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Definição formal de

derivada como um limite


Uma parada para Falar de cálculo!!!!
Inclinação para qualquer ponto de uma curva

• Primeiro vamos determinar a inclinação 𝑦


𝑓(𝑥)
da reta 𝒚 = 𝒎𝒙 + 𝒏 :
𝑓(𝑥0 + ℎ)
𝑦 = 𝑓(𝑥)

𝑓 𝑏 𝑓(𝑥0 )
[𝑏, 𝑓 𝑏 ]
𝑓 𝑏 −𝑓 𝑎
𝑓 𝑎 𝑥0 𝑥0 + ℎ 𝑥
[𝑎,
𝑏 −𝑓𝑎𝑎 ]
∆𝑦 𝑓(𝑥0 + ℎ) utilizar
Podemos − 𝑓(𝑥a0 )inclinação
[𝑥0 +ℎ, 𝑓(𝑥=0 + ℎ)]
Inclinação =
𝑎 𝑏 𝑥 da reta secante ∆𝑥 da𝑥reta
0 +secante
ℎ − 𝑥0para encontrar
a inclinação da reta que passa
[𝑥0 , 𝑓(𝑥0 )]
𝑓 − 𝑓𝑎 ∆𝑦 𝑓(𝑥 + ℎ) 𝑓(𝑥 𝑥)0
pelo−ponto
inclinação = ∆𝑦 = (𝑏) =
7−4 3
= Inclinação = = 0 0
∆𝑥 𝑏 −𝑎 5−3 2 da reta secante ∆𝑥 ℎ
constante! Note que ℎ tem um valor muito pequeno!!!
Inclinação para qualquer ponto de uma curva
𝑦 Quanto menor for o valor de ℎ mais
𝑓(𝑥) próximo ele será do valor de 𝑥0

𝑓(𝑥0 + ℎ) Quanto mais nos aproximarmos de 𝑥0 ,


mais próximo estaremos do valor da
inclinação da reta que passa por 𝑥0

Então, o que aconteceria se


𝑓(𝑥0 ) tomássemos o limite de ℎ → 0?

𝑥0 ← 𝑥0 + ℎ 𝑥
Encontraríamos o valor da
∆𝑦 𝑓(𝑥0 + ℎ) − 𝑓(𝑥0 ) inclinação da reta que passa por
Inclinação = =
∆𝑥 ℎ 𝒙𝟎 !
Inclinação para qualquer ponto de uma curva

𝑦 O limite ao lado é justamente a


𝑓(𝑥) definição da derivada de 𝑓(𝑥0 )
𝑓(𝑥0 + ℎ) no ponto 𝒙𝟎 ou para qualquer
ponto da curva!

𝑓(𝑥0 ) Como a derivada de 𝑓(𝑥 ) está


𝑥0 𝑥0 + ℎ 𝑥 variando a cada ponto, podemos
𝑓(𝑥0 + ℎ) − 𝑓(𝑥0 ) dizer que ela também é uma
𝑓 ′ (𝑥0 )
= lim função, pois irá relacionar a
ℎ→0 ℎ
inclinação da reta a cada ponto
Função derivada 𝑓(𝑥0 ) no ponto da curva.
𝒙𝟎
Inclinação para qualquer ponto de uma curva
𝑦 𝑦
[𝑥, 𝑓 𝑥 ]

𝑓(𝑎) 𝑦 = 𝑓(𝑥)
𝑦 = 𝑓(𝑥)
𝑓(𝑥 + ℎ)

𝑓(𝑥)

𝑥 𝑥+ℎ 𝑎 ←𝑥 𝑥
𝑎 𝑥

𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥)
lim 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑎)
𝑓′ 𝑎 =
𝑥+ℎ−𝑥 𝑥→𝑎
𝑥−𝑎
𝑑𝑦 lim 𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥)
𝑓′ 𝑥 = =ℎ→0 Quando tomamos o limite de 𝑥 → 𝑎,
𝑑𝑥 ℎ
encontramos o valor da inclinação da
reta tangente ao ponto 𝑎
Exemplo
Exemplo: Calcule a função derivada de f(x) = x2 + 1. 𝑑𝑦 𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥)
𝑓 𝑥 =′
= lim
𝑑𝑥 ℎ→0 ℎ
• Para melhor avaliar a equação acima vamos
construir um gráfico de 𝑥 vs y 𝑓 𝑥 = 𝑥2 + 1
𝑓(𝑥) = 𝑥2 + 1 28 𝑓 𝑥 + ℎ = (𝑥 + ℎ)2 +1
𝑓(0) = 02 + 1 = 1 24 (𝑥 + ℎ) 2
+1 − (𝑥 2
+1)
20 𝑓 ′ 𝑥 = lim
𝑓(1) = 12 + 1 = 2 ℎ→0 ℎ
16
𝑓(2) = 22 + 1 = 5 12 ′
𝑥 2 + 2𝑥ℎ + ℎ2 + 1 − 𝑥 2 − 1
𝑓 𝑥 = lim
8 ℎ→0 ℎ
𝑓(3) = 32 + 1 = 10
4 2
2𝑥ℎ + ℎ
𝑓 4 = 42 + 1 = 17 0 𝑓 ′ 𝑥 = lim
ℎ→0 ℎ
𝑓(5) = 52 + 1 = 26 0 2 4 6 8 10
𝑓 ′ 𝑥 = lim 2𝑥 + ℎ
ℎ→0
𝑑𝑦 lim 𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥) Função derivada 𝑓 ′ 𝑥 para

𝑓 𝑥 = =ℎ→0 𝑓′ 𝑥 = 2𝑥 qualquer ponto na curva
𝑑𝑥 ℎ
Exemplo
Exemplo: Calcule a função derivada de f(x) = x2 + 1.

𝑓 ′ 𝑥 = 2𝑥 28

𝑓′ 0 = 0 24 𝑓(𝑥) = 𝑥2 + 1
𝑓′ 1 = 2 20 𝑓(0) = 02 + 1 = 1
𝑓 ′ 1,5 = 3 16 𝑓(1) = 12 + 1 = 2
𝑓(2) = 22 + 1 = 5
𝑓′ 3 = 6 12
𝑓(3) = 32 + 1 = 10
8
𝑓 4 = 42 + 1 = 17
4 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜
Indica a direção de 𝑓(5) = 52 + 1 = 26
crescimento da 0
função 0 2 4 6 8 10
Diferenciável ou Derivável
DERIVADAS FUNDAMENTAIS
• Uma 𝑓 𝑥 é diferenciável ou
- Derivada de uma função constante
derivável em x0 se existe o limite

𝑓(𝑥0 + ℎ) − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim
ℎ→0 ℎ
- Derivada de uma função potência

Os limites laterais existem e são


iguais!!!

Qual notação adotar? - Derivada do produto de uma constante por um f(x)

𝑑𝑦
𝑓′ 𝑥 =
𝑑𝑥
02 – Velocidade
Instantânea e Aceleração
Física 1
Prof. UÉSLEN ROCHA
Velocidade Instantânea

Como calcular velocidade em um movimento variado?


Considerando o movimento de um carrinho de fricção:
Velocidade Instantânea

Determinando a relação de posição com tempo.

Tempo Posição
(s) (cm)
0,00 0,00

0,41 4,18

0,81 22,44

1,21 56,44

1,61 99,51

1,98 145,09
Velocidade Instantânea

Calculando a velocidade entre 0,41𝑠 e 0,81𝑠 (Δt = 0,4s)

22,44 − 4,18 18,26


𝑣0,41𝑠→0,81𝑠 = = = 45,65 𝑐𝑚/𝑠
0,81 − 0,41 0,40
Velocidade Instantânea

Calculando a velocidade entre 0,41𝑠 e 0,61𝑠 (Δt = 0,2s)

10,73 − 4,18 6,55


𝑣0,41𝑠→0,61𝑠 = = = 32,75 𝑐𝑚/𝑠
0,61 − 0,41 0,20
Velocidade Instantânea

Calculando a velocidade entre 0,41𝑠 e 0,55𝑠 (Δ𝑡 = 0,14𝑠)

7,66 − 4,18 3,48


𝑣0,41𝑠→0,55𝑠 = = = 24,88 𝑐𝑚/𝑠
0,55 − 0,41 0,14
Velocidade Instantânea

No limite em que Δ𝑡 → 0, obtemos a velocidade no instante 0,41𝑠, chamada Velocidade Instantânea

𝑥 𝑡1 + Δ𝑡 − 𝑥 𝑡1
𝑣 𝑡1 = lim
Δ𝑡→0 Δ𝑡

𝑑𝑥 𝑡
𝑣 𝑡1 = ቤ
𝑑𝑡 𝑡
1

Representa a inclinação da reta tangente ao instante de tempo calculado.


𝑣 𝑡1 = tan(𝛼 𝑡1 )
Velocidade Instantânea

Movimento Movimento Regressivo Velocidade Nula


𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
Progressivo >0 <0 =0
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Aceleração

Aceleração: quantidade física que representa a variação temporal da velocidade.


𝑣 𝑡2 − 𝑣 𝑡1
𝑎=
Δ𝑡

Fazendo o limite de Δ𝑡 → 0 obtemos a aceleração instantânea.

𝑣 𝑡1 + Δ𝑡 − 𝑣 𝑡1 𝑑𝑣 𝑡
𝑎 𝑡1 = lim = ቤ
Δ𝑡→0 Δ𝑡 𝑑𝑡 𝑡
1

𝑑2 𝑥 𝑡
𝑎 𝑡1 = 2

𝑑𝑡
𝑡1

Unidades de Medida ( 𝐶 / 𝑇 2 ): 𝑚/𝑠 2 , 𝑘𝑚/ℎ2 , 𝑐𝑚/𝑠 2 . . .


Aceleração

Encontrando as Expressões
ii) para velocidade variável:
Dividindo o intervalo em pequenos retângulos, podemos calcular o deslocamento
considerando a velocidade aproximadamente constante em cada intervalo:

Δ𝑥𝑡1 →𝑡1′ ≈ 𝑣 𝑡1 Δt1


Δ𝑥𝑡1′ →𝑡2′ ≈ 𝑣 𝑡1′ Δt 2 Δ𝑥𝑡1 →𝑡3′ ≈ 𝑣 𝑡1 Δt1 + 𝑣 𝑡1′ Δt 2 +𝑣 𝑡2′ Δt 3
Δ𝑥𝑡2′ →𝑡3′ ≈ 𝑣 𝑡2′ Δt 3

Para todo intervalo teremos:

𝑥 𝑡2 − 𝑥 𝑡1 ≈ ෍ 𝑣 𝑡𝑖′ Δt ′i
𝑖
Aceleração

Encontrando as Expressões
Obtendo o deslocamento à partir da velocidade;
i) para velocidade constante:

Δ𝑥 𝑥 𝑡2 − 𝑥 𝑡1 = Δ𝑥𝑡1 →𝑡2 = 𝑣 ′ Δ𝑡 = 𝑣′(𝑡2 − 𝑡1 )


𝑣=
Δ𝑡 Δ𝑥𝑡1 →𝑡2 = área do retângulo
Aceleração

Encontrando as Expressões
ii) para velocidade variável:
Dividindo o intervalo em pequenos retângulos, podemos calcular o deslocamento
considerando a velocidade aproximadamente constante em cada intervalo:

Δ𝑥𝑡1 →𝑡1′ ≈ 𝑣 𝑡1 Δt1


Δ𝑥𝑡1′ →𝑡2′ ≈ 𝑣 𝑡1′ Δt 2 Δ𝑥𝑡1 →𝑡3′ ≈ 𝑣 𝑡1 Δt1 + 𝑣 𝑡1′ Δt 2 +𝑣 𝑡2′ Δt 3
Δ𝑥𝑡2′ →𝑡3′ ≈ 𝑣 𝑡2′ Δt 3

Para todo intervalo teremos:

𝑥 𝑡2 − 𝑥 𝑡1 ≈ ෍ 𝑣 𝑡𝑖′ Δt ′i
𝑖
Aceleração

Encontrando as Expressões
ii) para velocidade variável:
O erro no somatório é reduzido fazendo Δ𝑡𝑖′ → 0

𝑥 𝑡2 − 𝑥 𝑡1 = lim

෍ 𝑣(𝑡𝑖′ )Δ𝑡𝑖′
Δ𝑡𝑖 →0
𝑖

Este limite é chamado integral definida de 𝑣 𝑡 entre o intervalo 𝑡1 e 𝑡2 e é


representado por:

𝑡2 𝑡2
′ ′
lim

෍ 𝑣(𝑡𝑖 )Δ𝑡𝑖 = න 𝑣 𝑡 𝑑𝑡 𝑥 𝑡2 − 𝑥(𝑡1 ) = න 𝑣 𝑡 𝑑𝑡
Δ𝑡𝑖 →0
𝑖 𝑡1 𝑡1
Aceleração

Utilizando o mesmo raciocínio, podemos obter a velocidade à partir da aceleração


Δ𝑣
𝑎= → Δ𝑣 = 𝑎Δ𝑡
Δ𝑡

𝑣 𝑡2 − 𝑣 𝑡1 ≈ ෍ 𝑎 𝑡𝑖′ Δ𝑡𝑖′
𝑖

No limite de Δ𝑡𝑖′ → 0 temos

𝑡2

𝑣 𝑡2 − 𝑣(𝑡1 ) = න 𝑎 𝑡 𝑑𝑡
𝑡1
Movimento Uniformemente Variado

Considerando um movimento com aceleração constante

𝑡2 𝑡2

𝑣 𝑡2 − 𝑣 𝑡1 = න 𝑎 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑎 න 𝑑𝑡 = 𝑎(𝑡2 − 𝑡1 )
𝑡1 𝑡1

Fazendo 𝑡1 = 0, 𝑣 𝑡1 = 𝑣0 e 𝑡2 como um tempo qualquer futuro

𝑣 𝑡 − 𝑣0 = 𝑎𝑡 𝑣 𝑡 = 𝑣0 + 𝑎𝑡

Variações de velocidade iguais em tempos iguais.


Movimento Uniformemente Variado

Calculando a equação horária da posição


𝑡2

𝑥 𝑡2 − 𝑥 𝑡1 = න 𝑎𝑡 + 𝑣0 𝑑𝑡
𝑡1

Fazendo as mesmas considerações com as variáveis


𝑡
𝑎𝑡 2
𝑥 𝑡 − 𝑥0 = න 𝑎𝑡 + 𝑣0 𝑑𝑡 = + 𝑣0 𝑡
2
0

𝑎𝑡 2
𝑥 𝑡 = + 𝑣0 𝑡 + 𝑥0
2
Função do segundo grau!
Movimento Uniformemente Variado (MUV)

Exemplos

𝑥 𝑡 = −0,2𝑡 2 + 2
𝑣 𝑡 = −0,4𝑡

Posição Inicial: 2m
Velocidade Inicial: 0 m/s
Aceleração: -0,4 m/s2
Movimento Uniformemente Variado (MUV)

Exemplos

𝑥 𝑡 = 0,2𝑡 2 − 1,5𝑡 + 1
𝑣 𝑡 = 0,4𝑡 − 1,5

Posição Inicial: 1m
Velocidade Inicial: -1,5 m/s
Aceleração: 0,4 m/s2
Movimento Uniformemente Variado (MUV)

Exemplos

𝑥 𝑡 = 0,08𝑡 2
𝑣 𝑡 = 0,16𝑡

Posição Inicial: 0 m
Velocidade Inicial: 0 m/s
Aceleração: 0,16 m/s2
Movimento Uniformemente Variado

Interpretação gráfica do MUV

Concavidade da parábola determina o sinal da


aceleração 𝑎>0
𝑎<0

𝑎 = tan 𝛼 > 0
𝑎 = tan 𝛼 < 0
Movimento Uniformemente Variado

Interpretação gráfica do MUV

Inclinação da reta tangente determina o sinal da velocidade.

𝑣<0 𝑣>0 𝑣=0


Movimento Uniformemente Variado

Interpretação gráfica do MUV

Calculando o ponto de retorno

𝑑 𝑣0 Movimento
𝑣 𝑥 = 𝑥 𝑡 =0 𝑎𝑡𝑟 + 𝑣0 = 0 𝑡𝑟 = − Progressivo
𝑑𝑡 𝑎

Substituindo em 𝑥(𝑡)
𝑎 𝑣0 2 𝑣02 𝑣02 𝑣02
𝑥 𝑡𝑟 = − − + 𝑥0 𝑥 𝑡𝑟 = − + 𝑥0
2 𝑎 𝑎 2𝑎 𝑎 Movimento
Retrógrado
𝑣02 − 2𝑣02 𝑣02
𝑥 𝑡𝑟 = + 𝑥0 𝑥 𝑡𝑟 =− + 𝑥0
2𝑎 2𝑎
Movimento Uniformemente Variado

Interpretação gráfica do MUV

Movimento Acelerado

• Módulo da velocidade aumenta com o tempo.


• Velocidade e Aceleração com o mesmo sinal

Movimento Retardado

• Módulo da velocidade diminui com a velocidade.


• Velocidade e aceleração com sinais diferentes.
Movimento Uniformemente Variável

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