Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Exercício 1: O livro "Al-Jabr Wa’l mugãbalah" escrito pelo matemático árabe al-Khwarizmi, que morreu
antes de 850, tem grande importância na história da Matemática. O nome deste autor originou a
palavra algarismo e a primeira palavra do título do livro, cujo significado, não se sabe ao certo, originou
o termo álgebra, pois foi por esse livro que mais tarde a Europa aprendeu o ramo da Matemática que
hoje tem esse nome. Um dos vários problemas que ilustram tal livro pede que se divida o número 10
em duas partes de modo que "a soma dos produtos obtidos, multiplicando cada parte por si mesma,
seja igual a 58 ". Resolva-o.
Resolução:
Mas, 𝑥 + 𝑧 = 10 ⟺ 𝑧 = 10 − 𝑥.
⟺ 𝑥=7 𝑜𝑢 𝑥 = 3.
Exercício 2: Uma fatia com 3 𝑐𝑚 de espessura é cortada paralelamente a uma das faces de um cubo,
deixando um volume de 196 𝑐𝑚2 . Encontre o comprimento do lado do cubo original.
Resolução:
Seja 𝑥 ∈ ℝ, tal que o lado do cubo mede 𝑥 𝑐𝑚. Se uma fatia de 3 𝑐𝑚 de espessura é cortada
paralelamente a uma das faces desse cubo, o novo paralelepípedo tem a seguinte forma: base
quadrada de lado medindo 𝑥 𝑐𝑚. Altura medindo 𝑥 − 3 𝑐𝑚.
O volume desse paralelepípedo é 𝑥 ⋅ 𝑥 ⋅ (𝑥 − 3) = 𝑥 2 ⋅ (𝑥 − 3) = 196 𝑐𝑚3 .
Resolvendo a equação 𝑥 2 ⋅ (𝑥 − 3) = 196 :
𝑥 2 ⋅ (𝑥 − 3) = 196 ⟺ 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 196 = 0
Resolução:
Exercício 4: Determine os valores de 𝑎, 𝑏, 𝑐, números reais, que tornam os polinômios 𝑝(𝑥) e 𝑞(𝑥)
iguais:
𝑝(𝑥 ) = 𝑎𝑥 (𝑥 + 1) + 𝑏𝑥(𝑥 − 1) + 𝑐(𝑥 − 1)(𝑥 + 1) e 𝑞(𝑥 ) = 3𝑥 2 − 5.
Resolução:
Os polinômios 𝑝(𝑥 ) e 𝑞 (𝑥 ) são iguais se os seus coeficientes 𝑎𝑖 da i-ésima potência
𝑥 𝑖 , 𝑖 = 0 , 1 , 2, são iguais.
Como,
𝑝(𝑥 ) = 𝑎𝑥 (𝑥 + 1) + 𝑏𝑥(𝑥 − 1) + 𝑐 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1) = 𝑎𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 2 − 𝑏𝑥 + 𝑐(𝑥 2 − 1)
𝑝( 𝑥 ) = ( 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) 𝑥 2 + ( 𝑎 − 𝑏 ) 𝑥 − 𝑐 .
Então, para que os polinômios 𝑝(𝑥 ) e 𝑞(𝑥 ) sejam iguais, é preciso que:
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )𝑥 2 + (𝑎 − 𝑏)𝑥 − 𝑐 = 3𝑥 2 − 5 ⟺
Exercício 6: Determine o quociente e o resto da divisão dos polinômios 𝑝(𝑥) e 𝑞(𝑥) nos seguintes
casos:
a) 𝑝(𝑥 ) = 3𝑥 5 − 𝑥 4 + 2𝑥 3 + 4𝑥 − 3 𝑞 (𝑥 ) = 𝑥 3 − 2𝑥 + 1
b) 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 5 + 3𝑥 4 − 4𝑥 3 − 𝑥 2 + 11𝑥 + 12 𝑞 (𝑥 ) = 𝑥 2 (𝑥 2 + 4𝑥 + 5)
𝑝(𝑥 ) = 𝑎𝑥 3 + (2𝑎 − 1)𝑥 2 + (3𝑎 − 2)𝑥 + 4𝑎 seja divisível por 𝑠(𝑥 ) = 𝑥 − 1 e em seguida, obtenha
o quociente da divisão.
Resolução:
O polinômio 𝑝(𝑥 ) = 𝑎𝑥 3 + (2𝑎 − 1)𝑥 2 + (3𝑎 − 2)𝑥 + 4𝑎 será divisível por 𝑠 (𝑥) = 𝑥 − 1, se e
somente, se 𝑝(1) = 0.
Mas,
0 = 𝑝(1) = 𝑎 ∙ 13 + (2𝑎 − 1) ∙ 12 + (3𝑎 − 2) ∙ 1 + 4𝑎 = 𝑎 + 2𝑎 − 1 + 3𝑎 − 2 + 4𝑎 = 10𝑎 − 3
3
Donde, 𝑎 = 10 , e, portanto,
3 4 11 12
𝑝(𝑥 ) = 10 𝑥 3 − 10 𝑥 2 − 10 𝑥 + 10
3 1 12
O quociente procurado é: 𝑞 (𝑥 ) = 𝑥 2 − 𝑥 − .
10 10 10
_________________________________________________________________________
a) 𝑝(𝑥 ) = 2𝑥 2 + 5𝑥 − 3 b) 𝑝(𝑥 ) = 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 5𝑥 − 3
c) 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 4 − 1 d) 𝑝(𝑥 ) = 2𝑥 4 − 9𝑥 3 + 6𝑥 2 + 11𝑥 − 6
e) 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 4 − 8𝑥 2 + 15 f) 𝑝(𝑥 ) = 2𝑥 4 + 𝑥 3 + 7𝑥 2 + 4𝑥 − 4
g) 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 4 + 1 h) 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 4 − 2𝑥 3 + 2𝑥 − 1
Resolução: a resolução será feita com detalhes, para que se possa entender os resultados que foram
usados.
a) 𝑝(𝑥 ) = 2𝑥 2 + 5𝑥 − 3
Buscando as raízes do trinômio do 2º grau 2𝑥 2 + 5𝑥 − 3 :
1
Portanto, a fatoração do polinômio 𝑝(𝑥 ) é: 𝑝(𝑥 ) = 2 (𝑥 − 2 ) (𝑥 + 3) = (2𝑥 − 1)(𝑥 + 3)
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) 𝑝(𝑥 ) = 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 5𝑥 − 3
Como 𝑝(𝑥 ) é um polinômio de grau ímpar 3, possui pelo menos uma raiz real.
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente −3, que são:
−1 , +1 , −3 , +3. Calculando 𝑝(−1) , 𝑝(1) , 𝑝(−3) , 𝑝(3), vemos que não são zero. Logo esse
polinômio não tem raízes inteiras.
As possíveis raízes racionais, não inteiras, desse polinômio são os divisores do termo independente
−3 , que são: −1 , +1 , −3 , +3, divididos pelos divisores, diferentes de −1 , +1 , do coeficiente do
1 1
termo de maior grau, que são −2 , +2 . Calculando 𝑝 ( 2 ) , vemos que 𝑝 ( 2 ) = 0.
1
Dividindo 𝑝(𝑥 ) por 𝑥 − , obtemos:
2
1 1
𝑝(𝑥 ) = 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 5𝑥 − 3 = (𝑥 − 2 ) (2𝑥 2 + 2𝑥 + 6) = 2 (𝑥 − 2 ) (𝑥 2 + 𝑥 + 3).
1
Portanto, a fatoração do polinômio 𝑝2 (𝑥 ) é: 𝑝2 (𝑥 ) = 2 (𝑥 − 2 ) (𝑥 − 3) = (2𝑥 − 1)(𝑥 − 3)
Como o trinômio do segundo grau, 2𝑥 2 + 8 , não possui raízes reais, pois 2𝑥 2 + 8 ≥ 8 e é, portanto,
irredutível nos reais, nada mais temos a fatorar, logo,
1
𝑝(𝑥 ) = 2𝑥 4 + 𝑥 3 + 7𝑥 2 + 4𝑥 − 4 = (𝑥 + 1) (𝑥 − 2) (2𝑥 2 + 8)
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
g) 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 4 + 1
Como esse polinômio tem coeficientes inteiros e é mônico (isso significa que o coeficiente do termo
de maior grau é 1), se tiver raízes racionais, elas têm que ser inteiras e estar entre os divisores do
termo independente +1 , que são: +1 , −1.
Como 𝑝(−1) = 𝑝(1) = 2 ≠ 0 então esse polinômio não tem raízes racionais. Este polinômio poderá
ter raízes irracionais ou não ter raízes reais.
Por outro lado, 𝑥 4 + 1 = 0 ⟺ 𝑥 4 = −1, mas ∀𝑥 ∈ ℝ, 𝑥 4 ≥ 0, logo essa equação não tem solução
para 𝑥 ∈ ℝ e assim a fatoração de 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 4 + 1 só terá fatores quadráticos irredutíveis.
Podemos tentar a seguinte fatoração, onde 𝑎 e 𝑏 são números reais:
𝑝(𝑥 ) = 𝑥 4 + 1 = (𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 1) = 𝑥 4 + (𝑎 + 𝑏)𝑥 3 + (𝑎𝑏 + 2)𝑥 2 + (𝑎 + 𝑏)𝑥 + 1.
Da igualdade de polinômios, segue que:
𝑎+𝑏 =0 𝑏 = −𝑎
{ ⟺ { ⟺ −𝑎2 + 2 = 0 ⟺ 𝑎2 = 2 ⟺ 𝑎 = − √2 ou 𝑎 = √2
𝑎𝑏 + 2 = 0 𝑎𝑏 + 2 = 0
Assim, 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 4 − 2𝑥 3 + 2𝑥 − 1 = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)𝑞(𝑥). Devemos determinar 𝑞(𝑥) que tem grau
2. Para isso, vamos usar o algoritmo de Briot-Ruffini duas vezes seguidas.
Exercício 10: Considerando o que você aprendeu sobre polinômios, responda: existe algum número
racional que seja igual ao seu cubo mais um?
Resolução:
Consideremos 𝑥 um número racional. Se este número racional 𝑥 , é igual ao seu cubo mais um, então
podemos escrever que 𝑥 = 𝑥 3 + 1 . Mas, 𝑥 = 𝑥 3 + 1 ⟺ 𝑥 3 − 𝑥 + 1 = 0 .
Considerando o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 − 𝑥 + 1, sabemos que as possíveis raízes racionais desse
polinômio são inteiras, pois é 𝑝(𝑥 ) é um polinômio mônico (o coeficiente do termo de maior grau é
1 ). Essas possíveis raízes inteiras estão entre os divisores do termo independente, 1, que são −1 e
+1.
Calculando 𝑝(−1) e 𝑝(1) :
𝑝(−1) = (−1)3 − (−1) + 1 = −1 + 1 + 1 ≠ 0 e
𝑝(1) = (1)3 − (1) + 1 = 1 − 1 + 1 ≠ 0
Vemos, portanto, que esse polinômio não possui raízes racionais.
Concluímos assim, que não existe número racional que seja igual ao seu cubo mais um.
_________________________________________________________________________
Exercício 11: Estude o sinal dos polinômios. Quando possível, apresente as conclusões na forma de
intervalo, isto é, escreva as conclusões como um único intervalo ou como união de intervalos disjuntos
(intervalos disjuntos não têm pontos em comum).
desse polinômio.
2
2 2 3 2 2 8 4 4 2
𝑠1 (− 3) = 3 ∙ (− 3) + 8 ∙ (− 3) − 2 ∙ (− 3) − 4 = −3 ∙ 33 + 8 ∙ 32 + 3 − 4 = 0 . Logo, − 3 é raiz
desse polinômio.
2 2
Dividindo 𝑠1 (𝑥) por 𝑥 − (− ) = 𝑥 + , obtemos, 3𝑥 2 + 6𝑥 − 6 .
3 3
2
Portanto, 𝑠1 (𝑥 ) = 3𝑥 3 + 8𝑥 2 − 2𝑥 − 4 = (𝑥 + 3 ) (3𝑥 2 + 6𝑥 − 6 ).
Buscando as raízes de 𝑠2 (𝑥 ) = 3𝑥 2 + 6𝑥 − 6 :
𝑠2 (𝑥 ) = 3𝑥 2 + 6𝑥 − 6 = 3 (𝑥 − (−1 − √3 )) (𝑥 − (−1 + √3 ))
Assim,
2
𝑠(𝑥 ) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8 = 3(𝑥 + 2) (𝑥 + ) (𝑥 − (−1 − √3 )) (𝑥 − (−1 + √3 ))
3
Para analisar o sinal do polinômio 𝑠(𝑥 ) , devemos analisar o sinal dos fatores lineares:
2
𝑥 + 2 , 𝑥 + 3 , 𝑥 + 1 + √3 , 𝑥 + 1 − √3 e depois multiplicar os sinais.
Vamos fazer a tabela de sinais do polinômio 𝒔(𝒙) , mas para isso é preciso ordenar os números reais:
2
−2 , − 3 , −1 − √3 , − 1 + √3 , que são as raízes do polinômio 𝑠 (𝑥) .
Vamos comparar −2 e − 1 − √3 .
−1 − √3 < −2 ⟺ 2 < 1 + √3 ⟺ 2 − 1 < √3 ⟺ 1 < √3 .
Como a última afirmação da direita é verdadeira, então pelas equivalências a afirmação −1 − √3 <
−2 também é verdadeira.
2
Portanto, −1 − √3 < −2 < − 3 < −1 + √3
𝑥 + 1 + √3 − − − − 0 ++++ +
𝑥+2 − − − −− − − − −− − 0
2
𝑥+ − − − −− − − − − − −
3
𝑥 + 1 − √3 − − − − − − −− − − −
−2 < 𝑥 2
2 − <𝑥 𝑥 −1 + √3 < 𝑥
2 𝑥=− 3
<− 3 = −1 + √3 < +∞
3 < −1 + √3
2
𝑥+ − − − − 0 ++++ + ++++
3
− − −
𝑥 + 1 − √3 − − − − − 0 ++++
− −
2
𝑠(𝑥 ) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8 > 0 ⟺ 𝑥 ∈ (−∞ , −1 − √3 ) ∪ (−2 , − 3 ) ∪
(−1 + √3 , +∞ ).
2
𝑠(𝑥 ) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8 < 0 ⟺ 𝑥 ∈ (−1 − √3 , −2) ∪ ( − , −1 + √3 ) .
3
2
𝑠(𝑥 ) = 3𝑥 4 + 14𝑥 3 + 14𝑥 2 − 8𝑥 − 8 = 0 ⟺ 𝑥 ∈ { −2 , − 3 , −1 − √3 , −1 + √3 } .
__________________________________________________________________________________
𝑥 3+𝑥 2+𝑥+1
Exercício 12: Analise o sinal da expressão 𝐸 (𝑥 ) = .
1−𝑥 3
Resolução:
Vamos fatorar o numerador 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1 .
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente, 1 , que são:
−1 , +1 .
Calculando os valores de 𝑝(𝑥 ) nessas possíveis raízes, verificamos que,
𝑝(−1) = (−1)3 + (−1)2 + (−1) + 1 = −1 + 1 − 1 + 1 = 0 . Logo, 𝑥 = −1 é raiz do polinômio
𝑝(𝑥 ). Dividindo 𝑝(𝑥 ) por 𝑥 − (−1) = 𝑥 + 1 , obtemos 𝑥 2 + 1 .
Portanto, 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1 = (𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1).
Como 𝑥 2 + 1 ≥ 1 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ , então esse polinômio é irredutível nos reais e
𝑝(𝑥 ) = (𝑥 + 1)( 𝑥 2 + 1 ) está completamente fatorado em ℝ .
Vamos fatorar o denominador 𝑞(𝑥 ) = 1 − 𝑥 3 = −𝑥 3 + 1 .
As possíveis raízes inteiras desse polinômio são os divisores do termo independente, 1 , que são:
−1 , +1.
Calculando os valores de 𝑞 (𝑥 ) nessas possíveis raízes, verificamos que,
𝑞(1) = −(1)3 + 1 = −1 + 1 = 0 . Logo, 𝑥 = 1 é raiz do polinômio 𝑞(𝑥 ) = −𝑥 3 + 1.
Dividindo 𝑞 (𝑥 ) por 𝑥 − 1 , obtemos 𝑥 2 + 𝑥 + 1 .
Assim, 𝑞 (𝑥 ) = −𝑥 3 + 1 = −(𝑥 − 1)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1) = (1 − 𝑥 )( 𝑥 2 + 𝑥 + 1) .
Como o discriminante do trinômio do segundo grau 𝑥 2 + 𝑥 + 1 , ∆ = (1)2 − 4.1.1 < 0 , então
𝑥 2 + 𝑥 + 1 é irredutível em ℝ e sendo o coeficiente do termo 𝑥 2 , positivo, então
𝑥 2 + 𝑥 + 1 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ . Portanto, a fatoração de 𝑞 (𝑥 ) é 𝑞(𝑥 ) = (1 − 𝑥 )( 𝑥 2 + 𝑥 + 1).
𝑥 3 +𝑥 2 +𝑥+1 (𝑥+1)( 𝑥 2+1 )
Assim, 𝐸 (𝑥 ) = = (1−𝑥)(
1−𝑥 3 𝑥 2+𝑥+1)
𝑥2 + 1 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ 𝑒 𝑥2 + 𝑥 + 1 > 0 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ
__________________________________________________________________________________
√ 𝑥 3+2𝑥 2+ 3𝑥+2
Exercício 13: Diga para que valores de 𝑥 ∈ ℝ , a expressão 𝐸 (𝑥 ) = pode ser
𝑥−1
calculada.
Resolução:
√𝑥 3 +2𝑥 2+3𝑥+2
A expressão 𝐸 (𝑥 ) = 𝑥−1
pode ser calculada para ∀ 𝑥 ∈ ℝ , tal que,
(I) x 3 + 2 x 2 + 3 x + 2 0 , pois para que a raiz quadrada possa ser calculada é preciso que o
Resolvendo (I):
Vamos fatorar o polinômio 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 + 2.
Buscando as raízes de 𝑝(𝑥 ).
As possíveis raízes inteiras da equação são os divisores do termo independente 2 , que são ±1 , ±2.
Testando , 𝑥 = −1 , obtemos 𝑝(−1) = (−1)3 + 2(−1)2 + 3(−1) + 2 = 0. Assim, 𝑥 = −1 é raiz
de 𝑝(𝑥 ).
Dividindo o polinômio 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 + 2 por 𝑥 + 1 obtemos 𝑥 2 + 𝑥 + 2 e
𝑝(𝑥 ) = 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 + 2 = (𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑥 + 2)
Note que 𝑦 = 𝑥 2 + 𝑥 + 2 nunca se anula, pois o discriminante
𝑥2 é 1 0 .
Portanto, o sinal do polinômio 𝑝(𝑥 ) = 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 + 2 = (𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑥 + 2) depende
apenas, do sinal de x + 1 . Logo,
𝑝( 𝑥 ) > 0 ⟺ 𝑥+1>0 ⟺ 𝑥 > −1 ⟺ 𝑥 ∈ (−1 , +∞ ).
𝑝( 𝑥 ) = 0 ⟺ 𝑥+1 =0 ⟺ 𝑥 = −1 .
𝑥 ∈ [−1 , 1) ∪ (1 , +∞) .
__________________________________________________________________________________
√(𝑥−2)5 (𝑥+3)4
𝐸 (𝑥 ) = .
4−√(𝑥−4)(𝑥+2)
Resolução:
Três condições devem ser satisfeitas para encontrarmos os valores de 𝑥 ∈ ℝ para os quais é
possível calcular 𝐸 (𝑥 ) .
(I) O radicando (𝑥 − 2)5 (𝑥 + 3)4 ≥ 0
(II) O radicando (𝑥 − 4)(𝑥 + 2) ≥ 0 .
II) (𝑥 − 4)(𝑥 + 2) ≥ 0
−∞ < 𝑥
𝑥 = −2 −2 < 𝑥 < 4 x=4 4 < 𝑥 < +∞
< −2
(𝑥 − 4)(𝑥 + 2) = 16 ⟺ 𝑥 2 + 2𝑥 − 4𝑥 − 8 = 16 ⟺ 𝑥 2 − 2𝑥 − 24 = 0 ⟺
Resolução de (III) é 𝑆 3 = { 𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 ≠ −4 𝑒 𝑥 ≠ 6 }.
Para visualizar melhor a interseção das 3 soluções, vamos visualizar cada uma na reta real:
𝑺𝟏 = {−3} ∪ [2 , +∞) 𝑺𝟐 = (−∞ , −2] ∪ [4 , +∞) 𝑺 𝟑 = { 𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 ≠ −4 𝑒 𝑥 ≠ 6 }
𝑺𝟏 :
−3
𝑺𝟐 :
−2
𝑺 𝟑:
𝑺𝟏 ∩ 𝑺𝟐 ∩ 𝑺 𝟑 :
−3 4 6
√(𝑥−2)5 (𝑥+3)4
Portanto, concluímos que a expressão 𝐸 (𝑥 ) = 4− pode ser calculada para
√(𝑥−4)(𝑥+2)
𝑥 ∈ {−3} ∪ [4, 6) ∪ (6, +∞) .
__________________________________________________________________________________
𝑥 3−2𝑥 2+1
da expressão 𝐸1 (𝑥 ) = √ .
𝑥 2−2𝑥
Resolução:
𝑥 3−2𝑥 2 +1
Para que 𝑬𝟏 (𝑥 ) = √ possa ser calculada é preciso que:
𝑥 2 −2𝑥
𝑥 3−2𝑥 2+1
(I) O radicando, 𝐸 (𝑥 ) = , seja positivo ou nulo, e
𝑥 2−2𝑥
(II) O denominador x 2 − 2 x não se anule.
2
−(−1) ± √(−1)2 − 4.1. (−1) 1 ± √1 + 4 1 ± √5
𝑥 −𝑥−1 =0 ⟺ = =
2.1 2 2
1−√5 1+√5
Assim, 𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 = (𝑥 − 1) (𝑥 − ( )) (𝑥 − ( )).
2 2
1−√5 1+√5
(𝑥−1)(𝑥−( ))(𝑥−( 2 ))
2
Portanto, o que queremos é que ≥ 0 e 𝑥≠0 e 𝑥≠2 .
𝑥(𝑥−2)
1−√5 1+√5
(𝑥−1)(𝑥−( ))(𝑥−( 2 ))
2
Vamos analisar o sinal da expressão 𝐸 (𝑥 ) = :
𝑥(𝑥−2)
1−√5 1+√5
0 , 2 , 1 , , .
2 2
1−√5 1+√5
Ordenando esses números para incluir na tabela: <0<1< <2
2 2
𝑥−1 − − − − − − − − − − − − − −
1−√5
𝑥−( ) − − − − 0 + + ++ + + + ++
2
1+√5
𝑥−( ) − − − − − − − − − − − − − −
2
𝑥 − − − − − − − − − 0 + + ++
𝑥−2 − − − − − − − − − − − − − −
𝐸(𝑥) − − − − 0 + + ++ 𝑛𝑑 − − − −
Continuação da tabela, 𝑥 ≥ 1
𝑥−1 0 + + ++ + + + ++ + + + ++
1−√5 + + + ++ + + + ++ + + + ++
𝑥−( )
2
1+√5 − − − − − 0 + + ++ + + + ++
𝑥−( )
2
𝑥 + + + ++ + + + ++ + + + ++
𝑥−2 − − − − − − − − − − 0 + + ++
𝐸(𝑥) 0 + + ++ 0 − − − − 𝑛𝑑 + + ++
𝑥 3−2𝑥 2+1
Logo, o sinal da expressão 𝐸 (𝑥 ) = 𝑥 2−2𝑥
é o seguinte:
𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 1 − √5 1 + √5
𝐸 (𝑥 ) = = 0 ⟺ 𝑥 = ou 𝑥 = 1 ou 𝑥=
𝑥 2 − 2𝑥 2 2
𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 1 − √5 1 + √5
𝐸 (𝑥 ) = >0 ⟺ ( , 0) ∪ ( 1 , ) ∪ (2 , +∞)
𝑥 2 − 2𝑥 2 2
𝑥 3 − 2𝑥 2 + 1 1 − √5 1 + √5
𝐸 (𝑥 ) = <0 ⟺ (−∞ , ) ∪ (0 , 1) ∪ ( , 2)
𝑥 2 − 2𝑥 2 2
𝑥 3−2𝑥 2+1
𝐸 (𝑥 ) = não pode ser calculada para 𝑥=0 e 𝑥 = 2.
𝑥 2−2𝑥
𝑥 3 −2𝑥 2+1
Como queremos que 𝐸 (𝑥 ) = ≥ 0 e 𝑥 2 − 2𝑥 ≠ 0 então
𝑥 2−2𝑥
1−√5 1+√5
𝑥∈ [ , 0) ∪ [1 , ) ∪ (2 , +∞).
2 2
1−√5 1+√5
valores reais , tais que, 𝑥∈ [ , 0) ∪ [1 , ) ∪ (2 , +∞) .
2 2
Resolução:
𝑥 2−𝑥−1 2
(a) Para que a inequação < possa ser resolvida é preciso que 𝑥 ≠ 0 , para que os
𝑥2 𝑥3
denominadores não se anulem.
𝑥3 − 𝑥2 − 𝑥 − 2
<0
𝑥3
________________________________________________________________________________
OBSERVAÇÃO: um erro muito comum que os alunos cometem ao resolver esse tipo de inequação é
“multiplicar em cruz”, escrevendo, por exemplo,
𝑥 2−𝑥−1 2
< ⟹ (𝑥 2 − 𝑥 − 1 )𝑥 3 < 2 𝑥 2
𝑥2 𝑥3
Cuidado, isto só é correto sob certas condições: 𝑥 2 > 0 e 𝑥 3 > 0. Mas 𝑥 3 > 0 ⟺ 𝑥 > 0.
________________________________________________________________________________
𝑥 3−𝑥 2 −𝑥−2
Vamos fazer uma tabela de sinais para e expressão .
𝑥3
As possíveis raízes inteiras são os divisores do termo independente −2 , que são −1 , +1 , −2 , +2.
Testando 𝑥 = −1 , obtemos: (−1)3 − (−1)2 − (−1) − 2 = −3 ≠ 0 . Logo, 𝑥 = −1 não é raiz
do polinômio 𝑝(𝑥 ).
Testando 𝑥 = 1, obtemos: 13 − 12 − 1 − 2 = −3 ≠ 0 . Logo, 𝑥 = 1 não é raiz do polinômio 𝑝(𝑥 ).
Testando 𝑥 = 2, obtemos: 23 − 22 − 2 − 2 = 0. Logo, 𝑥 = 2 é raiz do polinômio 𝑝(𝑥 ) .
Dividindo 𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥 − 2 por 𝑥 − 2 , obtemos 𝑥 2 + 𝑥 + 1 e assim,
𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥 − 2 = (𝑥 − 2)( 𝑥 2 + 𝑥 + 1 ).
O trinômio do segundo grau 𝑥 2 + 𝑥 + 1 não tem raízes reais, pois seu discriminante
𝑥−2 − − − − − − − − − 0 + + ++
𝑥2 + 𝑥 + 1 + + ++ + + + ++ + + + ++
𝑥3 − − − − 0 + + ++ + + + ++
𝑥3 − 𝑥2 − 𝑥 − 2
+ + ++ 𝑛𝑑 − − − − 0 + + ++
𝑥3
𝑥 3 −𝑥 2 −𝑥−2
Assim, <0 ⟺ 𝑥 ∈ (0 , 2)
𝑥3
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
−2
(b) Para que a inequação 𝑥 2 ≥ |𝑥|−1
possa ser resolvida é preciso que o denominador |𝑥| − 1
seja diferente de zero. Mas,
|𝑥| − 1 ≠ 0 ⟺ |𝑥| ≠ 1 ⟺ 𝑥 ≠ −1 e 𝑥≠1
−2
Vamos usar a definição de |𝑥| para estudar a inequação 𝑥 2 ≥ |𝑥|−1
.
𝑥 , 𝑥≥0 −2
Temos que |𝑥| = { . Portanto, de 𝑥 2 ≥ , segue que:
−𝑥 , 𝑥 < 0 |𝑥|−1
𝑥 3−𝑥 2+2
⟺ ≥ 0
𝑥−1
𝒙𝟑 −𝒙𝟐 +𝟐
Portanto, temos que resolver ≥ 𝟎 , para 𝒙 ≥ 𝟎 .
𝒙−𝟏
𝑥+1 + + + ++ + + + ++
𝑥 2 − 2𝑥 + 2 + + + ++ + + + ++
𝑥−1 − −− − − 0 + + ++
𝑥3 − 𝑥2 + 2
− −− − − 𝑛𝑑 + + ++
𝑥−1
𝑥 3−𝑥 2+2
Logo, para 𝑥 ≥ 0 , temos que ≥ 0 ⟺ 𝑥 ∈ (1 , +∞) .
𝑥−1
𝑥 2 (𝑥 + 1) − 2 𝑥3 + 𝑥2 − 2
≥ 0 ⟺ ≥ 0
𝑥+1 𝑥+1
𝑥 3+𝑥 2−2
Portanto, temos que resolver ≥ 0 , para 𝒙 < 𝟎 .
𝑥+1
𝑥 3 + 𝑥 2 − 2 = (𝑥 − 1)(𝑥 2 + 2𝑥 + 2)
O trinômio do segundo grau 𝑥 2 + 2𝑥 + 2 não tem raízes reais, pois seu discriminante
∀ 𝑥∈ℝ .
𝑥−1 −− − − − −− − −
𝑥 2 + 2𝑥 + 2 + + ++ + + + ++
𝑥+1 −− − − 0 + + ++
𝑥3 + 𝑥2 − 2
+ + ++ 𝑛𝑑 −− − −
𝑥+1
𝑥 3+𝑥 2 −2
Logo, para 𝑥 < 0 , temos que: ≥ 0 ⟺ 𝑥 ∈ (−∞ , −1)
𝑥+1