 2𝑥 ⋅ 4𝑥+1 ⋅ 8𝑥+2 = 16𝑥+3
e) 3𝑥−1 − 3𝑥 + 3𝑥+1 + 3𝑥+2 = 306
f) √5𝑥 ⋅ 25𝑥+1 = (0,2)1−𝑥

26) Resolva as equações logarítimicas:


a) log 3(2𝑥 − 3) = log 3 (4𝑥 − 5)
b) log 5(𝑥 2 − 3𝑥 − 10) = log 3 (2 − 2𝑥)
c) log x(3𝑥 + 2) = 2
d) log 2(𝑥 + 1) + log 2 (𝑥 + 1) = 3
e) log 2(𝑥 − 2) + log 2 (3𝑥 − 2) = log 2 7

27) Resolva as equações modulares e, caso precise, use uma


mudança de incógnita.
a) |5𝑥 − 3| = 12
b) |3𝑥 + 2| = 5 − 𝑥
c) |3𝑥 + 1| = |𝑥 − 3|
d) |𝑥 2 − 6𝑥| = 9
e) 2|𝑥|2 + 3|𝑥| = 2
f) |𝑥|2 + |𝑥| − 6 = 0

28) Por meio de uma mudança apropriada de incógnita, resolva


as equações irracionais abaixo.
a) √𝑥 2 + 3𝑥 + 6 − 3𝑥 = 𝑥 2 + 4
4
b) √𝑥 + 2√𝑥 − 1 = 0

29) Por meio de uma mudança apropriada de incógnita e


aplicação de propriedades, resolva as equações exponenciais
abaixo.
a) 16𝑥 − 42𝑥−1 − 10 = 22𝑥−1
b) 32𝑥−1 − 3𝑥 ⋅ 3𝑥−1 + 1 = 0

30) Por meio de uma mudança apropriada de incógnita e


aplicação de propriedades, resolva as equações logarítmicas
abaixo.
a) log 2[1 + log 3(1 − 2𝑥)] = 2
b) log 22(𝑥) − log 2 (𝑥) = 2
c) log 22(𝑥 + 1) + 9 log 8 (𝑥 + 1) = 4
d) log 2(𝑥) + log x 2 = 2
2 + log 3 (𝑥) log 3(𝑥)
e) + =2
log 3 (𝑥) 1 + log 3 𝑥

31) Quais os valores de x e y sabendo que:


𝑥 + 𝑦 = 13
log 𝑥 + log 𝑦 = log 36
32) Escreva na forma de intervalo cada representação geométrica
dada abaixo.

33) Dados os conjuntos abaixo, expresse-os na forma de


intervalo e na forma geométrica:
a) {𝑥 ∈ 𝑅|6 ≤ 𝑥 ≤ 10}
b) {𝑥 ∈ 𝑅| − 1 < 𝑥 ≤ 5}
c) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≥ −4
d) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 < 1}

34) Dados os intervalos abaixo, expresse-os na forma geométrica:


1
a) [2 , +∞)
b) (0, 7)
c) (−∞, 3)
d) [−6, +∞)

35) Sendo A=]-3,4[ e B =[-1,6[, calcule 𝐴 ∪ 𝐵, 𝐴 ∩ 𝐵, 𝐴 − 𝐵 𝑒 𝐵 − 𝐴.

36) Dados A = ]-3,2]; B = ]-1,4[ e C = (-∞, +∞) determine:


a) (𝐴 𝑈 𝐶) ∩ 𝐵
b) (𝐵 𝑈 𝐶) – 𝐴
c) 𝐴– 𝐵
d) 𝐵– 𝐶
e) (𝐶 – 𝐴) ∩ 𝐵
f) 𝐴 ∩ 𝐵
37) Resolva as seguintes inequações
𝑥+2 𝑥+1
a) − ≥𝑥
3 2
b) (3𝑥 − 2) − (3𝑥 − 1)2 ≥ (𝑥 + 2)2 − (𝑥 + 1)2
2
2𝑥 − 3 5 − 3𝑥 1
c) − < 3𝑥 −
2 3 6

38) Resolva as inequações simultâneas:


a) −2 < 3𝑥 − 1 < 4
b) 3𝑥 + 4 < 5 < 6 − 2𝑥
c) 2 − 𝑥 < 3𝑥 + 2 < 4𝑥 + 1

39) Resolva, em ℝ, as inequações produto:


a) (6𝑥 − 1)(2𝑥 + 7) ≥ 0
b) (3 − 2𝑥)(4𝑥 + 1)(5𝑥 + 3) ≤ 0
c) (5𝑥 + 2)(2 − 𝑥)(4𝑥 + 3) > 0
d) (4 − 5𝑥)6 < 0

40) Resolva a seguinte inequações-quociente:


−3 − 2𝑥
a) ≤0
3𝑥 + 1
1 − 2𝑥
b) ≤0
(5 − 𝑥)(3 − 𝑥)
6𝑥
c) ≤5
𝑥+3
1 2 3
d) + − <0
𝑥−1 𝑥−2 𝑥−3
𝑥+1 𝑥+3
e) >
𝑥+2 𝑥+4
4 3 1
f) − + ≥ −
𝑥 2 𝑥

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