AULA 6 –EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM

Ao resolvermos uma ED, primeiramente Equações homogêneas podem ser transformadas em

reconhecemos a qual grupo ela pertence (separável, equações separáveis mediante a mudança de variável
linear, exata), e depois, utilizamos os procedimentos natural 𝑢 = 𝑦/𝑥.
necessários. Entretanto, podemos encontrar equações Exemplos
que não se encaixam em nenhum dos grupos que 𝑑𝑦
5. Resolva a equação diferencial 2𝑥𝑦 = 𝑦2 – 𝑥 2.
𝑑𝑥
estudamos. A substituição é o procedimento mais útil 𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑦2 – 𝑥2
nestes casos. Podemos escrever 2𝑥𝑦 = 𝑦 2 – 𝑥 2 como =
𝑑𝑥 𝑑𝑥 2𝑥𝑦
𝑦2 – 𝑥2
E a 𝑓(𝑥, 𝑦) = é homogênea, pois
Equação de Bernoulli 2𝑥𝑦
𝑡 2𝑦2 – 𝑡 2𝑥2 𝑡 2 (𝑦 2 – 𝑥 2 ) 𝑦2 – 𝑥2
𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) = = = 𝑡0 = 𝑡 0 𝑓(𝑥, 𝑦)
2𝑡 2 𝑥𝑦 2𝑡 2 𝑥𝑦 2𝑥𝑦
Definição - A ED 𝑑𝑦 𝑦2 – 𝑥2 1 𝑦 1
𝑑𝑦 De = = [ − ]. Substituindo 𝑢 = 𝑦/𝑥, vem
𝑑𝑥 2𝑥𝑦 2 𝑥 𝑦/𝑥
+ 𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑓(𝑥)𝑦 𝑛
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑢 1 𝑑𝑢 𝑢 1 𝑑𝑢 −𝑢2 −1
𝑥+𝑢 = − ⇒ 𝑥=− − ⇒ 𝑥=
Onde 𝑛 é um número real qualquer, é chamada de 𝑑𝑥 2 2𝑢 𝑑𝑥 2 2𝑢 𝑑𝑥 2𝑢
2𝑢 𝑑𝑥
equação de Bernoulli. Reescrevendo a equação, temos: 2 = − , que
𝑢 +1 𝑥
A substituição de 𝑢 = 𝑦1−𝑛 reduz uma equação de podemos resolver pelo método das equações
Bernoulli a uma eq. Linear. separáveis, ou seja,
Exemplo 1
𝑑𝑦
ln|𝑢2 + 1| = − ln|𝑥| + 𝑐1 = ln | | + 𝑐1 .
𝑥
1. Resolva 𝑥 + 𝑦 = 𝑥 2 𝑦 2 . Aplicando exponencial em ambos os lados, temos
𝑑𝑥
𝑑𝑦 1 𝑐
Reescrevendo a Eq., temos + 𝑦 = 𝑥𝑦 2 que é uma 𝑢 2 + 1 = , onde 𝑐 = 𝑒 𝑐1 . Voltando a variável antiga,
𝑑𝑥 𝑥 𝑥
eq. de Bernoulli com 𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑦/𝑥, 𝑓(𝑥) = 𝑥 e 𝑛 = 2. 𝑦2 𝑐 𝑐 2 𝑐2
+ 1 = ⇒ 𝑦 2 + 𝑥 2 = 𝑐𝑥 ou (𝑥 − ) + 𝑦 2 = .
fazendo 𝑢 = 𝑦 −1 ou 𝑦 = 𝑢−1 , temos 𝑥2 𝑥 2 4
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢 𝑑𝑢 Esta solução representa uma família de círculos que
= = −𝑢 −2 𝑐
passam pela origem e com centro ( , 0), sobre o eixo 𝑥.
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑑𝑥 2
1 𝑑𝑢 11 1
E substituindo na eq., temos − 2 + = 𝑥 2,
𝑢 𝑑𝑥 𝑥𝑢 𝑢
𝑑𝑢 1
multiplicando tudo por (−𝑢2 ), temos − 𝑢 = −𝑥. E o
𝑑𝑥 𝑥
𝑑𝑥 −1
fator integrante é 𝜇 = 𝑒 − ∫ 𝑥 = 𝑒 − ln 𝑥 = 𝑒 ln 𝑥 = 𝑥 −1 .
1 𝑑𝑢 1 1
Multiplicando a ed. por 𝜇, temos ∙ − 2 𝑢 = ∙ 𝑥 ou
𝑥 𝑑𝑥 𝑥 𝑥
𝑑 1
( 𝑢) = −1
𝑑𝑥 𝑥
𝑢 1
Integrando, = −𝑥 + 𝑐 ou 𝑢 = −𝑥 2 + 𝑐𝑥. Como 𝑢 = ,
𝑥 𝑦
1 2 2
temos = −𝑥 + 𝑐𝑥 ⇒ 𝑦 = 1/(−𝑥 + 𝑐𝑥).
𝑦
Observe que não obtivemos a solução geral da
equação diferencial original, uma vez que y=0 é uma
solução singular da equação.

2.4 Equações Diferenciais Homogêneas

𝑑𝑦
6. Resolva = (−2𝑥 + 𝑦)2 − 7, com 𝑦(0) = 0.
Definição - Uma função 𝑓 será chamada de função 𝑑𝑥
𝑑𝑢 𝑑𝑦
homogênea de grau 𝛼 se 𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) = 𝑡 𝛼 𝑓(𝑥, 𝑦), para Fazendo 𝑢 = −2𝑥 + 𝑦, então = −2 + . Assim,
𝑑𝑥 𝑑𝑥
algum número real 𝛼. 𝑑𝑢
+ 2 = 𝑢2 − 7 ou
𝑑𝑢
= 𝑢2 − 9. A equação agora é
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑢
Exemplos separável, daí = 𝑑𝑥. Por frações parciais,
(𝑢−3)(𝑢+3)
2. Verifique se 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 3 + 𝑦 3 é homogênea. 𝐴 𝐵 1
temos: + =
A função é homogênea de grau três, pois 𝑢−3 𝑢+3 (𝑢−3)(𝑢+3)
𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) = (𝑡𝑥)3 + (𝑡𝑦)3 = 𝑡 3 (𝑥 3 + 𝑦 3 ) = 𝑡 3 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝐴(𝑢 + 3) + 𝐵(𝑢 − 3) = 1
𝑥+𝑦
3. Verifique se 𝑓(𝑥, 𝑦) = , é homogênea. 𝑢(𝐴 + 𝐵) = 0 ⇒ 𝐴 = −𝐵
𝑥 {
A função é homogênea de grau três, pois 3(𝐴 − 𝐵) = 1 ⇒ 𝐴 = 1/6
1 1 1
𝑡𝑥 + 𝑡𝑦 𝑡(𝑥 + 𝑦) 𝑥 + 𝑦 Ou seja, [ − ] 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥. Integrando, obtemos:
𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) = = = = 𝑡 0 𝑓(𝑥, 𝑦) 6 𝑢−3 𝑢+3
𝑡𝑥 𝑡𝑥 𝑥 1
𝑥 3 +𝑥𝑦 2 ∙ [ln|𝑢 − 3| − ln|𝑢 + 3|] = 𝑥 + 𝑐1
4. Verifique se 𝑓(𝑥, 𝑦) = 3 2 , é homogênea. 6
𝑦 +𝑥 𝑦
1 𝑢−3 𝑢−3
A função é homogênea de grau três, pois ∙ ln | | = 𝑥 + 𝑐1 ou = 𝑒 6𝑥+6𝑐1 = 𝑐𝑒 6𝑥
6 𝑢+3 𝑢+3
𝑡 3 𝑥 3 +𝑡 3 𝑥𝑦 2 𝑡 3 (𝑥 3 +𝑥𝑦 2 ) 𝑥 3 +𝑥𝑦 2
𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) = = = = 𝑡 0 𝑓(𝑥, 𝑦) Resolvendo para 𝑢, temos
𝑡 3 𝑥 3 +𝑡 3 𝑥 2 𝑦 𝑡 3 (𝑦 3 +𝑥 2 𝑦) 𝑦 3 +𝑥 2 𝑦
𝑑𝑦 𝑢 − 3 = 𝑐𝑒 6𝑥 (𝑢 + 3) ⇒ 𝑢 − 𝑢𝑐𝑒 6𝑥 = 3𝑐𝑒 6𝑥 + 3
Definição - Uma ED de primeira ordem = 𝑓(𝑥, 𝑦)
𝑑𝑥 3(1 + 𝑐𝑒 6𝑥 )
é dita homogênea se 𝑓(𝑥, 𝑦) for uma função homogênea. ⇒𝑢=
1 − 𝑐𝑒 6𝑥
 AULA 6 –EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM

Voltando as variáveis originais, temos: Exercícios

−2𝑥 + 𝑦 =
3(1+𝑐𝑒 6𝑥 )
ou 𝑦 = 2𝑥 +
3(1+𝑐𝑒 6𝑥 ) 1. Resolva a equação diferncial dada
1−𝑐𝑒 6𝑥 1−𝑐𝑒 6𝑥 𝑑𝑦
Aplicando a condição de contorno, temos 𝑐 = −1, e a) (𝑥 2 + 𝑦 2 ) + (𝑥 2 − 𝑥𝑦) = 0.
𝑑𝑥
3(1−𝑒 6𝑥 ) 𝑑𝑦
𝑦 = 2𝑥 + . b) (𝑥 − 𝑦) + 𝑥 =0
1+𝑒 6𝑥 𝑑𝑥
Uma equação diferencial na forma c)𝑥𝑑𝑥 + (𝑦 − 2𝑥)𝑑𝑦 = 0
𝑑𝑦 𝑎1 𝑥 + 𝑏1 𝑦 + 𝑐1 d) (𝑦 2 + 𝑦𝑥)𝑑𝑥 − 𝑥 2𝑑𝑦 = 0
= 𝑑𝑦 𝑦−𝑥
𝑑𝑥 𝑎2 𝑥 + 𝑏2 𝑦 + 𝑐2 e) =
𝑑𝑥 𝑦+𝑥
pode se tornar uma equação diferencial homogênea f) −𝑦𝑑𝑥 + (𝑥 + √𝑥𝑦)𝑑𝑦 = 0
mediante uma mudança de variáveis conveniente. 𝑑𝑦 1
Se os termos constantes 𝑐1 e 𝑐2 são ambos zeros, g) 𝑥 +𝑦=
𝑑𝑥 𝑦2
então a equação acima já é homogênea. Esta é a ideia. h)
𝑑𝑦
= 𝑦(𝑥𝑦 3 − 1)
𝑑𝑥
Mudar as variáveis 𝑥 e 𝑦 de forma que a equação 𝑑𝑦
resultante tenha 𝑐1 e 𝑐2 iguais a zero. Para tal, use as i) 𝑡2 + 𝑦 2 = 𝑡𝑦
𝑑𝑥
𝑑𝑦
substituições: k) = (𝑥 + 𝑦 + 1)2
𝑑𝑥
𝑥 =𝑋+ℎ 𝑑𝑦
{ l) = 𝑡𝑔2 (𝑥 + 𝑦)
𝑦 = 𝑌+𝑘 𝑑𝑥
𝑑𝑦
m) = 2 + √𝑦 − 2𝑥 + 3
𝑑𝑥
Onde ℎ e 𝑘 são escolhidos de forma que 𝑑𝑦 𝑥−2𝑦+2
n) =
𝑎1 𝑋 + 𝑏1 𝑌 = 0 e 𝑎2 𝑋 + 𝑏2 𝑌 = 0 𝑑𝑥 2𝑥−4𝑦+1
𝑑𝑦 2𝑥−3𝑦−1
Ou seja, escolhemos ℎ e 𝑘 como solução do sistema. o) =
𝑑𝑥 3𝑥+𝑦−2
𝑑𝑦 2𝑥−𝑦+1
Exemplos p) =
𝑑𝑥 6𝑥−3𝑦−1
𝑑𝑦 𝑥+𝑦+3
7. Resolva = 2. Resolva o problema de valor inicial dado.
𝑑𝑥 𝑥−𝑦−5 𝑑𝑦
𝑥+𝑦+3=0 a) 𝑥𝑦 2 = 𝑦 3 − 𝑥 3 , 𝑦(1) = 2
{ ⇒ 𝑥 = 1, 𝑦 = −4 𝑑𝑥
𝑥−𝑦−5=0 𝑦 𝑦
b) (𝑥 + 𝑦𝑒 𝑥 ) 𝑑𝑥 − 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑦 = 0, 𝑦(1) = 0
Logo,
𝑑𝑦 1
𝑥 =𝑋+1 c) 𝑥 2 − 2𝑥𝑦 = 3𝑦 4 , 𝑦(1) =
{ 𝑑𝑥 2
𝑦 =𝑌−4 𝑑𝑦
d) = cos (𝑥 + 𝑦), 𝑦(0) = 𝜋/4
E 𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑥+𝑦+2
𝑌 e) = , 𝑦(1) = −3
𝑑𝑌 𝑋+1+𝑌−4+3 𝑋+𝑌 1+𝑋 𝑑𝑥 𝑥+1
= = = Respostas
𝑑𝑋 𝑋 + 1 − (𝑌 − 4) − 5 𝑋 − 𝑌 1 − 𝑌
𝑋 1º
Seja 𝑈 = 𝑌/𝑋 ou 𝑌 = 𝑈𝑋. Temos, a) (𝑥 + 𝑦)2 = 𝑐𝑥𝑒 𝑦/𝑥
𝑌 b) 𝑦 + 𝑥 ln|𝑥| = 𝑐𝑥
𝑑𝑌 1 + 𝑋 𝑑𝑈 1 + 𝑈 𝑑𝑈 1 + 𝑈
= ∴𝑈+𝑋 = ∴𝑋 = −𝑈 c) (𝑥 − 𝑦) ln|𝑥 − 𝑦| = 𝑦 + 𝑐(𝑥 − 𝑦)
𝑑𝑋 1 − 𝑌 𝑑𝑋 1 − 𝑈 𝑑𝑋 1 − 𝑈 d) 𝑥 + 𝑦 ln 𝑥 = 𝑐𝑦
𝑋 𝑦
𝑑𝑈 1 + 𝑈 − 𝑈(1 − 𝑈) 1 + 𝑈 2 1−𝑈 𝑑𝑋 e) ln(𝑥 2 + 𝑦 2 ) + 2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) = 𝑐
⇒𝑋 = = ⇒ 2
𝑑𝑈 = 𝑥
𝑑𝑋 1−𝑈 1−𝑈 1+𝑈 𝑋 f) 4𝑥 = 𝑦(ln|𝑦| − 𝑐)2
Integrando g) 𝑦 3 = 1 + 𝑐𝑥 −3
1 𝑈 𝑑𝑋 1
2
𝑑𝑈 − 2
𝑑𝑈 = h) 𝑦 −3 = 𝑥 + + 𝑐𝑒 3𝑥
1+𝑈 1+𝑈 𝑋 3
temos: i) 𝑒 𝑡/𝑦 = 𝑐𝑡
1 k) 𝑦 = −𝑥 − 1 + 𝑡𝑔(𝑥 + 𝑐)
𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑈) − ln|1 + 𝑈 2 | = ln|𝑋| + 𝑐1
2 l) 2𝑦 − 2𝑥 + 𝑠𝑒𝑛2(𝑥 + 𝑦) = 𝑐
Fazendo 𝑐1 = ln 𝑐, temos m) 4(𝑦 − 2𝑥 + 3) = (𝑥 + 𝑐)2
1 n) 4𝑦 2 − 4𝑥𝑦 + 𝑥 2 + 4𝑥 − 2𝑦 = 𝑐
𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑈) − ln|1 + 𝑈 2 | = ln|𝑋| + ln 𝑐
2 o) 2(11𝑥 − 7)2 − 6(11𝑦 − 1)(11𝑥 − 7) − (11𝑦 − 1)2 = 𝑐
2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑈) − ln|1 + 𝑈 2 | = ln|𝑋 2 | + ln 𝑐 2 3(2𝑥−𝑦) 4
p) + ln |5(2𝑥 − 𝑦) − 3| − 𝑥 = 𝑐
2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑈) = ln|1 + 𝑈 2 | + ln|𝑐 2 𝑋 2 | = ln |𝑐 2 𝑋 2 (1 + 𝑈 2 )| 5 25

Retornando as variáveis 𝑋 e 𝑌, temos 2º

𝑌 𝑌2 a) 𝑦 3 + 3𝑥 3 ln |𝑥| = 8𝑥 3
2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) = ln |𝑐 2 𝑋 2 (1 + 2 )| = ln|𝑐 2 (𝑋 2 + 𝑌 2 )| b) ln |𝑥| = 𝑒 𝑦/𝑥 − 1
𝑋 𝑋 9 49
E c) 𝑦 −3 = − 𝑥 −1 + 𝑥 −6
5 5
𝑦+4 d) −𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥 + 𝑦) + 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑥 + 𝑦) = 𝑥 + √2 − 1
2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) = ln[𝑐 2 ((𝑥 − 1)2 + (𝑦 + 4)2 )]
𝑥−1 e) 𝑦 = (𝑥 + 1) [ln
|𝑥+1|
− 1] − 1 com 𝑥 ≠ −1
2