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Os vetores podem ser operados em suas formas geométricas (através de suas representações em desenho, como vimos
anteriormente). Porém, se estas operações forem realizadas algebricamente (analiticamente), teremos precisão absoluta dos
resultados e maior quantidade de informações (módulo, direção e sentido), principalmente quando os vetores se encontram
num espaço tridimensional. Inicialmente trataremos do espaço bidimensional. Vejamos:
EXEMPLO:
1) Considere o vetor w = (–2, 1) no Sistema Cartesiano Ortogonal.
1
a) Determine o vetor v de modo que v 3w . c) Determine o vetor u de modo que u w .
2
b) Determine o vetor t de modo que t 2w . d) Represente os vetores w , v , t e u no ℝ2.
Resolução:
y
a) v 3w b) t 2w
v 3.(2, 1) t 2.(2, 1)
v
v (6 , 3 ) t (4 , 2 ) 3
w
1 1
c) u w 1/2
2 4
1 –6 –2 –1 x
u (2, 1)
2
1 u –2
u 1 , t
2
Observação:
Note que no exemplo acima todos os vetores têm mesma direção (são colineares ou paralelos).
Quando um vetor qualquer v 0 é multiplicado por um escalar “n” (n ℝ), tem-se um novo vetor n v que pode ser
denominado múltiplo escalar de v .
Através do exemplo anterior podemos RELEMBRAR o conceito de multiplicação de um escalar por um vetor. Então:
Quando multiplicamos um número real “n” por um vetor v 0 , temos um novo vetor “ n v ”, sendo que:
módulo : | nv | | n | . | v |
nv direção : a mesma de v
se n 0 nv tem o mesmo sentido de v
sentido : se n 0 nv tem sentido contrário de v
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EXEMPLOS:
Note que, para este caso: | v | 30N , | t | 40N e | R | 50N .
2) Dados os vetores v = (4, –1), w i 5 j e t ( 1,1) , determine o vetor R sabendo que R v w t , e faça a
representação desses no ℝ2 ao lado. y
Observe que: v , w teremos v w w v (propriedade comutativa da adição de vetores).
1
3) Considerando os vetores u 3 i j e v ( 1, 2) , determine o vetor t de modo que: 4(u v) t 2u t .
3
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Vetor Oposto:
Relembramos que, a cada vetor v 0 corresponde um vetor oposto v , de mesmo módulo e direção, porém, de sentido
contrário. Analiticamente, podemos concluir que o vetor t (3 , 2) é o vetor oposto de w (3, 2) e vice-versa. Veja a
representação gráfica abaixo:
y
Então, é verdade que:
t w ou w t N 2
O P O N ou O N O P w
3
Observe que: –3 0 x
| t | | w | , porém t w t
tw0
–2 P
Através do exposto, podemos generalizar que a SOMA de qualquer VETOR com o seu OPOSTO, resulta no vetor NULO. Para
o caso acima, algebricamente, temos:
t w (3, 2) (3, 2) (3 3, 2 2) (0, 0) 0
2) Dados os pontos A(–1, 3), B(2, 5), C(3, –1) e O(0, 0) determine os vetores resultantes de:
a) O A A B b) O C BC c) 3BA 4C B
3) Dados os pontos A(3, –4) e B(–1, 1) e o vetor v (2, 3) , calcule os vetores determinados por:
a) (B A) 2v b) (A B) v c) B 2(B A) d) 3v 2(A B)
1
4) Dados os pontos A(–1, 2) e B(3, –1) e C(–2, 4), determine o ponto D de modo que C D A B.
2
1 3
5) Dados os vetores u 2i j e w 3i , determine t de modo que: 3t (4u 2w) 5 t u w
2 4
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6) Determine algebricamente o vetor resultante nos casos a seguir e, ao final, represente-o graficamente:
a)
b)
1 3 1 1
7) Considere os vetores v , 0 , w , , t i 3j e s 2 , . Determine o vetor u de modo que o
2 4 5 10
4
vetor resultante na expressão R u v 2w t 5s seja o vetor nulo.
3
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23 11
1) , 2a) (– 4, 1) 2b) (2, 5) 2c) (–5, –30) 3a) (–8, 11) 3b) (6, –8) 3c) (–9, 11)
5 5
0 , 5 121 13
3d) (–14, 19) 4) D 5) t , 6a) R (1, 2) 6b) R (5, 1)
2 32 16
31 39 1, 3 1 , 1 5 , 8 63
7) u , 8a) M 8b) e 9) P 10 ,
3 10 2 3 3 3 3 5
O ponto médio M( x M , y M ) de um segmento AB, também pode ser calculado diretamente pelas expressões
x A xB y A yB
xM e yM , normalmente estudadas na Geometria Analítica do Ensino Médio.
2 2
VETORES NO ℝ3
As definições e conclusões relativas ao ℝ3, dar-se-ão de forma análoga ao que vimos até então para o ℝ2. Sendo assim:
Igualdade de vetores:
Dados dois vetores v (x1 , y1 , z1 ) e w (x 2 , y 2 , z 2 ) , v w x1 x 2 e y1 y 2 e z1 z2 .
Isto garante que os vetores em questão terão mesmo módulo, direção e sentido.
z
Versores da Base Canônica:
Os versores que formarão a base canônica do ℝ3 são: i , j e k .
Sendo que: | i | | j | | k | 1 onde:
k
i (1, 0, 0) , j (0, 1, 0) e k (0, 0, 1)
i j y
Daí tem-se que: v (x , y , z) x i y j zk
No ℝ3, o vetor nulo é definido pela terna (0, 0, 0) que também define a origem do sistema de coordenadas em questão.
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Representação Geométrica:
a 2i 3 j 3k (2, 3, 3)
b 4i 5k (4, 0, 5)
3 3
c 5 j k 0, 5,
2 2
d i 2 j (1, 2, 0)
e 4k ( 0, 0, 4)
f j 2k 5i (5, 1, 2)
y
Finalizando:
Um vetor posição w qualquer, tem algumas maneiras de ser representado algebricamente. A expressão analítica usual
w ( x, y , z ) é apresentada a seguir com as suas notações equivalentes: w (x , y , z) x. i y .j z.k x , y , z .
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Uma outra notação para vetores, que é importante e conveniente em algumas situações, é a MATRICIAL . Assim, um vetor
x
qualquer w ( x, y , z ) pode ser escrito como matriz-coluna: w y , ou ainda, como matriz-linha: w x y z .
z
As operações com vetores na forma algébrica tornam-se especialmente importantes no espaço tridimensional, devido à
dificuldade de uma representação geométrica inteligível para muitos casos; sem mencionar a precisão absoluta dos
resultados analíticos. Novamente, todos os processos descritos a seguir são análogos aos estudados no sistema
bidimensional. A diferença nos processos algébricos reside apenas no acréscimo de uma coordenada, a cota (z). Vejamos as
operações:
Dados os vetores v (x1 , y1 , z1 ) e w (x 2 , y 2 , z 2 ) no ℝ3 e um número n ℝ, define-se:
EXEMPLOS COMPLEMENTARES:
1) Considere o vetor w P Q sendo que P = (2, 3, 4) e Q = (–2, 3, 5). Determine o vetor t , tal que: t 4w .
Resolução I:
Inicialmente, vamos calcular o vetor w . Assim: w P Q w Q P (2, 3, 5) (2, 3, 4) w ( 4, 0, 1)
Agora podemos calcular o vetor pedido. Então: t 4w t 4.(4, 0, 1) t (16, 0, 4)
Resolução II:
Sabemos que t 4w e que w P Q , então, substituindo o vetor w , temos:
t 4.PQ t 4.(Q P) t 4Q 4P t 4.(2, 3, 5) 4.(2, 3, 4) t (8, 12, 20) (8, 12, 16)
Assim, o vetor solicitado é: t (16, 0, 4)
2) Dados os pontos A(2, –2, 1) e B(1, 3, 5) e o vetor w (1, 0, 4) , determine o vetor: 2w 3(A B) A B
Resolução:
Inicialmente chamaremos de R o vetor solicitado. Então: R 2w 3( A B) AB
Organizando... R 2w 3 A 3B ( B A)
R 2w 3A 3B B A
R 2w 2B 2 A
Substituindo o vetor w e os pontos A e B ... R 2(1, 0, 4) 2(1, 3, 5) 2(2, 2,1)
Multiplicando os valores... R (2, 0, 8) (2, 6,10) (4, 4, 2)
R (4, 6, 2) (4, 4, 2)
Enfim, temos o vetor solicitado: R (0, 10, 0)
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3) Encontrar o vértice oposto à B, no paralelogramo ABCD, sabendo que A(–3, –1, 0), B(4, 2, 0) e C(5, 5, 0).
Esquema
4) Determine o vetor resultante de u w t , sendo que: u (3, 2, 0) , w (0, 2, 4) e t (0, 3, 0) .
Resolução:
Inicialmente chamaremos de R o vetor resultante solicitado.
Então: R u w t
R (3, 2, 0) (0, 2, 4) (0, 3, 0)
Logo: R (3, 7, 4)
1) Determinar o vetor v , sabendo que: (3, 7, 1) + 2 v = (6, 10, 4) – v .
2) Dados os pontos A(2, –2, 3) e B(1, 1, 5) e o vetor v (1 , 3 , 4) , calcular:
a) A + 3v b) (A – B) – v
c) B + 2(B – A) d) 2v – 3(B – A)
2
3) Dados os pontos A(3, – 4, –2) e B(–2, 1, 0), determinar o ponto N pertencente ao segmento AB, tal que A N A B.
5
4) Considerando os vetores u (3, 0, 1) e v (1, 3, 2) e os pontos A(0, 4, 1) e B(2, 6, 7) , determine o
1
vetor w tal que: 4(u v ) w 2u BA w .
3
5) Dados os pontos A(1, –2, 3), B(2, 1, – 4) e C(–1, –3, 1), determinar o ponto D tal que A B C D 0 . Em seguida
representar os vetores posição de A B e C D no ℝ3.
6) Sabendo que 3u 4 v 2w , determinar “a”, “b” e “c”, sendo u = (2, –1 , c), v = (a , b –2 , 3) e w = (4 , –1 , 0).
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7) Dados os vetores u (2 , 3 ,1) , v (1 , 1 ,1) e w (3 , 4 , 0) ;
a) determinar o vetor x de modo que: 3u v x 4x 2w ;
b) encontrar os números a1 , a2 e a 3 tais que: a1u a2 v a3 w (2 , 13 , 5) .
8) Encontrar o vértice oposto a B no paralelogramo ABCD e representar este paralelogramo no ℝ3. Considere 2 casos:
a) A(–1, 0, 3), B(1, 1, 2) e C(3, –2, 5) b) A(4, 0, 1), B(5, 1, 3) e C(3, 2, 5)
9) Sendo A(2, –5, 3) e B(7, 3, –1) vértices consecutivos de um paralelogramo ABCD, e M(4, –3, 3) o ponto de intersecção
das diagonais, determinar os vértices C e D.
21 1 7 11 2 4
4) w 6 , , 12 5) D = (–2, –6, 8) 6) a , b , c4 7a) x , ,
2 2 4 3 3 3
7b) a1 2 , a 2 3 , a 3 1 8a) D = (1, –3, 6) 8b) D = (2, 1, 3) 9) C = (6, –1, 3) e D = (1, –9, 7)
Dois ou mais vetores são paralelos [ou colineares] entre si, quando seus representantes possuírem a mesma direção.
Assim, temos:
y
y
v
v w w
x x
Considerando agora o paralelismo com vetores posição, percebemos mais facilmente a adequação do termo “colinearidade”:
y y
w v
v
0 x
0 x
w
Para refletir: O fracasso quebra as almas pequenas e engrandece as grandes, assim como o vento apaga a vela e atiça o fogo da floresta. [Benjamim Franklin]
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