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Mostre que
√2(𝑎 − 𝑐) = √3(𝑑 − 𝑏)
√6(𝑎 − 𝑐) = 3(𝑑 − 𝑏)
Suponha, por absurdo, que 𝑎 ≠ 𝑐, dividindo ambos os membros da equação por 𝑎 − 𝑐, obtemos:
3(𝑑 − 𝑏)
√6 =
𝑎−𝑐
3(𝑑−𝑏)
O que é uma contradição, pois é um número racional e √6 é irracional. Analogamente chegaríamos a um
𝑎−𝑐
absurdo se supôssemos 𝑏 ≠ 𝑑.
𝑎=𝑐
12. Seja 𝑓: ℝ → ℝ uma função tal que 𝑓 (1) = 2, 𝑓(√2) = 4 e 𝑓 (𝑥 + 𝑦) = 𝑓 (𝑥 ) + 𝑓(𝑦), para quaisquer 𝑥, 𝑦 ∈
ℝ. Calcule o valor de 𝑓(3 + √2).
𝑓(3) = 𝑓(2 + 1) = 𝑓 (2) + 𝑓 (1) = 𝑓 (1 + 1) + 𝑓 (1) = 𝑓 (1) + 𝑓(1) + 𝑓 (1) = 3𝑓 (1) = 3 ∙ 2 = 6
𝑓 (𝑥 + 𝑦) = 𝑓(𝑥 ) + 𝑓(𝑦)
𝑓 (𝑦) = 𝑓 (𝑥 + 𝑦) − 𝑓(𝑥)
Seja 𝑦 = −𝑥:
𝑓(−𝑥 ) = 𝑓 (𝑥 − 𝑥 ) − 𝑓(𝑥)
𝑓 (−𝑥 ) = 𝑓 (0) − 𝑓(𝑥)
𝑓 (−𝑥 ) = −𝑓(𝑥) □
(b) 𝑓 (𝑥 − 𝑦) = 𝑓 (𝑥 ) − 𝑓(𝑦), para quaisquer 𝑥, 𝑦 ∈ ℚ.
1 𝑓(1)
(d) 𝑓 (𝑛) = , para todo 𝑛 ∈ ℤ − {0}.
𝑛
1 𝑓(1) 1 𝑓(1) 1 𝑛
𝑓( ) = ⇔ 𝑛𝑓 ( ) = 𝑛 ⇔ 𝑓 (𝑛 ) = 𝑓(1) ⇔ 𝑓 ( ) = 𝑓 (1) ⇔ 𝑓 (1) = 𝑓(1)
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
(e) 𝑓(𝑟) = 𝑟𝑓(1), para todo 𝑟 ∈ ℚ.
𝑎
Como r é racional, podemos escreve-lo 𝑟 = 𝑏 com a e b inteiros. Sendo assim, temos:
𝑎 1 1 𝑓 (1) 𝑎
𝑓 ( ) = 𝑓 (𝑎 ∙ ) = 𝑎 𝑓 ( ) = 𝑎 ∙ = 𝑓 (1) = 𝑟𝑓(1)
𝑏 𝑏 𝑏 𝑏 𝑏
14. Seja 𝑓: ℝ → ℝ uma função tal que 𝑓 (𝑥 ) > 0, para todo 𝑥 ∈ ℝ e suponha que f satisfaz 𝑓(𝑥 + 𝑦) = 𝑓 (𝑥 ) ∙
𝑓 (𝑦), ∀𝑥, 𝑦 ∈ ℝ. Mostre que:
1
(a) 𝑓(0) = 1 e 𝑓 (−𝑥 ) = 𝑓(𝑥), para todo 𝑥 ∈ ℝ.
𝑓 (0 + 0) = 𝑓(0) ∙ 𝑓 (0)
𝑓 (0) = 𝑓 (0) ∙ 𝑓(0)
𝑓 (0)
= 𝑓 (0)
𝑓 (0)
𝑓(0) = 1
𝑓 (𝑥 + 𝑦 ) = 𝑓 (𝑥 ) ∙ 𝑓 (𝑦 )
𝑓 (𝑥 + 𝑦 )
𝑓 (𝑦 ) =
𝑓 (𝑥 )
Seja 𝑦 = −𝑥, temos:
𝑓 (𝑥 + (−𝑥))
𝑓 (−𝑥 ) =
𝑓 (𝑥 )
𝑓 (𝑥 − 𝑥 )
𝑓 (−𝑥 ) =
𝑓 (𝑥 )
𝑓 (0)
𝑓 (−𝑥 ) =
𝑓 (𝑥 )
1
𝑓 (−𝑥 ) =
𝑓 (𝑥 )
Vamos elevar ambos os membros da equação a v, lembrando que 𝑓 (𝑥 ) > 0, para todo 𝑥 ∈ ℝ.
1 𝑣 1 𝑣 1 𝑣
𝑓 ( 𝑥) = (𝑓 (𝑥 )𝑣 ) ⇔ 𝑓 (𝑣 𝑥) = 𝑓 (𝑥 )𝑣 ⇔ (1𝑥 ) = 𝑓 (𝑥 )1
𝑣 𝑣
𝑎
Como 𝑟 ∈ ℚ, então 𝑟 = 𝑏 com a e b inteiros e 𝑏 ≠ 0. Dessa forma temos:
𝑎 1 1 𝑎 1 𝑎
𝑓 (𝑟𝑥 ) = 𝑓 ( 𝑥) = 𝑓 (𝑎 𝑥) = 𝑓 ( 𝑥) = (𝑓 (𝑥 )𝑎 )𝑏 = 𝑓(𝑥)𝑏 = 𝑓 (𝑥 )𝑟
𝑏 𝑏 𝑏
3𝑥−5
15. Seja 𝑓: ℝ − {2} → ℝ − {3} a função definida por 𝑓(𝑥 ) = . Mostre que f é uma bijeção e obtenha a
𝑥−2
expressão para a sua inversa.
Para mostrar que f é uma bijeção, temos que mostrar que ela é injetora e sobrejetora.
Vamos mostrar que f é injetora. Ou seja, se 𝑓 (𝑥1 ) = 𝑓(𝑥2 ), então 𝑥1 = 𝑥2 .
𝑓(𝑥1 ) = 𝑓(𝑥2 )
3𝑥1 − 5 3𝑥2 − 5
=
𝑥1 − 2 𝑥2 − 2
(3𝑥1 − 5)(𝑥2 − 2) = (3𝑥2 − 5)(𝑥1 − 2)
3𝑥1 𝑥2 − 6𝑥1 − 5𝑥2 + 10 = 3𝑥2 𝑥1 − 6𝑥2 − 5𝑥1 + 10
−6𝑥1 = −6𝑥2
𝑥1 = 𝑥2
Agora mostraremos que f é sobrejetora. Ou seja, dado 𝑦 ∈ ℝ − {3}, existe um 𝑥 ∈ ℝ − {2}, tais que, 𝑓(𝑥 ) = 𝑦.
3𝑥 − 5
𝑓 (𝑥 ) =
𝑥−2
3𝑥 − 5
=𝑦
𝑥−2
3𝑥 − 5 = 𝑦(𝑥 − 2)
3𝑥 − 5 = 𝑦𝑥 − 2𝑦
3𝑥 − 𝑦𝑥 = 5 − 2𝑦
𝑥(3 − 𝑦) = 5 − 2𝑦
Como 𝑦 ≠ 3, podemos dividir os dois membros da equação por 3 − 𝑦.
5 − 2𝑦
𝑥=
3−𝑦
Verificando:
3𝑥 − 5
𝑓 (𝑥 ) =
𝑥−2
5 − 2𝑦
5 − 2𝑦 3( )−5
3−𝑦
𝑓( )=
3−𝑦 5 − 2𝑦
−2
3−𝑦
15 − 6𝑦
5 − 2𝑦 −5
3−𝑦
𝑓( )=
3−𝑦 5 − 2𝑦 − 6 + 2𝑦
3−𝑦
15 − 6𝑦 − 15 + 5𝑦
5 − 2𝑦 3−𝑦
𝑓( )=
3−𝑦 5 − 2𝑦 − 6 + 2𝑦
3−𝑦
−𝑦
5 − 2𝑦 3−𝑦
𝑓( )=
3−𝑦 −1
3−𝑦
5 − 2𝑦
𝑓( )=𝑦
3−𝑦
Ou seja, dado um y pertencente ao contradomínio, existe um x pertencente ao domínio, tal que 𝑓(𝑥 ) = 𝑦, basta
5−2𝑦
tomar 𝑥 = .
3−𝑦
Para mostrar que f é uma bijeção, temos que mostrar que ela é injetora e sobrejetora.
Vamos mostrar que f é injetora. Ou seja, se 𝑓 (𝑥1 ) = 𝑓(𝑥2 ), então 𝑥1 = 𝑥2 .
𝑓(𝑥1 ) = 𝑓(𝑥2 )
𝑥1 𝑥2
= (∗)
√1 + 𝑥12 √1 + 𝑥22
𝑥1 𝑥2
=
√1 + 𝑥12 √1 + 𝑥22
𝑥1 √1 + 𝑥22 = 𝑥2 √1 + 𝑥12
Observe que os radicandos da equação sempre serão positivos, então podemos elevar ambos os membros ao
quadrado e obter:
𝑥12 (1 + 𝑥22 ) = 𝑥22 (1 + 𝑥12 )
𝑥12 + 𝑥12 𝑥22 = 𝑥22 + 𝑥22 𝑥12
𝑥12 = 𝑥22 (∗∗)
Substituindo (**) em (*):
𝑥1 𝑥2
=
√1 + 𝑥22 √1 + 𝑥22
𝑥1 = 𝑥2
Agora devemos mostrar que 𝑓 é sobrejetora. Ou seja, dado 𝑦 ∈ (−1,1), existe um 𝑥 ∈ ℝ, tais que, 𝑓(𝑥 ) = 𝑦.
𝑥
𝑦=
√1 + 𝑥 2
𝑦√1 + 𝑥 2 = 𝑥
Elevando ambos os membros da equação ao quadrado, obtemos:
𝑦 2 (1 + 𝑥 2 ) = 𝑥 2
𝑦 2 + 𝑦 2𝑥 2 − 𝑥 2 = 0
𝑥 2 (𝑦 2 − 1) = −𝑦 2
2
−𝑦 2
𝑥 = 2
𝑦 −1
𝑦2
𝑥2 =
1 − 𝑦2
𝑦
𝑥=±
√1 − 𝑦 2
𝑦
Verificando para 𝑥 = :
√1−𝑦 2
𝑥
𝑓 (𝑥 ) =
√1 + 𝑥 2
𝑦
𝑦 √1 − 𝑦 2
𝑓( )=
√1 − 𝑦 2 𝑦
2
√1 + ( )
√1 − 𝑦 2
𝑦
𝑦 √1 − 𝑦 2
𝑓( )=
√1 − 𝑦 2 𝑦2
√1 +
1 − 𝑦2
𝑦
𝑦 √1 − 𝑦 2
𝑓( )=
√1 − 𝑦 2 1 − 𝑦2 + 𝑦2
√
1 − 𝑦2
𝑦
𝑦 √1 − 𝑦 2
𝑓( )=
√1 − 𝑦 2 1
√
1 − 𝑦2
𝑦
𝑦 √1 − 𝑦 2
𝑓( )=
√1 − 𝑦 2 1
√1 − 𝑦 2
𝑦
𝑓( )=𝑦
√1 − 𝑦 2
Ou seja, dado um y pertencente ao contradomínio, existe um x pertencente ao domínio, tal que 𝑓(𝑥 ) = 𝑦, basta
𝑦
tomar 𝑥 = 2
. Portanto a função é bijetiva.
√1−𝑦
1
19. Determine a imagem da função 𝑓: ℝ − {0} → ℝ definida por 𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 + 𝑥
1
𝑦=𝑥+
𝑥
𝑥2 + 1
𝑦=
𝑥
𝑦𝑥 = 𝑥 2 + 1
𝑥 2 + 𝑦𝑥 + 1 = 0
Para que x assuma valores reais temos que ∆≥ 0, ou seja:
𝑦2 − 4 ∙ 1 ∙ 1 ≥ 0
𝑦2 − 4 ≥ 0
Fazendo o estudo do sinal:
𝑦2 − 4 = 0
𝑦2 = 4
𝑦 = ±√4
𝑦 = ±2
+++ +++
-2 ––– 2