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ENGENHARIA III
Uma equação diferencial é aquela que contém uma função desconhecida e uma ou mais
de suas derivadas. Modelos matemáticos são desenvolvidos para auxiliar na
compreensão de fenômenos físicos. É comum estes modelos gerarem uma equação
diferencial.
A ordem de uma equação diferencial é a ordem da derivada mais alta que ocorre na
equação.
Exemplos:
𝑑2 𝑞 𝑑𝑞 1
✓ 𝐿 𝑑𝑡 2 + 𝑅 𝑑𝑡 + 𝐶 𝑞 = 𝐸(𝑡) EDO de segunda ordem, aplicada no estudo de
circuito elétrico.
✓ No estudo de cordas vibrantes e da propagação de ondas encontramos EDPs, tais
𝜕2𝑢 𝜕2𝑢
como 𝜕𝑡 2 − 𝑐 2 𝜕𝑥 2 = 0, esta é de segunda ordem.
𝑑𝑇
✓ = 𝑘(𝑇 − 𝑇𝑚 ) EDO de primeira ordem, equação da Lei de resfriamento de
𝑑𝑡
Newton.
𝜕 2 𝑢(𝑥,𝑡) 𝜕𝑢(𝑥,𝑡)
✓ 𝑎2 = EDP de segunda ordem, equação da condução do calor em
𝜕𝑥 2 𝜕𝑡
uma barra.
𝑑𝑃
✓ = 𝑘𝑃 , modelo para crescimento populacional. Esta é uma EDO de primeira
𝑑𝑡
ordem.
2
Exemplos:
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑦
✓ − 𝑦 𝑑𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥 (não linear por causa do 𝑦 em frente do 𝑑𝑥 )
𝑑𝑥 2
𝑑𝑦
✓ 𝑥 2 𝑑𝑥 = 𝑥 3 + 𝑦 (linear)
𝑑2 𝑦
✓ + 𝑦 3 = 0 (não linear por causa do 𝑦 3 )
𝑑𝑥 2
Condição inicial:
Exemplo:
𝑑𝑦
A equação diferencial ordinária = 2𝑥 tem como solução a função 𝑦(𝑥 ) = 𝑥 2 + 𝐶
𝑑𝑥
onde 𝐶 é uma constante, desta forma temos uma família de soluções, mas se tivermos
como condição inicial 𝑦(0) = 3, encontraremos a solução particular 𝑦(𝑥 ) = 𝑥 2 + 3,
veremos adiante como resolver as equações.
3
Resolução de equações diferenciais:
Não existe um método único que resolva toda e qualquer equação diferencial, conforme
o tipo de equação que se apresenta temos métodos diferentes para resolvê-la, aqui,
nesta disciplina, estudaremos alguns dos principais métodos de resolução.
Perceba que a equação diferencial 𝑦 ′′′ − 𝑥 2 𝑒 −5𝑥 = 0 pode ser resolvida por integração
direta, pois possui um termo único com uma derivada de y e nenhum termo contendo
y. Porém, a equação 𝑦 ′′′ + 3𝑥𝑦 − 𝑥 2 𝑒 −5𝑥 = 0 não pode ser resolvida por integração
direta, pois possui um termo contendo a função desconhecida 𝑦.
Exemplos:
𝑑2 𝑦
1) = 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑒 3𝑥
𝑑𝑥 2
𝑑𝑦
2) + 3𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 − 2 com a condição 𝑦(0) = 2
𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑑4𝑦 𝑑2 𝑦
d) 𝑑𝑥 − 𝑥 2 = 0 e) 𝑑𝑥 4 = 𝑥 2 + 𝑥 − 1 f) 𝑑𝑥 2 = 3 𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 4 𝑐𝑜𝑠 𝑥
Respostas:
3 7 𝑥2 𝑥3
a)y= 3𝑥 3 + 2 𝑥 2 + 𝑐1 𝑥 + 𝑐2 b) y= 6 𝑥 3 + 𝑐1 2
+ 𝑐2 𝑥 + 𝑐3 c) y= 6 + 𝑐1 𝑥 + 𝑐2
x3 𝑥6 𝑥5 𝑥4 𝑥3 𝑥2
d) y= +c e) y=360 + 120 − 24 + 𝑐1 6
+ 𝑐2 2
+ 𝑐3 𝑥 + 𝑐4 f) y=-3senx+4cosx+c1x+c2
3
4
Método de separação de variáveis
Uma equação separável é uma equação diferencial de primeira ordem que pode ser
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑔(𝑥)
escrita na forma = 𝑔(𝑥)𝑓(𝑦), se 𝑓(𝑦) ≠ 0, podemos escrever = ℎ(𝑦), onde
𝑑𝑥 𝑑𝑥
ℎ(𝑦) = 1/𝑓(𝑦), ou ainda ℎ(𝑦)𝑑𝑦 = 𝑔(𝑥 )𝑑𝑥, desta forma todos os y estão de um lado
da equação e todos os x do outro. Integra-se então os dois lados da equação
Veja um exemplo de uma equação aparentemente simples, porém que não é separável
𝑑𝑦
= 1 + 𝑥𝑦
𝑑𝑥
Exemplos:
𝑑𝑦
b) = 𝑥2𝑦
𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑥−5
c) =
𝑑𝑥 𝑦2
d) 𝑥𝑦 4 𝑑𝑥 + (𝑦 2 + 2)𝑒 −3𝑥 𝑑𝑦 = 0
5
1ª Lista de Exercícios
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
b) 𝑥 2 𝑑𝑥 2 − 3𝑥 𝑑𝑥 + 𝑦 = 𝑥 2
𝑑3 𝑦 𝑑𝑦
c) (𝑠𝑒𝑛𝑥𝑦) 𝑑𝑥 3 + 4𝑥 𝑑𝑥 = 0
a) 𝑒 𝑥 𝑦 ′′ + 𝑥𝑒 3𝑥 = 0
𝑑𝑦 𝑦−1
b) = 𝑥+3
𝑑𝑥
c) 𝑥𝑒 −𝑦 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥 − 𝑦𝑑𝑦 = 0
𝑑𝑦 3
d) = 𝑥 2 𝑒 −2𝑥
𝑑𝑥
𝑑2 𝑦
e) − 4𝑒 −4𝑥 = 0
𝑑𝑥 2
f) 𝑦 ′ − 5𝑦 = 0
𝑥2
g) 𝑦 ′ =
𝑦(1+𝑥 3 )
𝑑𝑦
h) = (𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 )(𝑐𝑜𝑠 2 2𝑦)
𝑑𝑥
𝑑𝑦
i) = 𝑒 3𝑥+2𝑦
𝑑𝑥
𝑑𝑃
j) + 𝑃 = 𝑃𝑡𝑒 𝑡+2
𝑑𝑡
l) sec(𝑥 ) 𝑑𝑦 − 𝑥𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑦)𝑑𝑥 = 0
6
4) Resolva as EDOS a seguir sujeitas as condições indicadas.
𝑑3 𝑦
a) = 2𝑥 + 𝑒 3𝑥 − 5 com 𝑦 ′′ (0) = 2; 𝑦 ′ (0) = 0; 𝑦(0) = 1
𝑑𝑥 3
c) 𝑥 2 𝑦 ′ = 𝑦 − 𝑥𝑦, 𝑦(−1) = −1
RESPOSTAS:
b) 𝑦(𝑥 ) = ±𝑐 (𝑥 + 3) + 1
c) 𝑒 𝑦 (𝑦 − 1) = −𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑐
3
𝑒 −2𝑥
d) 𝑦 (𝑥 ) = − +𝑐
6
𝑒 −4𝑥
e) 𝑦(𝑥 ) = + 𝑐1 𝑥 + 𝑐2
4
1⁄
f) 𝑐𝑒 𝑥 = |𝑦| 5
2
g) 𝑦 2 = 3 𝑙𝑛|1 + 𝑥 3 | + 𝑐
1 1 1
h) 𝑡𝑔(2𝑦) = 2 𝑥 + 4 𝑠𝑒𝑛(2𝑥 ) + 𝑐
2
i) −3𝑒 −2𝑦 = 2𝑒 3𝑥 + 𝑐
j) ln|𝑃| = 𝑒 𝑡+2 (𝑡 − 1) − 𝑡 + 𝑐
1
k) 𝑦 2 = − 6𝑐𝑜𝑠 2(3𝑥) + 𝑐
𝑒 −(1+1/𝑥)
c) 𝑦 =
𝑥
2
d) 𝑦 2 = (2𝑥 2 + √2) − 1
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Aplicações de equações diferenciais
Exemplo na introdução do livro NAGLE, R. Kent; SAFF, Edward B.; SNIDER, Arthur
David. Equações diferenciais. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson, 2012. xviii, 570 p. ISBN
9788581430836,
Já visto na 1ª aula, na introdução desta disciplina.
Crescimento e decaimento:
𝑑𝑥
O problema de valor inicial dado por = 𝑘𝑥, 𝑥(𝑡0 ) = 𝑥0 em que 𝑘 é uma constante
𝑑𝑡
8
Exemplos:
Bibliografia consultada:
ÇENGEL, Yunus A.; PALM, III, William J. Equações diferenciais. Porto Alegre, RS: AMGH,
2014. xii, 585 p. ISBN 9788580553482
NAGLE, R. Kent; SAFF, Edward B.; SNIDER, Arthur David. Equações diferenciais. 8. ed.
São Paulo, SP: Pearson, 2012. xviii, 570 p. ISBN 9788581430836
STEWART, James. Cálculo, v. 2. 8. São Paulo Cengage Learning 2017 1 recurso online
ISBN 9788522126866.
ZILL, Dennis G.; CULLEN, Michael R. Equações diferenciais. [3. ed.]. São Paulo, SP:
Pearson Education, 2003. 2v. ISBN 8534612919 .
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Método do Fator Integrante:
para equações lineares de primeira ordem
Uma equação linear de primeira ordem é uma equação que pode ser escrita na forma
𝑑𝑦
𝑎1 (𝑥 ) 𝑑𝑥 + 𝑎0 (𝑥 )𝑦 = 𝑏(𝑥), onde 𝑎1 (𝑥 ), 𝑎0 (𝑥 ) e 𝑏(𝑥) dependem somente da variável
independente 𝑥, e não de 𝑦.
𝑑𝑦
Dividindo a equação 𝑎1 (𝑥 ) 𝑑𝑥 + 𝑎0 (𝑥 )𝑦 = 𝑏(𝑥), por 𝑎1 (𝑥 ) temos a forma padrão:
𝑑𝑦 𝑎 (𝑥) 𝑏(𝑥)
+ 𝑃(𝑥)𝑦 = 𝑓(𝑥) onde 𝑃 (𝑥) = 𝑎0 (𝑥) e 𝑓(𝑥 ) = 𝑎
𝑑𝑥 1 1 (𝑥)
Justificativa do método:
Queremos determinar 𝐹𝐼(𝑥) de modo que o lado esquerdo da equação acima
multiplicada pelo 𝐹𝐼(𝑥) seja a derivada do produto 𝐹𝐼(𝑥) ∙ 𝑦:
𝑑𝑦
𝐹𝐼(𝑥 ) ∙ + 𝐹𝐼(𝑥 ) ∙ 𝑃(𝑥)𝑦 = 𝑓(𝑥 ) ∙ 𝐹𝐼(𝑥 )
⏟ 𝑑𝑥
𝑑
[(𝐹𝐼(𝑥))∙𝑦]
𝑑𝑥
ln(𝐹𝐼 ) = ∫ 𝑃 (𝑥)𝑑𝑥
seja, temos a derivada do produto, porém para isso é necessário que 𝐹𝐼 = 𝑒 ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 .
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Resolução de EDO usando este método do Fator Integrante:
(C) Multiplique os dois lados da equação pelo fator integrante (𝐹𝐼(𝑥)) e lembre-se
que o lado esquerdo será a derivada do produto da função y pelo fator integrante
(a justificativa do método demonstra isso)
𝑑𝑦
[𝐹𝐼(𝑥 )] + [𝐹𝐼(𝑥 )]𝑃(𝑥)𝑦 = 𝑓(𝑥 )[𝐹𝐼(𝑥 )]
⏟ 𝑑𝑥
𝑑
[(𝐹𝐼(𝑥))∙𝑦]
𝑑𝑥
𝑑
[(𝐹𝐼(𝑥)) ∙ 𝑦] = 𝑓(𝑥)(𝐹𝐼)
𝑑𝑥
(D) Integre os dois lados desta equação para obter a função 𝑦(𝑥).
Exemplo 1:
Encontre a solução geral para a equação
1 𝑑𝑦 2𝑦
− 𝑥 2 = 𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥, 𝑥 > 0
𝑥 𝑑𝑥
11
Exemplo 2:
Encontre a solução geral para a equação
𝑑𝑦
𝑥 − 4𝑦 = 𝑥 6 𝑒 𝑥
𝑑𝑥
Exemplo 3:
Encontre a solução geral para a equação
𝑑𝑦
− 3𝑦 = 0
𝑑𝑥
12
Exemplo 4:
Resolva o problema de valo inicial
𝑑𝑦
+ 2𝑥𝑦 = 𝑥, 𝑦(0) = −3
𝑑𝑥
Exemplo 5:
1
Uma bateria de 12 volts é conectada a um circuito em série no qual a indutância é de 2
henry e a resistência, 10 ohms. Determine a corrente 𝑖 se a corrente inicial é zero.
13
2ª Lista de Exercícios
𝑑𝑦 𝜋 −15𝜋2 √2
b) 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑑𝑥 + 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 = 2𝑥𝑐𝑜𝑠 2 𝑥, com 𝑦 ( 4 ) = 32
𝑑𝑦
c) + 5𝑦 = 20 com 𝑦(0) = 2
𝑑𝑥
RESPOSTAS:
1) a) 𝑦 = 𝑥(2𝑥 + 𝑙𝑛|𝑥| + 𝐶)
𝐶 1
b) 𝑦 = 𝑥 2 − 𝑥 3
1
c) 𝑦 = 1 + 𝐶(𝑥 2 + 1)− ⁄2
d) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝐶𝑐𝑜𝑠𝑥, − 𝜋⁄2 < 𝑥 < 𝜋⁄2
2) a) 𝑦 = 𝑥𝑒 𝑥 − 𝑥
b) 𝑦 = 𝑥 2 𝑐𝑜𝑠𝑥 − 𝜋 2 𝑐𝑜𝑠𝑥
c) 𝑦 = 4 − 2𝑒 −5𝑥
3 3 3
3) 𝑖(𝑡) = 5 − 5 𝑒 −100𝑡 ; 𝑖 → 5 quando 𝑡 → ∞
14
3ª Lista de Exercícios
d) (𝑥 2 𝑦 2 + 3𝑦 2 )𝑑𝑦 − 2𝑥𝑑𝑥 = 0
𝑑𝑦
e) 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑦 = 0
𝑑𝑦 1 2𝑥
f) 2 − =
𝑑𝑥 𝑦 𝑦
Respostas:
1
a) 𝑦 = − 5 cos(5𝑥 ) + 𝑐
1
b) 𝑦 = − 25 𝑠𝑒𝑛(5𝑥 ) + 𝐶1 𝑥 + 𝐶2
𝑥3
c) 𝑦 = 𝑒 −4𝑥 ( 3 + 𝑐)
d) 𝑦 3 = 3𝑙𝑛|𝑥 2 + 3| + 3𝐶
𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑐
e) 𝑦 = +𝑥
𝑥
f) 𝑦 2 = 𝑥 2 + 𝑥 + 𝐶
15
Equações de Bernoulli
𝑑𝑦
Uma equação de primeira ordem que pode ser escrita na forma 𝑑𝑥 + 𝑃(𝑥 )𝑦 = 𝑓(𝑥)𝑦 𝑛,
𝑑𝑦
Para inserir 𝑤 = 𝑦 1−𝑛 na equação de Bernoulli, precisaremos de 𝑦 e
𝑑𝑥
𝑦
Assim: 𝑤 = 𝑦 1−𝑛 → 𝑤 = 𝑦𝑛 → 𝑦 = 𝑤𝑦 𝑛
𝑑𝑤 𝑑𝑦 𝑑𝑤 (1−𝑛) 𝑑𝑦
= (1 − 𝑛)𝑦1−𝑛−1 𝑑𝑥 → = → 𝑑𝑦 1 𝑑𝑤
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑦𝑛 𝑑𝑥 = 𝑦𝑛
𝑑𝑥 1 − 𝑛 𝑑𝑥
𝑑𝑦
Substituindo na equação 𝑑𝑥 + 𝑃(𝑥 )𝑦 = 𝑓(𝑥)𝑦 𝑛 temos:
1 𝑑𝑤
𝑦𝑛 + 𝑃(𝑥 )𝑤𝑦 𝑛 = 𝑓(𝑥)𝑦 𝑛 agora dividimos toda a equação por 𝑦 𝑛
1−𝑛 𝑑𝑥
1 𝑑𝑤
+ 𝑃 (𝑥)𝑤 = 𝑓(𝑥) multiplicamos a equação por (1 − 𝑛) e teremos
1−𝑛 𝑑𝑥
𝑑𝑤
+ (1 − 𝑛)𝑃(𝑥 )𝑤 = (1 − 𝑛)𝑓(𝑥 ); equação a ser resolvida método do fato integrante
𝑑𝑥
16
Exemplos:
Resolva as equações:
𝑑𝑦 5
a) − 5𝑦 = − 2 𝑥𝑦 3
𝑑𝑥
𝑑𝑦
b) − 𝑦 = 𝑒 2𝑥 𝑦 3
𝑑𝑥
𝑑𝑦 1
c) 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑦 = 𝑦 2
𝑑𝑦
d) 3(1 + 𝑥 2 ) 𝑑𝑥 = 2𝑥𝑦(𝑦 3 − 1)
Respostas:
𝑥 1
a) 𝑦 −2 = 2 − 20 + 𝐶𝑒 −10𝑥
𝑒 2𝑥
b) 𝑦 −2 = − + 𝑐𝑒 −2𝑥
2
c) 𝑦 3 = 1 + 𝑐𝑥 −3
d) 𝑦 −3 = 1 + 𝑐(1 + 𝑥 2 )
ZILL, Dennis G.; CULLEN, Michael R. Equações diferenciais. [3. ed.]. São Paulo, SP:
Pearson Education, 2003. 2v. ISBN 8534612919 .
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ATENÇÃO
A solução geral desta equação será dada pela soma da solução da equação homogênea
com a particular 𝑦(𝑥 ) = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 .
Este método é indicado quando 𝑔(𝑥) for uma soma de polinômios, exponenciais, senos
e cossenos, ou um produto de tais funções, onde esperamos que seja possível encontrar
𝑌(𝑥) escolhendo convenientemente combinações de polinômios, exponenciais etc.,
multiplicadas por um número de constantes indeterminadas, o que chamaremos de
solução particular. Tais constantes são determinadas substituindo-se a expressão
escolhida na equação diferencial não homogênea.
Cabe ressaltar que pode ser necessário multiplicar as parcelas propostas para a parte
não homogênea da solução por potências mais altas de 𝑥 de modo a obter funções
diferentes das correspondentes à solução da equação homogênea associada, o que
veremos em um dos exemplos a seguir.
Obs: Perceba acima que este método não é indicado para qualquer tipo de função. A
escolha da proposta de solução particular deve atender as mesmas características da
função 𝑔(𝑥). Tenha ainda o cuidado de avaliar a solução homogênea antes de propor
uma solução particular para ver a possível necessidade de multiplicar a proposta da
solução não homogênea por potências mais altas da variável.
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Exemplo: Resolva, em aula, com a profe, as EDOs não homogêneas a seguir:
1) 𝑦 ′′ − 5𝑦 ′ + 6𝑦 = 1
2) 𝑦 ′′ − 𝑦 = 𝑥 2 − 1
3) 𝑦 ′′ − 2𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑥
4) 𝑦 ′′ + 𝑦 ′ = 5
5) 𝑦 ′′ − 6𝑦 ′ + 9𝑦 = 𝑒 3𝑥
𝑦 ′′ + 4𝑦 ′ + 4𝑦 = 5𝑥 3 + 2 cos(3𝑥) + 8𝑥 2 𝑒 𝑥
𝑦ℎ = 𝐶1 𝑒 −2𝑥 + 𝐶2 𝑥𝑒 −2𝑥
Supor 𝑦𝑝 = ?
Se 𝑖(𝑡) denota a corrente em um circuito elétrico em série LRC mostrado na figura (a)
abaixo, então a queda de voltagem através do indutor, resistor e capacitor é igual a
apresentada na figura (b). Pela segunda lei de Kirchoff, a soma dessas voltagens é igual
𝑑𝑖 1
a voltagem 𝐸(𝑡) impressa no circuito, isto é 𝐿 𝑑𝑡 + 𝑅𝑖 + 𝐶 𝑞 = 𝐸 (𝑡). Como a carga 𝑞(𝑡)
𝑑𝑞
no capacitor está relacionada com a corrente 𝑖(𝑡) através de 𝑖 = , então podemos
𝑑𝑡
𝑑2 𝑞 𝑑𝑞 1
reescrever a equação acima como 𝐿 𝑑𝑡 2 + 𝑅 𝑑𝑡 + 𝐶 𝑞 = 𝐸(𝑡).
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Lei de Hooke: Supondo uma massa m atada a uma mola flexível suspensa por um
suporte rígido. Pela lei de Hooke, a mola exerce uma força restauradora 𝐹 oposta à
direção do alongamento e proporcional à distensão 𝑠 tal que 𝐹 = 𝑘𝑠, onde k é uma
constante de proporcionalidade.
𝑑2 𝑥 𝑘
Equação diferencial do Movimento Livre Sem Amortecimento: 𝑑𝑡 2 + 𝑚 𝑥 = 0
𝑑2 𝑥 𝛽 𝑑𝑥 𝑘
Equação diferencial do Movimento Livre Com Amortecimento: 𝑑𝑡 2 + 𝑚 𝑑𝑡 + 𝑚 𝑥 = 0
𝑑2 𝑥 𝛽 𝑑𝑥 𝑘
Equação diferencial do Movimento Forçado: 𝑑𝑡 2 + 𝑚 𝑑𝑡 + 𝑚 𝑥 = 𝐹(𝑡)
5
a) Encontre a carga 𝑞(𝑡) no capacitor em um circuito em série LRC quando 𝐿 = 3 henry,
1
𝑅 = 10 ohms, 𝐶 = 30 farad, 𝐸(𝑡) = 300, 𝑞(0) = 0 coulomb, 𝑖(0) = 0 ampères.
c) Uma massa de 1kg é atada a uma mola cuja constante de elasticidade é 16N/m e o
sistema inteiro é então submerso em um líquido que oferece uma força de
amortecimento numericamente igual a 10 vezes a velocidade instantânea.
Determine a equação do movimento se o peso parte do repouso de um ponto a 1 m
abaixo da posição de equilíbrio.
4 1
Resposta𝑥(𝑡) = 3 𝑒 −2𝑡 − 3 𝑒 −8𝑡
20
Veremos aqui uma apresentação resumida de um método mais geral para soluções de
equações diferenciais não homogêneas com coeficientes constantes, o Método de
Variação de Parâmetros. Ele se aplica de forma mais genérica a qualquer tipo de função
encontrada na não homogeneidade, porém, ao trabalhar com ele, precisamos encontrar
integrais que por vezes se tornam complicadas.
A ideia do método é, para a solução particular, supor uma substituição das constantes
da solução complementar (parte homogênea) por funções e determinar tais funções
utilizando um sistema.
𝑑𝑛 𝑦 𝑑𝑛−1 𝑦
Então para resolver 𝑎0 𝑑𝑥 𝑛 + 𝑎1 𝑑𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑦 = 𝑔(𝑥) em que 𝑎0 , 𝑎1 , ⋯ , 𝑎𝑛 são
constantes e 𝑔(𝑥) ≠ 0, primeiro devemos encontrar a solução complementar
(homogênea) dada por 𝑦ℎ (𝑥 ) = 𝐶1 𝑦1 (𝑥 ) + 𝐶2 𝑦2 (𝑥 ) ⋯ 𝐶𝑛 𝑦𝑛 (𝑥) e substituindo nestas,
as constantes por funções de x buscamos a solução particular dada por
Exemplo:
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(3𝑥)
Dividindo tudo por 4 temos 𝑦 ′′ + 9𝑦 = 4
21
0 𝑠𝑒𝑛( 3𝑥) 1 1
𝑊1 = | 1 | = − 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(3𝑥) 𝑠𝑒𝑛( 3𝑥) = −
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(3𝑥) 3 𝑐𝑜𝑠 3 𝑥 4 4
4
𝑐𝑜𝑠( 3𝑥) 0 1 𝑐𝑜𝑠( 3𝑥) 1
𝑊2 = | 1 |= = 𝑐𝑜𝑡 𝑔 (3𝑥)
−3 𝑠𝑒𝑛( 3𝑥) 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(3𝑥) 4 𝑠𝑒𝑛( 3𝑥) 4
4
Integrando temos:
𝑊 1 1 𝑊 1 1
𝑢1 = ∫ 𝑊1 = ∫ − 12 𝑑𝑥 = − 12 𝑥 e 𝑢2 = ∫ 𝑊2 = ∫ 12 𝑐𝑜𝑡 𝑔 (3𝑥)𝑑𝑥 = 36 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛( 3𝑥)|
4ª Lista de exercícios
1) Resolva as EDOs a seguir
a) 𝑦 ′′ + 4𝑦 ′ + 4𝑦 = 2𝑥 + 6
b) 𝑦 ′′′ + 𝑦 ′′ = 8𝑥 2
c) 𝑦 ′′ − 𝑦 ′ − 12𝑦 = 𝑒 4𝑥
d) 𝑦 ′′ + 25𝑦 = 6𝑠𝑒𝑛𝑥
e) 𝑦 ′′ + 25𝑦 = 20𝑠𝑒𝑛5𝑥
1
3) Encontre a carga 𝑞(𝑡) no capacitor em um circuito em série LRC quando 𝐿 = 2
henry, 𝑅 = 10 ohms, 𝐶 = 0,01 farad, 𝐸(𝑡) = 150, 𝑞(0) = 1 coulomb, 𝑖(0) = 0
ampères.
22
Respostas:
1)
1
a) 𝑦 = 𝐶1 𝑒 −2𝑥 + 𝐶2 𝑥𝑒 −2𝑥 + 2 𝑥 + 1
2 8
b) 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑥 + 𝐶3 𝑒 −𝑥 + 2 𝑥 4 − 3 𝑥 3 + 8𝑥 2
1
c) 𝑦 = 𝐶1 𝑒 −3𝑥 + 𝐶2 𝑒 4𝑥 + 7 𝑥𝑒 4𝑥
1
d) 𝑦 = 𝐶1 𝑐𝑜𝑠5𝑥 + 𝐶2 𝑠𝑒𝑛5𝑥 + 4 𝑠𝑒𝑛𝑥
e) 𝑦 = 𝐶1 𝑐𝑜𝑠5𝑥 + 𝐶2 𝑠𝑒𝑛5𝑥 − 2𝑥𝑐𝑜𝑠5𝑥
11 8
2) 𝑦 = −𝜋𝑐𝑜𝑠𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 − 3 𝑐𝑜𝑠2𝑥 + 2𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥
3
1 3
3) 𝑞(𝑡) = − 2 𝑒 −10𝑡 (𝑐𝑜𝑠10𝑡 + 𝑠𝑒𝑛10𝑡) + 2
4) 𝑦(𝑥 ) = 𝐶1 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝐶2 𝑠𝑒𝑛𝑥 − 𝑐𝑜𝑠𝑥𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑐𝑥 − 𝑡𝑔𝑥|
NAGLE, R. Kent; SAFF, Edward B.; SNIDER, Arthur David. Equações diferenciais. 8. ed.
São Paulo, SP: Pearson, 2012. xviii, 570 p. ISBN 9788581430836
ZILL, Dennis G.; CULLEN, Michael R. Equações diferenciais. [3. ed.]. São Paulo, SP:
Pearson Education, 2003. 2v. ISBN 8534612919 .
23
ATENÇÃO
Transformada de Laplace
3
𝑑 (𝑥 2 ) 𝑥3
= 2𝑥, ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 = + 𝑐, ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 = 9.
𝑑𝑥 3 0
24
∞ 𝐴
∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 = lim ∫ 𝑓 (𝑡)𝑑𝑡
𝑎 𝐴→∞ 𝑎
Sendo 𝐴 um número real positivo. Se esta integral existir para todo 𝐴 > 𝑎 e se existir
o este limite diremos que a integral converge para o valor do limite encontrado, caso
contrário ela diverge ou não existe.
Seja 𝑓(𝑡) uma função definida para 𝑡 ≥ 0, então chamamos de transformada de Laplace
a integral abaixo, desde que esta seja convergente.
∞
ℒ{𝑓 (𝑡)} = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓(𝑡)𝑑𝑡
0
ℒ {𝑓(𝑡)} = 𝐹(𝑠)
ℒ {𝑦 (𝑡)} = 𝑌(𝑠)
Usamos letras minúsculas para denotar a função a ser transformada e letra maiúscula
para denotar sua transformada de Laplace.
∞ 𝑁
ℒ{𝑓 (𝑡)} = 𝐹(𝑠) = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 = lim ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓 (𝑡)𝑑𝑡
0 𝑁→∞ 0
Hummm! Entendeu???
25
𝑏
De forma geral existem outras transformadas integrais do tipo 𝐹(𝑠) = ∫𝑎 𝑘(𝑠, 𝑡)𝑓(𝑡)𝑑𝑡
que transformam uma função de 𝑡 em uma função de 𝑠. Chamamos 𝑘(𝑠, 𝑡) de núcleo
da transformada. A transformada de Laplace usa o núcleo 𝑒 −𝑠𝑡 .
Exemplo 1:
Determine ℒ{1}
Solução:
∞ 𝑁 𝑁
−𝑠𝑡 −𝑠𝑡
𝑒 −𝑠𝑡 1 1 1
ℒ {1} = ∫ 𝑒 ∙ 1𝑑𝑡 = lim ∫ 𝑒 𝑑𝑡 = lim − | = lim − 𝑠𝑁 + =
0 𝑁→∞ 0 𝑁→∞ 𝑠 0 𝑁→∞ 𝑠𝑒 𝑠 𝑠
Desde que 𝑠 > 0. Perceba que se 𝑠 < 0 o limite vai para infinito e a integral diverge.
Exemplo 2:
Determine ℒ{𝑡}
Solução:
∞ 𝑁 𝑁
−𝑠𝑡 −𝑠𝑡
𝑒 −𝑠𝑡
ℒ {𝑡} = ∫ 𝑒 ∙ 𝑡𝑑𝑡 = lim ∫ 𝑒 𝑡𝑑𝑡 = lim − 2 (𝑠𝑡 + 1)|
0 𝑁→∞ 0 𝑁→∞ 𝑠 0
1 1 1 1
= lim − (𝑠𝑁 + 1) + =0+ 2 = 2, para s > 0
𝑁→∞ 𝑠 2 𝑒 𝑠𝑁 𝑠 2 𝑠 𝑠
Exemplo 3:
Determine ℒ{𝑒 𝑎𝑡 }
Solução:
∞ 𝑁 𝑁
𝑎𝑡 } −𝑠𝑡 𝑎𝑡 −(𝑠−𝑎)𝑡
𝑒 −(𝑠−𝑎)𝑡
ℒ{𝑒 =∫ 𝑒 ∙ 𝑒 𝑑𝑡 = lim ∫ 𝑒 𝑡𝑑𝑡 = lim − |
0 𝑁→∞ 0 𝑁→∞ 𝑠−𝑎 0
1 1 1
= lim [ − (𝑠−𝑎)𝑁
]= , para s > 𝑎
𝑁→∞ 𝑠 − 𝑎 (𝑠 − 𝑎)𝑒 𝑠−𝑎
26
Antes que você pense que dará muito trabalho, saiba que utilizaremos uma tabela com
transformadas já calculadas para as funções mais usadas. A seguir estão as primeiras,
logo depois veremos uma tabela com mais funções.
Definições
Linearidade:
ℒ {𝑐𝑓} = 𝑐ℒ {𝑓 }
Uma função 𝑓(𝑡) é dita ser contínua por partes em um intervalo finito [𝑎, 𝑏] se 𝑓(𝑡) é
contínua em cada ponto de [𝑎, 𝑏], exceto talvez em um número finito de pontos nos
quais 𝑓(𝑡) tem uma descontinuidade do tipo salto. Uma função 𝑓(𝑡) é dita ser contínua
por partes em [0, ∞) se 𝑓(𝑡) é contínua por partes em [0, 𝑁] para todo 𝑁 > 0. (NAGLE,
2012)
Ordem exponencial:
27
Uma função 𝑓(𝑡) é considerada de ordem exponencial se existem números 𝑐, 𝑀 >
0 𝑒 𝑇 > 0 tais que |𝑓(𝑡)| ≤ 𝑀𝑒 𝑐𝑡 para todo 𝑡 > 𝑇.
Existência:
Se 𝑓(𝑡) é contínua por partes em [0, ∞) e de ordem exponencial 𝑐, então ℒ {𝑓}(𝑠) existe
para 𝑠 > 𝑐
Translação:
Exemplos:
𝑠 − (−2) 𝑠+2
ℒ {𝑒 −2𝑡 𝑐𝑜𝑠4𝑡} = =
(𝑠 − (−2))2 + 42 (𝑠 + 2)2 + 16
Exercícios:
a) 𝑓(𝑡) = 5
b) 𝑓(𝑡) = 𝑒 5𝑡
c) 𝑓(𝑡) = sen 2𝑡
d) 𝑓(𝑡) = 3𝑡 − 5sen(2𝑡)
e) 𝑓(𝑡) = 𝑡 2 + 6𝑡 − 3
Seja 𝑓(𝑡) contínua em [0, ∞) tal que 𝑓′(𝑡) existe e é contínua por partes em [0, ∞), com
ambas de ordem exponencial 𝑐. Seja ℒ {𝑓(𝑡)} = 𝐹(𝑠). Então, para 𝑠 > 𝑐,
Analogamente,
28
ℒ{𝑓 ′′ (𝑡)} = 𝑠 2 𝐹 (𝑠) − 𝑠𝑓(0) − 𝑓 ′ (0)
ℒ{𝑓 (𝑛) (𝑡)} = 𝑠 𝑛 𝐹 (𝑠) − 𝑠 𝑛−1 𝑓(0) − 𝑠 𝑛−2 𝑓 ′ (0) − ⋯ 𝑓 (𝑛−1) (0)
Dada uma função 𝐹(𝑠), se houver uma função 𝑓(𝑡) que seja contínua em [0, ∞) e
satisfaça ℒ{𝑓(𝑡)} = 𝐹(𝑠), dizemos que 𝑓(𝑡) é a transformada de Laplace inversa de
𝐹(𝑠) e empregamos a notação 𝑓(𝑡) = ℒ −1 {𝐹(𝑠)}
Exemplo:
1
Determine ℒ −1 {𝑠 2+64}.
𝑘
Sabemos que ℒ {sin 𝑘𝑡} = 𝑠 2+𝑘 2 então
1 1 8 1
ℒ −1 { } = ℒ −1 { 2 } = 𝑠𝑒𝑛8𝑡
𝑠2 + 64 8 𝑠 + 64 8
Exemplos:
𝑑𝑦
a) − 3𝑦 = 𝑒 2𝑡 , 𝑦 (0) = 1
𝑑𝑡
Solução:
𝑑𝑦
ℒ { } − 3ℒ{𝑦} = ℒ{𝑒 2𝑡 } usando ℒ {𝑓 ′ (𝑡)} = 𝑠𝐹 (𝑠) − 𝑓(0) temos:
𝑑𝑡
1
𝑠𝑌(𝑠) − 𝑦(0) − 3𝑌(𝑠) =
𝑠−2
1
𝑠𝑌(𝑠) − 1 − 3𝑌(𝑠) =
𝑠−2
1
𝑌(𝑠)(𝑠 − 3) = +1
𝑠−2
29
𝑠−1
𝑌(𝑠)(𝑠 − 3) =
𝑠−2
𝑠−1
𝑌 (𝑠 ) =
(𝑠 − 2)(𝑠 − 3)
𝑠−1 𝐴 𝐵
Usando frações parciais: (𝑠−2)(𝑠−3) = 𝑠−2 + 𝑠−3 encontramos 𝐴 = −1 e 𝐵 = 2 assim,
𝑠−1 1 2
(𝑠−2)(𝑠−3)
= − 𝑠−2 + 𝑠−3, com isso ,
1 2
𝑌 (𝑠 ) = − +
𝑠−2 𝑠−3
1 1
𝑦(𝑡) = −ℒ −1 { } + 2ℒ −1 { }
𝑠−2 𝑠−3
𝑦(𝑡) = −𝑒 2𝑡 + 2𝑒 3𝑡
b) 𝑦 ′′ − 6𝑦 ′ + 9𝑦 = 𝑡 2 𝑒 3𝑡 , 𝑦(0) = 2, 𝑦 ′ (0 ) = 6
Solução:
Usamos ℒ{𝑓 ′ (𝑡)} = 𝑠𝐹(𝑠) − 𝑓(0) e ℒ {𝑓 ′′ (𝑡)} = 𝑠 2 𝐹(𝑠) − 𝑠𝑓 (0) − 𝑓 ′ (0), assim
2
𝑠 2 𝑌(𝑠) − 𝑠𝑦(0) − 𝑦 ′ (0) − 6[𝑠𝑌(𝑠) − 𝑦(0)] + 9𝑌(𝑠) =
(𝑠 − 3)3
2
𝑠 2 𝑌(𝑠) − 2𝑠 − 6 − 6[𝑠𝑌(𝑠) − 2] + 9𝑌(𝑠) =
(𝑠 − 3)3
2
𝑌(𝑠)(𝑠 2 − 6𝑠 + 9) − 2𝑠 + 6 =
(𝑠 − 3)3
2
𝑌(𝑠)(𝑠 2 − 6𝑠 + 9) = + 2𝑠 − 6
(𝑠 − 3)3
2
𝑌 (𝑠)(𝑠 − 3)2 = + 2(𝑠 − 3)
(𝑠 − 3)3
30
2 2
𝑌 (𝑠 ) = 5
+
(𝑠 − 3) 𝑠−3
1 1
𝑦(𝑡) = 2ℒ −1 { 5
} + 2ℒ −1 { }
(𝑠 − 3) 𝑠−3
𝑡 4 3𝑡
𝑦(𝑡) = 2 𝑒 + 2𝑒 3𝑡
4!
𝑡 4 3𝑡
𝑦(𝑡) = 𝑒 + 2𝑒 3𝑡
12
Solução:
𝑠
𝑠 2 𝑌(𝑠) − 𝑠𝑦(0) − 𝑦 ′ (0) + 16𝑌(𝑠) =
𝑠2 + 16
𝑠
𝑠 2 𝑌(𝑠) − 𝑠 ∙ 0 − 1 + 16𝑌(𝑠) =
𝑠2 + 16
𝑠
𝑌 (𝑠)(𝑠 2 + 16) = +1
𝑠2 + 16
𝑠 1
𝑌 (𝑠 ) = + 2
(𝑠 2 + 16) 2 𝑠 + 16
𝑠 1
𝑦(𝑡) = ℒ −1 { 2 2
} + ℒ −1 { 2 }
(𝑠 + 16) 𝑠 + 16
1 −1 8𝑠 1 4
𝑦 (𝑡 ) = ℒ { 2 2
} + ℒ −1 { 2 }
8 (𝑠 + 16) 4 𝑠 + 16
1 1
𝑦(𝑡) = 𝑡𝑠𝑒𝑛4𝑡 + 𝑠𝑒𝑛4𝑡
8 4
31
Exercícios:
Respostas:
3)
1) 2)
1 2
a) 𝑦(𝑡) = 3 𝑒 2𝑡 + 3 𝑒 −𝑡
32
1 2
a)
5 12
− 𝑠 2 +16 a) 𝑡 b) 𝑦(𝑡) = 1 + 𝑒 𝑡
𝑠+2 2
1 1 1 1
−4𝑡
c) 𝑦(𝑡) = 𝑡𝑒 −4𝑡 + 2𝑒 −4𝑡
b) + 𝑠−4 b) 𝑒
𝑠 4 1 4
2 6 3
d) 𝑦(𝑡) = − 3 𝑒 −4𝑡 + 3 𝑒 −𝑡
5
c) + 𝑠2 − 𝑠 c) sen7𝑡
𝑠3 7 1
6 6 3 1
e) 𝑦(𝑡) = 20 𝑡 5 𝑒 2𝑡
1 2 4
d) + 𝑠3 + 𝑠2 + 𝑠 d) 𝑡 − 2𝑡
𝑠4 2
1 2 1 1
e) + 𝑠−2 + 𝑠−4 e) cos (2 𝑡)
𝑠
1 3 1
f) 𝑠 2+2𝑠+2
f) 1 + 3𝑡 + 2 𝑡 2 + 6 𝑡 3
1 1
g) + 2(𝑠−2)
2𝑠
1) 1 1
, 𝑠>0
𝑠
2) 𝑒 𝑎𝑡 1
, 𝑠>𝑎
𝑠−𝑎
𝑛!
3) 𝑡 𝑛 , 𝑛 = 1,2,3, … 𝑠 > 0
𝑠 𝑛+1
𝑎
4) sin 𝑎𝑡 , 𝑠>0
𝑠 2 + 𝑎2
𝑠
5) cos 𝑎𝑡 , 𝑠>0
𝑠 2 + 𝑎2
𝑎
6) sinh 𝑎𝑡 , 𝑠 > |𝑎|
𝑠 2 − 𝑎2
𝑠
7) cosh 𝑎𝑡 , 𝑠 > |𝑎|
𝑠2 − 𝑎2
𝑏
8) 𝑒 𝑎𝑡 𝑠en 𝑏𝑡 , 𝑠>𝑎
(𝑠 − 𝑎)2 + 𝑏2
𝑠−𝑎
9) 𝑒 𝑎𝑡 cos 𝑏𝑡 , 𝑠>𝑎
(𝑠 − 𝑎)2 + 𝑏2
33
𝑛!
10) 𝑡 𝑛 𝑒 𝑎𝑡 , 𝑛 = 1,2,3, … 𝑠 > 𝑎
(𝑠 − 𝑎)𝑛+1
2𝑘𝑠
11) 𝑡 sen 𝑘𝑡
(𝑠 2 + 𝑘 2 )2
𝑠−𝑘
12) 𝑡 cos 𝑘𝑡
(𝑠 2+ 𝑘 2 )2
𝐹(𝑠 − 𝑐)
13) 𝑒 𝑐𝑡 𝑓(𝑡)
1 𝑠
14) 𝑓(𝑐𝑡) 𝐹( ), 𝑐 > 0
𝑐 𝑐
NAGLE, R. Kent; SAFF, Edward B.; SNIDER, Arthur David. Equações diferenciais. 8. ed. São Paulo,
SP: Pearson, 2012. xviii, 570 p. ISBN 9788581430836
ZILL, Dennis G.; CULLEN, Michael R. Equações diferenciais. [3. ed.]. São Paulo, SP: Pearson
Education, 2003. 2v. ISBN 8534612919 .
34