O processo de eletrização por atrito ocorre ao se atritar dois corpos, geralmente
neutros. Durante o atrito, cargas elétricas se movem de um corpo para o outro resultando em corpos eletrizados. O corpo que cede elétrons se torna eletrizado positivamente, enquanto aquele que recebe os elétrons se torna eletrizado negativamente. É importante salientar que, os corpos ficam eletrizados com a mesma quantidade de cargas, porém com sinais opostos.
Apesar da eletrização por atrito ocorrer nos condutores e isolantes de
eletricidade, existem diferenças sobre como as cargas elétricas se distribuem. No caso dos condutores, as cargas se distribuem pela superfície, já no caso dos isolantes, as cargas irão se concentrar no local onde ocorreu o atrito.
O processo de eletrização gera campos elétricos no material. Estes campos
elétricos podem ser “observados” através do seu efeito sobre outros corpos. Na prática, ainda que pequenos, os campos elétricos gerados neste processo de eletrização geram forças elétricas que podem atrair (ou repelir) outros corpos. No caso das substâncias líquidas, a polaridade é que vai determinar se estas podem ou não sofrer a ação do campo elétrico gerado pelo atrito. Mais especificamente, quando as moléculas denominadas polares (polos positivos e negativos) e anfipáticas (parte polar e apolar) são sujeitas a ação de um campo elétrico, ocorre um alinhamento das moléculas na direção do campo elétrico, gerando um desvio do líquido. No caso das moléculas apolares (sem polos positivos e negativos), esse alinhamento molecular não ocorre, devido a distribuição mais uniforme da nuvem eletrônica por toda a molécula.
No caso do procedimento experimental ora proposto, o objetivo principal é
mostrar a ação do campo elétrico sobre substâncias líquidas polares (ex.: água), anfipáticas (ex.: etanol) e apolares (ex.: n-hexano), observando a ocorrência ou não do alinhamento molecular.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHANG, Raymond. Química Geral – Conceitos Fundamentais. Porto Alegre: AMGH,
2010.
ROSENBERG, Jerome L.; EPSTEIN, Lawrence M.; KRIEGER, Peter J. Química Geral. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.